Páginas

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

CUT VAI CONTRATAR DELÚBIO

A CUT nacional decidiu contratar Delúbio Soares como assessor sindical para trabalhar na sede da CUT nacional, no setor SUL, em Brasília.

O salário será de R$ 4.500 por mês.

(O que dará para ele continuar a fumar charutos cubanos, o que irrita muito os colonistas (*) do PiG (**)).

Delúbio já foi Tesoureiro da CUT nacional.
Em tempo: A CUT tem 23 milhões de trabalhadores afiliados.
Leia a Carta da CUT:
Paulo Henrique Amorim

Qual é o verdadeiro valor do Twitter?

Qual é o verdadeiro valor do Twitter?

Não pergunte a um economista. Os que medem o PIB precisam encontrar uma maneira de avaliar a contribuição da mídia social. Por John Naughton
por The Observer — publicado 28/11/2013 05:25, última modificação 28/11/2013 06:21
Reproduçã
Twitter
Twitter: a rede social vale quanto?
Por John Naughton
Uma economia nacional é um sistema extremamente complexo. No entanto, comprimimos toda essa complexidade em uma única medida, e então nos concentramos obsessivamente nela. Se você quiser uma metáfora disso, pense em King Kong passando a maior parte do tempo olhando para a cabeça de um alfinete, preocupado se ele está se movendo ou não. Esse alfinete é o PIB ou, para dar seu nome completo, Produto Interno Bruto. Ele é definido como "a soma de todos os bens e serviços produzidos em um país ao longo do tempo, sem contar em dobro os produtos usados em outra produção. É uma medida abrangente, que cobre a produção de bens e serviços de consumo, incluindo os serviços do governo, e bens de investimento". Pelo movimento desse número ao longo do tempo, temos ideia sobre a economia, se está contraindo ou expandindo, e é por isso que os governos do mundo inteiro neste momento, especialmente no Reino Unido, dedicam todas as horas de vigília a monitorá-lo. Se ele subir 0,3%, são gritos de alegria em Whitehall; se cair 0,3%, Cameron e Osborne começam a pensar na vida pós-governo.
Desnecessário dizer que isso é absurdo. Na verdade, é absurdo desde que o PIB foi inventado em 1934 pelo economista Simon Kuznets. A medida foi alvo de ridicularização e críticas desde que posso me lembrar. Se um pai ou uma mãe decide ficar em casa para cuidar de seus filhos, o "trabalho" envolvido (produzir crianças estáveis e felizes?) não é contado no PIB. Mas se o mesmo progenitor empregar uma babá, sim. As pessoas indicaram que um PIB ascendente pode ser simplesmente um indício de quão rapidamente estamos promovendo o aquecimento global, mais que aumentando o bem-estar social: um veículo esportivo-utilitário que bebe combustível e emite muitos gases contribui para o PIB na mesma medida que mil bicicletas. E assim por diante.
Decidir que a saúde de uma economia nacional pode ser medida por um único número é tão idiota quanto pensar que uma única medida de "inteligência" (o QI) pode resumir a capacidade e o potencial de um indivíduo. Como indicou Howard Gardner muitos anos atrás, existem muitos tipos diferentes de inteligência, e cada pessoa ocupa um ponto diferente nesse espaço multidimensional. De maneira semelhante, a saúde de uma economia precisa ser medida de acordo com vários eixos. Mas parecemos estar empacados com o PIB porque é a única coisa que os economistas sabem calibrar.
Às antigas contradições dessa medição, a internet veio agora acrescentar uma realmente intrigante. O mundo da "produção" tradicional, em que indústrias e empresas produziam bens e serviços e nesse processo criavam valor que podia ser medido e incluído no PIB, foi ampliado por um universo paralelo em que existe um grande volume de atividade, cuja maior parte é invisível para os contadores de ervilhas que computam o PIB.
Vejam o Twitter. Ele tem mais de 230 milhões de usuários ativos, 100 milhões dos quais usam o serviço diariamente para enviar 500 milhões de tuítes. Desde a fundação do serviço, esses usuários despacharam mais de 300 bilhões de mensagens. E em troca por esse serviço maravilhoso eles pagaram ao Twitter exatamente 0 reais.
Agora, você pode refutar a ideia de tuítes serem "produtos", mas eles são o que transformou o Twitter em uma companhia que aparentemente vale 24 bilhões de dólares. Portanto, existe aí um valor econômico, em algum lugar.
"Mas", como escreve o colunista James Surowiecki na New Yorker, "no que diz respeito ao PIB, eles quase não existem. O economista Erik Brynjolfsson, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, indica que, conforme as estatísticas do governo, o 'setor de informação' da economia americana, que inclui publicação, software, serviços de dados e telecomunicações, quase não cresceu desde o final da década de 1980, apesar de termos visto uma explosão na quantidade de informação e dados que os indivíduos e as empresas consomem."
Uma maneira de pensar nisso vem do reconhecimento de que atenção se tornou um recurso realmente escasso em um mundo de sobrecarga de informação. Usando a percepção de que mesmo quando as pessoas não pagam dinheiro elas devem pagar com "atenção", o professor Brynjolfsson e seus colegas do MIT computaram uma estimativa da mudança anual do valor de aplicações online que têm preços muito baixos ou zero. A ideia é medir quanto tempo passamos online (sob a suposição de que tempo é dinheiro) e então convertê-lo em dinheiro. Eles concluíram que no período de 2002 a 2011 o aumento no superávit de consumo criado por serviços gratuitos na internet foi superior a 30 bilhões de dólares por ano só nos Estados Unidos, o que representa cerca de 0,23% do PIB anual médio. Diante da escala do envolvimento das pessoas com a internet, parece pouco para mim. Mas é um início. E – quem sabe? – quando finalmente encontrarmos uma maneira de medir o valor da atividade online, poderemos descobrir que a economia vem crescendo muito bem, afinal.
Leia mais em guardian.co.uk

NOTA PÚBLICA: SOLIDARIEDADE AOS PRESOS POLÍTICOS DO PT


NOTA PÚBLICA: SOLIDARIEDADE AOS PRESOS POLÍTICOS DO PT




O Núcleo Petista de Administração Pública "Celso Daniel" e os Núcleos do PT no exterior com sede em Londres, Genebra, Havana, Boston, Madri, Colônia, Áustria, Bélgica, e as companheiras Universina Coutinho e Alcione Martins Scarpin, do núcleo de Lisboa, se solidarizam com os companheiros José Genoíno, José Dirceu, Delúbio Soares e todos os petistas vítimas da prisão arbitrária ocorrida a partir de 15/11.
Como declarou o (insuspeito de ser de esquerda) jurista Ives Gandra Martins, em matéria deste 19/11, no portal Terra, no Brasil "Cada dia que o Genoíno, o Dirceu ou qualquer outro condenado ao semiaberto ficam detidos, um abuso está sendo cometido. São réus que se entregaram livremente à Justiça. Em nenhum momento deram demonstração de que iriam fugir do País. Portanto, se o Estado precisa de tempo para definir onde serão as penas, não é trancado na cadeia que isso tem que se dar". Até os cuidados médicos inerentes à cardiopatia de Genoíno e à diabetes de Delúbio estão sendo negligenciados, conforme veicula a imprensa comercial e alternativa.
Além disso, ainda não há prazo para novos mandados de prisão, agregando o signo da exceção, com adaptações casuísticas da teoria alemã do Domínio do Fato, coincidências com o período eleitoral municipal de 2012, verdadeiros discursos políticos contra o PT e o governo, desrespeito ao duplo grau de jurisdição, suposições sobre a conduta dos réus sem prova material, e ignorância de diversas provas e contra-provas presentes nos autos. Tal signo também pode ser identificado pelo ostensivo abuso de autoridade nas prisões executado no dia 15, nos termos da Lei 4898/65, Art. 4º, que caracteriza esta conduta como: a) ordenar ou executar medida privativa da liberdade individual, sem as formalidades legais ou com abuso de poder; b) submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou a constrangimento não autorizado em lei.
É disso que se trata quando foi, na prática, mudado o regime de José Genoíno e José Dirceu de semi-aberto mas cumprindo em regime fechado, sem ofício e guia de recolhimento. O linchamento porque passam José Genoíno e José Dirceu visam desmoralizar simbolismo que guardam por terem sido protagonistas no processo de mudanças experimentadas pelo país nos últimos dez anos e na construção do PT. Todavia, a experiência recente deste caso da Ação Penal 470 deve nos fazer refletir sobre algumas questões, como a importância da mobilização popular e de uma governabilidade social, com possibilidades maiores em sua efetividade após a extraordinária mobilidade social propiciada pelas políticas sociais e reorientação da economia promovida por Lula e Dilma; a clareza de que restam ainda vários governos neoliberais a rodar a engrenagem da mudança geral do país para trás a serem questionados nas ruas e nas urnas, o que sugere, portanto, a imperiosidade das reformas política, agrária, tributária, da mídia e uma efetiva reforma popular do Estado brasileiro.
Para além disso, este julgamento sinaliza um posicionamento político do judiciário como um todo, não apenas do STF, no qual não há equilíbrio de forças e nem pluralidade, revelando, para muito além da dicotomia superficial de que "só os pobres vão para a cadeia", uma teia invisível que privilegia os interesses de uma classe dentro das instituições, especialmente quando se detecta a forte influência da mídia, na prática um quarto poder instalado.
Este processo de mais mudanças e defesa do PT é indissociável da defesa dos suas lideranças injustiçadas, neste momento histórico. Mais do que nunca, é fundamental discutir a importância das ideologias dentro do aparato do Estado e como é importante, para o projeto de esquerda, disputar corações e mentes. Assim, os Núcleos do PT no exterior se juntam ao Núcleo Celso Daniel de Brasília, e convidam toda a militância para defender de forma livre, criativa, inovadora, espontânea e determinada o PT, o governo e nossos companheiros, se manifestando onde for possível.

Brasília, 21 de novembro de 2013
Núcleo Petista de Administração Pública "Celso Daniel"
Núcleo do PT de Londres (Reino Unido)
Núcleo do PT de Genebra (Suíça)
Núcleo do PT de Havana (Cuba)
Núcleo do PT de Boston (EUA)
Núcleo do PT de Madri (Espanha)
Núcleo do PT de Colônia (Alemanha)
Núcleo do PT da Áustria
Núcleo do PT da Bélgica
Universina Coutinho - Núcleo do PT de Portugal
Alcione Martins Scarpin - Núcleo do PT de Portugal
Regis Barbosa - Núcleo do PT de Portugal

Stanley Burburinho: A Globo e a máfia política



Dos 513 deputados, o PT só tem 86; dos 81 senadores, o PT só tem 12. O único partido da base aliada que o PT pode contar é com o PCdoB. 

O tamanho da bancada de empresários no Congresso é de 45%.

Como o PT poderá aprovar uma Lei de Médios se o Presidente da Câmara, Henrique Alves do PMDB, é sócio da Globo? Ele é o dono da TV Cabugi do Rio Grande do Norte que retransmite o sinal da TV Globo.

O Presidente do Senado, Renan Calheiros do PMDB, também é sócio da Globo. Ele é o dono de rádio em Alagoas que retransmite o sinal da rádio CBN que é da Globo.

Sem a ajuda das ruas, vai ser muito difícil aprovarem a Lei de Médios que regulamentará as mídias.

Globo diz que Renan Calheiros, Presidente do Senado, não presta, mas tem ele como sócio. Globo não reclamou de Renan quando ele foi Ministro da Justiça de FHC.

Globo diz que Sarney não presta, mas tem ele como sócio. Sarney é dono de TV no Maranhão que retransmite o sinal da TV Globo. Globo não reclamou quando o PMDB de Sarney apoiou a candidatura de Serra à presidência em 2002. 

Globo diz que Collor não presta, mas tem ele como sócio. Collor é dono de TV em Alagoas que retransmite o sinal da TV Globo. Mas a Globo apoiou a eleição de Collor em 1989, editando o debate para derrubar Lula.

A Globo individualiza para despolitizar. Quando rolar a Regulamentação das Mídias(Lei de Médios), eles se unirão para votar contra.


Via Stanley Burburinho

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Herzog nunca foi uma "ameaça nacional", diz aliado da ditadura


27 DE NOVEMBRO DE 2013 - 11H07 

Herzog nunca foi uma "ameaça nacional", diz aliado da ditadura


O ex-governador de São Paulo, Paulo Egydio Martins, que governou o estado entre 1975 e 1979, durante a ditadura, afirmou nesta terça-feira (26) que muitas empresas financiaram o golpe contra João Goulart, presidente deposto pelo golpe em 1º de abril de 1964. "É difícil encontrar alguém que não tenha financiado a conspiração", disse, em depoimento à Comissão da Verdade da Câmara de vereadores de São Paulo. "O volume de dinheiro repassado aos coronéis aumentava a cada discurso inflamado do Jango”.


Arquivo
Herzog nunca foi uma "ameaça nacional", diz aliado da ditadura 
Na foto, Vladimir Herzog. Comissão da Verdade da Câmara Municipal ouviu de Paulo Egydio Martins, que governou o estado de São Paulo entre 1975 e 1979. 
Segundo o ex-governador, os empresários usavam dinheiro de caixa dois nessas doações. "Ninguém doava dinheiro de lucro", afirmou. No depoimento, ele negou que soubesse do financiamento dos órgãos de tortura e da própria estrutura da ditadura.

Egydio afirmou que fazia parte do núcleo de pensamento estratégico da conspiração, que contava com outras figuras ilustres, como o ex-diretor do jornal O Estado de São Paulo, Júlio de Mesquita Filho.

Para o ex-governador,que também foi ministro do Desenvolvimento no governo Castelloo Branco (1964-66), as mortes do jornalista Vladimir Herzog e o metalúrgico Manuel Fiel Filho, em 1975 e 1976 respectivamente, assassinados sob tortura no DOI-Codi, foram planejadas pela linha dura do regime, com o suposto objetivo de desestabilizar o governo do general Ernesto Geisel.

“Não é possível que alguém acredite que Herzog pudesse representar uma ameaça nacional. Um metalúrgico que distribuía a Voz Operária poderia ser uma ameaça nacional? Não tinha nada que mostrasse que ele e Herzog oferecessem algum tipo de risco, mas com a morte deles a população iria ficar exaltada e aí seria justificada uma ação mais violenta do Exército”, afirmou.

"Eu era um homem de confiança do Geisel em São Paulo. Militares linha dura, como o ex-ministro do Exército Sylvio Frota, não queriam que o Geisel efetivasse a abertura política. Causando problemas em São Paulo, esperavam atingir o presidente", disse Egydio.

Ele destacou a destituição do comandante do II exército, Ednardo D’Ávila Mello, após os assassinatos. "Um caso inédito na história do Brasil. Nem na Guerra do Paraguai houve a dispensa de um militar de alta patente", afirmou.

Para o vereador Gilberto Natalini, presidente da comissão, o depoimento é importante pela representatividade do ex-governador. "Ele participou da articulação e do governo, conhece o processo por dentro. Negou conhecimento sobre algumas coisas, como da estrutura do DOI-Codi, que não é possível crer que não tivesse, na posição dele. Mas foi um bom depoimento", considerou.

A última reunião de 2013 da Comissão da Verdade da Câmara Municipal será no dia 10 de dezembro, às 10h. Nela será ouvido João Vicente Goulart, filho do ex-presidente deposto João Goulart.


http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=230221&id_secao=1
Fonte: Rede Brasil Atual

Dossiê Pizzolato revela: Pizzolato é inocente!

Dossiê Pizzolato revela que BB e Visanet não apontam prejuízo com o ‘mensalão’

27/11/2013 13:33
Por Redação - do Rio de Janeiro

Pizzolato argumenta que há provas no processo, capazes de inocentá-lo integralmente dos crimes a que foi condenado no relatório de Joaquim Barbosa
Pizzolato argumenta que há provas no processo, capazes de inocentá-lo integralmente dos crimes a que foi condenado no relatório de Joaquim Barbosa
A versão de que os recursos do Fundo Visanet eram de uma empresa privada – e não de uma empresa pública, como foi apontado no relatório do ministro Joaquim Barbosa sobre a Ação Penal (AP) 470, do Supremo Tribunal Federal (STF) – ganharam um reforço de peso, nesta quarta-feira, no vazamento do relatório do Banco do Brasil (BB) ao blog O Cafezinho, do jornalista Miguel do Rosário. Segundo a assessoria de imprensa do BB, provocada por um pedido de vista do Correio do Brasil aos balanços nos quais deveriam aparecer os prejuízos causados pela suposta operação fraudulenta que teria incriminado o ex-diretor de Marketing da instituição bancária HenriquePizzolato, “todas as informações relativas ao caso já foram encaminhadas ao STF”.
Nos autos do STF sobre a AP 470, então, três auditorias internas do Banco do Brasil atestam a regularidade dos repasses do Fundo Visanet à DNA Propaganda. O Laudo 2828 e o regulamento do Fundo Visanet, além de outros documentos do BB que comprovam a isenção de Henrique Pizzolato também reforçam a tese de que os fundos usados para abastecer o esquema do ‘mensalão’ eram de uma empresa privada.
Dossiê Pizzolato, como ficou conhecido o conjunto de documentos que o réu na AP 470 transportou para a Itália, onde se encontra, reúne, entre outras, uma das auditorias do BB sobre o Visanet, a qual atesta que os recursos constantes do Fundo eram de propriedade da Companhia Brasileira de Meios de Pagamento (CBMP) e seriam utilizados “exclusivamente para ações de incentivo aprovadas pela Visanet, não pertencendo os mesmos ao BB Banco de Investimentos e nem ao Banco do Brasil”.
Miguel do Rosário publica, ainda “dois pareceres, também do BB, atestando que os recursos do Fundo Visanet não são públicos; pertenciam exclusivamente à multinacional Visanet, embora ao BB, assim como outros bancos participantes do convênio, cabia apontar as propostas de publicidade e a agência que seria responsável pelas campanhas. Detalhe: os recursos do Fundo Visanet ficavam armazenados no Bradesco. Segundo o regulamento do Fundo, ao BB cabia nomear um gestor para aprovar campanhas e pagamentos, e este gestor do BB, na época em que tudo aconteceu, jamais foi Henrique Pizzolato”.
Cai por terra, assim, a acusação de que os R$ 73,85 milhões do Fundo Visanet foram desviados. “Foram usados em campanhas publicitárias. A (Rede) Globo recebeu R$ 5,5 milhões desse dinheiro”, afirma O Cafezinho. E continua:
“Todas as auditorias e o regulamento do Fundo Visanet mostram que os recursos eram privados. Eles eram disponibilizados pela Visanet, uma multinacional que fatura centenas de bilhões de dólares no mundo, a um conjunto de bancos brasileiros, para que estes fizessem a publicidade dos cartões de débito e crédito com a bandeira Visa”.
Ainda segundo Rosário, “é preciso entender que o BB não é casa da mãe Joana. Nenhum servidor tem o poder de ‘repassar’ R$ 74 milhões do BB para nenhuma empresa. No caso do Visanet, o BB havia nomeado um gestor para cuidar dos assuntos relativos ao Fundo Visanet. Era Leo Baptista”.
Os documentos apresentados também desmentem “que o Bônus de Volume (BV) teria sido apropriado indevidamente pela DNA, e pertenceria ao BB. Mentira. É muita hipocrisia da Globo, pois ela inventou o BV no Brasil, ou pelo menos é a empresa que mais o utiliza. Além disso, é uma contradição. Se a DNA recebeu R$ 2,9 milhões de BV é porque veiculou uma quantidade enorme de anúncios nos meios de comunicação, e portanto, o serviço foi realizado. O BV referente a campanha da publicidade do BB-Visanet entra numa relação privada entre veículos de mídia e a DNA. O BB jamais recebeu BV por nada. Perguntem a Secom (da Presidência da República) se ela cobra devolução de algum BV para os cofres públicos”.
“O Banco do Brasil quer saber se dinheiro foi desviado e quer o ‘reembolso’. A acusação, enviada pelo Procurador Geral da República e pelo relator Joaquim Barbosa, dizia que o ‘mensalão’ foi sustentado pelo dinheiro do Banco do Brasil junto ao Fundo Visanet, os R$ 74 milhões. No entanto duas pericias realizadas antes do julgamento mostraram que não houve desvios de dinheiro no Banco do Brasil”, afirma Rosário.
Ainda segundo O Cafezinho, outra pericia mostrou “que o Fundo Visanet é um fundo privado, na qual uma multinacional o controla”
“O fundo visanet hoje se tornou o CIELO. De acordo com Barbosa, o dinheiro público teria sido desviado do Fundo Visanet que é uma empresa privada. No entanto, o inquérito 2474, encaminhado ao STF, que correu sob segredo de justiça até tempo atrás mostra que o dinheiro do Fundo Visanet foi em grande parte para as Organizações Globo através da DNA propaganda de Marcos Valério e Barbosa não colocou em juízo a Rede Globo também no caso”, afirmou.


Reacionários do Brasil: deixem Dirceu em paz

Postado em 26 nov 2013

Não é fácil ser Dirceu
Não é fácil ser Dirceu
Reacionários do Brasil: deixem Dirceu em paz. Pelo menos na cadeia, poupem-no de seu reacionarismo estridente, obtuso e maldoso.
Qualquer coisa que ele faça vira contra ele.
A mídia publica, por exemplo, que ele teria pedido apoio a Lula. Uma declaração contra a brutalidade a que está sendo submetido por Joaquim Barbosa.
Isso vira “pressão”. Isso vira “tentativa de subverter a justiça”.
Até eu, que estive com Dirceu apenas uma vez, entendo que Lula deveria se manifestar com clareza a favor dele.
De amigos a gente espera o quê?
Lembro a mais linda frase sobre a amizade, escrita por Montaigne quando morreu seu amigo La Boétie. “Estava tão acostumado a sentir que éramos um só que agora me sinto meio.”
O que há de errado em Dirceu querer de Lula apoio numa hora duríssima como a que ele vive? É uma reação absolutamente humana.
Considere. Não é uma prisão normal. Nos últimos tempos, juristas insuspeitos de simpatia petista manifestaram repulsa ao julgamento do Mensalão.
Ives Gandra disse que Dirceu foi condenado sem provas, depois de estudar o processo. Bandeira de Mello, depois de acusar JB de ser um homem mau, sugeriu seu impeachment. Um celebrado constitucionalista português, Canotilho, citadíssimo pelos juízes do STF, disse ter visto falhas extraordinárias no julgamento, a começar pelo papel de Joaquim Barbosa.
Disceu tem 67 anos. Está na última etapa da vida útil. E uma decisão contra a qual se erguem tantas vozes o põe na cadeia.
Imagine você nessa situação. Não iria reclamar um apoio de Lula, se este fosse seu amigo e conhecesse a história que levou você à cadeia?
Repito: não é uma cadeia normal.
Li outro dia que, depois de muitos anos, a justiça do Paraná decretou enfim a culpa de um ruralista que diversas testemunhas viram dar um tiro na nuca de um sem terra que ocupara uma fazenda dele.
É uma história macabra, ocorrida em 1998.
Um grupo de pistoleiros mascarados cercou os sem terra. Mandou-os deitar com o rosto no chão. Um deles, com problemas na coluna, não conseguiu.
Um dos pistoleiros matou-o a sangue frio. Antes de apertar o gatilho, tirou a máscara. E por isso foi reconhecido. Era Marcos Prochet, ex-presidente da UDR no Paraná.
Prochet foi reconhecido porque tirou a máscara antes de dar um tipo na nuca de um sem terra
Prochet foi reconhecido porque tirou a máscara antes de dar um tipo na nuca de um sem terra
Prochet não foi preso, embora o processo seja do milênio passado. Dificilmente será: é um homem rico.
Mas Dirceu está preso, e não pode sequer invocar o apoio de Lula que é crucificado pelos reacionários. Também não pode cuidar da cela que é acusado, como se viu numa matéria do Estadão, de ter mania de mandar e ser obcecado com limpeza.
Essa é a mídia brasileira.
Aquela é a justiça brasileira, na versão 2013 protagonizada por Joaquim Barbosa.
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira, baseado em Londres, é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Entenda as revoluções . LIVRO da CAROS AMIGOS

REVOLUÇÔES 


Algumas fotos
Comuna de Paris - Barricada da rua Saint-Sébastien 18.03.1871 (p. 40)

Revolução Cubana
Revolução Cubana - Milicianos cubanos na Baía dos Porcos antes dos combates em abril de 1961 (p. 500)

Revolução Chinesa
Revoluções Chinesas - Voluntários e estudantes da província de Hebei, armados apenas com lanças ornadas com galões vermelhos, partem ao encontro do Exército Vermelho, em 1948 (p. 358)

Revolução Mexicana
Revolução Mexicana - "General Eufemio Zapata e seu estado-maior": zapatistas entram na Cidade do México em dezembro de 1914 (p. 298)

São ensaios de diversos autores sobre as mais clássicas revoluções dos séculos XIX e XX, acompanhados de registros fotográficos fascinantes, em um diálogo interessante entre imagem, narração e história. Os processos revolucionários do final do século XIX até a segunda metade do século XX estão ali documentados e comentados com maestria. Michael Löwy afirma que “as fotos de revoluções revelam ao olhar atento do observador uma qualidade mágica, ou profética, que as torna sempre atuais, sempre subversivas. Elas nos falam ao mesmo tempo do passado e de um futuro possível”. O livro ainda conta com um capítulo que trata de uma série de eventos revolucionários (ainda que não sejam revoluções no sentido clássico do termo) da segunda metade do século XX em diante: o Maio de 1968, a Revolução dos Cravos em Portugal (1974) e a Nicaraguense (1978–1979), a queda do Muro de Berlim (1989) e a sublevação zapatista de Chiapas (1994–1995). Essa edição brasileira tem também um posfácio de Löwy sobre os momentos de resistência que marcaram a história do Brasil. Conforme Luiz Bernardo Pericás, na orelha do livro, “sucesso de público e crítica tão logo foi lançado na França, em 2000, Revoluções teve sua primeira edição esgotada rapidamente. As imagens e os ensaios que compõem este volume tornam-se imprescindíveis para a compreensão de alguns dos episódios mais bonitos e emocionantes da história universal contemporânea”.
Textos e autores
A revolução fotografada(Michael Löwy)
A Comuna de Paris, 1871(Gilbert Achcar)
A Revolução Russa de 1905(Gilbert Achcar)
A Revolução Russa de 1917(Rebecca Houzel e Enzo Traverso)
A Revolução Húngara, 1919(Michael Löwy)
A Revolução Alemã, 1918–1919(Enzo Traverso)
A Revolução Mexicana, 1910–1920(Bernard Oudin)
As Revoluções Chinesas, 1911 e 1949(Pierre Rousset)
A Guerra Espanhola, 1936(Gilbert Achcar)
A Revolução Cubana, 1953–1967(Janette Habel)
A história não terminou(Michael Löwy)
Posfácio à edição brasileira – Revoluções brasileiras?(Michael Löwy)

O livro Revoluções organizado por Michael Löwy, nos traz cerca de 400 fotografias em preto e branco que documentam importantes movimentos revolucionários, desde a Comuna de Paris (1871) até a Revolução Cubana (1953-67)


segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Criminalização da AP470! Video de Paulo Moreira Neto

Paulo Moreira Leite fala sobre mensalão ecriminalização ...


Paulo Moreira Leite fala sobre mensalão e criminalização da política : Se vc quer entender ouça o video:

Caros Camaradas José Dirceu e José Genoino - Florestan Fernande

Caros Camaradas José Dirceu e José Genoino

 

22 de novembro de 2013


Da Página do MST


Caros Camaradas José Dirceu e José Genoino,

A Direção Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) vem acompanhando com indignação o Julgamento de Exceção e a condenação injusta.

Repudiamos com veemência a ação do judiciário brasileiro, em especial o Supremo Tribunal Federal, serviçal à classe dominante no país, que há anos vem atuando contra a classe trabalhadora, os movimentos sociais e a luta política.

Para os Movimentos Sociais, a criminalização representa um recuo das conquistas democráticas obtidas através das lutas históricas dos trabalhadores e trabalhadoras, das quais vocês são sujeitos protagonistas.

No último período, o MST também tem sido alvo da atuação parcial do judiciário, no que diz respeito ao bloqueio da Reforma Agrária, à continuidade da violência no campo, à perpetuação da impunidade aos crimes e massacres cometidos e perseguições políticas às nossas entidades jurídicas.

Essa atuação tem sido fortalecida pelos meios de comunicação de massa a partir de uma aliança de classe entre os setores dominantes, que arquitetam “shows midiáticos”, cerceando o direito à informação e à crítica. No caso desse julgamento, a aliança entre a Globo e o STF se tornam evidentes e revelam, mais uma vez, o poder de hegemonia da dominação.

Diante disso, reafirmamos o nosso compromisso em denunciar e combater as práticas promíscuas de parte do judiciário e da mídia burguesa brasileira. Seguiremos na luta pela construção de um país soberano, com participação popular efetiva e na construção intransigente da justiça social.

Expressando nossa indignação, nos solidarizamos e exigimos a liberdade imediata de vocês.

“CONTRA A INTOLERÂNCIA DOS RICOS, A INTRANSIGÊNCIA DOS POBRES”
Florestan Fernandes

São Paulo, 22 de novembro de 2013.
http://www.mst.org.br/node/15477#.UpBiXs9q8lx.facebook

PHA acusa Brasil 247 de ser mídia do Daniel Dantas; Attuch se defende- #SOUAMORIM!

PHA acusa Brasil 247 de ser mídia do Daniel Dantas; Attuch se defende

24/11/2013 | Publicado por Renato Rovai em Política 
Blog do Rovai
O jornalista Paulo Henrique Amorim publicou neste sábado um texto forte onde acusa o Brasil 247 de ser um dos “braços do banqueiro Daniel Dantas” na mídia digital. A acusação não é exatamente nova, mas pela força que PHA tem na rede se tornou um dos fatos de ontem no Facebook e no Twitter. Republico, abaixo, parte do texto de Paulo Henrique, que pode ser lido aqui na íntegra, e uma curta entrevista que fiz com o diretor do Brasil 247, Leonardo Attuch, pelo Facebook, que está logo na sequência.
Segue trecho do texto de Paulo Henrique Amorim:
“Leonardo Attuch foi o homem de Daniel Dantas na mídia durante os momentos conturbados da vida do banqueiro, na “maior disputa comercial da história do capitalismo brasileiro” e pouco antes das duas prisões no âmbito da Operação Satiagraha (que o presidente Barbosa, breve, legitimará).
Trata-se da disputa acionária pelo controle da Brasil Telecom, que se consumou na fusão da Brasil Telecom a Oi, a BrOi, uma patranha – com o dinheiro do FAT, sob a guarda do BNDES e que rendeu US$ 2 bilhões a Dantas.
Em interceptação telefônica feita pela Polícia Federal, na Operação Chacal, Attuch aparece com o megainvestidor Naji Nahas – encarcerado com Dantas na Satiagraha – , que, então, costurava um acordo entre Daniel Dantas e a Telecom Itália.
Na conversa, Attuch aconselha Naji a processar jornalistas – a quem chama de f… da p … – que “incomodavam” o grupo, entre eles Mino Carta e Paulo Henrique Amorim.
Segue a conversa em áudio e texto:

Attuch liga:
Naji: Alô.
Attuch: Naji? É o Leonardo (Attuch), dá para falar um pouquinho?
Naji: Dá.
Attuch: Só pra te falar, você tá vendo essas notícias lá da Itália?
Naji: É loucura o Daniel me colocar nesse negócio porra, não são eles que estão lá na Itália? Ele e o Diglesias (?) e tal fazendo essa campanha?
Attuch: Não, não. Não é o Daniel, não. Isso é coisa de Paolo Dal Pino (Presidente da Telecom Itália no Brasil), aquela turma lá. (…)
Naji: Ahn.
Attuch: O que tá acontecendo é o seguinte: a mídia não tem como voltar atrás e admitir que errou nessa coisa de Telecom Itália e àquela coisa toda.
Naji: Mas tão dizendo que eu corrompi a Comissão de Ciência (Ciência e Tecnologia da Câmara – em pró da BrT)…  Eu nunca corrompi ninguém rapaz.
Attuch: É loucura, eu acho que… (interrompido)
Naji: Esse Mino Carta, eu vou mandar processar ele já, hoje.
Attuch: Você deveria fazer isso, deveria fazer isso com urgência. Pelo seguinte, esses caras querem fazer a bomba cair no teu colo, e não tem nada a ver.
Quem corrompeu foi a turma do Carmelo (Carmelo Furci, vice-presidente da Telecom Itália para AL), que fez o trabalho sujo, que você sabe muito bem como funcionava a coisa ali.
Então, honestamente, eles que contrataram o Demarco, o Paulo (inaudível), esse pessoal todo. Agora, eu acho que você deveria se mexer aí.
Naji: O que você quer se eles dizem que eu corrompi, eles tem que provar que eu corrompi, porra.
Attuch: Pois é, mas como toda essa turma… A Veja tá comprometida nessa história, a Folha tá comprometida. Inclusive, hoje, a Elvira Lobato lá da Folha, ligou para o Opportunity, ligou lá para o Daniel querendo… Não sei, se ela queria falar com ele.
Naji: Ela ligou e ele não atendeu.
Attuch: Isso, ele não atendeu. Mas ela veio com uma conversinha mole, de querer entender o que está acontecendo. Quer dizer, qualquer pessoa com dois neurônios entende que se (inaudível) foi preso, é porque, porra, veio pra cá e montou a Operação Chacal.
Naji: Sei.
Attuch: Agora, acho que a própria Folha quer entrar nesse conto da carochinha…
Naji: É, mas o que que tem a ver? Eu sempre trabalhei para fazer o acordo entre os dois.
Attuch: Eu sei, eu sei. Mas como eles não podem dizer que a Operação Chacal foi comprada, porque deixaria toda a imprensa mal na história, eles vão tentar destorcer e colocar no seu colo, entendeu?
Naji: Por no meu colo é o que eles tentam, mas eles vão ver o que vai acontecer.
Attuch: Pois é, mas você tem que fazer isso rápido.
Naji: Mas o que você quer que eu faça?
Attuch: Não, eu acho que você tem que começar a se mexer com essa turma de Mino Carta, de Paulo Henrique Amorim, esse bando de filho da puta (…)
Naji: Vou processar, vou processar todos! É a única coisa que eu posso fazer…
Attuch: Pois é… Porque realmente o negócio está esquisito. Você andou conversando por lá? Chegou a ver essas coisas?
Naji: Não, não hoje que eu falei com ele. Ele tá achando um absurdo esse negócio. Mas tudo bem, vamo lá.
Attuch: Esse negócio é uma loucura. Eu vou levantar informação desse negócio e eu te mando.
Naji: Tá, me manda.
Fim da ligação.

Segue entrevista com o Leonardo Attuch. Enviei as perguntas a ele às 20:45. Elas foram respondidas de pronto, às 20h58:
Foto de Leonardo AttuchCaro Attuch, desculpe-me por te procurar por aqui, mas foi a maneira que encontrei pra fazê-lo em pleno sábado à noite. Acabo de ler a nota do Paulo Henrique e a tua réplica e vou produzir um texto pro site da Fórum. Gostaria de saber se você pode responder essas perguntas.
1) Paulo Henrique apresenta uma série de documentos e uma gravação vinculando você ao Dantas, qual a sua relação com Daniel Dantas no passado e atualmente?
Resposta:  Caro Rovai, Não há problema algum. Seguem as respostas. No passado, como editor da Istoé Dinheiro, fiz a cobertura da disputa na telefonia, onde ele era um dos protagonistas, a quem entrevistei em diversas ocasiões. Hoje, nenhuma.
2) Por que na ligação para Naji Nahas você tenta convencê-lo a processar jornalistas como Mino Carta e Paulo Henrique Amorim e os chama de ” bando de filhas da puta”? Você falava em nome de Dantas naquele telefonema?
Resposta: Qualquer conversa, ouvida fora de contexto, pode dar margem a várias interpretações. Conheço Naji Nahas há vários anos e também o entrevistei para a Istoé Dinheiro. Ele se sentia perseguido pelos dois jornalistas e tinha o direito de processá-los. Claro que não falava em nome de Dantas. Aliás, naquele caso da telefonia, ele o Naji não atuavam de forma alinhada. Pelo contrário.
3) Qual a sua relação com a Carla Cicco para ela indicar você à Kroll e por que a reunião entre você e o representante da Kroll tinha de ser realizada fora da Brasil Telecom?
Resposta: A Carla Cicco era outra personagem daquela disputa. Entrevistei algumas pessoas da Kroll naquele episódio, porque achei que eram boas fontes. Inclusive o fundador da Kroll, Jules Kroll.
4) Você diz que há um inquérito sob responsabilidade do ministro Tofolli de que Paulo Henrique teria participado de campanhas de difamação com patrocínio privado, ao que você se refere? Pode explicar melhor o caso?
Resposta: Depois da Satiagraha, o juiz Ali Mazloum levantou indícios de abusos cometidos naquela operação. Entre eles, o de que a Telecom Italia teria patrocinado a ação da Polícia Federal, promovendo, inclusive, uma campanha difamatória nos meios de comunicação. Este caso subiu para o Supremo Tribunal Federal e está sob a responsabilidade do ministro Dias Toffoli, conforme já foi noticiado por outros meios de comunicação.
Share this: 

As mulheres militantes na revolução de outubro

cartaz_84
Há uma infinidade de obras sobre a Revolução Russa e seus grandes líderes. Porém, sobre a participação das mulheres não há um número significativo de publicações, à exceção das obras de Alexandra Kollontai, que foi a única ministra do primeiro governo bolchevique. A libertação da mulher foi o eixo fundamental da sua vida, como escritora e como militante. Num artigo raro, publicado no Diário Feminino de Moscou, edição de 11 de novembro de 1927, é a própria Kollontai que fala sobre essa temática. Segue um extrato do seu artigo. 
As mulheres que participaram da Grande Revolução de Outubro – quem eram elas? Indivíduos isolados? Não, havia multidões delas; dezenas, centenas e milhares de heroínas anônimas que, marchando lado a lado com os operários e camponeses sob a Bandeira Vermelha e a palavra-de-ordem dos Sovietes, passou por cima das ruínas do czarismo rumo a um novo futuro…
Se alguém olhar para o passado, poderá vê-las, essa massa de heroínas anônimas que outubro encontrou vivendo nas cidades famintas, em aldeias empobrecidas e saqueadas pela guerra… O lenço em sua cabeça, uma saia gasta, uma jaqueta de inverno remendada… Jovens e velhas, mulheres trabalhadoras e esposas de soldados camponesas e donas-de-casa das cidades pobres. Mais raramente, muito mais raramente, secretárias e mulheres profissionais, mulheres cultas e educadas. Mas havia também mulheres da intelligentsia entre aqueles que carregavam a Bandeira Vermelha à vitória de Outubro – professoras, empregadas de escritório, jovens estudantes nas escolas e universidades, médicas. Elas marchavam alegremente, generosamente, cheias de determinação. Elas iam a qualquer parte que fossem enviadas. Para a Guerra? Elas colocavam o quepe de soldado e tornavam-se combatentes no Exército Vermelho. Se elas portassem fitas vermelhas no braço, então corriam para as estações de primeiros-socorros para ajudar o Front Vermelho contra Kerenski na Gatchina. Trabalhavam nas comunicações do exército. Trabalhavam felizes, convictas de que alguma coisa significativa estava acontecendo.  Nas aldeias, a mulher camponesa (seus maridos tinham sido enviados para a Guerra) tomava a terra dos proprietários e arrancava a aristocracia dos postos onde ela se alojou por séculos.
Ainda não tinham certeza do que exatamente queriam, pelo que lutavam, mas sabiam uma coisa: não iriam continuar suportando a guerra. No ano de 1917, o grande oceano de humanidade se levanta e se agita, e a maior parte desde oceano feita de mulheres…Algum dia a historia escreverá sobre as proezas dessas heroínas anônimas da revolução, que morreram na Guerra e amargaram incontáveis privações nos primeiros anos seguintes à revolução, mas que continuaram a carregar nas costas o Estandarte Vermelho do Poder Soviético e do comunismo.
Entretanto, fora deste mar de mulheres de lenços e toucas surradas inevitavelmente emergem as figuras daquelas a quem os historiadores devotarão atenção particular, quando, muitos anos depois, eles escreverem sobre a Grande Revolução de Outubro e seu líder, Lênin.
A primeira figura que emerge é a da fiel companheira de Lênin, NadezhdaKonstantinovnaKrupskaya, vestindo seu vestido cinza liso e sempre se esforçando para permanecer em segundo plano. Via e ouvia tudo, observando tudo o que acontecia; então ela poderia mais tarde fornecer um relato completo para Vladimir Ilich, adicionar seus próprios hábeis comentários e expor uma ideia sensata, apropriada e conveniente.
Ela trabalhou incansavelmente como braço direito de Vladimir Ilich, ocasionalmente dando depoimentos e relatando críticas nas reuniões do partido. Em momentos de grande dificuldade e perigo, quando muitos camaradas firmes perderam o ânimo e sucumbiram às dúvidas, NadezhdaKonstantinovna permaneceu sempre a mesma, totalmente convencida da justiça da causa e de sua vitória certa. Ela transmitia inabalável confiança, e sua firmeza de espírito, escondia uma rara modéstia, sempre contaminava com seu ânimo todos aqueles que entravam em contato com a companheira do grande líder da Revolução de Outubro.
Outra figura que se destaca – outra leal parceira de Vladimir Ilich, uma camarada-em-armas durante os anos difíceis do trabalho clandestino, secretária do Comitê Central do Partido, YelenaDmitriyevnaStassova. Inteligente, com uma rara precisão, e uma excepcional capacidade para o trabalho, uma rara habilidade para “apontar” as pessoas certas para o trabalho. Em suas mãos, segurava um caderno de anotações, enquanto ao seu redor multidões de camaradas do front, trabalhadores, guardas vermelhos, membros do partido e dos Sovietes, buscavam respostas claras ou ordens.
Stassova carregou a responsabilidade por muitos negócios importantes, mas se um camarada demonstrava necessidade ou angústia nesses dias tempestuosos, ela sempre podia auxiliar, fornecendo explicações, ela fazia o que estava ao seu alcance. Ela não gostava de ser o centro das atenções. Sua preocupação não era com ela mesma, mas com a causa.
Pela nobre e estimada causa do comunismo, YelenaStassova experimentou o exílio e a detenção nas penitenciárias do regime czarista, deixando-a com a saúde prejudicada… Em nome da causa ela era firme como aço. Mas em relação ao sofrimento de seus camaradas, ela demonstrava a sensibilidade e a receptividade que só se encontram em uma mulher com um coração afetuoso e nobre.
KlavdiaNikolayeva era uma mulher trabalhadora de origem muito humilde. Ela uniu-se aos bolcheviques já em 1908, nos anos da reação, e suportou o exílio e a prisão… Em1917, ela retornou a Leningrado e se tornou a organizadora da primeira revista para as mulheres trabahadoras, Kommunistka. Ela ainda era jovem, cheia de ânimo e ansiedade. Então ela segurava firmemente o estandarte, e corajosamente declarava que as trabalhadoras, esposas de soldados e camponesas precisavam ingressar no partido. Ao trabalho, mulheres! Vamos defender os Sovietes e o Comunismo!  Ela era uma daquelas que lutou em duas frentes – pelos Sovietes e o comunismo, e ao mesmo tempo para a emancipação das mulheres.
Os nomes KlavdiaNikolayeva e KonkordiaSamoilova, que morreram exercendo funções revolucionárias em 1921 (vítimas da cólera), são indissoluvelmente ligados aos primeiros e mais difíceis passos do movimento das trabalhadoras, particularmente em Leningrado. KonkordiaSamoilova foi uma militante do partido de incomparável abnegação, excelência, uma oradora metódica que sabia ganhar os corações dos trabalhadores. Aqueles que trabalhavam ao seu lado lembrarão por muito tempo de KonkordiaSamoilova. Ela era simples nos costumes, simples na aparência, exigente na execução das decisões, severa com ela mesma e com os outros.
Particularmente notável é a gentil e encantadora figura de Inessa Armand, que foi incumbida de um trabalho partidário muito importante na preparação da Revolução de Outubro, e que depois contribuiu com muitas ideias criativas para o trabalho entre as mulheres. Com toda sua feminilidade e bondade nas maneiras, Inessa Armand era inabalável em suas convicções e capaz de defender aquilo que ela acreditava correto, mesmo quando deparada com temíveis oponentes. Depois da revolução, Inessa Armand se dedicou à organização do amplo movimento das trabalhadoras.
Um imenso trabalho foi feito por VarvaraNikolayevnaYakovleva durante os difíceis e decisivos da Revolução de Outubro em Moscou. No terreno de batalha das barricadas, ela mostrou a determinação meritória de uma líder do quartel-general do partido. Muitos camaradas disseram na ocasião que sua determinação e coragem inabaláveis foi o que deu ânimo aos vacilantes e inspirou aqueles que haviam perdido suas forças.
Ao recordar das mulheres que tomaram parte na Grande Revolução de Outubro, mais e mais nomes e faces surgem como mágica da memória. Poderíamos deixar de honrar a memória de Vera Slutskaya, que trabalhou de modo abnegado na preparação para a revolução e que foi morta pelos Cossacos no primeiro front Vermelho próximo a Petrogrado? Podemos nos esquecer de YevgeniaBosh, com seu temperamento inflamado, sempre pronta para a batalha? Ela também morreu no trabalho revolu-cionário.  Podemos nos omitir de mencionar aqui dois nomes intimamente ligados com a vida e a atividade de V. I. Lênin – suas duas irmãs e companheiras em armas, Anna IlyinichnaYelizarova e Maria IlyinichnaUlyanova?
…E a camarada Varya, das oficinas de linhas de trem em Moscou, sempre animada, sempre inquieta? E Fyodorova, trabalhadora têxtil de Leningrado, com seu rosto amável e sorridente e seu destemor quando estava lutando nas barricadas?
É impossível listar todas elas, e quantas delas permanecem desconhecidas? As heroínas da Revolução de Outubro formavam todo um exército, e embora seus nomes estejam esquecidos, sua abnegação vive em cada vitória daquela revolução, em todos os ganhos e façanhas desfrutadas pelos trabalhadores da União Soviética.
É lógico e incontestável que, sem a participação das mulheres, a Revolução de Outubro não traria a Bandeira Vermelha da vitória.
Glória às trabalhadoras que marcharam sob a bandeira vermelha durante a Revolução de Outubro. Glória à Revolução de Outubro que libertou as mulheres!
José Levino, historiador