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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

GLOBO TEME " EPIDEMIA" DE LEIS DE MÍDIA NO CONTINENTE


Julgamento de garoto que matou pai neonazista a tiros causa debate nos EUA


Julgamento de garoto que matou pai neonazista a tiros causa debate nos EUA

Atualizado em  30 de outubro, 2012 - 09:43 (Brasília) 11:43 GMT
Bandeira nazista
Homem de 32 anos que foi morto liderava na costa oeste o maior grupo neonazista dos EUA
Um menino de 12 anos de idade que matou seu pai, um líder de um grupo neonazista nos Estados Unidos, está sendo julgado a partir desta terça-feira no Estado da Califórnia.
O incidente aconteceu em maio do ano passado, quando a criança ainda tinha 10 anos de idade. Na madrugada do dia 1º, o menino foi à sala de estar, onde seu pai dormia, e o matou a tiros. Desde então, a criança está em um centro de detenção para menores aguardando o julgamento.
O caso está provocando polêmica nos Estados Unidos, pois os juízes terão de decidir se, ao ser criado por um homem que pregava o nazismo, o jovem conseguia discernir entre o bem e o mal.
"Os fatos levantam diversas questões mais filosóficas que, dependendo de como forem levadas em consideração pelo juiz, poderão determinar o resultado do julgamento", afirma o jornal americano The New York Times.
"Entre elas: se racismo virulento pode ser considerado uma espécie de abuso; se uma criança exposta a tanto ódio pode entender a diferença entre o certo e o errado, e se alguém que cresce em circunstâncias tão tóxicas pode ser culpada por querer uma saída."

Discussão e morte

O homem morto tinha 32 anos e era encanador, mas estava desempregado. Ele liderava na costa oeste o grupo neonazista Movimento Nacional Socialista, a maior organização do tipo nos Estados Unidos, com 400 integrantes em 32 Estados.
No dia anterior à sua morte, ele organizou um encontro em sua casa para discutir um plano para formar esquadrões armados na fronteira dos Estados Unidos com o México.
Um repórter do New York Times, que escrevia um artigo sobre grupos neonazistas, esteve presente no encontro e testemunhou uma discussão do pai com o filho.
O promotor Michael Soccio diz que o filho foi espancado pelo pai após o encontro, e que a criança teria dito a um familiar que mataria seu pai.
Soccio disse ao jornal americano que as ações do menino não têm nenhuma relação com nazismo, e que o caso é apenas um assassinato.
"Se isso tivesse acontecido com qualquer pessoa, não haveria dúvida de que se trata de um assassinato. Foi planejado. Foi premeditado. Foi levado a cabo a sangue frio. É um assassinato", diz o promotor.
Já os advogados de defesa defendem que o menino tem problemas psicológicos agravados por sua exposição à ideologia nazista e às surras que recebia de tempos em tempos.
"Este menino está condicionado à violência. É preciso se perguntar: este menino realmente sabia que esse ato era equivocado, baseado em todas essas coisas? Ele achou que estava fazendo o correto", disse o advogado Matthew Hardy.

Universal evangeliza até na morte... dos outros


QUARTA-FEIRA, 31 DE OUTUBRO DE 2012

Universal evangeliza até na morte.... dos outros


Página no Facebook, Exército Universal, posta uma foto chocante com a seguinte explicação: mulher é atropelada por ônibus após se recusar a "aceitar Jesus" indo a uma Universal. A desgraça dela ocorreu a "cem metros da igreja", numa mensagem clara de Deus: cuidado com a sua alma... 
Universal evangeliza até na morte... dos outros


Depois da justa indignação de centenas de internautas com a má-fé da página em explorar a desgraça alheia para conseguir mais ovelhas a um já imenso rebanho, Exército Universal excluiu a foto. Tudo normal, como se nada tivesse acontecido. Mas outra página, a Brasil contra a Universal, copiou e está aí a prova do que aconteceu.


Não é a primeira vez que ocorre esse evangelismo mórbido, expondo o humor sádico do Deus pregado pela Universal ("morreu a cem metros da igreja"). Registrado, aqui no blog,Demônios da Universal são a favor do Edir Macedo

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Lembrei de Números 11. Os hebreus reclamando da falta de carne no deserto, e Javé, irado e sarcástico, resolve que não comeriam carne apenas um, dois, ou três dias, mas um mês inteiro. Logo depois, surgem cordonizes e os hebreus finalmente comem carne. Acontece que "quando a carne estava entre os seus dentes, antes que fosse mastigada, se acendeu a ira do SENHOR contra o povo, e feriu o SENHOR o povo com uma praga mui grande". 

Na visão velhotestamentária da Universal, quem acende a ira do Senhor corre o risco de, também, sofrer uma morte violenta. Mais: a morte serve como "lição" aos outros, porque fica bem claro de que o responsável pelo que ocorreu foi o próprio Deus! Como conseguem lidar com um Deus assim, é algo que não entendo. Mas isso é problema deles. O que não pode é usar e explorar a violência para conquistar fiéis. Mais uma razão para você abandonar de vez a igreja Universal.
http://oidiota5.blogspot.com.br/2012/10/universal-evangeliza-ate-na-morte-dos.html?spref=tw

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

O TAMANHO DA VITÓRIA DO NUNCA DANTES

Publicado em 29/10/2012

O TAMANHO DA VITÓRIA
DO NUNCA DANTES

No Supremo é assim, agora: na dúvida, pau no réu. Na vida real, é assim: na dúvida, com o Lula.

O Nunca Dantes derrotou o principal líder da oposição.

O Nunca Dantes derrotou o principal líder da oposição, que jogava em casa, com a plateia dele.

O Nunca Dantes derrotou a extrema-direita mais obscurantista, o malafismo medieval.

O Nunca Dantes derrotou a campanha mais baixa, mais suja da República.

O Nunca Dantes ganhou em São Paulo capital e no cinturão vermelho em torno da capital, logo, do Palácio dos Bandeirantes.

Caiu a Stalingrado tucana.

O Nunca Dantes ganhou em 68 cidades de São Paulo – o que nunca tinha acontecido antes.

O Nunca Dantes botou a batata do Alckmin pra assar.

Falta cair Moscou.

O Nunca Dantes derrotou o único ideólogo da extrema direita, o Farol de Alexandria.

Ele é um jênio: disse que o PSDB precisa renovar-se e considerou que Cerra foi um bom candidato.

O Nunca Dantes derrotou o Supremo.

Derrotou a cronologia do julgamento do Supremo, afinada com a Superintendência de programação da Globo.

O Nunca Dantes derrotou o Ayres Britto, que organizou os prazos e as datas.

O Nunca Dantes derrotou os 18′.

A mais deslavada tentativa de Golpe da Globo: 18′ na ante-véspera da eleição, para ferrar o Haddad.

Foi uma derrota acachapante, a tal ponto que o filho do Roberto Marinho deveria mandar o Ali Kamel embora, pra escrever “Memórias de uma Guerra Suja – II”.

O Nunca Dantes fincou a bandeira do PT na classe média paulistana.

O partido do Nunca Dantes passará a comandar a maior parcela dos orçamentos municipais do país – e, portanto, governar para os pobres.

O partido do Nunca Dantes sai da eleição com a vitória sobre o maior número de eleitores do país – logo, um eleitor com mais chances de votar na Dilma do que no Padim Pade Cerra, o eterno candidato da Globo.

O principal partido da oposição, os tucanos, encolhe desde 2000.

Ou seja, Cerra é o Jim Jones do partido.

O Nunca Dantes saiu engrandecido da eleição.

A derrota de Haddad seria um tiro no peito.

Por isso o PiG (*) e o Supremo se uniram, no tempo e no espaço.

No Supremo é assim, agora: na dúvida, pau no réu.

Na vida real, é assim: na dúvida, com o Lula.

Em tempo: um pedaço da vitória do Nunca Dantes e do Haddad se deve ao trabalho de José Dirceu, o arquiteto da obra do PT amplo, fora do gueto que o professor Wanderley chamou de “sindicalismo messiânico”. Essa obra foi tão profunda – clique aqui para ler o que disse o André Singer sobre “o  reformismo do Lula vai durar muito tempo” – que é preciso algemá-lo diante das câmeras da Globo. 


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

São Paulo amadureceu pela dor


São Paulo amadureceu pela dor

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São Paulo está dando o primeiro passo para começar a se livrar de uma quadrilha formada por dois partidos que, há uma década, apesar de subsistirem em terras paulistas, o Brasil vem rejeitando progressivamente: o PSDB e o DEM. E por um consórcio de impérios de comunicação que atingiu o porte paquidérmico que tem hoje graças às incontáveis arcas de dinheiro público que recebeu da ditadura militar pelos favores que lhe prestou.
José Serra, o lunático que o povo de São Paulo ora manda para a aposentadoria, tem todas as características de capo: autoritário, impiedoso, preconceituoso, truculento, cínico e, segundo o livro A Privataria Tucana, desonesto – sua filha e outros parentes, enquanto o governo federal do PSDB vendia patrimônio público a preço de banana, recebiam milhões e milhões de dólares de remessas inexplicáveis do exterior.
Mas o que impôs a Serra a derrota acachapante da vez não foram os questionamentos éticos que, por um misto de cumplicidade da grande imprensa e de covardia de seus adversários políticos, (ainda) não estão sendo apurados, em que pese a CPI aprovada pela Câmara dos Deputados para esse fim, a qual, segundo se sabe, deverá ser instalada no início do próximo ano, na volta dos trabalhos do Congresso.
Como o tema é a eleição em São Paulo, o que se tem que analisar é que tudo o que está acontecendo se deve a que a cidade cometeu um erro fatal em 2004 e outro ainda maior em 2008 e tais erros lhe cobraram um alto preço.
Marta Suplicy foi eleita em 2000 com a missão de reparar a devastação praticada por Paulo Maluf e Celso Pitta na prefeitura ao longo da década de 1990, quando protagonizaram o primeiro grande erro dos paulistanos, o de negar voto a Eduardo Suplicy, indicado por Luiza Erundina, que fizera trabalho saneador da cidade após outra gestão catastrófica, a de Jânio Quadros, que, a exemplo das de Maluf, Pitta, José Serra e Gilberto Kassab, viu máfias se instalarem por toda a administração municipal.
Por omissão criminosa da grande imprensa paulista, São Paulo não sabe que a gestão Kassab está “sub judice”, com vários secretários e o próprio prefeito sendo acusados e investigados pelo Ministério Público por conta das novas máfias que se instalaram na administração municipal de forma a, por exemplo, lucrar com a liberação de construção de imóveis.
A mídia que a ditadura militar legou ao Brasil, porém, escondeu tudo isso do eleitor paulistano no âmbito de sua luta insana contra o Partido dos Trabalhadores, que já remonta a quase a um quarto de século (desde 1989).
Todavia, ainda em 2004, quando a excelente gestão Marta foi interrompida aos meros quatro anos (os grupos políticos de direita que governaram a cidade tiveram todos oito anos) assim como ocorreu com a de Erundina, já se sabia que a retomada das práticas criminosas e socialmente irresponsáveis que a direita iria impor à cidade cobrariam desta um preço, de forma que a conscientização do paulistano sobreviria, se não pelo amor (racionalidade), ao menos pela dor.
A cidade, pois, foi entregue a dois homens que utilizariam a administração municipal como trampolim para seus projetos políticos. Serra ficou no cargo pouco mais de um ano, pois se candidatou a prefeito em 2004 apenas para ganhar musculatura e recursos para disputar o governo do Estado dois anos depois, governo que também abandonaria para disputar a Presidência da República em 2010.
Kassab, assim como o padrinho político, também abandonou São Paulo na mão de assessores corruptos para montar um partido político, o PSD, que reúne, se não o que de pior havia no PSDB e no DEM, boa parte do lixo político que infecta esses partidos.
Enquanto Serra e Kassab se dedicavam aos seus projetos políticos, o caos foi se implantando na capital paulista. Violência, criminalidade, falta de mobilidade urbana, sujeira, abandono da população de rua (que explodiu), serviços públicos de quinto mundo, piores salários de servidores municipais, corrupção desbragada… Ufa! São Paulo, que quando Marta deixou o governo era uma cidade complicada, chegou ao inferno.
E a São Paulo de hoje não é ruim apenas para os pobres, apesar de, para estes, ser muito pior. É ruim também para os ricos. A cidade viu, nessa administração nefasta que caminha para o ostracismo e para a vergonha histórica, ocorrerem até o que nunca antes ocorrera: enchentes em bairros ditos “nobres”. Isso sem falar que a cidade é hoje uma praça de guerra com dezenas de assassinatos todos os dias, sobretudo à noite.
A eleição de Fernando Haddad é, portanto, o primeiro passo para tirar não só a capital paulista das mãos da quadrilha demo-tucano-midiática, mas, sobretudo, o governo do Estado, pois São Paulo está encolhendo diante de um Brasil que cresce e se desenvolve como nunca se viu, tudo graças a um grupo político que governa fechando as portas às políticas públicas do governo federal que estão fazendo outras regiões progredirem muito mais.
O povo de São Paulo precisou passar pela autoflagelação que se impôs com a eleição do atual grupo político que governa a cidade de forma a acordar. E, repito, se não foi pelo amor, foi pela dor que amadureceu, pois eleição é coisa séria, não pode ser confundida com as disputas retóricas do futebol, mas o paulistano, instigado pela mídia partidarizada e irresponsável, vinha votando com o fígado em vez de votar com o cérebro.

Se urna pode condenar, também pode absolver

Desde que, acima de qualquer outra, a vitória de Fernando Haddad ameaçou comprovar que o povo brasileiro não acredita na orgia midiática em torno do julgamento do mensalão, os mesmos pistoleiros da mídia que previram que o PT, além de ser “condenado” pelo Supremo Tribunal Federal, também seria condenado pelas urnas, mudaram o discurso.
Não há colunista, editorialista ou veículo integrante do Partido da Imprensa Golpista que, antes de se configurar a imensa vitória eleitoral que o PT teve em 2012, não tenha dito que as urnas se coadunariam com a mídia e com o tribunal de exceção de forma a condenarem o PT.
Após 7 de outubro, quando o PT se tornou, mais uma vez, o partido mais votado do Brasil ao mesmo tempo em que o conclave demo-tucano-midiático-judiciário mandava o Estado de Direito às favas e inaugurava a era dos presos políticos no país, esses pistoleiros da opinião passaram a dizer que “urnas não absolvem” o PT, como se este estivesse sendo julgado.
O PT não foi a julgamento, mas se o veredicto das urnas, segundo a pistolagem midiática, servia para condenar o partido, por que é, diabos, que não serve para absolver?
Pergunte-se, leitor, o que o PIG estaria dizendo se o PT tivesse sido arrasado eleitoralmente em todo o país. As manchetes, inequivocamente, seriam no sentido de que o povo, assim como o STF, condenou os “mensaleiros”, o PT e Lula, ainda que estes dois últimos não tenham sido sequer acusados formalmente.  Portanto, as urnas absolveram, sim, Lula e o PT.

Blogueiro viaja nesta segunda durante duas semanas

Tive que esperar passarem as eleições para fazer a última viagem de negócios do ano. Devido ao tempo que investi para ajudar a evitar que o golpe político demo-tucano-midiático-judiciário tivesse êxito, a viagem que começo a empreender a partir desta segunda-feira se estenderá por 16 dias, durante os quais visitarei vários países sul-americanos. Contudo, como sempre, isso não impedirá que continue atualizando o blog diariamente.

JANIO SE DIZ ABISMADO COM A FALTA DE MÉTODO DO STF


Lula é maior vencedor em 2012




Lula é maior vencedor em 2012 
 


líder petista foi arquiteto da vitória da sigla na cidade de São Paulo
O saldo das eleições municipais em 5.568 cidades mostra apenas dois partidos relevantes com um acréscimo de prefeituras: o PT e o PSB. Mas os petistas são os maiores vencedores por terem reconquistado a cidade de São Paulo. E no universo do Partido dos Trabalhadores é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quem mais faturou.
(abaixo, um post com uma relação de quem ganha e quem perde em 2012)
A vitória de Fernando Haddad contra o tucano José Serra foi arquitetada única e exclusivamente por Lula. Por causa do seu “dedaço”, o ex-presidente da República de 2003 a 2010 foi contestado por parte do establishment petista. Não se importou. Escanteou um nome natural para essa disputa, que era o da senadora (hoje ministra da Cultura) Marta Suplicy (PT-SP).
Mesmo quando o projeto teimava em não decolar, Lula não arredou pé. Pressionou a presidente Dilma Rousseff a entrar na campanha de Haddad de maneira explícita quando o petista estava ainda em terceiro lugar. Foi uma manobra arriscada. Haddad registrava o pior desempenho nas pesquisas entre todos os candidatos do partido nas últimas décadas na capital paulista.
Ao final, Lula provou que estava certo. Acabou emprestando também a Dilma uma parte da vitória. Ao atender aos apelos de seu antecessor, a atual ocupante do Planalto contrariou o discurso de que estaria muito distante do “PT de raiz”.
Dilma se engajou. Gravou depoimentos, subiu em palanques e até cantarolou jingles. Por ocasião do 7 de Setembro, fez um discurso à nação no qual atacou o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Incendiou a militância petista nas redes sociais.
A presidente da República sai do processo mais petista do que entrou –ela começou sua vida partidária no PDT do Rio Grande do Sul, seguidora de Leonel Brizola (1922-2004). Nunca houve risco real de o PT negar a legenda a Dilma para que ela dispute a reeleição em 2014. Mas agora o caminho se tornou muito mais suave.
É claro que o PT também sofreu derrotas. Campinas, Salvador, Fortaleza e Diadema, para citar 4 municípios relevantes. Mas mesmo esses reveses ficam minimizados diante da vitória em São Paulo.
PSBÉ possível encontrar em algumas análises a interpretação de que Eduardo Campos é um dos grandes vencedores desta eleição, ao lado do PT e de Lula. É uma interpretação correta. Só que não são vitórias com a mesma octanagem.
Campos e o seu PSB ainda representam um grupo político muito menos sólido do que Lula e o petismo.
No mais, o PSB conseguiu bons resultados no Sul e no Sudeste. Ocorre que ainda está longe de ser uma agremiação com militância estabelecida nessas regiões do país.
Tudo considerado, é claro que Eduardo Campos tem interesse em ser presidente da República. Mas só será candidato em 2014 em condições muito especiais que não existem neste momento –uma derrocada completa da economia e uma queda brusca na popularidade de Dilma.
O cenário ainda mais provável para o PSB e para Eduardo Campos é que acabem ficando no governo Dilma “acumulando forças”, como se dizia antigamente. Sua maior aposta pode ser em 2018.

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BARÕES DA MÍDIA JÁ TEMEM O MONSTRO QUE CRIARAM NO STF


BARÕES DA MÍDIA JÁ TEMEM O MONSTRO QUE CRIARAM NO STF


Marcus  Vinícius






MARCOS VINICIUS 


Já pensou se o STF pega gosto e faz os personagens da Lista de Furnas e do mensalão tucano passarem uma temporada no xilindró? 

As elites já temem seu efeito no ordenamento jurídico do país dos excessos no julgamento da Ação 470.

Não é para menos. 

O rol de barbaridades cometidas com a nossa Constituição põe a perigo garantias individuais. E a principal vítima, foi princípio da “presunção da inocência”. 

Agora, perante o STF, são todos culpados, sem provas em contrário.

Talvez seja por isso que os barões da mídia, através da Folha de São Paulo, Valor Econômico e O Globo, começaram a reconhecer excessos cometidos pelo seu “herói”, o ministro Joaquim Barbosa, na dosimetria das penas dos réus do dito “mensalão petista” (outros, mensalões, como o do PSDB e o do DEM um dia, quem sabe, podem baixar naquela Corte). 

Começa assim o editorial “Para quem precisa”, publicado no dia 25/10 na Folha: “Penas de prisão deveriam, em tese, caber a criminosos violentos, para os demais, como no mensalão, conviriam severas penas alternativas”. Mas à frente, novo alerta: “As punições hão de ser drásticas, e seu efeito, exemplar, mas sem a predisposição vingadora que parece governar certas decisões (e equívocos) do ministro Joaquim Barbosa”. 

Na mesma linha, e o dia seguinte (26/10),matéria do Valor, com o título “Pena de Valério é maior que de Chico Picadinho”, alerta o Supremo Tribunal Federal para os exageros cometidos no julgamento do “mensalão”, ressaltando que a punição ao publicitário Marcos Valério equivale àquelas de criminosos que cometeram crimes hediondos como “Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos de prisão por planejar o assassinato de seus pais a pauladas em 2002, enquanto dormiam, e do famigerado Chico Picadinho, condenado a 30 anos de prisão pelo homicídio e esquartejamento de duas mulheres nas décadas de 60 e 70”. 

( http://migre.me/bnksB ). 

Finalmente, em O Globo de hoje(27/10), Merval Pereira, escreve em sua coluna o artigo: “O Voluntarismo de Barbosa” (http://migre.me/bnkL8 ), em que critica a sanha condenatória do ministro. “Quando ele (Barbosa) critica nosso sistema penal e se põe claramente a favor de penas mais duras, dá margem a que acusados vejam nele um carrasco e não um juiz”. 

Ficção e realidade 

O um dos diálogos que compõe uma das cenas do filme “A Casa dos Espíritos”, de Isabel Allende, expõe parte do temor das elites, de perda do controle sobre os verdugos. Na cena o ator Jeromy Irons interpreta o senador Esteban Trueba. A conversa se dá na sede do Ministério da Justiça, entre Esteban e um coronel nos primeiros dias da ditadura de Augusto Pinochet. Esteban é um rico proprietário de terras, senador pelo Partido Conservador, ele apoiou o golpe, mas foi supreendido com a prisão da filha, Blanca Trueba (Winona Ryder), por seu romance com o líder de esquerda, Pedro Segundo (Antônio Banderas). 

Por que minha filha foi presa ontem a noite? -  

Responda! Onde está minha filha? 

- Dê-me a chave do seu carro. 

- Fechamos o Congresso. Fim dos privilégios dos congressistas. 

- Vocês estão todos loucos! 

- Quem acha que estabeleceu contatos com seus generais? 

- Quem estabeleceu o elo com os americanos? 

- Que dinheiro e reputação garantiu armas para vocês? - Sabe quem sou eu? 

- E você prende minha filha… e quer confiscar o meu carro? 

- Quero falar com o ministro. 

- Fale comigo. 

- O ministro! 

- Não há mais ministro! 

- Agora você fala comigo. 

- Entendeu? 

- Quer encontrar sua filha? 

- Preencha o formulário. 

- Você e seus amigos ainda têm o poder econômico. 

- Mas nós governamos o país. 

- Agora… dê-me a chave do carro. 

http://youtu.be/RX_Zfpdhg9g 

As elites do Chile que apoiaram o golpe contra o presidente Salvador Allende em 11 de setembro de 1973 talvez não acreditassem que o regime de Pinochet fizesse da brutalidade sua regra de governo. Números oficiais dão conta de 60 mil vítimas do regime, sendo 3.227 mortos. No Brasil as elites abriram a caixa de Pandora nove anos antes, em 1964. As consequências ainda estão em discussão através da Comissão da Verdade. A tortura ainda persiste como regra em nosso sistema policial e os números da violência em São Paulo demonstraram a falência da Polícia Militar (outra herança da ditadura), no combate à criminalidade. 

Mas, tal e qual o persongem Esteban Trueba, do romance de Isabel Allende, o que espanta mesmo as elites é a possibilidade de que um de seus filhos seja vítima do monstro que soltaram nas ruas para reprimir a plebe. 

Já pensou o STF pega gosto, e com apoio da opinião publica, engata uma quinta marcha e faz os personagens da “Lista de Furnas”, aqueles citados no livro “Privataria Tucana”, de Amaury Júnior, e também os envolvidos no “Mensalão do PSDB” e no “Mensalão do DEM”, passarem uma temporada no xilindró? 

Marcus Vinícius é jornalista, edita o jornal Onze de Maio, o blog: www.marcusvinicius.blog.br 

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O manifesto dos Juristas com Haddad


O manifesto dos Juristas com Haddad

publicado em 24 de outubro de 2012 às 21:38
Manifesto de Juristas
O 2º turno das eleições de São Paulo apresenta duas candidaturas antagônicas: de um lado, José Serra (PSDB), continuidade da gestão Kassab, extensão do governo estadual de Geraldo Alckmin e aliado de FHC no desmonte do patrimônio público brasileiro; de outro, Fernando Haddad (PT), símbolo de mudança, herdeiro da experiência de governo democrático e popular das prefeituras de Luiza Erundina (1989) e Marta Suplicy (2004) e partícipe do projeto de transformação em curso no Brasil desde 2003.
Não por acaso, essa eleição polariza a cidade, situação evidenciada pelo mapa eleitoral do 1º turno: enquanto Serra recebeu os votos dos setores mais privilegiados e das regiões mais abastadas de São Paulo, Haddad emergiu como depositário dos anseios do povo das periferias da cidade, de uma maioria que almeja uma vida melhor.
Nessa hora, é necessário escolher um lado!
Repetindo a dinâmica da disputa presidencial de 2010, Serra manifesta preconceitos e valores antidemocráticos em sua campanha, ao invés de fazer um debate político qualificado sobre o futuro de São Paulo. Como solução para os problemas em áreas sensíveis para o povo, como saúde, educação, transporte e moradia, Serra representa mais do mesmo: submissão aos interesses do mercado imobiliário, políticas higienistas, privatizações (disfarçadas sob as Parcerias Público-Privadas e as Organizações Sociais) e recrudescimento da violência policial contra os pobres e os movimentos sociais.
Haddad apresentou à população de São Paulo um Programa de Governo construído com amplos setores da sociedade civil e que reinsere o respeito aos Direitos Humanos e o compromisso com a gestão democrática e participativa no núcleo da administração pública municipal.
Nós, juristas – advogados, defensores públicos, magistrados, procuradores, estudantes e professores de direito – acreditamos que a Prefeitura deva ser um vetor de promoção de cidadania, de respeito aos direitos humanos e de melhoria das condições de vida da população, em especial da maioria pobre e trabalhadora que faz de São Paulo a maior cidade do país.
Por isso, manifestamos nosso apoio à candidatura de Fernando Haddad para a Prefeitura de São Paulo.
Assinam:
José Eduardo Martins Cardoso, Ministro da Justiça;
Ricardo Gebrim, advogado trabalhista;
Aton Fon Filho, advogado popular;
Flavia Piovesan, Doutora e professora de Direito pela PUC/SP;
Gilberto Bercovici, professor Titular da Faculdade de Direito da USP;
Marcus Orione Gonçalves Correia, juiz federal, professor Livre-docente da Faculdade de Direito da USP;
Otávio Pinto e Silva, advogado e professor Livre-docente da Faculdade de Direito da USP;
Boaventura de Sousa Santos, professor da Universidade de Coimbra e da Universidade de Wisconsin (EUA);
Ney Strozake, advogado popular;
Giane Alvares, advogada popular;
Paulo Teixeira, Deputado Federal e advogado;
Luiz Edson Fachin, professor da Faculdade de Direito da UFPR, atualmente Visiting Scholar do King’s College, London.
Patrik Lemos Cacicedo, defensor público do Estado de São Paulo;
Márcio Sotelo Felippe, Procurador do Estado de São Paulo, mestre em direito pela FDUSP;
Flávio Crocce Caetano, advogado, professor de Direito Administrativo e Direitos Humanos da PUC/SP;
Carlos Duarte, tesoureiro do Sindicato dos Advogados do Estado de São Paulo;
Aldimar de Assis, Presidente do Sindicato dos Advogados SP;
Benedito Barbosa – “Dito”, advogado do Centro Gaspar Garcia De Direitos Humanos e da União Dos Movimentos De Moradia De São Paulo;
Alexandre Mandl, advogado do Movimento das Fábricas Ocupadas – Flaskô;
Thiago Duarte Gonçalves, chefe de gabinete de Desembargador do TRT da 2ª Região;
Thiago Barison, advogado, mestre e doutorando em Direito do Trabalho;
Valter Uzzo, advogado trabalhista;
Luiz Eduardo Greenhalgh, advogado;
Silvio Luiz de Almeida, advogado, Doutor em Direito e Presidente do Instituto Luiz Gama;
Suzana Angélica Paim Figueredo, advogada, mestra em direito pela PUC/SP;
Gladstone Leonel da Silva Júnior, professor de direito da UnB e advogado popular;
Alexandre F. Mendes, professor de Direito Urbanístico – PUC-RJ;
Ronaldo Tamberlini Pagotto, advogado trabalhista;
Yuri Carajelescov, Procurador da Assembleia Legislativa do Estado de SP, advogado;
Daniel Carajelescov, Procurador do Estado aposentado, advogado;
Isadora Brandão, membro da comissão de Direitos Humanos do Sindicato dos Advogados de São Paulo;
Jonnas Esmeraldo Marques de Vasconcelos, advogado;
Lourdes Buzzoni Tambelli, advogada trabalhista, diretora secretária do Grupo de advogados pela Diversidade Sexual – Gadvs e diretora suplente do Sindicato dos Advogados de SP;
Raimundo Vieira Bonfim, advogado, coordenador geral da Central de Movimentos Populares do Estado de São Paulo (CMP-SP);
Yasmin Pestana, advogada;
Fernanda Cyrineu Pereira, advogada;
Pablo Castellon, advogado;
Íria Braga Stecca, advogada;
Gabriel de Carvalho Sampaio, advogado e Diretor da Secretaria de Assuntos Legislativos do Mistério da Justiça;
Alessandro Oliveira Soares, advogado, professor e chefe de gabinete do Ministro da Justiça;
Rodrigo Faria, advogado, secretário executivo adjunto do Ministério da Justiça;
Marivaldo de Castro Pereira, advogado e Secretário de Assuntos Legislativos do Mistério da Justiça;
Anna Claudia Pardini Vazzoler, advogada e Diretora da Secretaria de Assuntos Legislativos do Mistério da Justiça;
Sabrina Durigon Marques, advogada e coordenadora da Secretaria de Assuntos Legislativos do Mistério da Justiça;
Patrick Mariano Gomes, advogado e coordenador da Secretaria de Assuntos Legislativos do Mistério da Justiça;
Luiz Antônio Bressane, defensor público e coordenador da Secretaria de Assuntos Legislativos do Mistério da Justiça;
Tedney Moreira da Silva, advogado e coordenador da Secretaria de Assuntos Legislativos do Mistério da Justiça;
Jean Keiji Uema, advogado e consultor jurídico do Ministério da Saúde;
Eduardo Piza Gomes de Mello, advogado, diretor do Sindicato dos Advogados de São Paulo, militante do movimento LGBT e membro do IEN – Instituto Edson Neris;
Paulo Cesar Malvezzi Filho, advogado, membro do Instituto Práxis de Direitos Humanos;
Caio Yamaguchi Ferreira, advogado;
Vinicius Cascone, advogado;
Flavio Marques Prol, advogado;
Stacy Natalie, advogada;
Ricardo Leite Ribeiro, advogado;
Silvio Luiz Estrela, advogado;
Regina Stela Corrêa, advogada;
Francisco Brito Cruz, advogado;
Antônio Carlos de Carvalho, advogado;
Marina Ganzarolli, advogada;
Guilherme Varella, advogado;
Lea Vidigal Medeiros, advogada;
Aroldo Joaquim Camillo Filho, advogado;
Cleyton Wenceslau Borges, militante da área de educação popular e combate ao racismo;
Marco Aurélio Braga, advogado;
Mariana Marques Lage Cardarelli, advogada;
Silas Cardoso de Souza, advogado;
Aline Viotto Gomes, advogada;
Taiguara L. S. e Souza, doutorando em Direito PUC-Rio, professora de Direito Penal;
Jarbas Ricardo Almeida Cunha, professor de Direito Constitucional – Brasília/DF;
Juliana Avanci, advogada;
Sérgio Colletti Pereira do Nascimento, Secretário Municipal de Assuntos Jurídicos de Araras/SP;
Rosa Costa Cantal, advogada;
Márcio Fernandes da Silva, advogado;
Alexandre Pacheco Martins, advogado criminalista e membro da comissão de direitos humanos do sindicato dos advogados;
Ulisses de Miranda Taveira, assistente de Desembargador do TRT da 2ª Região;
Maristela Monteiro Pereira, advogada;
José Carlos Callegari, advogado trabalhista;
André Rota Sena, advogado;
Renan Honório Quinalha, advogado;
Daniella Bonilha de Carvalho, advogada popular;
Taylisi de Souza Corrêa Leite, advogada e professora universitária;
Mário Cabral, advogado;
Stella Bruna Santo, advogada;
André Feitosa Alcântara, advogado, coordenador do CEDECA da Fundação Criança.
Sinvaldo José Firmo, advogado coordenador do departamento jurídico Instituto do Negro Padre Batista
Fábio Roberto Gaspar, Advogado Trabalhista,
Gabriela Araujo, Advogada;
Cesar Pimentel – Advogado – Direito Administrativo;
Marco Aurelio de Carvalho  -  Advogado;
Rodrigo  Frasteschi – Advogado;
Flávia Annenberg, advogada;
Paulo Cesar Malvezzi Filho, advogado, membro do Instituto Práxis de Direitos Humanos;
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