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sábado, 21 de novembro de 2009

FOTOS DA ILHA DE BERLINK NOSSO CANTINHO

A CASINHA DA ILHA LOGO QUE A COMPRAMOS EM 2001,
CRESCEU E TEM 2 ANDARES E 6 QUARTOS PARA RECEBER
OS AMIGOS DE TODOS OS LUGARES!!
ENY e ZE

O JOÃO BRINCANDO COM AREIA

O MUNDO COMEÇA NA PRAIA

JOAO E SOFI EXPLORANDO A AREIA
O MAR EM SILENCIO
ROUPAS? PARA QUE?
É MUSICAL SUA PRESENÇA CONOSCO MINHA FILHA!

REGISTRO DE PÉS  DE JOÃO E SOPHIA
SOMBRAS DOS PAPAIS SANDRO
DA JANELA DE UM QUARTO O SOM DO MAR E O COQUEIRAL
INDO PARA A ILHA DE BERLINK
A TRAVESSIA DO FERRY E A CURIOSIDADE DO JOÃO
A CONTEMPLAÇÃO DO MAR E DO SIMPLES
MESMO EM SETEMBRO O MAR É UM PARAISO

Minha Luluzinha cresceu.

"Little Lulu",

"Há duas Luluzinhas hoje no mercado editorial brasileiro. Uma mostra a personagem adolescente no traço do mangá, o quadrinho japonês.A obra se baseia no material publicado nos Estados Unidos pela editora Dark Horse. A coleção relança, em ordem cronológica, as primeiras histórias da personagem.

As narrativas curtas deste e dos demais volumes da coleção tomam como ponto de partida as histórias de Luluzinha publicadas na segunda metade da década de 1940.
Foi um momento em que a personagem foi recriada pelo norte-americano John Stanley (1914-1993). Foi ele o idealizador dos colegas que dividem as travessuras com ela.
Apesar de ser o verdadeiro autor da histórias, Stanley era eclipsado pela criadora de Luluzinha, Marjorie Henderson Buell (1904-1993), que assinava apenas Marge.
Ela desenvolveu a personagem em 1935 em uma charge para a revista "The Saturday Evening Post". E manteve o nome no título da revista que era feita por Stanley."

Nota minha: Não gostei não. Deviam ter deixado minha Lulu junto com o Carequinha e a Aninha com a carinha parecida com a deles mesmo. Mudou completamente. E alisaram o cabelo da LuLu!!!!!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Escrito por Regina Brett, 90 anos de idade, em The Plain Dealer, Cleveland , Ohio


Escrito por Regina Brett, 90 anos de idade, em The Plain Dealer, Cleveland , Ohio

"Para celebrar o meu envelhecimento, certo dia eu escrevi as 45 lições que a vida me ensinou. É a coluna mais solicitada que eu já escrevi.
Meu hodômetro passou dos 90 em agosto, portanto aqui vai a coluna mais uma vez:
1. A vida não é justa, mas mesmo assim ainda é boa.
2. Quando estiver em dúvida, dê somente, o próximo passo, pequeno ..
3. A vida muito curta para desperdiçá-la odiando alguém.
4. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente. Seus amigos e familiares cuidarão. Permaneça em contato.
5. Pague mensalmente seus cartões de crédito.
6. Você não tem que ganhar todas as vezes. Concorde em discordar.
7. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho.
8. É bom ficar bravo com Deus. Ele pode suportar isso.
9. Economize para a aposentadoria começando com seu primeiro salário.
10. Quanto a chocolate, é inútil resistir.
11. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente.
12. É bom deixar suas crianças verem que você chora.
13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que é a jornada deles.
14. Se um relacionamento tiver que ser um segredo, você não deveria entrar nele.
15. Tudo pode mudar num piscar de olhos. Mas não se preocupe; Deus nunca pisca. "

Gostei!!
Acrescentaria o décimo sexto: Não esqueça de aprender a esquecer, essa é uma regra básica para as relações humanas, mas lembre-se sempre dos que nunca deixaram de amar você!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Drumond cade você?Tanta falta você faz...


"Lutar com palavras é a luta mais vã. Entanto lutamos mal rompe a manhã.
São muitas, eu pouco. Algumas, tão fortes como o javali. Não me julgo louco.
Se o fosse, teria poder de encantá-las. Mas lúcido e frio, apareço e tento apanhar  algumas para meu sustento num dia de vida. Deixam-se enlaçar, tontas à carícia e súbito fogem e não há ameaça e nem há sevícia que as traga de novo ao centro da praça. "

     Carlos Drummond de Andrade, in 'Poesia Completa'

domingo, 15 de novembro de 2009

Dona Canô pedirá desculpas pelo filho



Rita Conrado / Reginaldo Pereira/Agência A TARDE

Dona Canô pretende ligar para o presidente: “Eu quero muito bem a Lula”Dona Canô vai telefonar nesta segunda-feira, 16, para o presidente Lula para dizer que não concorda com as declarações do filho famoso, Caetano Veloso, que chamou Lula de analfabeto, grosseiro e cafona numa entrevista (clique aqui para acessar) ao jornal O Estado de S. Paulo, provocando reações – positivas e negativas – em todo o País.

Ela falará ao presidente depois que Rodrigo Velloso, irmão de Caetano, fez um pedido de desculpas, sexta-feira, num evento na Praça da Purificação, em Santo Amaro, em nome da família.
“Se ele me atender, eu falo com ele”, disse D. Canô, que ainda não sabe o que dizer. “Vou falar o que estiver sentindo na hora”, declarou a mãe de Caetano, de 102 anos. Mas a matriarca da família Velloso tem dúvidas sobre se Lula poderá atendê-la. “Tentei falar com ele no dia do seu aniversário, mas não consegui. Ele é muito ocupado”, assinalou D. Canô, que, apesar de não concordar com Caetano, disse que não será ela quem lhe puxará as orelhas.

Não merece - “Ele mesmo puxa, pois sabe que o presidente não merece isso”, assinalou. A mãe de Caetano falou do carinho que nutre pelo presidente. “Eu quero muito bem a Lula”, afirmou. “Foi uma ofensa sem necessidade”, disse. “Caetano não tinha que dizer aquilo. Vota em Lula se quiser, não precisa ofender nem procurar confusão”, observou D. Canô, que não se mostrou preocupada com uma possível insatisfação de Caetano às suas declarações, se desculpando, ou às de seu irmão, Rodrigo.

“Ele está doido? Ele tem de aceitar”, disse, ressaltando que também não fará uma reprimenda ao filho. “Ele também não merece. É o jeito dele”, contemporizou. O irmão de Caetano, Rodrigo Velloso, secretário de Cultura de Santo Amaro, também atribuiu ao “jeito” de Caetano as declarações sobre o presidente, que achou absurdas.
Maluquice - “Caetano tem essa mania de falar as coisas sem pensar e aí diz coisas assim. Falou de maneira preconceituosa. Achei uma maluquice. Fiquei revoltado”, afirmou Rodrigo, ao contar a forma inesperada como surgiu o pedido de desculpas. “Eu participava de um evento em Santo Amaro, sexta-feira, e fui convidado a falar, como secretário de Cultura”, disse. “Ao subir no palanque, a primeira coisa que me ocorreu, vendo ali o secretário Rui Costa (de Relações Institucionais do Estado), foi pedir a ele que transmitisse ao governador Jaques Wagner e ao presidente Lula o pedido de desculpas em nome da minha mãe e da nossa família”, afirmou Rodrigo. “Achei decente fazer isso”, assinalou.

Segundo Rodrigo, as declarações de Caetano foram feitas dois dias após o presidente Lula ter atendido a um pedido de D. Canô. “O presidente solicitou ao secretário da Saúde que ajude à Santa Casa de Misericórdia, que está prestes a fechar”, contou Rodrigo, que desconhece as intenções de Caetano com tais declarações. “Quem é que sabe? Pelo que conheço dele, já até esqueceu o que falou”, disse o irmão.


__Tá certo Canôzinha.
__ Vc nao tem culpa não viu?

Tom Zé e sua infância em Irará municipio da Bahia

O músico Tom Zé
A infância do Tom Zé lembra a infância dessa novata blogueira aqui, só nao tive o talento dele de transformar obstáculos em vitórias maravilhosas como esse.




Por Katherine Funke, enviada a Irará_Bahia



“Três semanas atrás, quando comecei a ter chilique lá em casa, Neuza me perguntou: ´você não tá nervoso por causa desse show de Irará, não?´ E era. Tive pesadelos, tive medo, tive tudo. Mas é que como sou profissional há muito tempo, você começa a trabalhar e vai esquecendo. Mas quando eu subir no palco, vou estar seguramente nervosíssimo”, disse o cantor Tom Zé em Irará, em 13/11/2009 .
O show vai aconteceu neste sábado (14/11) à noite, durante a Feira da Mandioca, promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais, com apoio da prefeitura e do Movimento Viva Cultura. Faz 18 anos que o músico não canta em sua terra natal.
Ele chegou  à tarde na cidade. Foi recepcionado por 200 crianças na rua, entre elas Edcarlos Jesus Carvalho, 10 anos. “Eu gosto dele. Fui ver”, diz o menino. Tom Zé está hospeado na casa de Edson Barbosa da Silva Filho, 52, o publicitário Edinho, dono da agência Link. A casa é a sede da fazenda Flor de Brotas, a 12 quilômetros ao norte da sede do município.
Tom Zé conversou com exclusividade com o Jornal  A TARDE. Falou com a repórter Katherine Funke sobre o espetáculo e as duas novas músicas que compôs para a cidade: “Renato, filho de dona Ceci”, que vai ser executada pela Filarmônica 25 de Dezembro agora à noite, e “Irará, Iralá”, que mostrou  à cidade durante o show.
A música para a banda filarmônica foi composta a pedido de Antônio Luís dos Santos, 70, amigo de infância com quem Tom Zé conversa quase diariamente, por telefone. “Quem me pediu foi Diógenes, o presidente”, conta Tonho, “e levou uns três meses para ficar pronta.” Vai ser a primeira execução pública da composição. A banda também vai tocar músicas do maestro Almir Oliveira (1903-1993), que foi grande amigo de Tom Zé e parceiro na música “Terra Morena” (letra de Tom Zé para música de Almir Oliveira).

A entrevista é interessante:

A TARDE – Esse negócio de sentir medo do show de amanhã tem a ver com aquele “medo encantatório” que você sentia ao tocar junto com Dega, Zé Nilton e Pedro Cem?

Tom Zé – Não. Tem pessoas que tem esse medo gostoso do palco, mas eu não. É um medo de não-viver. É um medo de ameaça da morte, talvez lá da falta de leite da mãe, talvez por causa da minha infância em Irará, que foi a infância mais dura que se pode imaginar. Não faltava nada econômico: comida, roupa, nada. Mas, emocionalmente, faltava quase tudo. Guile, minha irmã, é que me salvou.

Você diz, no livro “Tropicalista Lenta Luta”, que foi rejeitado pela família. Como assim?

Tom Zé – Não era propriamente pela família. Nós éramos o braço fraco da família Santana, que era uma família muito forte. E eu, moleque, menino, né, todo mundo que queria tirar um sarro da família Santana, tirava em mim. E eu, que já era muito assustado, que saí de casa muito tímido, fizeram o que quiseram de mim. Foi um sofrimento terrível, minha infância toda. Foi a pior fase da minha vida.

O que acontecia?

Tom Zé – Sabem a segregação que fazem com preto, às vezes? Segregação. Era o principal. E aí tinha várias outras (coisas) que chegavam junto. É claro que tinha pessoas que me amavam, como Renato (filho de dona Ceci), Antonio Luís, Virgínia, Val, Guiomar. É por isso que eles são tão importantes.

Quem são essas pessoas que estão na música “Irará, Iralá”?

Tom Zé – São heróis da minha infância, companheiros. Grande parte está morto.

Há várias outras músicas suas para Irará: “Os doidos de Irará”, “O abacaxi de Irará”, “Correio da Estação Brás”, “Menina Jesus”…

Tom Zé – É, “Menina Jesus” vou cantar aqui. “O abacaxi de Irará” é sucesso em São Paulo; encontrei uma criança de cinco anos, Gabriel, que gosta muito dessa música… O público pede para cantar, é uma paixão inexplicável. Claro que vou cantar aqui, já estou tocando até em São Paulo…

Esses personagens da nova música nunca apareceram nessas composições?

Tom Zé – É. Sâo pessoas mais próximas de mim, que me ajudaram a sobreviver, e até os inimigos, eu perdoo os inimigos. Tinha um menino chamado Miro, três anos mais velho que eu, forte, sabidão, que me roubava dinheiro na escola diariamente e fazia eu roubar na loja de meu pai para dar a ele. Foi um sofrimento durante três anos até meu pai saber. Quando meu pai soube, eu pensei que nunca mais ia levantar os olhos na vista de ninguém na cidade.

Mas o Miro te obrigava, né?

Tom Zé – É, eu para poder viver, achava que tinha que fazer tudo o que ele queria. Não era cascudo, era a força moral. Me tiraram do primeiro e do segundo ano porque um menino muito mais alto do que eu me deu uns cascudos. Aí, me botou no terceiro, quarto e quinto – e aí foi pior. Todo mundo podiia não ser bobo de me dar cascudo, que isso não dava em nada, mas tomava dinheiro, me desmoralizava… Aí tem uma coisa gozada. Na ocasião, meu pai tinha comprado a casa de Tio Oscar, e Armindo (meu primo), que vivia numa casa que era um palácio, foi viver naquela casa humilde que eu vivia. E ele tinha um ódio de mim mortal. Eu não podia compreender por que, pensava que fazia parte do fato de eu não ser humano. Fazia parte daquela coisa que eu não entraria na raça humana. Ele era quinto ano, eu era segundo.

Mas você não tinha ódio deles, tinha?

Tom Zé – Hoje, eu não tenho, mas por algum tempo, terei tido, né? Mas hoje eu compreendo: uma família grande, que vivia numa casa que tinha um sanitário civilizado, foi para uma casa de sentina turca, que foi onde eu me criei até os sete anos. Aquela humilhação, a mãe velha, doente, aquela vergonha, porque o pai deles faliu – tudo veio pra cima de mim. Ele me perturbava… Ave Maria! Os outros meninos eram caridosos, gentis. Aguinaldo Maia, por exemplo, que está nesta música, era gentil. Dizia pra Miro assim: “Miro, você tá roubando Tom Zé, por favor…” Se eu virasse pra Aguinaldo e pedisse para ele dar um jeito nisso, ele dava.

E Dega, Zé Nilton, Pedro Cem, com quem você tocava aqui em Irará?

Tom Zé – Nossa, eram realmente amizades muito carinhosas, principalmente Dega e Zé Nilton. Pedro Cem teve um problema: ele era muito lindo, um príncipe. Era filho de uma família relativamente pobre, normal, como nós todos, mas ele era um princípe, uma pessoa linda. Nós todos também admirávamos a beleza dele. Sempre gentil, simpático, e é claro que as moças se derretiam. Aí ele tinha que pagar o preço de ser tão gracioso.

Eles estão na música nova?

Tom Zé – Por acaso, não achei verso pra eles. Pedro Cem encontrei em Los Angeles. O nome dele é Renato de Hospício, porque ele é filho de seu Auspício. Zé Nilton mora no Rio de Janeiro e Dega é fazendeiro em Feira de Santana. Olha, diga  pra Dega, Zé Nilton e Pedro Cem, que vou fazer outra música. Não para amanhã, mas vou fazer uma música com eles também. Aí eu faço outra depois, porque tem o Zé Aristeu que não botei em música, tem o comunista mais famoso aqui de Irará além do meu tio (Fernando Santana), o Dr. Aristeu. Zé Aristeu era uma pessoa pobre que escreveu coisas lindas sobre Irará, coisas assim bem precisas, sem ser metido à literato.

Dona Maninha, era mãe de leite minha,
(”Ninguém ligava pra isso. Um dia eu disse pra ela: a senhora foi minha mãe de leite, então tudo o que eu penso também está aí no seu seio, nesse sangue ranzinza de Paulo Cumbuca e de Ivan, o Turco. O Ivan foi meu irmão-de-leite. Eu brigava com ele a vida toda na rua detrás e nem sabia que ele era meu irmão de leite.”

A Filarmônica ficou ensaiando meses essa música sua. Qual sua história com a banda?

Tom Zé – Eu fui expulso da Filarmônica. Em 1965, queria estudar música. Aí, Zequinha, maestro, falou para eu ir na filarmônica, estudar saxofone. Mas aí, Alberto Nogueira, que tomava conta da escola de música, foi me tirar da escola. Foi me expulsar. Foi a coisa mais estranha do mundo. Eu me lembro: em cima do correio, que era defronte da nossa casa, a lua estava começando a aparecer. Ele começou uma conversa comprida, que não acabava mais. A lua já tava quase no zênite, e ele para explicar aquele negócio de que eu não podia (meu pai colaborava com a banda, com ele, com o asilo dos velhos, era uma criatura formidável), para acabar me convencendo, com delicadeza, que o povo da cidade tava dizendo que eu ia ocupar a escola sem utilidade, porque meu pai era rico (aqui em Irará, quem tinha uma loja era chamado de rico, e meu pai tinha uma loja, mas só tinha um carro na cidade, e não era dele) e eu não ia estudar na banda. Ora, eu lhe pergunto, se alguém quer estudar música, e se tem uma escola de música, importa que ele vai tocar ou não? Mas antes da lua chegar no zênite, eu entendi que ele queria me tirar da escola, e senti aquilo que agora você sabe o que é: “tô morto, tô anulado”, que era o que eu sentia toda vez que uma coisa ia falhar. Aí eu estava tão envergonhado que queria que ela conversa acabasse imediatamente, para eu poder ir-me embora e nunca mais ir lá. Se fosse agora, eu pensaria em falar com meu pai, pra pedir a ele para eu continuar na escola, deixar eu estudar, que eu tenho vontade, o que é que custa? Eu tinha 18 anos e arranhava um violão. Fiquei na escola por dois meses, e na segunda lição que o mestre Zequinha me passou, chegou essa notícia. O que parecia era que se confirmava aquela coisa: você não tem direito a ser gente. Mas eu não guardei mágoa na filarmônica.

Você está hospedado aqui na casa de Edinho. Como vocês se aproximaram?

Nós fomos criados com uma ética diferente. Em Irará, a ética era o maior assunto das conversas dos nossos avós. Algumas pessoas foram muito sensíveis a isso. Quando a gente encontra alguém que responde do mesmo jeito, aí imediatamente tem uma identificação muito grande. É um mundo muito diferente, o mundo de nossa infância – da minha principalmente, na época de 1940, 1950.

E Tom Zé foi almoçar na casa de Totéia, vizinha de Tonho. A apresentação da Filarmônica 25 de Dezembro começa às 19h, na sede da escola de música, no centro do município.

Ahhhhhhhhhhhhhhhhhh, que bela de entrevista!
Tudo a ver!!

Projeto Tamar na Praia do Forte _ Bahia

Conhecer o Litoral Norte e não dar uma passadinha em Praia do Forte para visitar o Projeto Tamar é um pecado tão grande quanto chegar à Bahia e não ir correndo para um tabuleiro de acarajé.

Completando 30 anos de preservação das tartarugas marinhas, o Tamar conseguiu outro grande feito que foi transformar os pescadores em agentes de proteção da fauna marinha. O Tamar ainda se tornou ponto turístico da vila.
(Materia de domingo do Rede Bahia Revista. Veja que fotos!!)











sábado, 14 de novembro de 2009

Uma homenagem a meu pai, Mestre de Obra por 50 anos.


Com muito orgulho e muita competência, meu pai trabalhou em construção civil desde os 12 anos de idade vindo da Cajazeiras na Paraiba. Aos 20 anos era mestre de obra dos mais respeitados na área onde trabalhou, aqui na Bahia e outros Estados. Filho único de  um  admirador de Lampião , de nome João Vieira da Silva que infelizmente deixou o mundo com menos de 30 anos por causa dos sofrimentos daquele sertão. Meu pai foi para o trabalho desde a infância , orfão de pai,  e veio  para Salvador com toda a familia da recém esposada minha mãe,  pernambucana,  aos 27 anos  e terminou se instalando aqui. Comprou um pacote e levou um pacotão! Primeiramente morou perto do mar  em Mar Grande na Ilha de Vera Cruz , depois na Cidade Baixa, no bairro do Bomfim . Em junho 2000 foi  colaborar com a construçao do Edén, com certeza em um trabalho mais leve e mais tranquilo.O trabalho de contar suas belas histórias aos que trabalham na mesma area ou gostam dela. Sei que ele fez o melhor quando passou por aqui e essa musica me lembra muito esse homem espetacular. Meu pai:



Cidadão


Lucio Barbosa


Tá vendo aquele edifício moço?

Ajudei a levantar
Foi um tempo de aflição
Eram quatro condução
Duas pra ir, duas pra voltar
Hoje depois dele pronto
olho pra cima e fico tonto
Mas me chega um cidadão
e me diz desconfiado, tu tá aí admirado
ou tá querendo roubar?
Meu domingo tá perdido
vou pra casa entristecido
Dá vontade de beber
E pra aumentar o meu tédio
eu nem posso olhar pro prédio
que eu ajudei a fazer
Tá vendo aquele colégio moço?
Eu também trabalhei lá...
Lá eu quase me arrebento
Pus a massa fiz cimento
Ajudei a rebocar
Minha filha inocente
vem pra mim toda contente
Pai vou me matricular
Mas me diz um cidadão
Criança de pé no chão
aqui não pode estudar
Esta dor doeu mais forte
por que que eu deixei o norte
eu me pus a me dizer
Lá a seca castigava mas o pouco que eu plantava
tinha direito a colher
Tá vendo aquela igreja moço?
Onde o padre diz amém
Pus o sino e o badalo
Enchi minha mão de calo
Lá eu trabalhei também
Lá sim valeu a pena
Tem quermesse, tem novena
e o padre me deixa entrar
Foi lá que Cristo me disse
Rapaz deixe de tolice
não se deixe amedrontar
Fui eu quem criou a terra
enchi o rio fiz a serra
Não deixei nada faltar
Hoje o homem criou asas
e na maioria das casas
Eu também não posso entrar
Fui eu quem criou a terra
enchi o rio fiz a serra
Não deixei nada faltar
Hoje o homem criou asas
e na maioria das casas
Eu também não posso entrar...

Saudades meu pai!
                           E NAO É VERDADE ?




quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Brasília - Quarta , 11 de Novembro de 2009

Marta Peres: Por que Luiz Inácio desagrada Caetano Veloso
por Marta Peres

Grande artista, não faz falta a Caetano Veloso um diploma de nível superior. Seus recentes comentários injuriosos a respeito do presidente com a maior aprovação da História do Brasil são indiscutivelmente coerentes - com sua visão de mundo, com a visão da classe a que pertence, assim como dos meios de comunicação que as constroem incansavelmente, bloqueando qualquer ensaio de questionamento ao seu insistente pensamento único.
Ao se referir a Lula como ‘analfabeto’, o termo está sendo utilizado de forma equivocada, pois ‘analfabetismo’ significa ‘não saber ler nem escrever’. Imagino que ele esteja se remetendo, de maneira exagerada, ao fato de Lula não ter diploma de graduação, coisa que o compositor tampouco possui. Esse tipo de exigência não é nem mesmo cogitada ante outros artistas geniais como Milton, Chico, Cora Coralina... Gilberto Gil, ex-ministro do governo Lula, graduou-se, mas não em música... ‘Ah, mas eles são artistas...’. E não seria a Política uma arte? Um pouco de Platão e Aristóteles não faz mal a ninguém...
Quanto à suposta ‘cafonice’ de nosso presidente, situado na revista americana Newsweek em 18° lugar entre as pessoas mais poderosas do mundo, Pierre Bourdieu (1930-2002) nos traz uma contribuição preciosa. De origem campesina, como Lula, o sociólogo francês criou conceitos que desmoronam o velho chavão do ‘gosto não se discute’. Para Bourdieu, não só se deve discutir, como estudar, compreender, aquilo que se trata de, mais que uma questão de ‘classe’, uma questão de ‘classe social’.
Além do enorme abismo do ponto de vista propriamente econômico, os ‘gostos diferenciadores’, referentes ao ‘estilo de vida’, consistem na maior marca de violência simbólica e num fundamental instrumento de legitimação da dominação das classes dominadas pelas dominantes.
Não somente é desigual a distribuição de renda numa sociedade dividida em classes, mas também o acesso à educação formal e informal - o hábito de freqüentar museus, espetáculos de teatro, música, dança - à sofisticação do vocabulário, às regras de etiqueta, à constituição da apresentação pessoal, dos ‘modos’ e atitudes corporais. Obviamente, alcançar maior poder aquisitivo não possibilita a aquisição desse ‘capital cultural’ adquirido ao longo de toda uma vida no convívio com ‘outras pessoas elegantes’, ou seja, com a ‘elite’. Uma expressão precisa para designá-las, utilizada corriqueiramente na Zona Sul do Rio, é ‘gente bonita’ - como sinônimo de portadores de determinadas marcas de classe evidentes pelo vestuário, linguajar, cabelos, corpos, modos, atitudes.
Bourdieu demonstrou os aspectos, às vezes despercebidos, da ‘construção social’ do gosto, seja o gosto de Caetano, das elites, dos que gostariam de ser elite, pretendendo se distinguir da massa supostamente ‘inculta’. Em outras palavras, as classes às quais pertencemos determinam, em grande parte, nossos critérios aparentemente inatos do que vem a ser elegância, numa relação de constante imitação, pelos ‘cafonas’, dos considerados detentores dos critérios de julgamento estético.
Lula não segue a corrente dos imitadores: mantém-se fiel à cafonice que o identifica com suas origens populares. Ah, como isso incomoda...
Embora seja assistido desde tempos imemoriais, lembrando que Norbert Elias estudou como a nobreza francesa era imitada por suas congêneres do resto da Europa no Ancien Régime, aqui, no Brasil, o fenômeno da distinção alcança as fronteiras do ‘nojo’, das reações fisiológicas desagradáveis, diante de tudo que possa remeter a atributos das classes populares, tudo que venha do ‘povão’.

Não é à toa que o REUNI – Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais que tem como objetivo "criar condições para a ampliação do acesso e permanência na educação superior, no nível da graduação, pelo melhor aproveitamento da estrutura física e de recursos humanos existentes nas Universidades Federais" – seja alvo de críticas ferrenhas, apesar de vir ao encontro de demandas por mais vagas já presentes nos protestos estudantis da França e do Brasil há quarenta anos, os quais, aqui, jamais sequer haviam sido objeto de atenção pelos governos.
A demanda por cidadania e não por privilégios restritos é assunto que dá nojo, dá ‘gastura’, como se fala no interior do Brasil. Mas isso são outros quinhentos...
Embora o acesso universal à educação deva ser uma meta, podemos questionar – como muitos eminentes acadêmicos questionam – que a universidade seja a única fonte de conhecimento legítimo, sob o risco de repetirmos, em outros moldes, o papel de detentora do saber exercido pela Igreja Católica Medieval. O que seria de nós sem a contribuição inestimável de tantos notáveis que por ela não passaram?
Pode-se argumentar, contudo, que o referido compositor não tem preconceito de classe ou contra a falta de diploma, pois pretende votar em Marina Silva que, como Caetano, não possui graduação, e que, como Lula, tem origem humilde. (O curioso é que, sendo a candidata à sucessão de Lula uma economista, dessa vez, a mesma é cobrada por não possuir mestrado e acusada de ter lutado contra a ditadura militar: sempre inventarão motivos contrários a políticas públicas que ferem ideais de distinção de classe). Ao contrário do que parece, os atributos de Marina caem como uma luva para nossa conservadora classe média leitora do Globo e da Veja e que jamais se assumirá preconceituosa: portar a nobre e indignada bandeira da causa verde faz disparar sua pontuação no quesito ‘elegância’. Os que se preocupam ardentemente com a possibilidade de vida de seus netos e bisnetos são tocados em seu íntimo pelas questões ligadas à salvação das florestas.
Só que, mais uma vez, como a História sempre ajuda a enxergar, o buraco – na camada de ozônio – é mais embaixo: a destruição do planeta é a consequência inexorável de um sistema perverso que nele vem se instalando há alguns séculos. Ao longo de suas notáveis transformações, atingiu um ponto em que passou a se dar conta de seu próprio potencial de destruição e de identificar na preocupação com a natureza uma boa – e quem sabe, lucrativa - causa.
Do ponto de vista das chamadas ‘Gerações’ de Direitos Humanos, ao longo dos desdobramentos do capitalismo, a causa ecológica nasceu como a terceira filha. Enquanto a primeira, a segunda e a terceira gerações são identificadas com os ideais da Revolução Francesa - Liberdade, Igualdade e Fraternidade - a quarta, mais recente, relaciona-se a questões da Bioética e aos movimentos de segmentos minoritários ou discriminados da sociedade.
A liberdade refere-se aos direitos civis e políticos, chamados de ‘direitos negativos’, pois limitam o poder exorbitante do Estado, que deve deixar o indivíduo viver e atuar politicamente.
A igualdade consiste na luta pelos direitos sociais, culturais, econômicos, e demandam uma atuação ‘positiva’ do Estado no sentido de realizar ações que proporcionem condições de acesso de todos os indivíduos à educação, saúde, moradia, assistência social, dignidade no trabalho. Finalmente, a fraternidade esta ligada à ecologia, à preocupação com o destino da humanidade, irmanada por sua condição de habitante do planeta Terra.

Como se situaria o Brasil nessa História? Não vivemos mais no tempo de Marx, das jornadas de trabalho de 18 horas que não poupavam mulheres e crianças caindo mortas de fome ao redor das grandes máquinas sujas das fábricas.
Hoje, longos tentáculos buscam mão de obra barata como a planta se dirige à luz do sol e os dejetos – da poluição e os seres humanos excluídos da participação em suas benesses - são escondidos do campo de visão dos que têm ‘bom gosto’.

Depois de destruir suas próprias florestas, os países ricos se preocupam e ditam regras da etiqueta politicamente correta aos pobres, abraçando a ‘causa ecológica’ com a mesma eloqüência que ontem defenderam que a ‘mão invisível do mercado’ traria a felicidade geral.
Hoje, uma mão visível segura imponente a bandeira do orgulho verde. Porém, o corpo do qual faz parte constitui-se de fome, miséria, doença, condições abaixo de qualquer noção de dignidade da pessoa humana.
A bandeira parece ser de um médico, mas o sujeito que a segura é um ‘elegante’ monstro. Chega a ser apelativo falar em salvar o planeta tirando de contexto uma causa que ninguém ousará contestar. Mas que tal pesquisar casos concretos de vínculos incontestáveis entre partidos verdes de diferentes países com os setores mais conservadores das respectivas sociedades? Visualizando a imagem do monstro, de braços dados com uma chiquérrima Brigitte Bardot salvando animais, faz todo sentido. A Bela e a Fera...
De modo algum defendo qualquer teleologia e que tenhamos que passar por fases que os outros já passaram. Nem que os sete anos de Governo Lula tenham se proposto a enfrentar bravamente, contra tudo e contra todos, o capitalismo que domina quase toda a superfície do planeta.
Ninguém falou em Revolução, aliás, não era esse o combinado. Apenas assisto a um esforço hercúleo de instaurar políticas que ferem o coração desses mecanismos de violência, real e simbólica, que o julgamento do que é ou não cafona só vem a perpetuar, no sentido de minimizar o enorme fosso que separa os que têm e os que não têm acesso a conquistas históricas impreteríveis do Ocidente, independentemente de obediência a qualquer cronologia, identificadas com os direitos humanos: combate à fome à miséria, acesso universal à educação, à energia elétrica, diminuição da desigualdade ímpar que nos assola.
Fraternidade também quero, mas junto com a Liberdade, e principalmente, o que mais nos falta, Igualdade! Não igualdade no sentido anatômico, igualdade de condições, junto com a quarta geração.
Não indignar-se com a miséria, agarrar-se ferrenhamente a seus privilégios, assim como espernear diante de sinais de mudança, faz parte do aprendizado de cegueira, inércia e arrogância por que passam nossas elites com seu gosto sofisticado. Mas ao contrário de um regime de concordância geral, o ideal de democracia é caracterizado justamente pela coexistência de opiniões diversas a respeito das políticas do governo.

À insatisfação proveniente de certo campo ideológico correspondem, certamente, avanços jamais assistidos na História do Brasil. Com vínculos ideológicos resumidos na figura de ACM, nutridora de uma ordem social desigual desde 1500, existe uma indiscutivelmente sincera elite baiana à qual, desagradar, é sinal de que Lula está no caminho certo!

http://www.patrialatina.com.br/editorias.php?idprog=8977ecbb8cb82d77fb091c7a7f186163&cod=5050

domingo, 8 de novembro de 2009

Sobre o romance "Mãe" do russo Máximo Gorki que li em 1986....



                                       O romance Mãe é considerado um dos trabalhos mais importantes do escritor revolucionário russo Máximo Gorki. Escrito em 1907, quanto o autor encontrava-se refugiado em Staten Island com sua mulher, o romance começa descrevendo os hábitos e a vida das pessoas num típico bairro operário russo, para logo depois se dedicar à história de uma das famílias.
Logo nos primeiros capítulos do romance o chefe da família, Mikhail Vlassov morre, deixando Peláguea Nilovna viúva e o jovem Pavel órfão. Sua morte, no entanto, não causa grande comoção entre os familiares e nem mesmo entre os vizinhos e companheiros do bairro onde morava, uma vez que o velho tinha hábitos rudes e grotescos, principalmente com Peláguea e Pavel, com quem não falava há mais de dois anos. “(...) Mikhail Vlassov, serralheiro, cabeludo, sóbrio, que, com seus olhos pequenos, sob grossas sobrancelhas, olhava com desconfiança e escárnio. O melhor serralheiro da fábrica e o mais forte e temido do bairro operário, era grosseiro com seus superiores e, por isso, ganhava pouco; aos feriados sempre surrava alguém e todos o temiam e detestavam”.
Livre dos pesadelos da vida doméstica com seu marido, Peláguea Nilovna passa a observar melhor o comportamento de seu filho Pavel. Logo percebe que seus hábitos não são iguais aos dos outros jovens do bairro, que não freqüenta as festas nem consome álcool em demasia, mas mesmo assim permanece um grande tempo fora de casa. A mãe chega a formular diversas hipóteses para justificar a ausência constante do filho, porém descarta todas elas. Certo dia, após o jantar, Pavel encosta-se num canto e sob a luz do lampião começa a ler um livro, a mãe se aproxima dele em silêncio, e então o filho revela: “Estou lendo livros proibidos. São proibidos, porque dizem a verdade sobre nossas vidas de operários...”. Subitamente a mãe sente um aperto no coração e então Pavel explica-lhe pacientemente tudo o que já havia aprendido sobre a vida dos operários e diz-lhe que em breve alguns de seus amigos da cidade virão até a casa, para que se realize uma reunião.
A partir daí, passam a ser realizadas reuniões constantes na casa de Pavel, que no início causam grande temor a mãe, que com o passar do tempo acalma-se e passa a sentir uma grande simpatia pelos companheiros de seu filho. O grupo organizado por Pavel passa a atuar nas fábricas do bairro, são distribuídos panfletos e chegam até mesmo a organizar uma greve. Tudo isso, numa época em que a repressão do governo czarista era enorme. Por essas ocasiões, Pavel chegou a ser preso, porém não demorou muito a ser solto novamente. Durante o tempo de retenção de seu filho, Nilovna passou a cooperar mais ativamente com o grupo de jovens que se organizava no bairro, tendo inclusive, disfarçada de vendedora de comida, infiltrado diversas edições de panfletos nas fábricas, passando com muita esperteza e facilidade pela vigilância dos guardas e patrões.
Às vésperas da manifestação do 1º de Maio de 1902 na Rússia, um acontecimento real retratado no livro, a mãe já havia adquirido uma compreensão sobre a importância da atividade do filho, chegando a ajudar nos preparativos para a manifestação no bairro, que contou com panfletos e cartazes, e também uma boa organização para escapar da vigilância da polícia czarista. “Os manifestos, conclamando os operários a festejar o Primeiro de Maio, eram pregados nos muros e paredes todas as noites; apareciam, até, na porta da delegacia, e eram encontrados, diariamente, na fábrica. Todas as manhãs, policiais, enfurecidos, percorriam o bairro, arrancando e raspando os cartazes roxos das paredes, mas, à hora do almoço, eles voltavam a voar pelas ruas, caindo aos pés dos transeuntes”.
A manifestação do Primeiro de Maio foi um sucesso no bairro, reunindo uma multidão de operários, sob o comando do grupo de Pavel, que foi um dos líderes que mais se destacou. Nesse momento, o grupo se identifica pela primeira vez no livro como integrante do Partido Operário Social Democrata Russo.
Com o avanço da passeata, em determinada rua do bairro ela se encontra com um batalhão de policiais, mas não deixa de avançar. Aos poucos a multidão começa a se dispersar, mas os líderes da manifestação seguem em frente até entrar em choque com a polícia. Resulta do confronto a prisão de Pavel e todos os seus companheiros, incluindo o ucraniano Andrei, que há algum tempo estava morando em sua casa e havia adquirido uma grande amizade com a mãe. À prisão seguiu-se um ato de protesto em que Nilovna tomou parte principal discursando não apenas em favor de seu filho, mas demonstrando já um conhecimento da causa a que ele servia.
Temerosos de que houvessem retaliações à mãe de Pavel, que encontrava-se sozinha em casa depois de sua prisão, seus companheiros do partido levaram Paláguea para morar na cidade, pois a polícia já havia invadido e revistado sua casa em duas ocasiões anteriores e desta vez ela mesma poderia ser levada presa.
A partir daí então, a mãe foi morar na casa de um militante chamado Nicolai, passando a trabalhar cada vez mais pelo partido, sendo responsável principalmente pelo transporte de jornais, panfletos e manifestos, principalmente para os camponeses, tornando-se com o passar do tempo, uma verdadeira militante.
A obra retrata com fidelidade a agitação social em que a Rússia estava submersa no começo do século, o inicio do movimento político no bairro operário, de uma forma que apenas um profundo conhecedor da cultura, dos falares, das gírias e costumes do povo russo, como Gorki, poderia realizar, fazendo despertar um profundo entusiasmo através da história da vida de Pelaguéa Nilovna, a Mãe.




segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Dia daquele que já foi.



Tem coisa mais próxima que esclareça o fino laço entre a vida e a morte? Essa foto abaixo  diz tudo. Estamos só  de passagem.
Descansar  na morte? Nem pensar! Prefiro viver cansado diz um adágio popular. O rapaz da foto preferiu descansar vivo em cima do morto.
Gostei da foto.
E... quando meu espirito deixar meu corpo, nao quero enterro . Uma simples , muito simples mesmo reuniao de família porque vou estar perto rsrsrs.:)
O corpo cremado ( não será mais meu por isso nao disse " meu corpo" ) e as cinzas perto de um lugar bem verde. Eu amo a Bahia, mas deixem minhas cinzas soprarem no Estado onde meus filhos e netos moram. Perto deles minha alma sentirá seus cheiros e compartilhará suas alegrias. Só eles me interessam na vida e depois dela,  além de Deus.