Militância Política & Afins

Páginas

  • Início
  • Sobre mim

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Facebook reintroduz a censura no Brasil- A volta da velha senhora!!!

Facebook reintroduz a censura no Brasil

 



 

Por Elizabeth Lorenzotti em 02/08/2013 na edição 757
  
A censura voltou ao Brasil. E a herança maldita foi reintroduzida por uma empresa estadunidense pontocom, o Facebook. O mundo virtual não é diferente do real, sabemos. Por isso, os que sobreviveram à ditadura brasileira lembram-se bem da sensação horrível de quando uma pessoa desaparecia, inesperadamente. “Onde está fulano/a?” E a resposta: “Fulano/a caiu”.
Redemocratizado o país, quase 30 anos depois a sensação é parecida para muitíssimos que navegam no Facebook. “Onde está fulano/a?”, perguntamos ao notar o desaparecimento de uma pessoa de nossa lista de amigos. “Ah, foi bloqueado/censurado/suspenso.” Ainda bem que as consequências da censura feicebuquiana não são as mesmas da ditadura, pois você continua normalmente vivo no Brasil real. Mas a sensação de ser censurado é a mesmíssima.
Pergunta-se como uma corporação estadunidense pode ter esse poder? A rede preferida pelos brasileiros atingiu aqui, em março deste ano, 67 milhões de usuários, sendo o Brasil o segundo país em número de perfis, atrás apenas dos Estados Unidos. A Índia está em terceiro lugar. Segundo a Socialbakers, empresa de estatísticas sobre mídias sociais, no fim de 2011 o Brasil tinha 35,1 milhões de usuários. Um ano depois, o número chegou perto de dobrar e foi para 64,8 milhões. Isso significa que a abrangência do Facebook no Brasil se aproxima de um terço (32,4%) da população de 201,1 milhões de pessoas.
Mas como uma empresa pode impor normas de censura a um terço da população brasileira, se a Constituição de 1988 continua em vigor, assegurando a liberdade de expressão? Trata-se de uma boa pergunta. Diz o artigo 5, inciso IX, que “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”. Diz o artigo 220: “A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou meios não sofrerá restrição, observando o disposto nesta Constituição”.
O Facebook – que embora pontocom, funciona aqui à base de conteúdo gerado por internautas e de seus perfis, utilizados para fins comerciais e sabe-se lá mais para o que – pode, sim, impor aos brasileiros seus padrões de moralidade (ver aqui) e censurar imagens e textos políticos, ao seu bel prazer.
No ano passado, um grupo de jornalistas, escritores, poetas, artistas plásticos, cineastas, produtores etc. realizou o primeiro Dia da Livre Expressão do Nu contra a censura no Facebook. O motivo foi o recrudescimento de bloqueios, suspensões, intromissões nas páginas privadas dos participantes da rede social alegando-se discordância com as normas da empresa de Mark Zuckerberg. Normas que proíbem (não explicitamente, nos textos postados pela empresa no FB, mas reveladas pela ação de sua censura) exibição de seios de mães amamentando, genitálias, seios em geral, nus frontais – incluindo-se nesse rol os grandes artistas da todas as épocas que tenham pintado nus. Independentemente de se tratar de Da Vinci, Michelangelo, Velásquez, Salvador Dali, enfim, qualquer grande gênio da pintura ou uma foto considerada pornográfica.
Obelisco censurado
Em 2012, a campanha provocou suspensões de vários participantes e o Facebook censurou, inclusive, o Obelisco do Ibirapuera, além de tribos de índios e de africanos nus – outra saga da censura feicebuqiana. Acionada, a assessoria de imprensa do FB não se pronunciou, o que fez quando começaram a surgir matérias na grande imprensa sobre a censura.
Este ano não foi diferente. Num domingo, 28 de julho, realizou-se a segunda edição do Dia da Livre Expressão do Nu no Facebook. Desta vez, puxada pela censura sofrida pelos poetas Claudio Willler e Floriano Martins, que haviam postado a foto da cantora negra estadunidense Nina Simone nua (ver aqui). Um grupo fechado organizou a campanha durante um mês. No dia 28, foram cerca de 2 mil os usuários do FB que postaram na rede suas imagens, sempre acompanhadas do seguinte texto:
28 DE JULHO – DIA DA LIVRE EXPRESSÃO DO NU NO FACEBOOK
Esta postagem de nudez artística faz parte de um movimento contra a censura no Facebook. A censura vai contra a Constituição do meu país. Se o Facebook opera aqui no Brasil, deve respeitar suas leis.
>> o artigo 5. IX. da Constituição brasileira é claro: “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”;
>> o artigo 220 é ainda mais claro: “a manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou meios não sofrerá restrição, observando o disposto nesta Constituição”.
“This postage of an artistic nude is part of a movement to rule out cultural Censorship in Facebook. Censorship goes against the constitution of my country. If Facebook operates here in Brazil it should respect its laws.
>> Article 5. IX. of the Brazilian constitution is clear: “expression of intelectual, artistic, scientific and communication content is free, independently of censorship or licence”.
>> Article 220 is even more clear: “manifestation of thought, creation, expression and information, under any form, process or means will not undergo restriction according to this Constitution”.
Nem assim adiantou. Foram censurados a jornalista poeta Célia Musilli e mais cerca de seis pessoas até quarta-feira – o número aumenta desde domingo –, ela já uma campeã da perseguição feicebuquiana desde o ano passado, quando foi condenada a 30 dias de bloqueio, punição que se repetiu agora.
Os bloqueios impedem os usuários de usarem normalmente a rede. Geralmente o FB avisa sobre a punição e ameaça: primeiro retira ou obriga o usuário a retirar suas imagens condenadas. E se reincidir, terá sua cabeça cortada.
Célia publicou meio nu frontal do grande poeta beat Allen Ginsberg, autor do poema “Uivo”, também ativista, que costumava fazer performances nu e por isso foi expulso de alguns países. Seu órgão sexual estava coberto por uma placa. “Uivo” também rendeu processo a Ginsberg, e a nova censura, depois de décadas de sua morte, revela que o poeta continua alvo de perseguição por seus conterrâneos, no século 21 (ver aqui).
No mesmo domingo, a Folha de Londrina, onde escreve semanalmente, publicava artigo de Célia sobre o protesto com o título “O mundo ficará mais nu“. No texto, Célia afirma que a manifestação “é pertinente porque escancara o preconceito em relação ao nu artístico, de protesto ou cultural – como o das tribos indígenas – frequentemente censurados no Facebook. A contradição fica por conta da vulgaridade escrachada presente em toda mídia, sobretudo com a exposição frequente do corpo feminino como mercadoria. Afinal, a soma de tudo isso significa uma liberalidade estrábica ou mera hipocrisia? Em que tempos vivemos e com que lentes enxergamos a moral e a cultura?”
A jornalista lembra que “no momento este debate também é pertinente porque o chamado Marco Civil da Internet – que vai inaugurar uma legislação específica para a internet no Brasil – deverá ser votado na segunda semana de agosto no Congresso Nacional, depois de quase dois anos de discussões e atrasos. A votação é bem-vinda, porém devemos ficar de olho para saber o que vem por aí. O sociólogo Sérgio Amadeu, que acompanhou a elaboração do Marco Civil, faz críticas severas a modificações que vêm sendo feitas no texto. (...) Segundo Sérgio, ‘querem transformar a internet numa grande rede de TV a cabo’. ‘Acham que, por controlarem os cabos, por estarem numa situação estratégica de controle da sociedade da informação, podem controlar os fluxos’. E reforça: ‘Quando a operadora tiver poder de filtrar o tráfego e disser que tipo de conteúdo poderá passar nesses cabos, quando ela puder pedagiar o ciberespaço, matará a criatividade da internet’”.
Em seguida, Célia retoma a discussão sobre o controle de conteúdos no Facebook, “onde existe, por exemplo, um mecanismo de censura que prevê a denúncia de um usuário contra outro que tenha publicado ‘conteúdos indesejáveis’. Neste sentido, a rede social, além de incentivar a delação, desconsidera totalmente a Constituição do país, que prevê irrestrita liberdade de expressão artística e ideológica. Como brasileira, acho que os direitos previstos na Constituição estão muito acima de um contrato virtual que defecadores de regras costumam evocar quando burlamos as normas na rede em franca desobediência a mecanismos contraditórios sob o ponto de vista moral e cultural. Em síntese: por que a Mulher Melancia passa e a Vênus de Botticelli é censurada no Facebook?”
Uma outra excelente pergunta.
Índias amamentando
Além de Célia foram censurados seis outros perfis, e retiradas fotos, com alerta, de outros dois. A professora e poeta Liria Porto, de 67 anos dá o seu depoimento:
“No dia28 escolhi fotos de todo tipo, queria ver o que é censurado – índias amamentando, crianças índias em brincadeiras, índias nuas em fotos, e também um corpo de homem – de costas – a dos seios de uma mulher, uns postais antigos com mulheres nuas, uns quadros de Modigliani. Fiz questão que fossem variados. E apoiei Célia Musilli que tinha sido bloqueada por 30 dias.
“Aí recebi o comunicado de que algumas fotos minhas haviam sido denunciadas. O Facebook enviou as fotos que retiraram do meu mural e o comunicado de que eu estava bloqueada por 24 horas – com a advertência de que eu poderia ser excluída definitivamente se os fatos se repetissem. Raramente publico fotos, mas luto pelo direito de publicá-las sempre que necessitar.”
O repórter fotográfico paranaense do jornal O Estado de S.Paulo Carlos Ruggi também foi bloqueado por postar uma foto que tem corrido bastante pela internet: a suposta imagem de Angela Merkel praticando nudismo com amigas, quando era jovem (ver aqui).
O poeta Floriano Marins publicou e também caiu da rede. Eleconta como foi censurado, antes do Dia do Nu:
“Um de meus perfis aqui no FB acaba de ser suspenso pela difusão que venho fazendo desta foto da Nina Simone, sob a acusação de que se trata de pornografia. Me enviaram primeiramente um questionário, onde respondi justificando não se tratar de pornografia, porém não aceitaram. Juntamente com a suspensão veio este texto (abaixo), que é um verdadeiro libelo de excitação criminosa à delação que promove o próprio Facebook: ‘Denunciando abuso. Se você encontrar algo no Facebook que considerar uma violação aos nossos termos, informe-nos. Lembre-se de que denunciar um conteúdo não garante que ele será removido do site. Devido à diversidade da nossa comunidade, é possível que algo possa ser desagradável ou perturbador para você sem atender ao critério de remoção ou bloqueio. Por esse motivo, oferecemos também controles pessoais sobre o que você vê, como a capacidade de ocultar ou se desvincular de pessoas, páginas ou aplicativos ofensivos’.”
O vendedor João Carlos foi punido pelas fotos de duas mulheres seminuas, com referência de fotógrafos famosos e poesia. O jornalista Luis Carlos Lorencetti igualmente sofreu bloqueio de 24 horas por uma foto do famoso Lucien Clergue (ver aqui).Diz ele: “Republiquei a foto que, segundo o FB, provocou o bloqueio de 24 horas. Se você entrar na minha linha do tempo, vai ver que outras fotos, até mais ousadas, permanecem por lá. Então, creio que a teoria de que o FB age por denúncia faz sentido”.
A nudez de Simone de Beauvoir e as fotos de Pedro Martinelli
Rubens Jardim, jornalista e poeta, postouvárias fotos de nu em adesão ao movimento. “Uma delas, exatamente aquela célebre, a da Simone Beauvoir nua, já publicada tantas vezes e por tantas pessoas, acabou sendo retirada. Fiquei sabendo quando voltei a entrar no Face e recebi uma mensagem” (ver aqui).
Eu, autora deste artigo, também fui censurada, não no domingo, mas na terça-feira (30/7). Primeiro, censuram a imagem de Iansã, a senhora dos raios, pintada com os seios nus, como aliás é a caracterização da orixá. Na quarta-feira (31), em meio a este artigo, recebi a informação do FB de que outra foto havia sido removida, desta vez sem identificá-la.
Fui procurar e dei por falta de belíssima foto do premiado repórter-fotográfico brasileiro Pedro Martinelli: índios Panará, da Amazônia, nus, de costas, examinando o interior de um avião. (As fotos citadas neste artigo e não linkadas não foram mais encontradas.)
A mesma foto permanecia no meu perfil desde o Dia da Livre Expressão do Nu no Facebook, enquanto havia sido censurada domingo no perfil de outra internauta.Pedro Martinelli nunca foi censurado durante a ditadura, quando sua foto foi capa de O Globo, em reportagem sobre no contato com os índios gigantes. Mas é censurado agora, por uma empresa norte-americana que se locupleta no Brasil e desrespeita sua Constituição. Incrivelmente, até quarta-feira, nenhum denunciante havia delatado ainda a belíssima foto que continua lá. (Ver aqui, primeira foto da segunda fileira; foi capa de O Globo, em 1973, na ditadura, e não foi censurada.)
Na mesma quarta-feira (31/7), quando já havia terminado de escrever este artigo, recebo outra advertência do Facebook, desta vez me suspendendo por 24 horas: sem poder interagir. A censura foi à clássica foto de Marilyn Monroe, ainda Norma Jean. Precisando de dinheiro, no final de 1949 ela posou nua por 50 dólares, na famosa sessão que acabou sendo publicada por Playboy em sua edição inaugural, de dezembro de 1953, quando ela já se tornara Marilyn Monroe (ver aqui).
O músico Pita Araujo também foi bloqueado na quarta-feira (31) por postar obra do artista argenntino Leon Ferrari, morto em 25/7, aos 92 anos, e considerado o papa do anticlericarismo na pintura contemporânea. Ferrari ficou conhecido pelos escândalos provocados por sua obra. O mais lembrado é a discussão com o atual papa Francisco, quando ainda era Jorge Bergoglio, arcebispo de Buenos Aires, em 2004. Na época, Bergoglio condenou uma exposição retrospectiva de Ferrari, definindo a mostra como “um desrespeito aos valores religiosos e morais dos argentinos” (ver aqui).
Entre 1976 e 1991, Ferrari exilou-se no Brasil. Um de seus três filhos foi “desaparecido” pela ditadura argentina. Em sintonia com a ditadura argentina e com a igreja católica, o Facebook também condena Ferrari, depois de morto, e continua aceitando indiscriminadamente denúncias contra obas de arte.
A maioria das censuras, acreditamos, foi disparada por meio de denúncias anônimas. Como afirma Célia Musilli, “feita a denúncia não creio que os censores do FB analisem os casos. Se o fizessem, não censurariam a foto de Ginsberg que nem é exatamente um nu, pois seu órgão genital esta coberto por uma placa. Eles apenas acatam as denúncias e, se alguém não vai com sua cara, pode denunciá-lo por isso e não exatamente por sua postagem”.
“O Facebook passou por cima de todo o termo de privacidade que tenho, como usuária dessa rede”
A jornalista e escritora Priscila Merizzio também dá seu depoimento:
“Entre os dias 29 e 30 de julho de 2013, minha conta do Facebook passou por três suspensões. A primeira, ocorreu às 22h e durou até 9h30 da manhã seguinte. À noite (29/7), fui automaticamente deslogada e, em seguida, quando tentei fazer o login, havia uma série de obstáculos que a administração do Facebook impôs. Alguém denunciou o meu perfil como falso, de uma pessoa ‘irreal’,segundo definição do próprio Facebook. Para conseguir reaver o acesso de minha conta, tive que identificar vários perfis de contatos meus, através de suas fotografias. Um trabalho de Sísifo. No primeiro erro de identificação, minha conta logo foi suspensa, em um processo que adentrou a madrugada. Quando consegui, finalmente, acessar minha conta, no início da manhã (30/7), a administração do Facebook alegou, depois de ter me acusado de não ser uma pessoa real, que fui suspensa por causa de três fotografias. Removeu-as, naturalmente. Sem minha autorização. Algum tempo depois, recebi a notificação de que outras duas imagens que eu havia publicado, tinham sido denunciadas (por quem?). Fui convidada a remover os conteúdos, pois, caso não o fizesse, sofreria punição. Provavelmente teria minha conta suspensa por 30 dias ou, até mesmo, seria expulsa da rede social. A administração do Facebook também me avisou que estavam (quem estavam?) decidindo o que fariam com meu perfil. Seria eu processada por causa de alguma fotografia de Helmut Newton? Finalmente, perto do meio-dia, novamente fui automaticamente deslogada. Na tentativa de fazer o login, mais uma vez fui acusada de manter um perfil falso. Dessa vez, contudo, enviaram um código de confirmação em meu celular, para eu comprovar que existo. Quando entrei, o Facebook havia removido outras quatro fotografias. No dia 28 de julho, publiquei muitas imagens.
“Dentre tantas fotografias, de fotógrafos renomados, o Facebook removeu uma imagem onde estavam seis índias nuas e duas crianças de colo, gargalhando alegremente, totalmente à vontade em sua cultura. Nessa terceira vez de suspensão, fiquei impossibilitada de interagir em meu perfil durante 24 horas (sem curtir, publicar conteúdos no meu mural ou de amigos etc.). Podia apenas conversar por inbox.
“Acredito que fui denunciada por alguém que faz parte de meus contatos pessoais ou algum integrante do grupo onde nos organizamos para promover ‘28 de julho – O dia da livre expressão do nu no Facebook’. O que me incomoda não é ter sido denunciada por algum contato melindroso, hipócrita, desconhecedor de arte e dispersivo quando se trata de assuntos políticos. O que me perturba é que, além de não ter tido um crivo coerente na hora de analisar as denúncias, o Facebook passou por cima de todo o termo de privacidade que tenho, como usuária dessa rede social. Eles ‘invadiram’ minha conta e removeram o conteúdo que julgaram impróprio, seja por alguma acusação ou por critérios dos próprios censores.
“Que método arbitrário e estranho de seleção para remover imagens e perseguir usuários da rede social, não? Cá com meus botões, pensei que a época de perseguição que Gustave Flaubert e Henry Miller tiveram que enfrentar, por exemplo, tinha ficado para trás. Pelo visto, estou muito equivocada. Além disso, os senhores feudais da administração do Facebook, muitas vezes, também alegam que certos conteúdos são impróprios para menores de idade. Até onde sei, menores de idade não podem abrir conta nessa rede social. E, também sei que, por lei, cabe aos pais ou maiores responsáveis filtrarem o conteúdo que os menores acessam na internet. Não cabe a mim, como usuária, adulta, preocupar-me com as imagens que publico em meu perfil pessoal, para outros adultos. Ainda mais porque elas não são pornografia. Outra coisa que me encafifa é que, das vezes em que a administração do Facebook, por conta do manifesto, removeu minhas imagens (ou me obrigou a removê-las), acusou-me de ter publicado conteúdo de ‘nudez e pornografia’. Take it easy! Nudeze pornografia são coisas completamente diferentes. Não há necessidade de ser um estudioso de Semiótica, Teoria da Arte ou ter um olhar artístico educado, para saber a diferença entre uma coisa e outra. Basta ter em mãos qualquer dicionário de língua portuguesa, para diferir os significados dessas palavras. Nudez é uma coisa. Pornografia é outra. A administração do Facebook implica com fotos que são nus artísticos, quadros e esculturas famosas.
“Lamentavelmente, fotografias de comunidades indígenas, tribos africanas e outras culturas que não vestem roupas são vilipendiadas pelos censores. Campanhas contra o câncer de mama e mulheres grávidas ou amamentando seus filhos, também. Grupos fechados de exposição de nus artísticos são exterminados sem qualquer satisfação aos administradores e integrantes. No entanto, páginas com apologia à violência contra a mulher, pedofilia, racismo, xenofobia, grupos de extermínio, skinheadsetc, continuam ao ar, impunes. Perfis fakes de pessoas inconvenientes, idem. Comentários ignorantes e chulos, de contatos aleatórios, quando marcados como spam, também se safam. Agora, uma foto artística, um vídeo de algum diretor respeitável, poemas eróticos, são severamente execrados. Os censores da administração do Facebook Brasil atêm-se a detalhes irrelevantes e deixam o essencial de fora. Esse é um costume miserável que, infelizmente, se perpetua. Confesso que só mantenho uma conta nessa rede social porque, infelizmente, ela é o melhor espaço, hoje, para manter contato com colegas, amigos e, também, pleitear oportunidades profissionais. Se surgir outra rede mais evoluída, inteligente e refinada, inclusive na parte de design, que se torne popular, certamente migrarei para lá. Enquanto isso, que haja mais manifestos da livre expressão do nu dentro do Facebook. Por trás dessa invasão de privacidade e comportamento maniqueísta, existe um jogo que questiona se o Estado é realmente laico e, também, o direito de se expressar artisticamente no Brasil, cujas leis garantem que isso é permitido.”
Um dossiê da censura
O poeta, ensaísta e tradutor Claudio Willer compõe, desde o ano passado, um dossiê da censura no Facebookque agora chegou ao relato 69, exatamente com o caso da censura à minha página. Segundo ele, “as práticas do Facebook são desrespeitosas, ofensivas. Devemos nos recusar a ser tutelados, tratados como incapazes ou algo assim. E subordinar a legislação brasileira aos estatutos de uma corporação multinacional é, evidentemente, intervenção colonialista”.
No ano passado, em seu blog, Willer premonitoriamente comentava:
“Nesse momento, há dois grandes temas em debate, relativos ao meio digital. Um, a censura em redes sociais. Outro, as ‘políticas de privacidade’ das ferramentas de busca, provedores de conteúdo e redes sociais. Quanto a esse assunto, se quiserem montar um ‘perfil’ a partir de meus acessos e buscas, para comercializá-lo, então quero comissão… Chamarem a utilização comercial de informações pessoais de ‘política de privacidade’ é, evidentemente, linguagem orwelliana.”
George Orwell, aliás, também é citado no post dos Advogados Ativistas, no dossiê de Willer, em 26/7/2013. Este grupo surgiu recentemente no FB e seu objetivo é subsidiar os manifestantes com informações jurídicas.
“A Equipe de administradores dos Advogados Ativistas teve o acesso da página bloqueado em razão de uma CENSURA feita pelo Facebook. Tratava-se de um ‘printscreen’ que denunciava um perfil de um policial militar (Túlio Oliveira) que dizia querer matar manifestantes. Nos comentários feito pelo PM, vários dos seus colegas de corporação concordaram com a declaração do militar. O grupo Advogados Ativistas repudiou a conduta e convocou sua equipe para tomar as medidas cabíveis, qual seja, levar ao conhecimento das autoridades competentes a conduta do oficial. O post tornou-se viral e atingiu mais de 300.000 pessoas. De alguma forma, o Facebook encontrou uma maneira de censurar a página por 12 horas. A equipe AA não concorda com esta punição e está pedindo explicações ao Facebook Brasil, pois acredita ser realmente uma forma de censura. Desafia-se o Facebook a encontrar em suas ‘políticas de comunidade’ alguma cláusula que tenha-se quebrado. Parece-nos por demais oportuna a frase de George Orwell, ‘Se a liberdade significa alguma coisa, será sobretudo o direito de dizer às outras pessoas o que elas não querem ouvir’.”
Recentemente o Facebook divulgou um comunicado, creio que a respeito de censuras a paginas de órgãos de imprensa em sua rede. (Sim, Folha de S.Paulo e CartaCapital também foram censurados, a primeira por postar foto de ocupantes da Câmara Muncipal de Porto Alegre posando nus, e a segunda por uma foto de mulher nua e agachada, em matéria sobre revista em presídios. O jornal Brasil de Fato, que não publica nus, mas fala de política, ficou alguns dias sem poder postar e a Mídia Ninja, por algumas horas.
1. Diz um trecho do comunicado do FB:
“Não removemos conteúdos com base no número de denúncias recebidas: temos uma infraestrutura robusta de denúncia que inclui links para reportar páginas que estão no Facebook e também um time de revisores altamente treinado para avaliar esses casos. Quando um conteúdo é denunciado, ele só é removido se violar nossos Termos de Uso. É importante esclarecer que não retiramos conteúdos com base no número de pessoas que reportaram algo.”
>> Digo eu. Muitos pensavam que quanto maior o numero de denúncias anônimas, mais efetivas. FB diz que não é o caso. Mas seus vigilantes “revisores altamente treinados” costumam avaliar com base em que padrões? Porque estes que o FB alega – incitação à violência, pornografia e qualquer tipo de assédio – realmente não convencem. Nus artísticos não são pornografia, discursos políticos censurados são os discursos que não convêm a alguns.
2. Diz outro trecho do comunicado do FB:
“Em quase todos os casos, revisamos manualmente todas as denúncias e não temos sistemas automatizados que removem discursos políticos: para proteger milhões de pessoas que se conectam e compartilham informações diariamente no Facebook, a esmagadora maioria do conteúdo é revisada manualmente. Utilizamos sistemas automatizados apenas para um número muito limitado de casos, como, por exemplo, spam. Nestas situações, a automação é usada com mais frequência para que possamos priorizar os casos que precisam de revisão manual, mas isto não substitui a revisão manual.”
>> Digo eu. Sabíamos, desde matéria publicada no UOL ano passado, que há censores contratados no mundo pelo FB. Muitos não acreditavam. Inúmeras são as páginas denunciando a censura nessa rede em todo o mundo, as mais recentes no ano passado, especialmente na Europa, desde os movimentos Occupy. Imagine-se o trabalho de Sísifo de milhares de censores, lendo centenas de milhares de posts no mundo todo, em alta rotatividade.
Um novo F.a.c.e – Frente Alternativa Contra o Establishment
Em todo o mundo há protestos contra a censura do FB, especialmente a textos e fotos de ativistas políticos. No ano passado, o Wikileaks anunciou que construiria uma rede para se contrapor a Zuckerberg, mas em função de tudo o que aconteceu, o projeto abortou. Agora, na Argentina é anunciada a criação de uma nova rede social para a América Latina,que critica e imita o Facebook, o Facepopular, em que “face” não significa rosto, mas “Frente Alternativa Contra o Establishment”, e tem uma postura crítica em relação ao establishment Facebook, que lhe serviu de inspiração. Seus idealizadores dizem que o objetivo é “gerar um canal de comunicação e interação comunitária sem as arbitrariedades e modelos de imposição de outras redes sociais desenhadas e operadas fora da América Latina por corporações multinacionais”.
***
Elizabeth Lorenzotti é jornalista, escritora, pesquisadora de mídias digitais, ex-professora de graduação e pós-graduação em Jornalismo da PUC-SP e Universidade Metodista

http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/facebook_reintroduz_a_censura_no_brasil
Postado por Militância Politica e Afins às 09:56 Nenhum comentário:
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest

sábado, 12 de outubro de 2013

Luis Nassif: A balbúrdia democratizante das redes sociais

12 DE OUTUBRO DE 2013 - 10H56 

Luis Nassif: A balbúrdia democratizante das redes sociais


Estamos na infância das redes sociais e existe muita balbúrdia. Mas ela permite ampliar a democracia. Na quarta (9), em São Paulo, houve um evento de lançamento do novo site do “Carta Maior”. Trata-se de um portal assumidamente de esquerda, que congrega pensadores brasileiros e internacionais, unidos em torno das mesmas ideias e da Internet. Havia desde intelectuais latino-americanos até o espanhol Ignácio Ramonet, fundador do prestigiado Le Monde Diplomatique. 

Por Luis Nassif*, na Carta Capital


A saga do Carta Maior repete-se em outras iniciativas da Internet. Em meio ao caos que domina o meio, aos ataques destrambelhados de esquerda e direita, à nova não-etiqueta – de um pessoal capaz de cometer, pela Internet, grosserias que jamais cometeriam presencialmente – começam a se moldar as referências, um pequeno arquipélago de blogs e sites independentes, capazes de fazer o contraponto.

É uma construção algo complexa, devido à diluição das vozes. No velho modelo de jornal, um percentual maior de leitores lê Esportes, talvez os cadernos culturais e o Cidade – o caderno inicial com reportagens locais e, especialmente, policiais. Um contingente menor lê economia, política nacional e política internacional.

Só que essa leitura, menor porém mais qualificada, acabava disfarçada pelo modelo da velha mídia, no qual todos compravam o jornal inteiro para ler apenas partes dele.

No velho modelo, havia inicialmente uma divisão nítida entre os chamados tablóides (os jornais sensacionalistas), a imprensa de opinião e o jornalismo regional.

Embora de menor alcance, a imprensa escrita de opinião acabava pautando toda a cadeia da mídia, a imprensa regional, o jornalismo radiofônico e televisivo.

A partir de meados dos anos 90, a busca incessante de audiência acabou rompendo muitas barreiras que separavam o jornalismo de opinião do sensacionalismo barato dos tabloides. Mesmo assim, mantiveram os chamados artigos e colunistas de fundo, ajudando a disciplinar os conceitos junto ao público remanescente de formadores de opinião, que continuaram seguindo os jornais.

Com isso, o discurso político permaneceu bastante restritivo, externando a opinião de grupos restritos, em geral do eixo Rio-São Paulo.

A Internet surge para romper esse bloqueio. Ainda é uma realidade caótica, mas já dividida em camadas hierárquicas – do público menos intelectualizado, que se move por slogans, aos formadores de opinião, que se articulam em torno de conceitos.

São esses blogs e sites que ajudarão no trabalho civilizatório da rede, de disciplinar os ímpetos ativistas dos militantes, organizando o debate em torno de conceitos.

A Carta Maior cumpre essa função. No outro lado do espectro político, o site do Instituto Millenium tenta articular ideias e conceitos mais à direita. A maioria absoluta de seus colaboradores se criou à sombra do jornalismo tradicional.

Gradativamente, surgem outros pontos de referência, que se articulam com os blogs de combate (aqueles que buscam fazer barulho em torno de cada assunto, por mais insignificante que seja), destes com seus seguidores, se espraiando pelo Facebook e pelo Twitter.

Está-se na infância das redes sociais e existe muita balbúrdia. Mas é essa balbúrdia que permite ampliar a democracia.

*Luis Nassif é jornalista, colunista da Carta Capital e blogueiro.
Fonte: Carta Capital


http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=1&id_noticia=226638
Postado por Militância Politica e Afins às 10:56 Nenhum comentário:
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest

Che Guevara vive!

Che Guevara vive!


Che Guevara
8 de outubro de 2013 | Categoria:: Cultura,Destaques |

Che Guevara
Depois de ter sido, ao lado de Fidel, Camilo e Raul, um dos principais comandantes da Revolução Cubana, de ter assumido o Ministério da Indústria e o Banco Central de Cuba, de ter organizado a guerrilha na África, determinado a impulsionar a Revolução na América Latina e construir um mundo novo, no dia 5 de março de 1967, Che Guevara e o primeiro grupo de 44 guerrilheiros chegaram à Bolívia, numa fazenda cedida por Roberto Peredo, integrante do Partido Comunista Boliviano (apoio pessoal, pois o Partido nunca se comprometeu com a guerrilha).
Falhas cometidas por alguns guerrilheiros e a delação feita por dois desertores deram ao Exército a certeza de que havia um grupo armado na região e sua localização. Preparam o primeiro ataque, que acontece no dia 23 de março, mas a guerrilha já os esperava e, numa emboscada, derrota o Exército sem sofrer baixas. A segunda batalha também é positiva para os rebeldes, tendo ocorrido a 10 de abril.
A seguir, há uma dispersão de forças e tudo transcorre sem maiores novidades até 31 de agosto, quando a traição de Honorato Rojas, camponês que apoiava a guerrilha, proporcionou a emboscada de Vale Del Ieso, quando foi dizimada toda a retaguarda. A essa altura, o exército aprendera com os erros cometidos nas investidas anteriores e com o treinamento de três meses efetuado por enviados do Governo dos EUA: um coronel, quatro capitães e 12 sargentos.
O cerco vai se fechando e, no dia 8 de outubro, Pedro Pena, um camponês interessado em receber a recompensa de US$ 4.200, delata a presença de 17 guerrilheiros (é a vanguarda, comandada por Che). Eles são cercados por 70 homens e há 1.500 nos arredores bem armados e alimentados, enquanto os guerrilheiros estão famintos, maltrapilhos, com fome e sede.
O combate encarniçado começa em torno do meio dia. Às 15h, Che é atingido na perna, sua arma inutilizada; Willy (Simon Cuba) tira-o da linha de fogo. Os dois são detidos: Che, com ferimento leve; Simon Cuba, ileso. Levados para o povoado de La Higuera, são custodiados numa escola, cada um numa sala. No dia seguinte, o presidente da Bolívia, René Barrientos, após consultar seus patrões, o Governo dos Estados Unidos, autoriza a execução sumária de ambos e de qualquer prisioneiro da guerrilha, temendo uma mobilização internacional por sua liberdade e que o julgamento fosse transformado em tribuna, como Fidel o fizera em Cuba. Assim, no dia 9 de outubro, às 12h50, Che e Simon são executados à queima roupa.
No dia 11, desapareceu o cadáver de Che. Até morto, ele representava um perigo para as classes dominantes. Só foi encontrado em 1997, após 19 meses de buscas iniciadas desde que o general Mário Vargas Salinas, um dos que comandaram as tropas contra a guerrilha, revelou que o tinham enterrado em Vallegrande (área da luta). Os restos mortais foram trasladados para Cuba, onde, recebido com honras de herói nacional repousa em Santa Clara.
Brilhando pelo mundo inteiro
Mas, apesar de sua morte, a cada ano que passa, a cada nova geração, aumenta o número dos admiradores e seguidores de Che Guevara em todo o mundo. E não são apenas os comunistas e revolucionários. Os moradores de La Higuera o veneram como San Ernesto. Milhares de jovens nem entendem o seu pensamento e sua luta, mas têm-no como referência por sua dignidade e sua coerência, tão raros em nossos dias em que a degradação moral do capitalismo se espalha por todas as classes sociais. Por que isso? É Jean Paul Sartre, filósofo francês, quem responde: “Foi o ser humano mais completo de nossa era. “O braseiro boliviano de Ñancahuazu foi provisoriamente extinto, mas a sua luz continua a brilhar, a incendiar por toda a parte novos braseiros, a fazer brotar novas centelhas, a guiar os povos como uma tocha na noite. Nada poderá apagar essa luz”.
Ao discursar na Praça da Revolução, em Havana, no dia 18 de outubro de 1967, Fidel Castro assim definiu Ernesto Che Guevara: “Não é fácil conjugar numa pessoa todas as virtudes que se conjugavam nele. Não é fácil que uma pessoa de maneira espontânea seja capaz de desenvolver uma personalidade como a sua. Diria que é desse tipo de homens que é difícil igualar e praticamente impossível superar. Porém diremos também que homens como ele são capazes, com seu exemplo, de ajudar que surjam homens como ele. (…) Muitas coisas ele pensou, desenvolveu e escreveu. E há algo que deve se dizer num dia como hoje: é que os escritos de Che, o pensamento político e revolucionário de Che têm um valor permanente no processo revolucionário cubano e no processo revolucionário da América Latina”.
Hoje, o nome de Che, suas ideias e seu exemplo, tornaram-se verdadeiras bandeiras de luta contra as injustiças, contra a opressão do imperialismo capitalista e pelo socialismo e, a cada dia, o pensamento de Che torna-se mais vivo e mais atual. Che vive!
Da Redação
Che GuevaraA honra
“Eu creio que a primeira coisa que deve caracterizar um jovem comunista é a honra que se sente por ser jovem comunista. Essa honra que o leva a mostrar-se a toda gente na sua condição de ser comunista, que não o submete à clandestinidade, que o não reduz a fórmulas, mas que ele manifesta em cada momento que lhe sai do espírito, que tem interesse porque é o símbolo de seu orgulho.
Junta-se a isso um grande sentido do dever para com a sociedade que estamos construindo, para com os nossos semelhantes como seres humanos e para com todos os homens do mundo.
Isso é algo que deve caracterizar o jovem comunista. Paralelamente, uma grande sensibilidade a todos os problemas e uma grande sensibilidade em relação à justiça.”
Che Guevara
O Nascedor 
(Eduardo Galeano)
Por que será que o Che
tem esse perigoso costume
de seguir sempre
renascendo?
Quanto mais o insultam,
o manipulam
o traem, mais renasce.
Ele é o mais renascedor de todos!
Não será porque o Che
dizia o que pensava,
e fazia o que dizia?
Não será por isso, que segue
sendo tão extraordinário,
num mundo em que
as palavras e os fatos
raramente se encontram?
E quando se encontram,
raramente se saúdam,
porque não se
reconhece

http://averdade.org.br/2013/10/che-guevara-vive/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+averdadepravda+%28Jornal+A+Verdade%29 
Postado por Militância Politica e Afins às 08:52 Nenhum comentário:
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest

"Para o mundo, sempre terei 18, 16 anos", diz Christiane F.


"Para o mundo, sempre terei 18, 16 anos", diz Christiane F.


12/10/201301h19



Ampliar


Feira do Livro de Frankfurt 201313 fotos

13 / 13
11.out.2013 - Três décadas após seu best-seller "Eu, Christiane F., 13 anos, Drogada, Prostituída", Christiane Felscherinow apresentou em Frankfurt sua segunda autobiografia, revelando os anos que se seguiram à vida errante na Berlim dos anos 1970 Daniel Roland/AFP
Três décadas após seu best-seller "Eu, Christiane F., 13 anos, Drogada, Prostituída", Christiane Felscherinow apresentou nesta sexta-feira (11), em Frankfurt, sua segunda autobiografia, revelando os anos que se seguiram à vida errante na Berlim dos anos 1970.

"Sempre me remetem a Christiane F.. Para todo o mundo, eu continuo com 18, ou 16 anos. E é muito difícil, para mim, dizer: 'eu posso dirigir um carrão, eu posso fazer isso'", disse ela em uma entrevista coletiva na Feira do Livro em Frankfurt, o mais importante evento mundial do mercado editorial.

"Eu sou sempre uma garota de 15 anos. É por isso que esse livro é necessário para mim", explicou.

Christiane, hoje com 51, apresentou "Eu, Christiane F., a vida apesar de tudo" (em tradução livre), sua nova autobiografia escrita em colaboração com a jornalista alemã Sonia Vukovic, em que conta sua vida adulta, entre drogas, tentativas de desintoxicação, aventuras com estrelas e até uma passagem pela prisão.

Essa segunda obra aparece 35 anos depois do depoimento da adolescente alemã que se prostituía para garantir sua dose de heroína. Virou livro, vendeu milhões de exemplares, chegou às telas do cinema, ganhou o mundo. E chocou a Alemanha, ao mostrar o retrato de uma juventude à deriva no submundo da então Berlim Ocidental.

"Nós não douramos a pílula em nada", garantiu Sonia Vukovic, nesta sexta-feira, sobre o novo livro. "Afirmamos de maneira bem clara que Christiane não se sente bem fisicamente", completou.

No livro, ela também fala do nascimento de seu filho, Philipp, em 1996, e de seus esforços para ser uma boa mãe. Em 2008, porém, ela decide partir para Amsterdã, e as autoridades retiram-lhe a guarda do filho, que é entregue a uma família de acolhimento.

"A família é muito gentil. (...) Meu filho vai entrar no colégio, e eu me pergunto se é razoável, hoje, dizer de maneira egoísta: 'agora, eu posso tê-lo novamente, quero que ele volte imediatamente para casa", acrescenta.

"Nós nos vemos nos finais de semana e durante as férias. Sempre foi assim. (...) É melhor que ele termine o colégio. A evolução atual me agrada, e eu estou orgulhosa", afirmou.

http://entretenimento.uol.com.br/noticias/afp/2013/10/12/christiane-f-para-o-mundo-sempre-terei-18-16-anos.htm
Postado por Militância Politica e Afins às 08:49 Nenhum comentário:
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest

Black blocs, luddismo pós-industrial- Joana Salém Vasconcelos

Pela raiz

Black blocs, luddismo pós-industrial

Joana Salém Vasconcelos
Joana Salém Vasconcelos - Publicado em Sexta, 11 Outubro 2013 00:41
Em uma madrugada de 1812, no condado de York, um grupo de mais de 70 operários assaltou as dependências da indústria têxtil na qual trabalhavam e destruíram todas as máquinas que puderam com marretadas.


Foi uma das maiores ações do movimento dos “quebradores de máquinas” que se espalhava pelos distritos industriais da Inglaterra. O objetivo era, por um lado, chamar a atenção para as condições aviltantes de trabalho e, por outro, atacar física e economicamente seus patrões, corporificados nas máquinas. O inspirador daquele assalto era Ned Ludd, operário britânico que no século anterior havia destruído uma máquina de costura após ser repreendido pelo patrão. Outros grupos em outras cidades industriais da Inglaterra produziram ações semelhantes durante as décadas de 1810 e 1820. No entanto, a proposta luddista perdeu força em meados do século XIX, depois que passou a ser punida de modo particularmente cruel.
O Estado britânico acirrou a legislação repressiva e passou a perseguir, prender, torturar e executar centenas de integrantes do movimento. Ao mesmo tempo, os luddistas perderam espaço com a diversificação tática do movimento operário: o surgimento dos sindicatos e o fortalecimento dos cartistas em 1830 colocaram em cena a luta por direitos políticos e pela participação operária no parlamento.
Alguns anos depois, os luddistas foram caracterizados por Marx como um proto-sindicalismo compreensível, mas que definitivamente mirava o alvo errado. O problema essencial do capitalismo não eram as máquinas, mas precisamente a propriedade privada das máquinas e as relações sociais de produção. Destruir máquinas, portanto, não caminhava nenhum passo em direção à transformação do sistema, além de atrair as forças militares contra a classe operária.
O fenômeno dos black blocs é recente no Brasil. Suas origens remontam ao fim dos anos 1970 na Alemanha, quando grupos anarquistas despontados dos protestos contra a energia nuclear empregaram métodos criativos de autodefesa contra a repressão policial. Preconizavam a tática da ação direta espontânea e da ocupação auto-organizada de espaços urbanos. Concebiam-se também como um movimento estético. Reinventados nos anos 1980, estabeleceram uma identificação visual com as roupas escuras e os rostos encapuzados, protegidos dos olhares policiais, propagando a destruição física dos símbolos do capitalismo globalizado. Disseminaram-se com a onda antiglobalização nos anos 1990, denunciando o neoliberalismo nas cúpulas da OMC e do G-8.
Os black blocs têm dividido opiniões na esquerda brasileira. Defendê-los pelo direito democrático à manifestação? Atacá-los por afastar as massas dos protestos das ruas? Defendê-los por ousarem destruir os símbolos do capitalismo globalizado? Atacá-los por facilitar a ação dos policiais infiltrados?
Penso que são como luddistas do mundo pós-industrial. Ao invés de destruírem as máquinas, atacam as instituições financeiras e os templos do consumo. Suas motivações são justas, mas a tática mira o alvo errado.
A juventude das periferias urbanas sofre com violência policial cotidiana, com desaparecimentos forçados, com quatro horas diárias de ônibus lotado, com racismo, com padrões culturais elitistas, com a exploração econômica do subemprego e da informalidade e com uma educação pública deteriorada. Essa é a verdade factual. Que os protestos de junho tenham despertado a iniciativa de grupos de jovens revoltados contra toda essa violência, decididos a se manifestar de maneira irremediável, isto também é plenamente compreensível.
Porém, quebrar agências bancárias e carros importados sequer arranha o volumoso patrimônio privado das empresas atacadas e tampouco aponta para qualquer mudança estrutural ou momentânea. Isso porque, na tática black bloc, falta um elemento fundamental de qualquer luta coletiva: a política.
Sem a política, a luta coletiva tende a ser engolfada pela cultura liberal e individualista que respiramos todos os dias. Sem a política, qualquer manifestação adquire contornos imediatistas e difusos: o ato radicalizado se torna um fim em si mesmo. Na melhor das hipóteses, tem o mesmo efeito de uma sessão de terapia, aliviando tensões interiores e pessoais. Sem política, caímos no jogo anárquico do mercado, imprimindo à luta o princípio da livre iniciativa. A tática fica desprovida de estratégia, condenada à mera repetição. Atos, violência, prisões, atos, violência, prisões, atos, violência, prisões...
Política é planejamento, organização, tática que acumula para uma determinada proposta estratégica. Por isso, condenar os black blocs como inimigos ou fetichizá-los como artistas de vanguarda não aponta para a questão essencial, que permanece sem resposta: como organizar a revolta?
http://www.diarioliberdade.org/opiniom/opiniom-propia/42478-black-blocs,-luddismo-p%C3%B3s-industrial.html#.Ulct8Ks879s.facebook

Diário Liberdade é um projeto sem fins lucrativos, mas cuja atividade gera uns gastos fixos importantes em hosting, domínios, manutençom e programaçom. Com a tua ajuda, poderemos manter o projeto livre e fazê-lo crescer em conteúdos e funcionalidades.

Microdoaçom de 3 euro:
Doaçom de valor livre:
 
Postado por Militância Politica e Afins às 07:40 Nenhum comentário:
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest

A vivência de ser rejeitado e assim se sentir, equivale a constatação de inutilidade - Vera Felicidade

Minha foto 

Meus blogs

  • Percepção, conhecimento, relacionamento

Sobre mim

SexoFeminino
ProfissãoPsicóloga - Psicoterapeuta
LocalSalvador, Bahia, Brasil
IntroduçãoPsicoterapeuta, criadora da Psicoterapia Gestaltista exposta em 8 livros: Psicoterapia Gestaltista - Conceituações; Mudança e Psicoterapia Gestaltista; Individualidade, Questionamento e Psicoterapia Gestaltista; Relacionamento Trajetória do Humano; Terra e Ouro são Iguais; Desespero e Maldade; A Questão do Ser, do Si Mesmo e do Eu; Ilusão da Realidade - Realidade da Ilusão


Percepção, conhecimento, relacionamento
Vera Felicidade
Thursday, July 25, 2013

"Vida psicológica é vida perceptiva. Percepção é o processo que estrutura e caracteriza a relação do ser no mundo... O ser humano exerce suas possibilidades relacionais através da percepção, do conhecimento, da categorização" –
Inutilidade
Psicologicamente a vivência de ser rejeitado e assim se sentir, equivale a constatação de inutilidade. Incapaz de preencher requisitos do que é considerado bom, válido e útil, o indivíduo é expelido das relações por ele configuradas. Diversas traduções surgem para considerar e explicar esta vivência, desde às do seio mau (Melanie Klein) até às de "arianização".
A atitude de rejeitar está estruturada, geralmente, em contextos e estruturas socio-econômicas: são os preconceitos, as restrições, os bodes expiatórios, necessários à manutenção dos sistemas.
Perceber-se rejeitado atinge outras dimensões desde que surge um mediador, um filtro responsável por esta categorização. Não se aceitando, o indivíduo fica referenciado nessas vivências: é o autorreferenciamento. Ele busca ser aceito e geralmente se sente rejeitado, nada preenche suas demandas de aceitação. Criando metas e padrões onde tudo dará certo, onde ele será útil e bom, belo e aceitável, ele continuamente avalia, verifica e se sente frustrado, se sente falhado, rejeitado. Quanto mais se prepara, menos consegue e isto causa irritação, raiva que continuamente vivenciada estrutura depressão. Submetido aos desejos de ser aceito, esquece da própria problemática de não se aceitar e consegue assim transformar a vivência de rejeição em um deslocamento do próprio não se aceitar. Ao se rejeitar e por isso querer ser aceito, querer ser validado como alguém possível de qualquer coisa útil, boa e agradável, o indivíduo se desmembra, se pontualiza e anima-se ou deprime-se em função de resultados e circunstâncias favoráveis/desfavoráveis. Sentir-se rejeitado é sentir-se excluido, fora da humanidade. Lutar para ser aceito, para não ser rejeitado é concordar com critérios responsáveis por sua exclusão, é abraçar o universo social e relacional que o discrimina.
Quando, em psicoterapia, este processo não é configurado, não é globalizado surgem distorções de correntes do reducionismo elementarista: inconsciente, instintos, configurações neurológicas, socio-econômicas e culturais; e se fala em culpa, repressão, complexo de inferioridade, problemas sociais, desvios mórbidos, anomalias físicas como maneira e meio de explicar o sentir-se rejeitado.

O início do processo de rejeição é feito pelo próprio indivíduo em relação a si mesmo ao posicionar a não aceitação explicitada pelo outro e a partir daí construir seu "bunker" ou esvaziar suas bases, suas estruturas, criando abismos onde tudo fica por um fio. O posicionamento da rejeição pode se configurar em situações de prepotência ou de impotência, são polos do mesmo eixo. O extremo de acertos, regras e determinações é igual ao de fracassos, sensibilidades, medos, disforias ou dispersão inconsequente. Os primeiros geralmente se escondem em núcleos de autoridade ou saber fazer, os segundos se protegem através de dependências escravizantes que vão desde sistemas e famílias até drogas.

http://psicoterapiagestaltista.blogspot.com.br/2013/07/inutilidade.html
Postado por Militância Politica e Afins às 07:29 Nenhum comentário:
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

"Cinco das maiores petroleiras do mundo decidiram não participar do leilão de Libra


Postado por 
Diogo Costa



"Cinco das maiores petroleiras do mundo decidiram não participar do leilão de Libra. Na história desses leilões, isto não é novidade. Na 6ª Rodada da ANP, em 2004, quando importantes blocos foram licitados, também as grandes multinacionais do petróleo não compareceram.

  • Por ocasião da 6ª Rodada, quando iam a leilão os "blocos azuis", os de maior potencial até então leiloados, surgiu a "informação" de que o leilão visava "entregar" às multinacionais do petróleo, a "preço de banana", os valorizados blocos. Findo o leilão, verificou-se que a Petrobras, sozinha ou com sócios, ficou com 94% dos blocos localizados no mar, onde estavam todos os "azuis". E que as multinacionais do petróleo, a quem supostamente esses blocos seriam "doados", nem apareceram no leilão, exceto uma, que disputou três blocos em sociedade com a Petrobras. As grandes petroleiras demonstram não tomar conhecimento das fantasias que lhes anunciam "doações" de imensas riquezas petrolíferas.

    Agora, a nação aguarda para 21 de outubro próximo o primeiro leilão na província do pré-sal, após a mudança do marco regulatório. Tudo está pronto, até porque sete anos já se passaram da descoberta do pré-sal.

    Eis que a mesma fantasia que apareceu antes da 6ª Rodada, a da "doação" às multinacionais de campos de petróleo, e que foi rotundamente desmentida pelos fatos, reaparece, escondendo uma posição conservadora, imobilista e medrosa. China, Índia, Noruega, Canadá, Cuba, Angola e tantos outros países articulam-se com quem quer que seja para impulsionar seus desenvolvimentos. Empregam regulação que preserva suas soberanias e seus projetos nacionais. E nós, que para muitos países somos modelo de regulação, não podemos fazer o mesmo? Até a pérfida espionagem perpetrada pelos Estados Unidos no Brasil é aproveitada com o mesmo fito protelatório, imobilista. "Dados podem ter sido descobertos", então, suspenda-se o leilão! Mas, que dados, se eles são públicos? E se a existência de espionagem, por si só, leva à suspensão de um leilão, e se a espionagem vai continuar, como previu o chanceler brasileiro Luiz Roberto Figueiredo, então, nunca mais tocaremos no pré-sal.

    O exame minucioso do edital e do contrato, relativos ao leilão de Libra, revelam que foram elaborados com uma preocupação central - resguardar o interesse nacional. Esse interesse não exclui espaços para atrair o empreendedor privado, tanto que grandes empresas estão inscritas e vão participar do certame. Se outras lá não estão, não é por ausência de atratividade do leilão, nem porque o mesmo estaria sofrendo ingerência demasiada do Estado brasileiro. É porque as decisões dessas grandes empresas são individualizadas e dependem de oportunidades e conveniências analisadas à luz de dados globais.

    Em Libra, o interesse nacional começou a ser resguardado quando o então presidente Lula convocou uma reunião extraordinária do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), em 8 de novembro de 2007, para examinar o que fazer com o pré-sal recém-descoberto. Aí se constatou que 41 blocos, situados na área da descoberta, estavam na relação da 9ª Rodada de Licitações, que ocorreria em 19 dias. Quem os arrematasse iria explorá-los com contratos de concessão. Como não se sabia ainda o que seria feito naquela área, decidiu-se, por proposta da ANP, retirar todos esses blocos da lista da 9ª Rodada. Na continuidade, introduziu-se em lei, para aquela região e eventuais congêneres, o sistema de partilha da produção, em geral usado mundo afora em áreas altamente prolíferas.

    Na partilha, paga-se o custo da extração do óleo e os royalties com parte do petróleo extraído. O excedente é para ser partilhado entre a empresa ou consórcio contratado e a União. Quem se comprometer em dar a maior parcela desse excedente à União ganha o leilão, sendo que o mínimo que pode ser aceito, segundo o edital, é 41,65%. No formato proposto, serão grandes as vantagens para o Brasil. Quatro se destacam.

    Se o consórcio vencedor não der à União nada além do mínimo exigido, a participação pública no óleo ficará em 75%, segundo estudo da ANP, divulgado em reunião da CPI da Espionagem, no Senado; se a parcela do excedente chegar a 50%, a participação pública irá a 80%, das maiores do mundo. Hoje, para os campos maiores, essa participação não chega a 60%, oscila em torno de 52% para os demais.

    Em segundo lugar, a Petrobras será a operadora do campo, a empresa que acumulará todo o conhecimento da atividade exploratória e produtiva da área, e terá também, por força de lei, 30% do consórcio vencedor, qualquer que seja ele.

    Depois, uma empresa 100% estatal, a Pré-Sal Petróleo S.A., a PPSA, será criada para representar o governo federal na gestão do contrato, com voto de minerva e poder de veto.

    Finalmente, uma política de conteúdo local será aplicada, bem como outra de pesquisa e desenvolvimento, favorecendo a indústria nacional e o avanço da ciência e tecnologia entre nós."

    http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/117515/O-interesse-nacional-e-o-leilão-de-Libra.htm

    https://www.facebook.com/diogosho/posts/4894773585585?notif_t=close_friend_activity
    O interesse nacional e o leilão de Libra
    www.brasil247.com
    Eis que a mesma fantasia que apareceu antes da 6ª Rodada, a da "doação" às multinacionais de campos de petróleo, e que foi rotundamente desmentida pelos fatos, reaparece


    • https://www.facebook.com/diogosho/posts/4894773585585?notif_t=close_friend_activity
Postado por Militância Politica e Afins às 10:56 Nenhum comentário:
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Postagens mais recentes Postagens mais antigas Página inicial
Assinar: Postagens (Atom)

COMPARTILHAR É MAIS VIVER

Interagir com letras é a chave para a conscientização, utilizando a mente para dividir-se em múltiplos pensamentos como sementes. Quando escrevemos somos como os morcegos frugíferos que se alimentam de frutas...há sempre uma sementinha que cai em terreno fértil e se reproduz abundantemente. A esperança de um futuro melhor está depositada nesse ato simples. Maria Luiza Vieira.




Seguidores

Total de visualizações de página

Translate

Posts mais lidos

  • Download do livro O Príncipe da Privataria – Palmério Dória
    O Príncipe da Privataria – Palmério Dória                                                                                 ...
  • Download gratuito do livro Operação Satiagraha em PDF de Protógenes Queiroz
                                                                                  Chefe do Setor de Inteligência da Po...
  • Repórter revela ligação da mídia com esquema bilionário do HSBC
    Repórter revela ligação da mídia com esquema bilionário do HSBC 28/2/2015 Por Redação - do Rio de Janeiro O banqueiro Saul Sabbá ...
  • Gushiken foi vítima da degeneração moral da Revista Veja
    Era conhecido como Samurai A Veja não desceu, subitamente, ao abismo jornalístico a que chegou. Foi um processo, foi uma caminhada ...
  • Chico Buarque: “Há uma cobiça permanente em torno da Petrobras”
    Chico Buarque: “Há uma cobiça permanente em torno da Petrobras” Em vídeo divulgado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra, o cantor e...
  • Com dificuldades e contradições, um povo revolucionário sobrevive em Cuba
    Com dificuldades e contradições, um povo revolucionário sobrevive em Cuba ALEXANDRE HAUBRICH É JORNALISTA. ESCRITO POR ALEXANDRE HAUBR...
  • A ausência de Joaquim Barbosa foi um gesto inconcebível!
    Barbosa faz birra, falta a julgamento e explica: estava trabalhando e vendo pela TV 13 de março de 2014...
  • "Enquanto houver injustiça no campo, não iremos parar de lutar", diz Cláudia Farinha - Dia do Trabalhador Rural - 25 de julho
    Publicada 25/07/2013 "Enquanto houver injustiça no campo, não iremos parar de lutar", diz Cláudia Farinha “Neste dia, reafir...
  • NO TWITTER, UMA DEFESA DE JOSÉ DIRCEU
    para leitura ESTE BLOG DIVULGA TEXTOS SELECIONADOS NA IMPRENSA E NA INTERNET ...
  • Moro é aprendiz de Mussolini, por Jeferson Miola
    DOM, 03/04/2016 - 17:01   Carta Maior   Moro é aprendiz de Mussolini   Moro está mais para aprendiz de Mussolini do que...

Marcadores

#anulaAP470 (1) #ForaTemer (1) 407 mil barris (1) ação cautelar (1) Alckimin (1) alertas (1) AP 470 (1) AP470 (1) Arbitrariedade (1) Ato (1) Campos (1) cenário político (1) cruzes (1) Delubio Soares (2) dia (1) Dia Mundial da Água (1) Erica Kokay (1) falta de planejamento (1) foro privilegiado (1) Hino (1) imporância (1) incapacidade gerencial (1) inexistência (1) internacional (1) João Paulo (1) João Paulo Cunha (2) Joaquim Barbosa (3) José dirceu (3) José Genoíno (2) José Luis Oliveira Lima (1) José Wilson (1) Lei Maria da Penha. Defesa da Mulher (1) má-fé (1) Marco Aurélio Mello (1) MP (1) nacional (1) Padilha (1) Pedro Henrichs (1) Petrobras (1) petróleo (1) Pizzolato (1) Pizzzolato (1) pré-sal (1) Prisão (1) produção (1) PSDB (1) PT (1) recorde (1) Santos (1) stf (2) Suplicy (1) tribunal de exceção (1) Trinheira da Resistência (2) Zé Dirceu (1)

Arquivo do blog

  • ►  2023 (3)
    • ►  abril (2)
    • ►  março (1)
  • ►  2017 (9)
    • ►  março (9)
  • ►  2016 (31)
    • ►  agosto (1)
    • ►  junho (5)
    • ►  maio (7)
    • ►  abril (10)
    • ►  março (4)
    • ►  janeiro (4)
  • ►  2015 (31)
    • ►  dezembro (9)
    • ►  outubro (12)
    • ►  setembro (1)
    • ►  março (6)
    • ►  fevereiro (3)
  • ►  2014 (119)
    • ►  dezembro (2)
    • ►  novembro (7)
    • ►  outubro (21)
    • ►  setembro (6)
    • ►  agosto (1)
    • ►  junho (2)
    • ►  maio (8)
    • ►  abril (7)
    • ►  março (22)
    • ►  fevereiro (19)
    • ►  janeiro (24)
  • ▼  2013 (329)
    • ►  dezembro (28)
    • ►  novembro (32)
    • ▼  outubro (11)
      • Facebook reintroduz a censura no Brasil- A volta ...
      • Luis Nassif: A balbúrdia democratizante das redes ...
      • Che Guevara vive!
      • "Para o mundo, sempre terei 18, 16 anos", diz Chri...
      • Black blocs, luddismo pós-industrial- Joana Salém...
      • A vivência de ser rejeitado e assim se sentir, equ...
      • "Cinco das maiores petroleiras do mundo decidiram ...
      • Operação França As investigações sobre o escândalo...
      • Isso aqui para nós é um luxo', diz médico palestin...
      • MADURO DETERMINA EXPULSÃO DE DIPLOMATAS AMERICA...
      • Declínio da Militância Política e do Sindicalismo ?
    • ►  setembro (29)
    • ►  agosto (11)
    • ►  julho (2)
    • ►  junho (16)
    • ►  maio (16)
    • ►  abril (21)
    • ►  março (44)
    • ►  fevereiro (44)
    • ►  janeiro (75)
  • ►  2012 (255)
    • ►  dezembro (43)
    • ►  novembro (58)
    • ►  outubro (75)
    • ►  setembro (38)
    • ►  agosto (41)
  • ►  2010 (8)
    • ►  junho (2)
    • ►  abril (1)
    • ►  janeiro (5)
  • ►  2009 (22)
    • ►  dezembro (3)
    • ►  novembro (11)
    • ►  outubro (8)

Quem sou eu

Militância Politica e Afins
Ver meu perfil completo

Blogs Parceiros

  • Guerreiros com José Dirceu
    Liberdade Para Zé Dirceu #5BlogProg
    Há 9 anos
  • O Pensador da Aldeia
    A existência continua ou O último post
    Há 9 anos
  • Mídia, Religião e Política
    Estatuto da Família: Relator deixa união homoafetiva fora do conceito de família
    Há 9 anos
  • Volta pra casa, Padilha!
  • Blog da Ana Perciano

Pesquisar neste blog

APOIO SIM!

APOIO SIM!

CUT

iframe src="www.tvt.org.br/akamai/ctvt-medio.php" width="420" height="405" frameborder="0" scrolling="no">

Siga-me no Twitter

@mluvieira

Compartilhar

Compartilhar
Compartilhe a verdade com Alexandre Cesar C Teixeira


Tema Simples. Tecnologia do Blogger.