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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

DIREITA: Esperta - ESQUERDA: Inteligente.

Texto de :
J Oliveira Oliv
No Facebook . Vide endereço do link no final.

DIREITA: Esperta - ESQUERDA: Inteligente.

Bom lá vou Eu de novo, com essa minha boca sensual e grande falar, bom devo perder mais Algumas amizades, mais, falo por que sou falador, então que assim seja.

É o seguinte, chego a conclusão, que a sorte da Esquerda no Brasil é que a Direita raivosa não é inteligente. Ela é apenas esperta, e como é. Já o falta a nossa Esquerda nossa de cada dia um pouco de esperteza, mas acredito que isso deverá levar anos para que consiga.

A Direita joga uma pegadinha do tipo "asilo no Brasil para Edward Snowden", pronto ai só se ver Petistas compartilhando o tal de AVAZZ, só vejo alguns petistas desfazendo amizade por quer não quis assinar a tal petição, é tudo que a Direita Raivosa quer. Acompanhem o movimento da Folha de S. Paulo com sua manchete: "Brasil diz que não troca asilo a Snowden por informações", diz que a até a Globo "fala" sobre o tema, mesmo que seja discreto, mais ai tem, há têm, não sei o que ´mais tem. Mais para Direita Esperta o que vale mesmo que seja alguns poucos Petistas ou Simpatizantes brigando, mais já é alguma coisa.

A Direita é Esperta só não é "inteligente", já esquerda é Inteligente, mas lhe falta esperteza e como falta.

Acho lindo de morrer Petistas, Simpatizantes participando das Ditas Páginas de Esquerda no Facebook. Acordem Petistas, Simpatizantes, Pessoas ditas de Esquerda.

A maioria das páginas do Facebook que dizem ser de Esquerda, na verdade são da Direita, apenas estão desfaçada, com o único proposito de unir em um só lugar as ideias dos Petistas, ora nada melhor, já que Eu sou da Direita raivosa, sei que fulano e sicrano não vão me adicionar, então que tal criarmos um espaço a onde possamos reunir todos os Petistas, Simpatizantes para acompanharmos Eles de perto? Entenderam? Não, porra Você é inteligente, entenda.

A Direita é Esperta. Vocês já pararam para pensar o que é que os Petistas e Simpatizantes mas adoram nesse espaço virtual? Adivinhem, é isso imagens de Lula e Dilma as estrelas máximas representantes do PT.

Eu tiro por Mim, adoro ver essas imagens, as fotos de Lula, Dilma, aquela estrela vermelha. O Pior que a Direita já sacou isso, então nada melhor que atrair milhares de petistas e Simpatizantes para suas página, do que pelos os olhos: Coloca-se fotos de Lula, Dilma, fotos com frases de efeitos pronto, mande um convite para os petistas e Simpatizantes que Eles caem feito patinhos, afinal eles estão vendo Lula, Dilma, aquela página tão enfeitada de estrelas vermelhas, há ai é meu lugar vou já pra lá.

Existem muitos Amigos Meus que fazem parte dessas Páginas da Direita desfaçadas de Esquerda e nem se dão conta disso, apenas deixam-se encantar com as imagens da página, mais leiam com atenção as entre linhas das postagens, as vezes ela está escondida em uma, duas palavras, as verdadeiras intenções dessas páginas. Mais lembre que o objetivo é um só:

REUNIR O MÁXIMO DE PETISTAS E SIMPATIZANTES EM ESPAÇO SÓ PARA ACOMPANHAR DE PERTO SUAS IDEIAS, OS SEUS MOVIMENTOS.
ESTAMOS EM UM JOGO DE XADREZ, A ONDE A DIREITA É ESPERTA, A ONDE A CADA DIA ELA DERRUBA MAIS UMA PEÇA DA ESQUERDA. VAMOS FICAR ATENTOS, ESTAMOS NUMA GUERRA VIRTUAL QUE NEM POR ISSO DEIXA DE SER REAL.

Obs¹: Logo, logo serei excluído do Facebook, estou sempre sendo questionado se quero publicar determinada matéria, já fui até denunciado com se Eu fosse um Fake, a sorte é que todos os meus dados estão registrados no Facebook são verdadeiros, e já dei provas disso. Mas nunca se sabe, estamos lhe dando com forças poderosas e muitas espertas.

Obs²: Pensei que era só Eu que estava com essa loucura de pensar assim, que estava só, mais descobri que existe Outros amigos loucos também. Abraços.
https://www.facebook.com/joseraimundo.oliveira 
J Oliveira Oliv

Indenização por direito ao esquecimento é matéria constitucional?

 STJ
Em andamento:

 Supremo analisará se indenização por direito ao esquecimento é matéria constitucional
A Globo Participações S/A recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar fazer com que a corte constitucional avalie o cabimento de indenização por violação do direito ao esquecimento no sistema brasileiro. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconheceu esse direito de forma inédita em junho deste ano. Para a empresa, a decisão do STJ viola a liberdade de comunicação, entre outros dispositivos constitucionais.

Em novembro, o vice-presidente do STJ, ministro Gilson Dipp, não admitiu o recurso extraordinário interposto contra a decisão da Quarta Turma do Tribunal.

Conforme essa decisão, o recurso extraordinário não poderia ser admitido por falta de prequestionamento – ou seja, os dispositivos constitucionais tidos como violados não teriam sido abordados na decisão da Quarta Turma. Além disso, eventual violação à Constituição seria apenas indireta.

Relatado pelo ministro Luis Felipe Salomão, o recurso especial reconheceu que a Globo violou o direito ao esquecimento de um homem que havia sido inocentado de qualquer participação na chacina da Candelária. As acusações foram novamente retratadas, anos depois dos fatos, por um programa da emissora.

Direitos e liberdades
Para a Globo, essa decisão viola a liberdade de pensamento, de comunicação e de expressão artística, além do direito à informação. Extrapola também o direito de resposta e a proteção à intimidade e à privacidade, além de impor restrições inconstitucionais à manifestação do pensamento e à programação de emissoras de televisão.

Agora, esses temas serão apreciados pelo próprio Supremo. O processo tramita desde o dia 10 de dezembro naquela corte, sob o registro Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) 789.246.

Leia também:
Globo terá de pagar R$ 50 mil por violar direito ao esquecimento

Para STJ, decisão sobre direito ao esquecimento não deve seguir ao Supremo

O direito de ser deixado em paz

Uso de imagem de Aida Curi morta no programa Linha Direta não configurou dano moral

Ouça ainda:
Reportagem especial debate o direito ao esquecimento 
 
 
http://www.stj.jus.br/portal_stj/publicacao/engine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto=112732&utm_source=agencia&utm_medium=email&utm_campaign=pushsco

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Marco Civil da Internet será adiado para votação no início de 2014

Marco Civil da Internet será adiado para votação no início de 2014

17/12/2013 Por Redação - de Brasília

A ministra Ideli Salvatti
A ministra Ideli Salvatti falou aos jornalistas, na manhã desta terça-feira, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto
Ministra das Relações Institucionais, a deputada petista catarinense Ideli Salvatti afirmou, nesta terça-feira, que o projeto de lei do Marco Civil da Internet somente será votado no ano que vem. O texto do relator, deputado Alessandro Molón (PT-RJ), já teria sido aprovado pela maioria dos líderes partidários na Casa, mas será o primeiro assunto a ser debatido pela Câmara na retomada dos trabalhos em 2014. A análise interrompe a pauta há mais de um mês.
Em conversa com jornalistas no Palácio do Planalto, nesta manhã, a ministra afirmou que a presidenta Dilma Rousseff “não abre mão” de trechos do projeto que asseguram questões como a neutralidade da rede (utilizado para definir que o acesso a todos os sites precisa ser feito na mesma velocidade e que não podem ser vendidos pacotes específicos) e a armazenagem de dados em território brasileiro.
Para a ministra, a nova mudança no texto do projeto, feita na semana passada pelo relator, Alessandro Molon (PT-RJ), não vai contra a determinação presidencial. A nova versão determina que a disciplina do uso da internet no Brasil tem como fundamento “a liberdade dos modelos de negócios promovidos na internet, desde que não conflitem com os demais princípios estabelecidos na lei”.
Na nova versão do documento, ficou mais claro que os modelos de negócios das empresas não serão afetados desde que se sigam o princípio de neutralidade da rede, utilizado para definir que o acesso a todos os sites precisa ser feito na mesma velocidade e que não podem ser vendidos pacotes específicos. A medida atenderia a uma demanda das operadoras.
Ideli indicou, na conversa, que o Planalto deverá enfrentar rebelião dentro do PMDB, maior aliado do governo, para aprovar o Marco Civil.
– A presidente não mudou a posição no sentido da necessidade absoluta de nós termos a aprovação do Marco Civil. Acredito que temos possibilidade de evoluir, seja no debate e na discussão, seja na votação. Na MP dos Portos nós também enfrentamos e votamos. Então, chega uma hora que no Congresso Nacional você debate, você aprofunda, você discute, você faz acordos – disse Ideli.
Ainda segundo a ministra, os parlamentares peemedebistas que participam de um pesado lobby das operadoras, contra o novo texto, terão que votar, de um jeito, ou de outro:
– Senão a Câmara também não vota mais nada. Neste ano ficou claríssimo que a presidenta não vai retirar a urgência. Vai ser nosso primeiro debate em 2014. Na Câmara, vai ser esse.
Outras reformas
Apesar de dizer que “tem que ir para o voto”, já que o processo de convencimento das bancadas já foi feito, inclusive aperfeiçoando “de forma significativa” o texto, Ideli não quis afirmar que não é possível mais negociação.
– Quantas coisas que estava tudo acertadinho e na hora da votação se faz ajustes – disse.
De acordo com a ministra, a importância do tema passa pela demanda surgida após as denúncias de suposta espionagem feita pelo governo dos Estados Unidos a empresas e cidadãos brasileiros, entre eles, autoridades como a presidenta Dilma Rousseff. Por esse motivo, Dilma manteve o regime de urgência, segundo Ideli.
– Olha que ela foi acionada, teve pressão imensa para que fosse retirada a urgência – lembra.
A reforma política foi um dos temas que o governo buscou debater este ano com o Legislativo, mas não conseguiu avanços. Com o ano eleitoral, em 2014, a discussão deve ser adiada mais uma vez. Em julho deste ano, após as manifestações que levaram milhares de brasileiros às ruas, a presidenta Dilma enviou ao Congresso uma proposta de plebiscito para discutir a reforma política. A ministra Ideli avalia que haverá uma crescente ampliação da judicialização do tema.
– Cada vez mais o Judiciário vai ser acionado e vai entrar (na discussão) e talvez essa ampliação crie o clima político para que o Congresso Nacional se movimente – acrescentou.
Sobre o Código da Mineração, o PL 5.807/2013, a ministra Ideli disse que o governo tem pressa em aprovar o projeto e não descartou a possibilidade de a presidenta Dilma Rousseff resgatar o regime de urgência do texto.
– Temos pressa porque é um setor importantíssimo da economia brasileira, em que o Brasil tem um potencial significativo – explicou.
Ideli diz que o debate não será fácil, pois o texto inicial do Código da Mineração, enviado pelo governo ao Congresso, foi profundamente alterado e está controverso.
– Será uma matéria sobre a qual vamos ter que nos debruçar com bastante profundidade – concluiu.

http://correiodobrasil.com.br/noticias/politica/marco-civil-da-internet-sera-adiado-para-votacao-no-inicio-de-2014/671028/?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=b20131218

Documentário: Dawkins Navegando entre o Sexo, Morte e o Sentido da Vida

Documentário: Dawkins Navegando entre o Sexo, Morte e o Sentido da Vida



 Idéias sobre a alma e vida após a morte, de propósito pecado e Deus moldaram o pensamento humano durante milhares de anos. Rituais religiosos permanecem embutidos nos grandes eventos de nossas vidas.Nesta série provocante, biólogo evolucionista Richard Dawkins pergunta o que acontece se deixar a religião para trás.

Ele explora o que a razão ea ciência pode oferecer para inspirar e guiar nossas vidas em lugar da religião. A ciência pode trazer compreensão em face da morte, ajuda-nos distinguir o certo do errado, ou revelar o sentido da vida. Richard Dawkins explora o que a ciência pode nos dizer sobre a morte.

É uma jornada que o leva das piras funerárias hindus na Índia à genética Labs, em Nova York.
Dawkins reúne a mais recente neurociência, teoria evolutiva e genética para analisar por que ansiamos vida após a morte, por que nós evoluímos a idade e como o genoma humano é algo como imortalidade real - características herdadas de nossos ancestrais distantes que passamos às gerações futuras.
Ele conhece uma morte cristã de doença do neurônio motor, recorda sobre o crash de Wall Street com um corretor da bolsa de 105 anos de idade, e entrevistas James Watson, o geneticista que co-descoberta da estrutura do DNA.
Dawkins admite sentimentalismo em imaginar seu funeral própria igreja, mas ele argumenta que devemos abraçar a verdade, por mais difícil que seja.
Em uma primeira televisão, ele tem seu genoma inteiro sequenciado para revelar os indicadores genéticos de como ele próprio pode morrer.


Vídeos

Veja o vídeo
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http://jornalggn.com.br/blog/antonio-ateu/documentario-dawkins-navegando-entre-o-sexo-morte-e-o-sentido-da-vida

Transposição do Rio São Francisco avança perene...

Repassado por Diogo Costa em 17.12.2013 15 hs

https://www.facebook.com/diogosho

O que é o Projeto?

MAIS DA METADE!¹ - Apesar da intensa urubologia, do negativismo e de velhas e velhos do restelo, as obras da Transposição do Rio São Francisco avançam de forma perene. Essa transposição foi pensada ainda no tempo do Imperador D. Pedro II, no distante século XIX.

Foi preciso que um operário nordestino assumisse a Presidência da República para tirar o projeto do papel. E Dilma Rousseff há de inaugurar esta importantíssima obra no final de 2015, ao lado de Lula e do bravo povo nordestino!

"(...) As obras do Projeto de Integração do São Francisco estão em andamento e apontam mais de 51,3% de avanço. Estão em construção túneis, canais, aquedutos e barragens na maior obra de infraestrutura hídrica do pais. O empreendimento está previsto para ser concluído no final de 2015. (...)"
O Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional é um empreendimento do Governo Federal, sob a responsabilidade do Ministério da Integração Nacional. Tem objetivo de assegurar oferta de água para 12 milhões de habitantes de 390 municípios do Agreste e do Sertão dos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.
A Integração do rio São Francisco com bacias dos rios temporários do Semi-árido será possível com a retirada contínua de 26,4 m³/s de água, o equivalente a apenas 1,42% da vazão garantida pela barragem de Sobradinho (1850 m³/s), sendo que 16,4 m³/s (0,88%) seguirão para o Eixo Norte e 10 m³/s (0,54%) para o Eixo Leste.
Nos anos em que o reservatório de Sobradinho estiver com excesso de água, o volume captado poderá ser ampliado para até 127 m³/s, aumentando a oferta de água para múltiplos usos.
 
Investimento
O Projeto São Francisco é hoje a maior obra de infraestrutura hídrica para usos múltiplos sendo executada diretamente pelo governo federal. O investimento de R$ 8,2 bilhões resulta do acréscimo de novas condicionantes ambientais exigidas pelo IBAMA - serão mais de R$ 900 milhões de recursos para esta área -, da revisão de obras civis em decorrência dos projetos executivos, dos gastos com eletromecânica e da supervisão e gerenciamento da obra em função do prolongamento do prazo.
 
Metas de Conclusão
O Ministério da Integração Nacional estabeleceu, em 2011, um novo modelo de licitação, contratação e acompanhamento dos seis trechos de obras (Metas 1N, 2N, 3N, 1L, 2L e 3L).
As metas possuem os seguintes prazos de conclusão:
Eixo Leste (Trecho V)               
META 1L - Meta Piloto (16 km): Compreende a captação no reservatório de Itaparica até o reservatório Areias, ambos em Floresta (PE). É uma meta piloto para testes do sistema de operação. A Meta 1L apresenta 86,1% de conclusão.
Antigos Lotes: 9 e13.

META 2L (167 km):
Inicia na saída do reservatório Areias, em Floresta (PE), e segue até o reservatório Barro Branco, em Custódia (PE). A Meta 2L apresenta 57,8% de execução.

Antigos Lotes: 9,10,11,12 e 13.

META 3L (34 km):
  Este trecho está situado entre o reservatório Barro Branco, em Custódia (PE), e o reservatório Poções, em Monteiro (PB). A Meta 3L apresenta 26,2% de execução.

Antigo Lote 12.
Eixo Norte (Trecho I e II)

META 1N (140 km):
 Vai da captação do rio São Francisco, no município de Cabrobó (PE), até o reservatório de Jati, em Jati (CE).  A Meta 1N apresenta 55,5% de execução.

Antigos Lotes: 1,2,3,4 e 8.
META 2N (39 km):  Começa no reservatório Jati, no município de Jati (CE), e termina no reservatório Boi II, no município de Brejo Santo (CE). A Meta 2N apresenta 24,1% de execução.
Antigo Lote: 5.
META 3N (81 km): Estende-se do reservatório Boi II, no município de Brejo Santo (CE), até o reservatório Engenheiro Ávidos, no município de Cajazeiras (PB). A Meta 3N apresenta 46,4% de execução.
Antigos Lotes: 6,7 e 14.
 
Andamento das Obras**
As obras do Projeto de Integração do São Francisco estão em andamento e apontam mais de 51,3% de avanço. Estão em construção túneis, canais, aquedutos e barragens na maior obra de infraestrutura hídrica do pais. O empreendimento está previsto para ser concluído no final de 2015.
 O Projeto contempla ainda 38 ações socioambientais, como o resgate de bens arqueológicos e o monitoramento da fauna e flora. O investimento nestas atividades é de quase R$ 1 bilhão. 
Atualmente, a obra emprega mais de 7,7 mil trabalhadores. Dos 16 lotes de obras, que compõe as Metas, dois já estão concluídos: o Canal de Aproximação do Eixo Norte e Leste.
Atualmente, estão em atividades 14 lotes: Lote 1, em Cabrobó (PE); 2,3 e 8, em Salgueiro (PE); Lote 4, em Verdejante (PE); Lote 5, em Brejo Santo (CE); Lote 6, em Mauriti (CE) - mobilização; Lote 7, em São José de Piranhas (PB) - em mobilização; Lotes 9 e 13, em Floresta (PE); Lotes 10 e 11, em Custódia (PE); 12, em Sertânia (PE); e 14, em São José de Piranhas (PB).
Quatro trechos do Eixo Norte funcionam 24 horas por dia: em Salgueiro (PE), em Cabrobó (PE), em Jati (CE), e  em São José de Piranhas (PB). Cerca de dois mil equipamentos estão em operação. 
 
**Dados atualizados em 11/12/2013.

http://www.integracao.gov.br/pt/web/guest/o-que-e-o-projeto

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Queda de 73% em mortalidade infantil no Brasil é destaque de relatório da Unicef

Queda de 73% em mortalidade infantil no Brasil é destaque de relatório da Unicef

Luis Nassif Online

Luis Nassif

Uma queda de 73% na taxa de mortalidade infantil do Brasil em apenas duas décadas foi um dos destaques de um relatório da Unicef divulgado. Segundo o estudo, a taxa brasileira caiu de 58 para 16 por mil nascidos vivos entre 1990 e 2011. Em 2000, o índice era de 36 por mil nascidos vivos - o que faz com que a queda tenha sido de 56% desde então.
Ainda com essa redução drástica, 40 mil crianças morreram antes de completar cinco anos no Brasil no ano passado (contra 205 mil em 1990).
"No Brasil, programas comunitários e estratégias de saúde para a família foram implementados desde a década de 1990 para oferecer cuidados de saúde primários (à população)", explica o relatório. "Isso ajudou a expandir o acesso aos serviços de saúde, reduzir as desigualdades na cobertura e cortar as taxas de mortalidade infantil."
Segundo a Unicef, outros fatores que ajudaram a reduzir as mortes de crianças no Brasil incluem "melhorias nos serviços de saneamento básico, nos níveis educacionais das mães e nos índices de aleitamento materno e vacinação, além do crescimento na renda das famílias".
A queda no Brasil foi acompanhada de uma redução menos acentuada nos índices globais no mesmo período. Em 2011, 6,9 milhões de crianças morreram antes de completar cinco anos - um total de 19 mil por dia. Em 1990, foram 12 milhões de mortes.
Países problemáticos
Para a Unicef, esse declínio geral se deve às melhorias das condições de vida em regiões carentes e às campanhas de vacinação e de conscientização sobre a importância do aleitamento materno.
Segundo a agência da ONU, nos países pobres, as maiores quedas ocorreram em lugares que receberam ajuda externa, como a República Democrática Popular do Laos, o Timor Leste e a Libéria.
Mas em alguns países a situação piorou desde 1990, entre eles República Democrática do Congo, Chade, Somália, Mali, Camarões e Burkina Faso.
Em 2011, metade das mortes infantis ocorreram em apenas cinco países: Índia, Nigéria, República Democrática do Congo, Paquistão e China. E quase todas as 500 mil mortes por malária ocorreram na África Subsariana.
De acordo com a Unicef, os conflitos armados estão entre os principais fatores de risco para o problema da mortalidade infantil. No total, oito dos dez países com as maiores taxas têm algum tipo de conflito ou instabilidade.
As cinco principais causas de mortes entre crianças menores de cinco anos no planeta são pneumonia (18%), complicações neonatais (14%) diarreia (11%); complicações durante o parto (9%) e malária (7% ).
Cerca de 40% das mortes ocorrem durante os primeiros 28 dias de vida da criança, estando a desnutrição ligada a mais de um terço desses óbitos.

http://jornalggn.com.br/noticia/queda-de-73-em-mortalidade-infantil-no-brasil-e-destaque-de-relatorio-da-unicef?fb_action_ids=509763182455050&fb_action_types=og.likes&fb_ref=.Uq8OBy0wgvQ.like&fb_source=other_multiline&action_object_map=[334781149994591]&action_type_map=[%22og.likes%22]&action_ref_map=[%22.Uq8OBy0wgvQ.like%22]

Porque devemos proibir através de lei qualquer financiamento privado nas campanhas eleitorais.

 De:  Valquer Bicalho

em 15.12.2013



DUAS QUESTÕES FUNDAMENTAIS À DEMOCRACIA BRASILEIRA
A sociedade brasileira deve se debruçar o mais breve possível sobre duas questões fundamentais para a democracia.
1- Proibir através de lei qualquer financiamento privado de empresas à campanhas eleitorais. De nenhuma empresa.
2- Proibir também qualquer transferência de dinheiro público para veículos privados de comunicação. Para nenhuma empresa.
Essas questões vão resolver em grande parte a relação de empresas com o estado, dar equilíbrio e equidade a concorrência entre empresas que querem e precisam empreender de forma honesta, e aos políticos que queiram disputar eleições também de forma honesta.
Na primeira questão é senso comum que alguns políticos saem achacando empresas para que contribuam para suas campanhas em tempos de eleições, outros, saem com o pires não mão de forma indigna solicitando recursos para essas mesmas ou outras empresas, bem como devem haver empresas que saiam à compra de políticos desonestos para que possam financiar e ter sob controle para seus negócios escusos.
No setor privado é natural tomar riscos para empreender, e o estado brasileiro precisa e tem obrigação de garantir aos bons empresários o direito da boa concorrência, sem que estes enfrentem questões de natureza desiguais, tanto na concorrência para fornecer ao setor público quanto nos marotos “acertos” de impostos via corrupção. Assim as empresas e políticos honestos - sim existem e são muitos, o dois - podem atuar de forma clara e saudável para o bem dos seus negócios e da democracia brasileira.
A segunda questão está totalmente ligada à primeira. Não tem sentido o setor público transferir dinheiro dos impostos do contribuinte para grupos de comunicação privados. Qualquer comunicação do estado que seja relevante tem sua garantia pela constituição dado que as TVs e rádios são concessões públicas e se forem realmente relevantes a imprensa e rede sociais naturalmente irão repercutir por ser de seus próprios interesses.
Em se tratando de anúncios de rotinas da união, estados e municípios, temos os veículos públicos de comunicação e hoje mais ainda as redes socias via internet.
Essa mudança democratiza a comunicação para a sociedade e diminui os custos das empresas para anunciar seu produtos nesses mesmo veículos de comunicação privados, visto que, com a garantia de recebimentos de recursos públicos, as TVs principalmente , cobram absurdos pelos anúncios do setor privado, tornando proibitivo que empresas médias anunciem nestes espaços, ficando os mesmos acessíveis somente a grande grupos econômicos.
Em suma, são duas questões que parecem separadas, mas não, elas estão intrinsecamente ligadas, pois representam liberdade e igualdade para o empresariado e garantia do cidadão eleitor de votar em quem realmente tem propostas para o bem do Brasil, além do cidadão contribuinte que quer seus impostos preservados e utilizados para gerir o estado de forma a garantir lhe bons serviços públicos.
Assim aperfeiçoamos democracia e avançamos no combate a corrupção da qual todos bradam contra, mas poucos tem propostas claras de como combater.

Valquer Bicalho

https://www.facebook.com/valquer.bicalho?ref=ts&fref=ts

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Por que no meio da dor os negros, dançam, cantam e riem?


 

 

Por que no meio da dor os negros, dançam, cantam e riem?s

12/12/2013
Milhares de pessoas em toda a Africa do Sul misturam choro com dança, festa com lamentos pela morte de Nelson Mandela. É a forma como realizam culturalmente o rito de passagem da vida deste lado para a vida do outro lado, onde estão os anciãos, os sábios e os guardiões do povo, de seus ritos e das normas éticas. Lá está agora Mandela de forma invisível mas plenamente presente acompanhando o povo que ele tanto ajudou  a se libertar.
Momentos como estes nos fazem recordar de nossa mais alta ancestralidade humana. Todos temos nossas raízes na África, embora a grande maioria o desconheça ou não lhe dê importância. Mas é decisivo que nos reapropriemos de nossas origens, pois elas, de um modo ou de outro, na forma de informação, estão inscritas no nosso código genético e espiritual.
Refiro-me aqui tópicos de um texto que há tempos escrevi sob o título:”somos todos africanos” atualizado face à situação atual mudada. De saída importa denunciar a tragédia africana: é o continente mais esquecido e vandalizado das políticas mundiais. Somente suas terras contam. São compradas pelos grandes conglomerados mundiais e pela China para organizar imensas plantações de grãos que devem garantir a alimentação, não da África, mas de seus países ou negociadas no mercado especulativo. As famosas “land grabbing” possuem, juntas, a extensão de uma França inteira. Hoje a África é uma espécie de espelho retrovisor de como nós humanos pudemos no passado e podemos hoje ainda  ser desumanos e terríveis. A atual neocolonização é mais perversa que a dos séculos passados.
Sem olvidar esta tragédia, concentremo-nos na herança africana que se esconde em nós. Hoje é consenso entre os paleontólogos e antropólogos que a aventura da hominização se iniciou na África, cerca de sete milhões de anos atrás. Ela se acelerou passando pelo homo habilis, erectus, neanderthalense até chegar ao homo sapiens cerca de noventa mil anos atrás. Depois de ficar 4,4 milhões de anos em solo africano este se propagou para a Asia, há sessenta mil anos; para a Europa, há quarenta mil anos; e para as Américas há trinta mil anos. Quer dizer, grande parte da vida humana foi vivida na África, hoje esquecida e desprezada.
A África além de ser o lugar geográfico de nossas origens, comparece como  o arquétipo primal: o conjunto das marcas, impressas na alma de todo ser humano. Foi na África que este elaborou suas primeiras sensações, onde se articularam as crescentes conexões neurais (cerebralização), brilharam os primeiros pensamentos, irrompeu a criatividade e emergiu a complexidade social que permitiu o surgimento da linguagem e da cultura. O espírito da África, está presente em todos nós.
Identifico três eixos principais do espírito da África que  podem nos inspirar na superação da crise sistêmica que nos assola.
O primeiro é o amor à Mãe Terra, a Mama Africa. Espalhando-se pelos vastos espaços africanos, nossos ancestrais entraram em profunda comunhão com a Terra, sentindo a interconexão que todas as coisas guardam entre si, as águas, as montanhas, os animais, as florestas e as energias cósmicas. Sentiam-se parte desse todo. Precisamos nos reapropriar deste espírito da Terra para salvar Gaia, nossa Mãe e única Casa Comum.
O segundo eixo é a matriz relacional (relational matrix no dizer dos antropólogos). Os africanos usam a palavra ubuntu que singifica:”eu sou o que sou porque pertenço à comunidade” ou “eu sou o que sou através de você e você é você através de mim”. Todos precisamos uns dos outros; somos interdependentes. O que a física quântica e a nova cosmologia dizem acerca de interconexão de todos com todos é uma evidência para o espírito africano.
À essa comunidade pertencem os mortos como Mandela. Eles não vão ao céu, pois o céu não é um lugar geográfico, mas um modo de ser deste nosso mundo.  Os mortos continuam no meio do povo como conselheiros e guardiães das tradições sagradas.
O terceiro eixo são os rituais e celebrações. Ficamos admirados que se dedique um dia inteiro de orações por Mandela com missas e ritos. Eles sentem Deus na pele, nós ocidentais na cabeça. Por isso dançam e mexem todo o corpo enquanto nós ficamos frios e duros como um cabo de vassoura.
Experiências importantes da vida pessoal, social e sazonal são celebrados com ritos, danças, músicas e apresentações de máscaras. Estas representam as energias que podem ser benéficas ou maléficas. É nos rituais que ambas se equilibram e se festeja a primazia do sentido sobre o absurdo.
Notoriamente é pelas festas e ritos que a sociedade refaz suas relações e reforça a coesão social. Ademais nem tudo é trabalho e luta. Há a celebração da vida, o resgate das memórias coletivas e a recordação das vitórias sobre ameaças vividas.
Apraz-me trazer o testemunho pessoal de um dos nosos mais brilhantes jornalistas, Washington Novaes:”Há alguns anos, na África do Sul, impressionei-me ao ver que bastava se reunirem três ou quatro negros para começarem a cantar ea  dançar, com um largo sorriso.Um dia, perguntei a um jovem motorista de taxi:”Seu povo sofreu e ainda sofre muito. Mas basta se juntarem umas poucas pessoas e vocês estão dançando, cantando, rindo. De onde vem tanta força?” E ele: “Com o sofrimento, nós aprendemos que a nossa alegria não pode depender de nada fora de nós. Ela tem de ser só nossa, estar dentro de nós.”
Nossa população afrodescendente nos dá a mesma amostra de alegria que nenhum capitalismo e consumismo pode ofecer.

http://leonardoboff.wordpress.com/2013/12/12/por-que-no-meio-da-dor-os-negros-dancam-cantam-e-riem/

Sobre
Leonardo Boff
Author
Leonardo Boff is a Brazilian theologian and writer, known for his active support for the rights of the poor and excluded. He currently serves as Professor Emeritus of Ethics, Philosophy of Religion and Ecology at... wikipedia.org

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

“Deveríamos clonar Lula e espalhá-lo pela América Latina”

“Deveríamos clonar Lula e espalhá-lo pela América Latina”

21/10/2009 - Copyleft 


Critica de la ArgentinaClarissa Pont - Especial para Revista Teoria e Debate

Líder do Movimento de Participação Popular (MPP), Mujica recebeu o apoio de 1.694 delegados, mais de dois terços dos que estavam habilitados a votar na eleição interna da Frente Ampla. Na votação, que contou com 2.381 delegados, ele venceu o ex-ministro da Economia do governo Tabare Vásquez, Danilo Astori, atual candidato a vice-presidente. Nesta conversa com Mujica e Astori, em Buenos Aires, devido à campanha no país vizinho pelo grande número de uruguaios residentes na Argentina, ambos reiteram a necessidade de massificar as escolas de tempo integral e acreditam que “salvar a los gurizes”, antes de mais nada, é a solução para resolver o problema de insegurança, principal preocupação dos uruguaios atualmente.

A Frente Ampla aparece com 42% das intenções de voto, contra 32% para o Partido Nacional, do ex-presidente centro-direitista Luis Lacalle, e 12% para o também de direita Partido Colorado, segundo pesquisa da Interconsult divulgada no final de setembro. Na pesquisa divulgada em agosto pelo mesmo instituto, a Frente Ampla somava 45% das intenções de voto. A queda é pequena, mas preocupa, porque reflete a mais recente controvérsia em torno de Mujica. No livro de entrevistas "Pepe, Colóquios", lançado na Feira do Livro de Montevidéu, Mujica ataca a classe política da Argentina e põe em dúvida alguns companheiros da Frente Ampla. 

“Los kirchner son de izquierda, pero una izquierda que, mamma mía, és una patota”; “Carlos Ménem es mafioso y ladrón” y “los radicales son tipos muy buenos pero unos nabos”, são algumas das pérolas de Mujica contra os argentinos. Segundo o jornalista Alfredo García, autor do livro publicado pela editora Fin de Siglo, tudo não passa de um mal entendido porque todas as linhas foram tiradas do contexto inicial das entrevistas.

Caso nenhum partido tenha mais da metade dos votos em 25 de outubro, acontecerá um segundo turno em 29 de novembro, na mesma data das esperadas eleições hondurenhas. No dia em que os uruguaios escolhem o novo presidente, votam também em um referendo onde a população decidirá se quer instalar uma Comissão da Verdade para julgar crimes do período da ditadura, o que depende da Justiça derrubar a Lei da Caducidade que protege os agentes da repressão.

Teoria e Debate – Pepe, caso eleito, como será a atuação do governo uruguaio na Unasul, principalmente depois da reunião de agosto em Bariloche quando o debate sobre as bases militares estadunidenses na Colômbia se intensificou? 

Mujica – Na verdade, ainda não discutimos o problema com a equipe de governo, mas eu posso apenas te dizer algo muito simples. A única coisa para qual serve uma base militar é para nos complicar a vida, e com os meios materiais que uma grande potência tem é algo que eles podem fazer praticamente sempre. É lógico que eles não deveriam nos complicar a vida e, com isso, não precisaríamos de pelo menos umas quantas conferências internacionais e uns quantos documentos e tantas reuniões de imprensa e tudo mais. 

Entendo, no entanto, que tampouco podemos entrar em conflito flagrante com os Estados Unidos, porque não deves desafiar quem não podes vencer. Tens que buscar ter a inteligência de, por meios diplomáticos, acalmar as vontades e fazer de tudo para tudo para que eles paguem o maior custo político por essas bases. Apenas gostaria de grifar que essa não é uma resposta de governo, é o que pensa o Pepe. 

Teoria e Debate – As eleições do dia 25 de outubro não decidem apenas a disputa eleitoral, mas apresentam dois referendos à população. Um deles é sobre a anulação da Ley de Caudicidad, que coloca obstáculos aos julgamentos de casos de violação dos Direitos Humanos durante a ditadura militar uruguaia, e o outro sobre o direito ao voto dos uruguaios que vivem fora do país. Os senhores acreditam que as perguntas do referendo têm influência sobre as eleições?

Astori – Não acreditamos que isso vá prejudicar a proposta partidária eleitoral da Frente Ampla. É certo que a imensa maioria dos frenteamplistas está de acordo e apoiará os dois referendos, o que já foi comprovado em resultados de consultas de opinião pública. O interessante é que a legislação eleitoral uruguaia brinda o cidadão com a possibilidade de separar as duas escolhas e pronunciar-se autonomamente por sua decisão quanto ao candidato à presidência. E mais, de acordo com a regulamentação, apenas se vota por sim nos referendos, não existe opção por não. Obviamente, quando o eleitor não introduz o papel por sim, incrementa o número de pronunciamentos contra. As pesquisas de opinião pública indicam um apoio crescente às consultas. E, certamente, nós dois apoiamos os dois plebiscitos a lo largo y a lo ancho do país durante toda campanha eleitoral. 

Teoria e Debate – Tabare Vasquez, com o Plano Ceival, garantiu milhares de computadores para crianças e professores em todo o país. Existem planos de expansão para o projeto que incentivou a educação e serve de exemplo para a América Latina?

Astori – O Ceival significa um computador para cada criança e professor e faz parte de um projeto maior, que é o Plano de Inclusão e Acesso à sociedade da informação e do conhecimento. E a resposta é afirmativa, o nosso plano de governo pretende expandir a iniciativa. Hoje, são 380 mil computadores, estão cobertos todos os alunos do primário e seus professores e esse número alcança os núcleos familiares destas crianças também. Projetamos, para o próximo período, alcançar as crianças do secundário. 

Teoria e Debate – Existem questões delicadas no plano de governo, se pensarmos na grande coalizão que a Frente Ampla representa nestas eleições?

Mujica – Não planteamos o drama de consensuar porque minha preocupação de um sul desenvolvido é muito mais primitiva que isso. Se pudermos liquidar a indigência e cortar a pobreza pela metade, é por isso que vamos lutar no governo, eu não sei se estaremos pensando em direita ou esquerda. Depois, os outros é que vão julgar se fomos muito conciliadores. Mas há um tema com o qual nos comprometemos. O Uruguai é um país muito pequeno para ser comparado com a Argentina ou o Brasil, como os jornalistas gostam muito de tentar. Estamos entre dois colossos para a nossa dimensão, num mundo onde todos precisam de impostos e geração de emprego para prosperar. Na dimensão de mercado, nosso país não atrai ninguém e quem vem até à América Latina, se instala no Brasil ou na Argentina. Para podermos pretender que alguns capitais se instalem no Uruguai, necessitamos de clareza e certeza de certas regras que digam aos outros que somos um país muito sério. Nós não podemos nos dar ao luxo de mudar regras e nem devemos. Quando selamos um compromisso, temos que dejar el cuero en la estaca, que é a forma de apresentarmo-nos ao mundo como um país interessante. 

Teoria e Debate – Acredito que estas colocações sejam referências à polêmica das papeleiras na fronteira com a Argentina. A minha pergunta é, na verdade, se é possível um governo socialista com a Frente Ampla? 

Mujica – E o que é o socialismo? O que era e o que será amanhã? O nosso programa corresponde a uma aliança de partidos que apresenta historicamente um conjunto de reformas a favor de desenvolver uma sociedade e tentar de integrá-la o máximo possível. Alguns dentro dessa colisão podem ter visões mais socializantes, outros menos, mas estamos comprometidos a estabelecer um conjunto de reformas que ajudem a diminuir tanta distância na nossa sociedade. Pensar não é fazer, pensar é pensar, mas eu também não vou esconder meu pensamento para conseguir quatro votos.

Digo-te que meus sonhos me levam hoje a crer que, para construir algum dia uma sociedade melhor, necessitamos de um país rico materialmente e tremendamente incluído e culto. Não que por ter essas duas coisas se irá criar uma sociedade socialista, mas sem essa questão prévia de massificação de conhecimento e cultura e de riqueza compartida, não há condição. Não caminha isso de se igualar por baixo, temos que nos igualar por cima. Mas esse é o meu sonho, e eu tenho 74 anos, assim que, em todo caso, conquistar este sonho é para uma geração mais jovem que a minha. 

Teoria e Debate – Os senhores falavam sobre o fato do Uruguai conviver entre dois países maiores, a Argentina e o Brasil. Neste sentido, existem assimetrias intransponíveis para o Uruguai no Mercosul ou um próximo governo deve intensificar a presença do país no grupo? 

Astori – O Mercosul significa para nós uruguaios, e não apenas para os frenteamplistas, um projeto estratégico fundamental. O Uruguai é um país pequeno em tamanho físico, mas que tem uma potencialidade muito grande e que deve abrir-se ao mundo, não há outra possibilidade. O Mercosul e esta abertura marcam dois fundamentos absolutamente essenciais da convicção estratégica que temos. Obviamente, a abertura uruguaia começa na região, não caberia outra possibilidade racionalmente fundamentada. Nossa adesão e convicção em relação ao Mercosul estão fora de qualquer discussão. Mas também acreditamos, e não há soberba nisso, que o Mercosul sem o Uruguai se converte em outra coisa e não em uma aliança integracionista na região. E isso tampouco é incompatível com nossa visão de abertura igualmente importante em escala mundial, porque temos que multiplicar nossas possibilidades de inserção. O Pepe sempre diz que o mais inteligente é vender pouco a muitos, do que muito a poucos. 

Do ponto de vista comercial, vamos continuar com a tarefa que iniciou Tabare Vasquez. O Mercosul tem problemas de assimetrias, e existem dois tipos de assimetrias: as estruturais e as políticas. E são elas que temos que encarar com paciência e convicção no trabalho conjunto. 

Teoria e Debate – Para encerrar, falando em questões estratégicas e políticas, como chegar a um acordo em relação às papeleiras na fronteira entre o Uruguai e a Argentina?

Mujica – Eu posso responder esta pergunta em termos de hipóteses, e acredito que nunca se possa fazer nada contra a vontade do povo. Agora o mais importante é encontrar uma solução. E quando não se quer nenhuma solução, o tempo dá sua resposta. Nós reivindicamos sempre transformar os problemas em possibilidades, porque sei que além dos cartazes e das manifestações o povo necessita de trabalho e soluções econômicas. E não digo isso em tom ofensivo. Eu gosto de falar que sou admirador do presidente Lula. Em que sentido? Lula é um senhor presidente, com um grande número do parlamento que vota contra, e mesmo assim logra manejar um país com as dimensões do Brasil, com os problemas que tem. E por que ele consegue isso? Porque negocia, negocia e negocia, tem a paciência de um velho dirigente sindical. E esse é o espírito que devemos ter nesse tema. Aliás, aqui entre nós, deveríamos clonar o Lula pela América Latina.

Entrevista publicada originalmente na Revista Teoria e Debate

Veja como a NSA acessa seu Gmail

Por Alberto Sicilia, Principia Marsupia


Procuramos explicar de maneira simples como funcionam os dois programas do governo dos Estados Unidos que recolhem os nossos dados na Internet.

The White House
Devemos o conhecimento de todos estes detalhes à enorme valentia de Edward Snowden. 


Nas últimas semanas conhecemos muitos detalhes dos programas de espionagem do governo dos Estados Unidos através da sua Agência de Segurança Nacional (NSA).

Snowden revelou diversos programas de espionagem: escutas a líderes mundiais, coleta em massa de chamadas telefónicas, acordos entre agências de espionagem de diferentes países, etc.

Vamos tentar explicar em detalhe como funcionam os dois programas de espionagem que recolhem a nossa informação na Internet (e, em particular, como acessam o Gmail).

Dois programas de espionagem secretos: PRISM e MUSCULAR

Segundo os documentos de Snowden, existem dois programas principais para recolher informação da Internet: PRISM e MUSCULAR.

Apesar de os objetivos de ambos programas serem similares, o funcionamento de ambos é muito diferente. De modo que comecemos pelo princípio.

O que é o PRISM?

O PRISM é um programa de coleta de dados que realiza a NSA com a colaboração direta das grandes empresas de Internet.

Neste documento “Top Secret” desvelado por Snowden aparecem as empresas que colaboravam no PRISM. Estão todas as importantes: Microsoft, Google, Yahoo, Facebook, Skype, Apple, etc.

 
Neste outro documento, a NSA detalha o ano em que essas empresas começaram a colaborar com o PRISM:
 

 
Como é que a NSA acede aos dados através do PRISM?

O PRISM colecta dados de 2 maneiras: uma “semilegal” e outra “completamente ilegal”.

PRISM “semi-legal”

O governo norte-americano, em princípio, não pode espiar os seus cidadãos. A Quarta Emenda à Constituição dos EUA estabelece que o governo precisa de uma ordem judicial para investigar um cidadão.

Mas conseguir uma ordem judicial não é problema para a NSA. Obtém-nas através de um tribunal secreto – mas legal – chamado FISC (Foreign Intelligence Survelliance Court). Este tribunal só admite o advogado que representa o governo e nunca publica as suas decisões.
Desde o ano de 2003, os senadores dos EUA queixam-se de que “não têm nem ideia de como funciona o tribunal, porque os seus procedimentos legais são também secretos para eles”.

Na prática, este tribunal é um expediente legal para contornar a quarta emenda. Para que tenham uma ideia: no ano passado, a NSA e o FBI solicitaram 1.800 ordens de investigação. O tribunal aprovou 98.9%.

Uma vez que a NSA obtenha a sua ordem judicial, as companhias de Internet são obrigadas a entregar os dados.

Ah, é verdade: se não és cidadão norte-americano, não estás protegido pela quarta emenda.

PRISM “completamente ilegal”

Além do expediente legal anterior, os documentos de Snowden revelam outra faceta do PRISM completamente ilegal (sem ordem judicial alguma) e que é feita com a completa colaboração das empresas de Internet.

Para entender como funciona é interessante analisar as palavras do representante de Facebook quando foram revelados os primeiros documentos:

“Quando o governo pede ao Facebook dados sobre indivíduos, nós só entregamos os estritamente requeridos pela lei” [os que falámos antes sobre o PRISM semi-legal]. “Nunca permitimos um acesso direto aos nossos servidores”.

Atenção à última frase. Os jornalistas do The Washington Post, estudando outros documentos de Snowden publicados semanas depois, encontraram a armadilha linguística que esconde.

O truque era o seguinte: efetivamente, as empresas “não permitiam um acesso direto” aos seus servidores. Mas o que faziam era copiar dados dos seus servidores para outros servidores (que tecnicamente não eram seus, ainda que estivessem dentro das suas instalações) aos quais tinha acesso a NSA. Que malabarismo linguístico foi feito com a expressão “acesso direto”!

Até aqui falámos do PRISM. Agora vamos ver outro programa que a NSA utiliza para aceder aos nossos dados (e em particular o Gmail) e que se chama MUSCULAR.

O MUSCULAR, ou como aceder ao Gmail de maneira simples

Deram-se certamente conta que quando se ligam ao Gmail, na vossa barra do navegador aparece https://“  em vez de “http://“ (diferença da letra “S”). Basicamente, o que isto quer dizer é que a conexão entre o vosso computador e o servidor da Google está encriptada com o protocolo de segurança SSL/TSL.

Se alguém “interceptasse o cabo” que vai do vosso computador ao Google, não poderia ler o e-mail acabado de enviar porque a informação viaja encriptada.

Evidentemente, a Google não tem um só servidor. Quando nos ligamos ao Google, na realidade estamos a ligar-nos ao servidor que faz de “porta de entrada” do Google.
A conexão entre o nosso computador e a “porta de entrada” da Google é segura.
Uma vez que e-mail chega à Google, a empresa copia-o em muitos servidores ao mesmo tempo. Assim, se por exemplo, se cair um dos seus data centers, poderemos continuar a aceder ao Gmail.

Problema: as conexões entre os centros de dados da Google não estão encriptadas.

O MUSCULAR é o programa da NSA que interceta os cabos entre os data centers da Google (ou Yahoo) para ler os e-mails

Talvez seja mais simples entendê-lo com este outro documento da NSA revelado por Snowden:
 

 
Na nuvenzinha da esquerda estão as conexões entre os usuários e a Google. Como veem, as flechinhas têm escrito “SSL”. Isto é, as conexões são seguras.

Na nuvenzinha da direita estão as conexões internas entre os servidores da Google. Aí já não está escrito “SSL”. Isto é, as conexões aqui não são seguras.

Entre as duas nuvenzinhas, está o quadrinho “GFE”, a porta de entrada da Google. Aqui está indicado que o protocolo de segurança “SSL” desaparece uma vez que se entra na Google.
 
ATENÇÃO à carinha sorridente!

Como podem ver neste mapa, a Google tem data centers espalhados por todo o mundo:
 

 
Muitos desses data centers estão ligados entre si por fibra ótica própria. Com o MUSCULAR, a NSA intercetava esses cabos e tinha acesso a todos os dados que circulavam sem encriptar.

Devemos o conhecimento de todos estes detalhes à enorme valentia de Edward Snowden e ao trabalho de análise que realizaram durante meses os colegas do The Guardian e do The Washington Post.

Tradução de Luis Leiria para o Esquerda.net


domingo, 8 de dezembro de 2013

4º Encontro Nacional de Blogueir@s e ativistas digitais - Inscreva-se 17 de maio 2014

4º Encontro Nacional de Blogueir@s e ativistas digitais #4blogprog

Proposta de programação
4º Encontro Nacional de Blogueir@s e ativistas digitais
Data: 16, 17 e 18 de maio;
Local: São Paulo (Centro Cultural Vergueiro)
Previsão de participantes: 500 ativistas digitais de todo o país

16 de maio, sexta-feira:

Seminário Internacional de Blogueir@s e Ativistas Digitais

9 horas – Abertura

10 horas – Debate: Mídia, poder e contrapoder
- Ignácio Ramonet – fundador do jornal Le Monde Diplomatique (França);
- Pascual Serrano – criador do sítio Rebelion (Espanha);
- Andrés Conteris – Integrante do movimento Democracy Now (EUA);
- Dênis de Moraes – professor da Universidade Federal Fluminense;

14 horas – A mídia na América Latina
- Osvaldo Leon – Agência Latina Americana de Informação (Alai-Equador)
- Damian Loreti – professor (Argentina);
- Iroel Sánchez – blogueiro cubano;

17 horas – A luta pela democratização da mídia no Brasil
- Luiza Erundina – coordenadora da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão (Frentecom);
- Rosane Bertoti – coordenadora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC);
- Laurindo Lalo Leal Filho – professor da USP e ex-ouvidor da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

17 de maio, sábado:

Encontro Nacional de Blogueir@s e Ativistas Digitais

9 horas – A força das novas mídias
- Pablo Capilé – Fora do Eixo;
- Renato Rovai – revista Fórum;
- Luciano Martins Costa – Observatório da Imprensa;
- Jeferson – Dilma Bolada

14 horas – Troca de experiências sobre a blogosfera e o ciberativismo.

18 horas – A mídia e as eleições de 2014
- Lula, Paulo Henrique Amorim e Paulo Moreira Leite

20 horas – Festa de confraternização.

18 de maio, domingo:

10 horas – Plano de ação do movimento nacional de blogueir@s;
- Definição do local do V Encontro Nacional, em 2016;
- Aprovação da Carta de São Paulo
- Eleição da nova comissão nacional organizadora


http://blogprog.com.br/blog/4o-encontro-nacional-de-blogueirs-e-ativistas-digitais-4blogprog

A ignorância é atrevida, arrogante etc.

Pasquale Cipro Neto 




A ignorância é atrevida, arrogante etc.
Os "especialistas" em língua portuguesa disseram o diabo sobre o "nível" da nossa futura médica
Há alguns dias, recebi mensagens de leitores que me pediam comentários sobre um trecho da entrevista concedida a um jornal capixaba por Sheila Ramos Vieira, que estuda medicina em Cuba. O trecho que motivou as mensagens é este: "No Brasil, com certeza, seria muito difícil para mim fazer um curso de medicina".
Quase todas as mensagens dos leitores citavam as "redes sociais", nas quais a frase da nossa estudante de medicina causava manifestações de alto grau de sentimentos primitivos (o ínclito filósofo Roberto Jefferson que me perdoe por roubar-lhe o nobre pensamento, expresso por ele em relação a José Dirceu quando denunciou o esquema do mensalão).
Costumo fazer o que me pede um dos meus filhos ("Não leia os comentários das notícias, pai; não envenene o fígado e a alma"). De fato, não fui atrás, porque o que foi transcrito nas mensagens que recebi bastava.
Os "especialistas" em língua portuguesa disseram o diabo sobre o "nível" da futura médica ("Como uma analfabeta pode ser médica?" e besteiras afins). Nem preciso comentar o aspecto ideológico desse besteirol, certo?
Posto isso, vamos nos concentrar na estrutura sintática da frase atribuída a Sheila. Vamos repetir a construção: "No Brasil, com certeza, seria muito difícil para mim fazer um curso de medicina". Nas mensagens perpetradas nas redes sociais pelos "especialistas" em língua portuguesa, condena-se veemente e rispidamente o "erro" no emprego do pronome oblíquo "mim", posto antes de "fazer", verbo no infinitivo.
Mas quem foi que disse que esse tipo de problema se resolve pela posição dos termos? Quer dizer que não se pode, de jeito nenhum, usar o pronome "mim" ao lado de um infinitivo?
O problema não é de lugar, de posição; o problema é mesmo sintático (morfossintático, para ser mais preciso). Na língua culta, o pronome "mim" não funciona como sujeito, o que explica por que nesse registro não ocorrem construções como "Ela fez o possível para mim ficar aqui". Nesse caso, no lugar de "mim", ocorre o pronome reto "eu", que funciona como sujeito de "ficar".
É muito fácil perceber por que esse "eu" é sujeito de "ficar". Um dos caminhos é trocar "eu" por "nós" ou "eles", isto é, por um pronome reto plural. O que acontece com o verbo? Varia: "Ela fez o possível para nós ficarmos/para eles ficarem aqui". Outro caminho é trocar "para" por "para que": "Ela fez o possível para que eu ficasse aqui". Percebeu? O pronome "eu" permanece na frase, agora como sujeito de "ficasse".
Na frase de Sheila, o que há é apenas o emprego dos termos na ordem indireta, o que faz o pronome "mim" encostar em "fazer", o que, para os afoitos, já basta como prova do "erro". Não há erro algum, caro leitor. Esse "mim" é "mim" mesmo, já que não está ligado ao verbo "fazer", por isso não pode ser o seu sujeito. Esse "mim" está ligado ao adjetivo "difícil" ("tal coisa é difícil para alguém").
Vamos dispor os termos em outra ordem? Vamos lá: "Fazer um curso de medicina no Brasil com certeza seria muito difícil para mim". E agora? Alguém se atreveria a trocar esse "mim" por "eu"? Algum dos nobres "especialistas" diria "Fazer um curso de medicina no Brasil com certeza seria muito difícil para eu"? Francamente...
Em tempo: o "corretor" do Word também mete os pés pelas mãos... Rarará! Na frase de Sheila, o dito grifa o pronome "mim" (o grifo some quando se troca "mim" por "eu").
Não há erro algum na frase da nossa futura médica. O erro está na prepotência, na ignorância e na arrogância dessa turba raivosa. É isso.