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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

FIQUE SABENDO: PM - SP: o coronel que ganha 430 vezes, o salário de um soldado


Os salários na Polícia Militar do Estado de S. Paulo, estão fielmente retratados na imagem acima, alerto os leitores para os valores da primeira coluna, "salário base" - pois é em cima desses valores, que o policial se aposenta, o resto que aparece no holerite, são "penduricalhos" - que o governador inventou, porém não incorpora ao salário, ou seja, quando o policial se aposenta, todos os "penduricalhos" saem fora do cálculo, e o que sobra é a miséria da miséria.

Comecei esse texto, mostrando um quadro que retrata quem é o pessoal linha de frente, aquele policial que está dia-a-dia nas ruas, zelando pela segurança pública. Fiz isso, para mostrar aquilo que toda a imprensa não mostra, que é vir à publico e retratar com todas as letras o cidadão que recebe "uma ajuda de custo" igual essa, como pode haver alguma exigência profissional. Isso não é salário, para quem tem tamanha responsabilidade.

O que pode levar muitos a clamar que o cara antes de ingressar na corporação, sabe dos salários e dos riscos que está correndo, fato que não é possível negar, porém isso não faz justiça necessária às condições de trabalho que o policial está exposto diáriamente, e mesmo assim a imprensa sempre blindando a figura do governador de S. Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) - que vende uma imagem, que faz o povo pensar que estamos na Finlândia, tal a firmeza de "gestão" tucana em S. Paulo.

O salário do coronel
Em agosto/2012, segundo matéria publicada no jornal O Globo - havia na folha de pagamento do Estado, e foi publicado no site Transparência, a relação de salários do funcionalismo público, e o maior salário líquido do estado no mês de junho foi o do coronel da reserva da Polícia Militar (PM) que foi subprefeito (gestão Kassab), da Lapa, na Zona Oeste da capital paulista, Aílton Araújo Brandão: R$ 254.099,57 (duzentos e cinquenta e quatro mil, noventa e nove reais e cinquenta e sete centavos) - vencimentos mais 14 licenças-prêmios atrasadas, segundo o governador Geraldo Alckmin-, seguido por dois fiscais de renda da Secretaria da Fazenda, ambos na ativa, com vencimentos líquidos de R$ 180.268,14 e R$ 134.824,96, respectivamente. 

Resultados da "gestão" tucana na segurança pública em 2012

O ano de 2012 - pode ser classificado como um ano sangrento, pois de janeiro à outubro, foram 4800 pessoas assassinadas em São Paulo, só policiais foram mais de 100 - e durante o mês de outubro, em 18 dias, foram 191 pessoas mortas - leia aqui - e o governador gastou somente 8,2% do orçamento para a pasta - leia aqui - o barco afundando e ele pedindo calma.

Orçamento total, R$ 437,9 milhões;
Valor *empenhado, R$ 195,2 milhões - (* comprometido);
E só R$ 36 milhões efetivamente gastos em 2012
Observem os valores insignificantes por segmento da segurança pública, foram destinados, isso tudo, faltando pouco mais de 30 dias, para fechar um ano onde a tragédia resumida em números, foi de 3.834 assassinados, e mais 96 policias militares.

01 - Na Polícia Militar – onde 94 mil policias são responsáveis pelo policiamento ostensivo:
O orçamento prevista para ser gasto com a corporação foi de R$ 204,9 milhões;
O valor empenhado (comprometido), foi de R$ 138,2 milhões;
E o valor efetivamente gasto foi de R$ 10,9 milhões
Portanto, entre o orçamento e o valor gasto, fica registrado o índice de apenas, 5,03%. Já com relação ao valor empenhado, o índice melhora levemente, e passa para 7,89%.

02 - Na Polícia Civil– onde 32 mil policiais são responsáveis por investigar crimes:
O valor orçado ficou em, R$ 174,5 milhões;
O empenhado em R$ 26,2;
E o efetivamente gasto, em R$ 16,4 milhões
Entre o orçamento e o efetivamente gasto, o índice é de 9,4%. E com relação ao valor orçado e o empenhado, a Polícia Civil, foi a que menos gastou, empenhando apenas 15% daquilo que havia orçado,

03 – Na Polícia Técnico Científica – onde 1.177 profissionais são responsáveis pelas perícias criminalísticas e médico-legais no Estado:
O valor orçado ficou em, R$ 15,9 milhões;
O empenhado em R$ 10,3 milhões;
E o valor efetivamente gasto, ficou em 3,4 milhões
Entre o orçamento e o efetivamente gasto, o índice é de 21,38%, com relação ao valor empenhado, o índice é de 33,01%.
E toda a imprensa continua vendendo o "picolé de chuchú" - como um excelente "gestor", no entanto, não sabe administrar um orçamento, justamente na área de segurança pública, onde inegavelmente está o nervo exposto do governo.

O salário de um policial em S. Paulo, o Estado mais rico da nação, é aviltante e vergonhoso. A cada dia que passa, fica mais evidente que estamos sentados em cima de um barril de pólvora, que a qualquer momento, irá explodir, e tudo isso, não é por falta de verbas, é falta de competência administrativa.

Leia mais aqui - Alckmin (PSDB) - o PCC e o pessoal dos direitos humanos

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