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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Produção de petróleo no pré-sal das bacias de Santos e Campos atingiu um recorde de 407 mil barris por dia



A produção de petróleo da Petrobras no pré-sal das bacias de Santos e Campos atingiu um recorde de 407 mil barris por dia (bpd) em 20 de fevereiro, informou a empresa.
A marca está associada ao início da produção do poço 9-SPS-77 no campo de Sapinhoá, na Bacia da Santos, na semana passada.
Segundo a Petrobras, o poço atingiu produção inicial de 36 mil bpd. Inicialmente, a empresa havia informado uma produção de 33 mil bpd no poço, o que já dava a ele a condição de maior poço produtor do pré-sal brasileiro.
A petroleira tem 21 poços produzindo no pré-sal, segundo comunicado publicado hoje em jornais brasileiros.
Destes, 10 poços estão na Bacia de Santos e respondem por 59 por cento da produção do pré-sal, com 240 mil bpd. Outros 11 poços estão na Bacia de Campos, com 41 por cento da produção, ou 167 mil bpd.
A produção do pré-sal ocorre por meio de 10 plataformas.
Três novas plataformas entrarão em operação no pré-sal em 2014: P-58, no campo Norte Parque das Baleias (1o trimestre); FPSO Cidade de Ilhabela, em Sapinhoá (3o trimestre); e FPSO Cidade de Mangaratiba, em campo de Lula/área Iracema Sul (4o trimestre).
Com estas e outras plataformas, a Petrobras espera superar 1 milhão de bpd nas áreas que opera no pré-sal já em 2017.
(Reuters)

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Secretário-fantasma vive nos EUA à custa do CNJ

Seguindo os passos do mentor:


: Fábio Cesar dos Santos Oliveira (à dir.) foi indicado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, para o cargo de secretário-geral do Conselho Nacional de Justiça em novembro de 2012; mas desde agosto do ano passado cursa uma especialização de um ano na Columbia University; órgão disse que ele abriria mão da remuneração do cargo; no entanto, já recebeu R$ 28,7 mil durante "visita acadêmica"; Oliveira segue os passos do seu mentor, Joaquim Barbosa, que durante férias na Europa teve 11 diárias bancadas pelo STF, no total de R$ 14.142,60, sob a justificativa de agenda oficial.
Fonte:   
http://www.brasil247.com/+2b0xc

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

E fecha aspas! Fecha aspas! Igor Fuser dá uma aula sobre Venezuela – e passa pito na Globo, em plena Globo


Igor Fuser arrasa!



“Nunca vi nem na Globo nem nos jornais brasileiros uma única notícia positiva sobre a Venezuela. Uma única.  Será que em 15 anos de chavismo não aconteceu nada positivo? Cadê o outro lado? Será que os venezuelanos que votaram no Chávez e no Maduro são tão burros, de votar em governo que só faz coisa errada?” (Igor Fuser, professor da UFABC) 

Igor Fuser passou um sabão na Globo...
por Paulo Donizetti de Souza, na Rede Brasil Atual
O professor de Relações Internacionais da USP José Augusto Guillon e a apresentadora Mônica Waldvoguel, do programa Entre Aspas, da Globonews, chegaram ao limite da gagueira, ontem (18), durante debate a respeito da crise na Venezuela com a participação do jornalista Igor Fuser, do curso de Relações Internacionais da Universidade Federal do ABC (UFABC). O debate começa dirigido, ao oferecer como gancho para a discussão a figura de Leopoldo Lopez, o líder oposicionista acusado de instigar a violência nos protestos das últimas semanas, e preso ontem.

Diz a narração de abertura: “Ele é acusado de assassinato, vandalismo e de incitar a violência. Mas o verdadeiro crime de Lopez, se podemos chamar isso de crime, foi convocar uma onda de protesto contra o governo de Nicolás Maduro. Protestos seguidos de confrontos que deixaram quatro mortos e dezenas de feridos”. E segue descrevendo que a violência política decorre da imensa crise no país – inflação, falta de produtos nas prateleiras, criminalidade em alta. Ainda no texto de abertura, na voz de Mônica, o governo é acusado de controlar a economia e a Justiça, pressionar a imprensa e lançar milícias chavistas contra dissidentes. E encerra afirmando que Leopoldo Lopez, na linha de frente, reivindica canais de expressão para os venezuelanos, e abrem-se as aspas para Lopez: “Se os meios de expressão calam, que falem as ruas”.

Do início ao fim do debate, com serenidade e domínio sobre o assunto, Igor Fuser leva a apresentadora e o interlocutor às cordas desde o início. Reconhece as dificuldades políticas do presidente Nicolás Maduro e a divisão da sociedade venezuela. Mas corrige os críticos, ao enfatizar que o país vive uma democracia, e opinar que a campanha liderada por Lopez é “golpista”, ao ter como mote a derrubada do governo legitimamente eleito com mandato até 2019.
 
Fuser informa que em dezembro se cristalizou um processo de diálogo entre governo e oposição, então liderada por Henrique Capriles, derrotado nas duas últimas eleições presidenciais por margem muito pequena de votos. E que a disposição ao diálogo levou a direita mais radical a isolá-lo, permitindo a ascensão de figuras como Leopoldo Lopez. Indagado se não seria legítimo as manifestações da ruas pedirem a saída do governo, como foi no Egito ou está sendo na Ucrânia, o professor da UFABC resume que as manifestações na Ucrânia são conduzidas por nazistas, e no Egito a multidão protestava contra uma ditadura. Lembra que na Venezuela houve quatro eleições nos últimos 15 meses, que o chavismo venceu todas no plano federal, mas que as oposições venceram em cidades e estados importantes, governam normalmente e as instituições funcionam, e que a Constituição é cumprida.

Questionado sobre a legitimidade da Constituição – que teria sido sido aprovada apenas por maioria simples – informou que a Carta, depois de passar pelo Parlamento, foi submetida a referendo popular e aprovada por 80% dos venezuelanos – o que inclui, portanto, mais da metade dos que hoje votam na oposição. E à ironia dos debatedores, de que seria paranoia das esquerdas acusar os Estados Unidos de patrocinar uma suposta tentativa de golpe, esclareceu: os Estados Unidos estiveram por trás de tantos golpes da América Latina – na Guatemala nos anos 1950, no Brasil em 1964, no Chile em 1973, na própria Venezuela em 2002 – que não é nenhum absurdo supor que estejam por trás de mais um. E que também não é absurdo, em nenhum país do mundo, expulsar diplomatas que se reúnem com a oposição como se fossem dela integrantes.

O jornalista desmontou também os argumentos de que o país sofre de ausência de liberdade de expressão. Disse que o governo dispõe, de fato, de jornais, canais de rádio e de televisão importantes, mas que dois terços dos veículos de imprensa da Venezuela são controlados por forças oposicionistas. E que o que existe na Venezuela seria, portanto, a possibilidade de contraponto. E Fuser foi ferino no exemplo dos problemas que a ausência de diversidade nos meios de comunicações causam à qualidade da informação: “Sou jornalista de formação e nunca vi nem na Globo nem nos jornais brasileiros uma única notícia positiva sobre a Venezuela. Uma única. A gente pode ter a opinião que a gente quiser sobre a Venezuela, é um país muito complicado. Agora, será que em 15 anos de chavismo naõ aconteceu nada positivo? Eu nunca vi. Não é possível que só mostrem o que é supostamente ruim. Cadê o outro lado? Será que os venezuelanos que votaram no Chávez e no Maduro são tão burros, de votar em governo que só faz coisa errada?”
 
Vale a pena assistir aos 26 minutos de programa. Essa crítica à Globo em plena Globo está nos dois minutos finais.

E fecha aspas! Fecha aspas!

Leia outros textos de Vasto Mundo
 Publicada quarta-feira, 19/02/2014.

FONTE: Escrevinhador -Rodrigo Vianna
http://www.rodrigovianna.com.br/vasto-mundo/igor-fuser-da-uma-aula-sobre-venezuela-e-passa-um-pito-na-globo-em-plena-globo.html#comment-99710

AP470- ”Esse julgamento foi viciado do começo ao fim! Entenda o caso.

O jornal Brasil de Fato lança em Brasília uma edição especial sobre o julgamento da AP 470 nesta segunda-feira (10/2). A publicação será distribuída gratuitamente em áreas de grande circulação em Brasília. O jornal, que tem como manchete “A verdade sobre o ‘Mensalão’”, apresenta artigos do jornalista Breno Altman, do advogado Aton Fon Filho e do dirigente do MST João Pedro Stedile, além do editor do Blog Escrevinhador, Rodrigo Vianna.
Abaixo, leia o editorial. Clique aqui para baixar o PDF do jornal.
Julgamento mostrou com quem estamos e contra quem lutamos
A judia e comunista Olga Benário Prestes foi presa em março de 1936, pela polícia da ditadura Getúlio Vargas. O governo de Hitler apressou-se me pedir sua extradição para a Alemanha Nazista. Em junho de 1936, o Supremo Tribunal Federal (STF) atendeu o pedido, autorizado sua expulsão do país. E, no dia 23 de setembro de 1936, grávida de sete meses, Olga era extraditada e entregue à policia política de Hitler, a Gestapo. No dia 1o de fevereiro de 1942 ocorreu o que já era previsto: Olga morreu executada em uma câmara de gás de Bernburg, na Alemanha.
Sobre essa decisão do STF, o jornalista Rui Martins escreveu: “Esse hediondo crime legal, que ainda hoje envergonha nosso país e desqualifica nosso sistema judiciário, foi cometido dentro dos preceitos, prazos e exigência da lei, com arrazoados, falas e decisões assinadas por togados juízes da nossa mais alta magistratura – o Supremo Tribunal Federal”.
Em 1998, Celso de Mello, então presidente do Supremo, declarou que a extradição foi um erro: “O STF cometeu erros, este foi um deles, porque permitiu a entrega de uma pessoa a um regime totalitário como o nazista, uma mulher que estava grávida”.
Hoje, há praticamente uma unanimidade em condenar a decisão tomada pelo STF no passado. Se há o reconhecimento de que o Supremo comete erros, por que se estabelece um dogma de que é proibido questionar as decisões do STF tomadas nos dias atuais? As decisões tomadas no presente só deverão ser analisadas pelas gerações futuras e somente à elas cabem responsabilizar o STF pelos erros de hoje?
Não nos somamos com os que pensam assim. Estamos na companhia dos que não perderam a capacidade de indignação contra qualquer injustiça cometida. Queremos fortalecer as fileiras dos que não se dobram e nem se submetem aos poderosos que em nosso país monopolizam a mídia, ditam verdades, concentram poderes e riqueza e submetem as instituições do Estado Republicano aos seus interesses particulares.
O julgamento da Ação Penal 470 (conhecido como “mensalão petista”) é mais uma página em que membros do STF — há sempre honrosas exceções desqualificaram nosso sistema judiciário. Gilmar Mendes, quando no cargo de advogado-geral da União no governo de FHC, definiu o sistema judiciário brasileiro como sendo um “manicômio judiciário”.
Há que reconhecer que, como ministro do STF, ele não poupa esforços para que sua afirmação se torne realidade. Os réus já estavam condenados antes mesmo de ocorrer o julgam e n – to. A maio ria dos juízes, que desde o início do julgamento decidiram “com a faca no pescoço”, apenas se preocupou em ratificar sentenças ditadas pela mídia patronal.
Nas certeiras palavras do jurista Celso Antônio Bandeira de Mello: ”Esse julgamento foi viciado do começo ao fim. As condenações foram políticas. Foram feitas porque a mídia determinou. Na verdade, o Supremo funcionou como a longa -manus da mídia. Foi um ponto fora da curva”.
Em troca de alguns segundo de bajulação na mídia, esses ministros da mais alta Corte do país entraram para a história com declarações e sentenças ridículas, quem envergonham até mesmo estudantes do primeiro ano do curso de Direito. O que dizer da togada afirmação: “não tenho prova cabal contra Dirceu, mas vou condená-lo porque a literatura jurídica me permite”?
“Qual literatura jurídica? A dos nazistas ou do notável jurista do nazismo Carl Schmitt? Pode uma juíza do Supremo Tribunal Federal se permitir tal leviandade ético-jurídica”, pergunta o teólogo Leonardo Boff.
O julgamento da AP 470 nos mostrou com quem estamos e contra quem lutamos. Com este jornal Brasil de Fato Especial, queremos manifestar nossa indignação com relação ao show midiático promovido no julgamento da AP 470 e com a subserviência com que a Corte se submeteu os desígnios da mídia patronal. Cada vez mais se evidencia a necessidade de haver um controle social sobre os meios de comunicação. É uma exigência das sociedades democráticas.
Com o jornal, exercitamos a solidariedade aos réus desse julgamento. Nem a Procuradoria Geral da República e nem o relator do processo, ministro Joaquim Barbosa, conseguiram apresentar provas que atestem a culpabilidade deles. São inocentes do que foram acusados: a existência de um “mensalão”! Alguns deles assumiram a responsabilidade de terem cometido crimes eleitorais. E deveriam ser julgados e punidos exemplarmente por esses crimes.
O julgamento da AP 470 tem um mérito indiscutível: evidenciou a necessidade do país promover uma profunda reforma política sobre todas as esferas do Estado, inclusive, e principalmente, sobre a menos democrática delas: o Poder Judiciário.
“Nenhum Estado moderno pode ser considerado democrático e civilizado se não tiver um Poder Judiciário independente e imparcial, que tome por parâmetro máximo a Constituição”, escreveu o jurista Dalmo Dallari. Na AP 470, o STF não honrou essa exigência de um Estado republicano. Este jornal quer ser uma contribuição a essa luta popular e democrática. Vamos à luta!
Leia outros textos de Plenos Poderes

FONTE: http://www.rodrigovianna.com.br/plenos-poderes/brasil-de-fato-especial-a-verdade-sobre-o-mensalao.html

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Juiz federal faz protesto e divulga fotos na praia - O símbolo da vagabundagem ?

Juiz federal é afastado e debocha com fotos na praia

Juiz federal faz protesto e divulga fotos na praia para ironizar afastamento de tribunal

juiz federal tribunal brasília facebook
Com fotos na praia, juiz federal ironiza afastamento de tribunal em Brasília 
 
O juiz federal paranaense Marcelo Antonio Cesca, 33 anos, está tendo seus 15 minutos de fama depois que uma foto sua na praia, com uma namorada bem mais nova, virou notícia. Junto às imagens, ele escreveu no Facebook: “Eu agradeço ao Conselho Nacional de Justiça por estar há 2 anos e 3 meses recebendo salário integral sem trabalhar, por ter 106 dias de férias, mais 60 dias pra tirar a partir de 23/03/14, e por comemorar e bebemorar tudo isso numa quinta-feira”.
Era um “protesto”. Cesca foi afastado em 2012 com um diagnóstico de depressão. Mas, segundo ele mesmo, três médicos o apontaram como apto para voltar ao trabalho.
Com um salário calculado em 22 mil reais, virou o símbolo da vagabundagem, de que o Brasil, nas palavras imortais de Sheherazade, não é um país civilizado.
Mas será essa a história completa?
Não.
Seu afastamento compulsório foi embasado em processo que tramita no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, onde avaliaram sua “higidez laboral”. Cesca fora aprovado em concurso público na segunda colocação, aos 27 anos.
Antes disso, já havia passado em outro concurso, indo trabalhar em Guarapuava (PR) como juiz federal substituto do TRF da 4ª Região, cuja sede fica em Porto Alegre. Foi em Guarapuava que ele se meteu numa trama rocambolesca, em que o selfie na areia é apenas o último ato.
Num email enviado em 2011 a Eliana Calmon, então corregedora nacional de Justiça, Cesca conta que chegou a ele um “velho inquérito policial”: “Coisa feia, pois envolvia atos de desvio de drogas e de cobrança de valores indevidos por aproximadamente nove policiais rodoviários federais, então lotados em Laranjeiras do Sul/PR, cidade que mais se parece com um ‘filme de faroeste’, tamanho o número de ilegalidades que habitualmente ocorre naquele lugar”, escreveu.
Ele diz que acionou o Poder Judiciário para saber onde foram parar 58 peças de madeira recheadas de cocaína. Elas deveriam estar depositadas na delegacia de Laranjeiras do Sul, mas desapareceram e ninguém mais quis saber o destino delas — a não ser Marcelo Cesca. A apreensão ocorrera em 2001.
Cesca requereu ao CNJ a abertura de processos de investigação contra pessoas que considerou imputáveis de responsabilidade pelo sumiço da droga. A lista incluía o então escrivão da Vara Criminal da Comarca de Laranjeiras do Sul/PR; de dois juízes de Direito da Comarca de Laranjeiras do Sul; do então presidente da Associação dos Magistrados do Paraná; do então corregedor-geral de Justiça do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná; e do então corregedor-regional da Justiça Federal da 4ª Região.
Cesca teria começado a sofrer ameaças de traficantes. Em sua carta ao CNJ, faz um lamento: “Sabem o que aconteceu com os policiais Rodoviários Federais acusados de desvio de conduta no exercício da função federal?
ABSOLUTAMENTE NADA, porque as 58 peças de madeira sumiram (…).
Afinal de contas, o que aconteceu com os policiais corruptos? NADA.
O que aconteceu com os juízes e promotores estaduais que usurparam a competência criminal da Justiça Federal? NADA.
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O que houve com os corregedores do TJ/PR e do TRF/4ª Região que, ao tomarem ciência de tão graves fatos, nenhuma providência adotaram para apurar o evidente crime de fraude processual qualificada? NADA.”
Continua: “Quem está sendo responsabilizado por tentar localizar o corpo de delito (as 58 peças de madeira apreendidas)? EU, que expedi uma ordem jurisdicional de busca e apreensão que incomodou os policiais e juízes estaduais de Laranjeiras do Sul, que contra mim ajuizaram reclamações disciplinares no CNJ e na Corregedoria do TRF/4ª Região.”
Finalizou com uma frase de efeito: “O sol é o melhor desinfetante. Sempre.” Ironicamente, no sol mesmo ele foi flagrado como mais um fanfarrão federal.
Kiko Nogueira, DCM
Outra fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/02/juiz-federal-e-afastado-e-debocha-com-fotos-na-praia.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+PragmatismoPolitico+%28Pragmatismo+Pol%C3%ADtico%29

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

O ‪#‎PT‬ apoia fortemente os movimentos sociais e defende a luta do ‪#‎MST‬







CAUSA JUSTA

O ‪#‎PT‬ apoia fortemente os movimentos sociais e defende a luta do ‪#‎MST‬ por uma reforma agrária ampla e de qualidade.

Esse foi o recado dado pelo presidente do partido, Rui Falcão, no 6º Congresso Nacional do MST, realizado na quinta-feira, em Brasília.

O dirigente considerou “justas” as demandas da pauta de reivindicações do movimento e fez críticas ao latifúndio, tanto o da terra, como o da mídia.

Segundo Falcão, os meios de comunicação do Brasil estão nas mãos de poucas famílias, que “querem impor o pensamento único”.

Aliado histórico do PT, o MST realizou durante o evento um ato político em defesa de sua pauta de reivindicações, com a presença de representantes do governo federal e dos partidos da sua base de sustentação política.

Em nome da presidenta Dilma Rousseff, o ministro Gilberto Carvalho (secretário-geral da Presidência), reconheceu a procedência das reivindicações e prometeu todo empenho do Executivo para aprofundar a reforma agrária.

Ele disse que o governo convive naturalmente com pressões de movimentos legítimos. “É natural que os movimentos sociais não sejam chapa-branca e cumpram o papel de cobrarem do governo”, enfatizou.

Mais cedo, a presidenta recebeu as lideranças do movimento no Palácio do Planalto. Num encontro carregado de simbolismo, Dilma determinou que a reforma agrária combine quantidade com a qualidade dos assentamentos, mediante acesso a políticas públicas.

A previsão é que em 2014 sejam assentadas mais 30 mil famílias. Nos últimos três anos, o governo assentou 75 mil famílias e incorporou 88 milhões de hectares à reforma agrária.

Nos últimos tempos, os assentamentos passaram a ter acesso a políticas como o Minha Casa Minha Vida, o Luz para Todos, o Água para Todos e o Programa de Melhoramento das Estradas através do PAC Equipamentos.

Leia mais em http://glo.bo/1fm4fu8

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

PIZZOLATO diz que o PT não pode assumir essa culpa

Em novo vídeo, Pizzolato ataca Supremo e diz que PT "não pode assumir essa culpa"

Reprodução | 26.11.2013
O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil critica duramente o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, e outros ministros da Corte, que o condenaram a 12 anos e sete meses de prisão por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do mensalão






Autores intelectuais dos assassinatos já acontecidos e por vir são os whiteblocs

 


A nova era da violência

Autores intelectuais dos assassinatos já acontecidos e por vir são os whiteblocs. Devem ser combatidos com a mesma virulência com que combatem a democracia


Wanderley Guilherme dos Santos Arquivo


Professores universitários do Rio de Janeiro, de São Paulo e outras universidades falam do governo dos trabalhadores como se fosse o governo do ditador Médici, embora durante aquele período não abrissem o bico. Vetustos blogueiros, artistas sagrados como marqueteiros crônicos, jovens colunistas em busca da fama que o talento não assegura, políticos periféricos ao circuito essencial da democracia, teóricos sem obra conhecida e de gogó mafioso, estes são os mentores da violência pela violência, anárquica, mas não acéfala. Quem abençoa um suposto legítimo ódio visceral contra as instituições, expresso em lamentável, mas compreensível linguagem da violência, segundo estimam, busca seduzir literariamente os desavisados: a violência é a negação radical da linguagem. Mentores whiteblocks, igualmente infames.


A era da violência produziu a proliferação dos algozes e a democratização das vítimas. Antes, a era das máquinas trouxe a direta confrontação entre o capital e o trabalho, as manifestações de protesto dirigiam-se claramente aos capitalistas em demanda por segurança no serviço, salário, férias, descanso remunerado, regulamentação do trabalho de mulheres e crianças. Reclamos precisos e realizáveis. Politicamente exigiam o fim do voto censitário, o direito de voto das mulheres, o direito de organização, expressão e manifestação. Exigiam, em suma, inclusão econômica, social e política.

Os mentores dos algozes possuíam nome e residência conhecida. Os executores eram igualmente identificáveis: as forças da repressão, fonte da violência acobertada pela legislação que tornava ilegais as associações sindicais, as passeatas, os boicotes e as greves. As vítimas estavam à vista de todos: operários, operárias, desempregados, além de cidadãos, escritores e jornalistas solidários com a causa dos miseráveis.

Não há por que falsificar a história e negar que, ao longo do tempo, sindicatos mais fortes e oligarquizados também exerceram repressão sobre organizações rivais, bem como convocatórias grevistas impostas pela coação de operários sobre seus iguais. A era das máquinas não distribuía a violência igualitariamente, mas algozes e vítimas possuíam identidade social clara.

A atual era da violência, patrocinada por ideólogos, jornalistas, blogueiros, ativistas (nova profissão a necessitar de emprego permanente), professores, artistas, em acréscimo aos descontentes hepáticos, testemunha a agregação de múltiplos grupelhos, partidos sem futuro e fascistas genéticos aos tradicionais estimuladores da violência, os proprietários do capital. São algozes anônimos, encapuzados, escondidos nos codinomes das redes sociais, na covardia das palavras de ordem transmitidas a meia boca, no farisaísmo das negaças melífluas.
Os whiteblocs disfarçam o salário e a segurança pessoal nas pregações ao amparo do direito de expressão e de organização. Intimidam com a difamação de que os críticos desejam a criminalização dos movimentos sociais. Para que não haja dúvida: sou a favor da criminalização e da repressão às manifestações criminosas, a saber, as que agridam pessoas, depredem propriedade, especialmente públicas, e convoquem a violência para a desmoralização das instituições democráticas representativas.

As vítimas foram, por assim dizer, democratizadas. Lojas são saqueadas, vidros de bancos estilhaçados, passantes, operários, classes médias, e mesmo empregados e subempregados que a má sorte disponha no caminho da turba são ameaçados e agredidos. A benevolência do respeito à voz das ruas é conivência. Essas ruas não falam, explodem rojões. Não há diálogo possível de qualquer secretaria para os movimentos sociais com tais agrupamentos porque estes não o desejam. E, quando um quer, dois brigam.

A era da violência é obscura. Não me convencem as teorias do trabalho precário porque não cobrem todo o fenômeno, também é pobre a hipótese de uma classe ascendente economicamente com aspirações em espiral (já sustentei esta hipótese), e, sobretudo, não dou um centavo pela teoria de que almejam inclusão social. Eles dizem e repetem à exaustão que não reclamam por inclusão alguma, denunciada por seus professores como rendição à cooptação corrupta.

Os autores intelectuais dos assassinatos já acontecidos e por acontecer são os whiteblocs. Têm que ser combatidos com a mesma virulência com que combatem a democracia. Não podem levar no grito.

Autor:  Wanderley Guilherme dos Santos

 

13/02/2014 -
Créditos da foto: Arquivo
FONTE
http://www.cartamaior.com.br/?%2FEditoria%2FPolitica%2FA-nova-era-da-violencia%2F4%2F30257

Alguém lembra do nome d'algum dos juízes que condenaram Tiradentes a morte?

 
 






Alguém lembra do nome d'algum dos juízes que condenaram Tiradentes a morte?

Alguém lembra do nome d'algum dos juízes que negaram Habeas Corpus para Olga Benário e permitiram que ela fosse morta num campo de concentração nazista?

Alguém lembra do nome d'algum dos juízes que condenaram Nelson Mandela por 'terrorismo', trancafiando-o por longos 27 anos?

A lista é enorme e o destino de verdugos fantasiados de juízes é sempre o mesmo, o esquecimento do povo e a lata de lixo da história.

Se um dia foi possível dizer que ainda haviam juízes em Berlim, não se pode dizer o mesmo hoje, em relação a Brasília.

A roda da história não para, os que se vendem por quinze minutos de fama nunca tiveram e nunca terão mais do que estes fugazes quinze minutos.

Esse em breve será esquecido:

 

https://www.facebook.com/diogosho

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Chamar alguém de terrorista é descartá-lo de imediato como, mais do que fora da lei


Senadores provocam pânico generalizado, de Deisy Ventura

Não há maior infâmia. Chamar alguém de terrorista é descartá-lo de imediato como, mais do que fora da lei, fora do humano, fazedor do hediondo. E como não há a mínima possibilidade de negociação, resta apenas a violência, aliás a linguagem dele.
É fácil explicar a naturalidade desta repulsa. Bem antes das imagens do 11 de setembro de 2001 em Nova Iorque, num bate-boca em Estocolmo, em 1957, Albert Camus disse ao estudante argelino que cobrava seu apoio à Frente de Libertação Nacional algo como: “enquanto estamos falando, bombas são jogadas nos bondes da Argélia. Minha mãe pode estar em um deles. Se isto é justiça, eu prefiro minha mãe” *.
A ideia de que a morte de inocentes desonra qualquer causa já o havia levado a escrever Os Justos, em 1949, genial peça em que a presença inesperada de duas crianças compromete a realização de um atentado, por hesitação de um militante, Kaliayev (naquele momento, duplamente desgraçado, pelo Estado como “terrorista” e por seu próprio grupo como “traidor”). Isto não impediu Camus de reconhecer, em suas Reflexões sobre o terrorismo que, na Argélia, “cada repressão, ponderada ou demente, cada tortura policial e cada julgamento ilegal acentuaram o desespero e a violência nos militantes”, e que “a responsabilidade coletiva erigiu-se em princípio de repressão”.
Mesmo antes do falecimento de Camus, em 1960, a expressão terrorismo foi ganhando novos contornos. Surpreende a atual ascensão do “terrorista” Nelson Mandela – preso entre 1962 e 1990, entre outras razões por associação criminosa e recurso à violência – ao extremo oposto da infâmia, à quase santidade. Na mesma linha, entre tantos, há o recente fato da Irmandade Muçulmana passar a ser oficialmente designada pelo Egito, em 25/12/2013, como organização “terrorista”, apesar do partido Liberdade e Justiça, que é considerado sua vitrine política, ter recebido mais de 13 milhões de votos (51,73% do total) nas eleições presidenciais de 2012. Ou talvez justamente por isto, eis que o Presidente eleito, Morsi, foi deposto pelo exército, em 03/07/2013.
Então afinal, para além de lançar a infâmia sobre os opositores políticos com grande respaldo popular, juridicamente, o que seria o terrorismo? É a criminalização da intenção, diz a imensa jurista Mireille Delmas-Marty, alertando para o risco de jogar fora a democracia sob o pretexto de defendê-la:  ”reduzindo as liberdades, o Estado se injeta, numa verdadeira estratégia de auto-imunização, uma parte do mal, assumindo o risco de uma violência que se alimenta de outras e termina por contaminar todo o sistema” (Liberdades e segurança num mundo perigoso, 2010).
Esta avaliação se aplica perfeitamente ao Projeto de Lei do Senado Federal n.499, de 2013, cuja tramitação seria acelerada esta semana, supostamente em razão da lamentável morte de um cinegrafista. O curioso é que todas as condutas previstas no projeto que causam lesões objetivas à vida e ao patrimônio já são consideradas crimes pela ordem jurídica brasileira, aliás puníveis com onerosas sanções. Tudo indica, por conseguinte, que o melhor seria investir no cumprimento das leis vigentes, tão escasso no Brasil.
Ocorre que a novidade é de outra cepa. Quem está preocupado em cumprir as leis, coisa que daria um trabalho danado, inclusive a destituição de altos cargos e a reorganização de pesadas instituições? Agora o problema do legislador é punir a intenção de “provocar ou infundir terror ou pânico generalizado” (art.2) por meio destes crimes. A lei não define o que é terror ou pânico generalizado, mas estipula a pena de reclusão de 15 a 30 anos para a “ofensa à vida, à integridade física ou à saúde ou à privação da liberdade de pessoa” praticada com esta intenção (ou talvez simplesmente com este efeito, não se sabe).
Os demais artigos são, porém, bastante esclarecedores. Três pessoas já conformam um “grupo terrorista”, e a mera formação de um trio para fins de incutir terror ou pânico já é punível com 5 a 15 anos de reclusão (art.7). O financiamento (“contribuir de qualquer modo para a obtenção de ativo, bem ou recurso financeiro”, art.3) é punível com reclusão de 15 a 30 anos. Dar abrigo a pessoa que “se saiba tenha praticado ou esteja por praticar” a grotesca empreitada custaria a reclusão de 3 a 8 anos, da qual só escapa a família do acusado.
O mais grave, porém, é o artigo 5: “Incitar o terrorismo: Pena – reclusão, de 3 a 8 anos”. O suporte fático tem 21 caracteres com espaços. Nada mais é dito. É uma tipificação para twitter. Miúda, mas de extrema coerência: já que o substantivo pode ser qualquer coisa, o verbo também.
Todos estes novos crimes são inafiançáveis e insuscetíveis de graça, anistia ou indulto (art.10). A jurisprudência é quem dirá para que lado vamos. Mas antes do processo há a prisão, o fichamento, a execração pública, a desonra, ainda que daqui a alguns anos nossos juízes decidam, quem sabe, que terroristas são só aqueles que estão nas listas elaboradas pelos Estados Unidos ou pela União Europeia, ou quiçá o Egito – ou que tal a nossa ABIN?
Aparentemente, a razão desta lei é incutir o terror entre cidadãos brasileiros, a fim de evitar manifestações de massa durante a Copa do Mundo. Diga-se de passagem, tal paz maquilada, se obtida, seria um bem público barato a um preço caríssimo. Em tempo e espaço remotos, imagino que por gozação, alguém disse que aos juristas não caberia questionar as razões que engendram as leis, e sim aplicá-las. Nem mesmo o tal piadista poderia imaginar que isto se transformaria em pretensão científica, e mais adiante em senso comum no Poder Judiciário. Cada um aplica a parte que lhe toca, e o fato de que grande parte da lei jamais toca a alguém parece irrelevante.
Contudo, seria preciso ao menos avaliar os efeitos deste projeto. Duríssimas leis anti-terrorismo jamais evitaram a violência extrema e bem conhecida, por exemplo, de organizações como o Exército Republicano Irlandês (IRA) ou do País Basco e Liberdade (ETA). Ao contrário, o “terrorista” de hoje só se torna o possível interlocutor político de amanhã quando ele é reintegrado à esfera da lei, ao campo da negociação possível. Como ensinam Delmas-Marty e Henry Laurens, esta foi a regra nas lutas pela libertação nacional que hoje são, quase consensualmente, reconhecidas como legítimas.
Não é por outra razão que o direito internacional padece para definir o terrorismo, sob intensa pressão dos Estados Unidos, que preconizam uma ordem internacional a serviço de sua própria segurança. Na imensa gama de situações de violência (melhor dito, os estados de violência que sucederam a guerra tradicional, na expressão de Frédéric Gros) em que os governos nacionais lançam seus oponentes à ilegalidade e em que os Estados, democratas ou não, praticam a violência para incutir terror em sua própria população ou alhures, como o direito internacional poderia identificar um critério universal para definir o “combatente ilegal“? Já definimos o crime contra a humanidade e o crime de guerra. Por que seria necessário tipificar um novo crime?
Historicamente, as leis anti-terrorismo servem à eliminação dos inimigos (independentistas, separatistas, resistentes, etc.), deixando os inocentes de Camus, inclusive os cinegrafistas, à mercê da violência de todos, poderosos e opositores, numa espiral de violência que só poderia ser interrompida pelo diálogo.
No Brasil de hoje, há uma geração a ser eliminada, menos por divergências políticas irreconciliáveis, e mais porque ela é inoportuna. Calhou de ser a Copa, e num evento de tal magnitude econômica para algumas empresas, inclusive de comunicação, uma acusação de homicídio não basta. É preciso a desonra e um tanto de exceção. De todos os erros dos que caíram de amores pelo poder, que observo com grande pesar, esta lei anti-terrorismo é o que revela com maior profundidade a inanição política em que se encontra o nosso país (Deisy Ventura).
*Sobre as versões desta declaração, ver pesquisa de David Carrol, p.64 e nota 5.
 


Fonte: http://saudeglobal.org/2014/02/12/senadores-provocam-panico-generalizado-de-deisy-ventura/ 

O Lobo, o Carneiro e a psicanálise - Amílcar Lobo e as torturas do DOI-CODI do Rio de Janeiro



O Lobo, o Carneiro e a psicanálise

Essa é uma história de horror. Uma estranha mistura de envolvimento de um médico candidato a psicanalista com a tortura, e mais a conivência, cumplicidade e covardia de entidades psicanalíticas
por Emiliano José  12/02/2014
 O Médico e o Monstro
Capa do clássico O Médico e o Monstro
Amilcar Lobo, em novembro de 1968, inscreve-se como candidato à formação analítica na Sociedade Psicanalítica do Rio de Janeiro (SPRJ), uma das entidades ligadas à International Psychoanalitical Association (IPA). Queria ser psicanalista. No final de 1969, forma-se em Medicina, presta serviço militar no Exército e, no início de 1970, passa a servir no DOI-CODI do Rio de Janeiro. Isso mesmo: servir ao aparato da repressão, ser um dos executores do terror.
E continua sua formação psicanalítica. Até 1974, por longos quatro anos, “dá assistência” aos presos políticos antes, durante e depois das sessões de torturas. Atende pelo nome de Dr. Carneiro – será que há alguma explicação psicanalítica para o codinome? Talvez Freud explicasse. O lobo e o cordeiro, desculpem, carneiro.
Antes, faz “prevenção”: indaga sobre alguma doença, pergunta do coração, se há algum problema cardíaco, ausculta, tenta descobrir quais os limites do preso, qual o seu provável grau de resistência, quem sabe tente fazer um perfil psicológico – afinal, está fazendo formação para analista. Domina alguma coisa da alma humana, ou pretende dominar. Um laboratório, estranho laboratório para a formação de uma analista.
Durante, testa até que ponto a vítima pode aguentar o suplício. Acompanha os choques, o pau-de-arara, a pancadaria, a selvageria. Olha com atenção o estado do preso: é assistente da tortura, em duplo sentido. Está fazendo sua formação para analista naquele laboratório do terror.
Depois, cuida dos farrapos saídos das torturas, prepara-os para nova rodada. Conversa com os farrapos, observa o estado de cada um deles. Objetos de seus estudos, certamente. Serve ao DOI-CODI, na rua Barão de Mesquita, onde tanta gente foi assassinada, e à “Casa da Morte”, em Petrópolis, de onde uma única presa saiu viva, Inês Etienne Romeu. A história macabra de Lobo é relativamente conhecida exatamente pelo corajoso testemunho de Inês.
Dia desses, ao acaso, e sei lá se há acaso na vida, a psicanálise costuma responder não a essa indagação, peguei o livro de Cecília Coimbra – Guardiães da Ordem: uma viagem pelas práticas psi no Brasil do “Milagre”, da Oficina do Autor, 1995 –, e me surpreendi ao ler os relatos sobre o procedimento de entidades psicanalíticas. Cecília faz um relato precioso sobre a trajetória de Lobo e o envolvimento covarde e cúmplice das entidades psicanalíticas. O caso de Lobo explodiu primeiro na Argentina, na revista Questionamos número 2, coordenada pela psicanalista argentina Marie Langer, em 1973. A denúncia chegara através do jornal Voz Operária, do PCB.
Graças à coragem da psicanalista Helena Besserman Viana, do Rio de Janeiro, outras denúncias são feitas na França, nos EUA, no Canadá e na Espanha. Chegam ao conhecimento do então presidente da IPA,fundada por Freud em 1910, Serge Lebovici. A SPRJ defende Lobo perante a IPA – “é uma calúnia”. E pede o testemunho do comandante do I Exército, general Sílvio Frota, um dos mais cruéis dirigentes da tortura no País, que naturalmente defende o seu assistente.
Isso mesmo: pediu o testemunho de Sílvio Frota. Este, na declaração enviada à SPRJ, afirma, em sua declaração de apoio a Lobo, que com ela pretende “desfazer intrigas e aleivosias assacadas proposital e maldosamente por inimigos do regime e seus patronos”. Destaca que Lobo “sempre teve procedimento digno e humano”. Veja-se até onde foi a entidade. A IPA, lamentavelmente, aceita a explicação da SPRJ. Entidades psicanalíticas claramente de braços dados com a ditadura e os torturadores. Quase inacreditável, mas verdadeiro.
De passagem, não custa dizer que a psicanalista Helena Viana é implacavelmente perseguida pela Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro (SBPRJ), também vinculada à IPA. Quando em 1975 requer sua inscrição na entidade como membro titular – era associada desde 1970 – enfrenta um sem-número de acusações, todas de natureza política. É acusada de ter denunciado Lobo, um torturador, e isso constituía um pecado para a entidade.
Ao invés de incriminar o médico-torturador-candidato a analista, transforma Helena em ré. Acusam-na de ter “uma posição política conhecida e ser devidamente registrada no DOPS, desviando-se dos padrões éticos exigidos de ‘neutralidade’ no exercício profissional”. Ou seja, ser neutro – e Freud acreditava em neutralidade? há algum ser neutro na humanidade? – significava não se imiscuir em denúncias de regimes ditatoriais e menos ainda denunciar um torturador. A psicanalista foi a Londres conversar com a direção da IPA, que covardemente prefere aceitar a versão de Leão Cabernite, então presidente da SPRJ, “de que tais acusações (contra o médico-torturador, analisando-torturador) não passam de interesses ocultos para denegrir a psicanálise”.
Os incessantes rumores sobre o caso Lobo, no entanto, para além dos esforços para abafá-lo, criam desconforto, incômodo na SPRJ – o que diria Freud, hein? O desconforto era sintoma de quê? O incômodo ou desconforto cresce de maneira a provocar, em meados dos anos 70, o afastamento voluntário de Lobo da entidade. Ele, no entanto, não consegue esconder as garras. Numa conferência de WilfredBion, no Rio de Janeiro, aproxima-se de Helena Viana, e sussurra ao ouvido dela: “tome cuidado, você pode ser dar mal, algo pode lhe acontecer”. Hélio Pellegrino e Eduardo Mascarenhas, psicanalistas conhecidos, são perseguidos e expulsos da SPRJ por lembrarem a denúncia da revista Questionamos. A posição da entidade era muito clara, portanto. Também não escondia as garras. Afinal, Lobo, a SPRJ e a SBPRJ e a IPA estavam articuladas na defesa de Lobo.
Se as entidades psicanalíticas evidenciam sua cumplicidade com a ditadura e com a tortura, o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (CREMERJ) não lava as mãos. Em 1988, cassa o direito de Lobo de exercer a profissão, cassação ratificada pelo Conselho Federal de Medicina. Leão Cabernite e Ernesto La Porta, psicanalistas e orientadores na formação analítica de Lobo, seus ardorosos defensores (o que diria Freud, hein?), são cassados pelo CREMERJ e o Conselho Federal, lamentavelmente, não confirma a decisão.
Os argumentos da SPRJ na defesa de Lobo são impressionantes pela desfaçatez, pela tentativa de escamotear o fato dele ser um torturador, ou pela naturalização da tortura. O orientador dele na última fase – é, Lobo poderia se tornar um psicanalista, insistamos! –, Leão Cabernite, afirmou, sem rodeios, que o trabalho de análise de seu analisando foi inviabilizada pelos “rumores” de que fosse torturador: “foi contaminada pela intromissão da realidade externa”.
Isso: a realidade externa, essa entidade perversa, não pode e não deve imiscuir-se na formação de um analista. Não importa como o analisando se situe no mundo. Interessa apenas a redoma da psicanálise, o mundo privado do analista e do analisando. O mundo mesmo, que fique lá fora, que não turve a mente do analista e nem do analisando. Cabernite afirmava nunca ter sido político, e que “a ideologia dele era a psicanálise”. Freud deu voltas no túmulo!
As denúncias da Questionamos, para o orientador de Lobo, eram características de “órgãos estrangeiros, hostis à psicanálise”. Só faltou dizer explicitamente ser coisa de comunistas. Não custa lembrar que muitos psicanalistas argentinos tiveram que sair às pressas do País quando sobreveio a ditadura, em março de 1976. A diáspora da psicanálise argentina ocasionada pela ditadura é relativamente conhecida. Era o diabo da realidade externa chegando, banhada em sangue.
Esse episódio evidencia o quanto a política (ou a realidade) invade todos os territórios. O quanto alcança a intimidade da psicanálise. O mal estar na cultura (ou na civilização) se modifica de acordo com as mutações da vida política, da cultura, da civilização. Algum analista pode hoje desconhecer as velozes mutações desse século XXI? O mundo ao derredor? Podia desconhecer a violência, o total desrespeito aos direitos humanos por parte das ditaduras na América Latina de então? Podia fazer ouvidos de mercador diante da tortura?
Não creio. A psicanálise não está à parte do mundo. Vive no furacão da realidade externa, onde o ser humano sofre as dores da existência, tem que se debater com tais dores. Nem o analista, nem o analisando podem fazer de conta que o mundo não existe. E não há muro: sempre há que se ter posição política. Analistas, inclusive. Ainda bem que a história cobra, desnuda. E Freud explica.
No mesmo livro de Cecília Coimbra, há um testemunho de Regina Chnaiderman, psicanalista, primeira tradutora de Lacan para português, início dos anos 70, onde ela afirma que a análise é um processo de desalienação:
- Os pacientes não são materiais de análise a explorar como fontes de teorização ou a transformar em indivíduos normais. Os pacientes têm que se fazer, se auto-alertar, e pelo processo analítico, criar um novo segmento de sua história e, no caso mais geral, aceder pela primeira vez explicitamente a uma historicidade ao mesmo tempo singular e coletiva.
História e psicanálise andam juntas, mesmo que alguns analistas pretendam-se à parte do mundo. O singular e o coletivo se encontram. Dialogam. E a história, não tem jeito, nunca absolverá o doutor Lobo-Carneiro, o candidato a analista, que só não chegou à condição de psicanalista devido ao demônio, santo demônio, da realidade externa, dessa cruel figura chamada história. Parabéns a Cecília, também vítima da ditadura, pelo seu excelente trabalho. Esse texto é uma homenagem a ela e a todos que não vêem a psicanálise encerrada entre quatro paredes e que a defendem como um processo emancipador dos indivíduos e da humanidade.
Registrado em:
 
FONTE: Carta Capital :  http://www.cartacapital.com.br/sociedade/o-lobo-o-carneiro-e-a-psicanalise-169.html 

Denúncia: black blocs pagos







De Rodrigo Pena

Próximo passo é saber quem financia black blocs. Advogado da dupla responsável pela morte do cinegrafista Santiago Andrade afirmou que jovens eram pagos para irem a protestos e promoverem baderna; "eles recebem até uma espécie de ajuda financeira, de mesada, para participar dessas manifestações, com o intuito de terrorismo social", disse Jonas Tadeu Nunes. Ouça.
Situação financeira de Caio de Souza, que acendeu o rojão, é bastante precária; por trás estariam "vereadores e deputados estaduais", indica o advogado; governador Sérgio Cabral diz que ato que matou o profissional da Band pode ter cunho político; "esses dois jovens estão inseridos em um contexto maior", sugeriu.

Rio 247 – Presos os responsáveis diretos pela morte do cinegrafista da Band Santiago Andrade – um jovem que passou e outro que acendeu o rojão que atingiu a cabeça do profissional, que trabalhava na manifestação – cabe agora investigar o próximo passo: identificar quem financia o movimento de mascarados Black Blocs.

De acordo com o advogado Jonas Tadeu Nunes, que defende Fábio Raposo e Caio de Souza, presos no Rio de Janeiro, os jovens seriam pagos para participar de protestos e promover baderna, algo que ele chega a chamar de "terrorismo social", em entrevista concedida à Rádio Jovem Pan.

"Esses jovens... esse Caio, por exemplo, é miserável. Esses jovens são aliciados por grupos. Eles recebem até uma espécie de ajuda financeira, de mesada, para participar dessas manifestações, com o intuito de terrorismo social", disse o advogado. Ele contou ainda já ter conversado com outros jovens além da dupla que confirmaram o fato.

Por trás, indicou ele, podem estar "vereadores e deputados estaduais". "Vocês [da imprensa] deveriam investigar isso: investigar vereadores em Câmaras Municipais, investigar deputados estaduais...", afirmou. "São agrupamentos, movimentos... tem até diretórios [de partidos políticos], segundo informações que eu tenho".

No último domingo, a ativista Elisa Quadros, conhecida como Sininho, afirmou que os dois jovens envolvidos com a morte do cinegrafista tinham relação com o deputado estadual Marcelo Freixo (Psol). O parlamentar negou. Hoje, o advogado reafirmou: "confirmo com toda a veemência. Eu ouvi [de Sininho] que os dois rapazes eram conhecidos de Marcelo Freixo. Ela me disse que estava ligando a mando do deputado Marcelo Freixo, oferecendo assistência jurídica".

Em entrevista à Globo, Caio, visivelmente amedrontado, disse nesta terça-feira que "nem sabia que aquilo era um rojão". Para o jovem, o artefato explosivo que matou Santiago era apenas um "cabeção de nego" – bomba que apenas faz barulho e solta fumaça. Ao falar sobre sua fuga para a Bahia, declarou: "eu fiquei com medo de me matarem. Essa é a verdade". Questionado sobre quem poderia lhe matar, respondeu: "pessoas. Pessoas envolvidas nas manifestações".

O discurso de hoje do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), corrobora com a tese de que o ato que matou Santiago Andrade não foi um fato isolado. Para ele, o episódio pode ter cunho político e "esses dois jovens estão inseridos em um contexto maior". "Há partidos políticos e organizações embutidos nessas ações (de violência nas manifestações)", acrescentou Cabral.

PS: uma outra pergunta que caberia. Se Caio é pobre, quem está pagando ao Dr. Jonas Tadeu? Que deve ser um advogado caro a ponto de defender, inclusive, deputados também. E advogado reafirma que a tal "Sininho" ligou a mando do Deputado Marcelo Freixo PSOL. Embora ele diz que não acredite no envolvimento do deputado.

Fonte : http://www.blogdadilma.com/politica/582-denuncia-black-blocs-pagos

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Black Blocks mataram um jornalista e um pai !!


'Eu sou a continuação da vida dele', afirma filha do cinegrafista morto
Em carta divulgada no Facebook, Vanessa diz que teve a despedida 'mais linda que poderia ter' e promete cuidar da família

Confira a íntegra da carta de Vanessa:

"Meu nome é Vanessa Andrade, tenho 29 anos e acabo de perder meu pai.

Quando decidi ser jornalista, aos 16, ele quase caiu duro. Disse que era profissão ingrata, salário baixo e muita ralação. Mas eu expliquei: vou usar seu sobrenome. Ele riu e disse: então pode!

Quando fiz minha primeira tatuagem, aos 15, achei que ele ia surtar. Mas ele olhou e disse: caramba, filha. Quero fazer também. E me deu de presente meu nome no antebraço.

Quando casei, ele ficou tão bêbado, que na hora de eu me despedir pra seguir em lua de mel, ele vomitava e me abraçava ao mesmo tempo.

Me ensinou muitos valores. A gente que vem de família humilde precisa provar duas vezes a que veio. Me deixou a vida toda em escola pública porque preferiu trabalhar mais para me pagar a faculdade. Ali o sonho dele se realizava. E o meu começava.

Esta noite eu passei no hospital me despedindo. Só eu e ele. Deitada em seu ombro, tivemos tempo de conversar sobre muitos assuntos, pedi perdão pelas minhas falhas e prometi seguir de cabeça erguida e cuidar da minha mãe e meus avós. Ele estava quentinho e sereno. Éramos só nós dois, pai e filha, na despedida mais linda que eu poderia ter. E ele também se despediu.

Sei que ele está bem. Claro que está. E eu sou a continuação da vida dele. Um dia meus futuros filhos saberão quem foi Santiago Andrade, o avô deles. Mas eu, somente eu, saberei o orgulho de ter o nome dele na minha identidade.

Obrigada, meu Deus. Porque tive a chance de amar e ser amada. Tive todas as alegrias e tristezas de pai e filha. Eu tive um pai. E ele teve uma filha.

Obrigada a todos. Ele também agradece.

Eu sou Vanessa Andrade, tenho 29 anos e os anjinhos do céu acabam de ganhar um pai."
FONTE:
http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,eu-sou-a-continuacao-da-vida-dele-afirma-filha-do-cinegrafista-morto,1128828,0.htm

Cinegrafista atingido por explosivo tem morte encefálica, a barbarie se instalou por ordem de quem?

Cinegrafista atingido por explosivo em protesto no Rio tem morte encefálicaCinegrafista da Band é ferido por explosivo na cabeça, durante ato na Central do Brasil, no centro do Rio

  • Cinegrafista da Band é ferido por explosivo na cabeça, durante ato na Central do Brasil, no centro do Rio
O cinegrafista da "TV Bandeirantes" Santiago Ilídio Andrade, 49, ferido em uma explosão durante uma manifestação no Rio de Janeiro, teve morte encefálica diagnosticada na manhã desta segunda-feira (10), segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Santiago foi atingido na cabeça quando registrava o protesto, na quinta-feira (6).

Rojão atinge cinegrafista durante protesto no Rio - 6 vídeos


 
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu no domingo o estudante universitário e tatuador Fábio Raposo, indiciado como coautor da explosão que matou o cinegrafista. Segundo informações da Polícia Civil, Raposo foi localizado na casa dos pais, no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio.
Pela explosão que feriu gravemente o profissional da "Band", Raposo foi indiciado por homicídio qualificado pelo uso de artefato explosivo e pelo crime de explosão. Se condenado, ele pode receber uma pena de mais de 30 anos de prisão.
O delegado Maurício Luciano, titular da 17ª DP (São Cristóvão) e responsável pela investigação, informou que Raposo aceitou colaborar com a polícia em benefício da delação premiada. Arlita disse que tem recebido informações sobre a investigação da polícia.
"Eu vi [Raposo] pedindo desculpa, mas eu acho que o que falta neles é o amor, o amor pelas pessoas, porque a gente não faz isso. Ele disse que foi sem intenção. Que seja, mas meu marido estava trabalhando, estava mostrando uma manifestação", afirmou a mulher do cinegrafista.

 

 

Cinegrafista da Band é ferido em protesto no Rio24 fotos

10.fev.2014 - Imagens postadas por amigos nas redes sociais mostram o cinegrafista da "TV Bandeirantes" Santiago Ilídio Andrade, 49, trabalhando. Santiago teve morte cerebral diagnosticada na manhã desta segunda-feira (10). Ele foi atingido na cabeça quando registrava o protesto, na quinta-feira (6) Reprodução/Facebook
O advogado do estudante afirmou que já identificou o nome da pessoa que atirou o rojão e que deve entregá-lo à polícia. "Através do Fábio localizei uma pessoa que é íntima deste rapaz e me passou a identidade e o CPF deste rapaz. A pessoa me passou e vou entregá-lo à autoridade policial", afirmou o advogado Jonas Tadeu Nunes em entrevista à "Globonews".

Governo do Estado

O governo do Estado do Rio divulgou nota, nesta segunda, em que "lamenta profundamente a morte do cinegrafista Santiago Andrade, que perdeu a vida no exercício profissional do jornalismo".
"A liberdade de imprensa é um bem que deve prevalecer como instrumento para o exercício do direito fundamental à informação", diz a nota.

O texto informa ainda que "o direito de manifestação é fundamental para a democracia, mas a violência é inaceitável. O diálogo entre cidadãos e Poder Público é o caminho para o aprimoramento da sociedade".

"O Estado se solidariza com a família de Santiago. E busca, observando o devido processo legal, a autoria do crime para que o responsável possa ser submetido à Justiça", informou a nota.

PRINCIPAL SUSPEITO

  • Reprodução/TV Brasil Imagens da "TV Brasil" mostram um homem de camisa cinza e calça jeans correndo pela Central do Brasil. Para a Polícia Civil, ele foi o responsável por acender o rojão

    FONTE: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2014/02/10/morre-cinegrafista-da-band-atingido-por-explosivo-em-protesto-no-rio.htm

As manifestações de rua deflagradas em junho foram incentivadas por grupos de oposição ao Governo Federal


Prezados Jornalistas e demais amigos,

Apresento um breve texto para reflexão.

As manifestações de rua deflagradas em junho foram incentivadas por grupos de oposição ao governo federal e, no caso do Rio, ao governo estadual. Esses grupos esticaram a corda apostando tudo no desgaste do governo federal. A mídia -, parceira dos oposicionistas, fez coro e criou um espetáculo dessas manifestações, como se elas fossem um espetáculo cívico. Não eram e não são. Como resultado, tivemos bancas de revistas depredadas (eu disse banca de revistas, “representante do grande capital"). Recentemente, o Brasil todo assistiu ao incêndio do fusca de um serralheiro em São Paulo, a depredação de bens públicos como agências do Banco do Brasil e Caixa Econômica. Ontem, um cinegrafista, no exercício da sua função, foi vitima da ação de manifestantes que protestaram quanto ao aumento de passagens de ônibus aqui no Rio de Janeiro(a desculpa para a "manifestação" era essa). Segundo informações ele foi atingido por um explosivo que provocou afundamento do crânio e lesões no ouvido e nuca. Eu imputo a responsabilidade de toda essa tragédia a interesses e interessados oposicionistas. Fatos como esses, infelizmente, podem ser ainda maiores daqui até outubro, período que ocorre as eleições.
Os jornalistas brasileiros, dos diversos veículos de comunicação do país, deveriam reunir-se, refletir e não aceitar esse absurdo, essa manipulação que ocorre no País, por puro interesse político eleitoral. A questão é política sim. Discordo daqueles que imputam às pessoas ou grupos isolados, a responsabilidade por esses atos. É óbvio que determinados grupos e pessoas são veículos desse absurdo, mas a questão é muito clara: é interesse político. Claro, que ficou ou ficará fora de controle a qualquer momento se não for parada essa loucura. Os jornalistas que dão vozes a essa manipulação, sem perceber ou por ser empregado e ter que obedecer aos patrões, por ideologia, ou por outros motivos não aparente, precisam ajudar por um fim nisso. As eleições não podem ser o fim de tudo. No devido tempo as oposições irão voltar ao poder, por natureza da democracia, então os que querem já, terão seus interesses satisfeitos em algum momento, mas, a população brasileira não pode entrar nessa manipulação, que jamais seria conseguida se não tivesse a anuência e/ou parceria da grande mídia.
O preço que a sociedade brasileira poderá pagar por esse rastilho de pólvora que se propõe a acender o ódio de classe poderá ser muito alto. Quem tem a responsabilidade com a informação são os jornalistas, seus patrões têm outros interesses. Portanto, cabe aos jornalistas a reflexão e o posicionamento de forma isenta e desapaixonada. Cada um deles ajudaria muito se agisse contra essa marcha rumo à insensatez.


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domingo, 9 de fevereiro de 2014

MAM ADMITE QUE HAVERÁ REVISÃO DE PENAS NA AP470


O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marco Aurélio Mello, admitiu que é provável que venha a ocorrer revisões nas condenações dos réus do mensalão. A declaração foi dada à Revista Veja dessa semana. Segundo ele, “pelas sinalizações dos atuais integrantes do Tribunal, a reversão será da condenação pelo crime de formação de quadrilha, prevalecendo a tese de coautoria; o afastamento da cassação de mandatos, como já ocorreu no recente caso de Ivo Cassol; a diminuição de algumas penas; e o cancelamento da condenação por lavagem de João Paulo Cunha”.
O Ministro também declarou que “o local de protesto por excelência é a urna”. Para Marco Aurélio, a melhor forma de protestar é “escolhendo os melhores candidatos”. Na entrevista, ele declarou que “Mais importante que o ‘vem para a rua’, que virou moda, é o ‘vem para a urna’. O protesto eficiente não se faz queimando lixeiras, mas participando da vida pública”.
Na entrevista, Marco Aurélio apontou os maiores legados que o PT, que está há 12 anos no governo, vai deixar para o Brasil. “O legado maior foi o aumento da assistência social, uma providência que a meu ver não pode ser tomada como definitiva. Essas bolsas criadas representaram um passo adiante”, opinou. O Ministro também sugeriu que “o homem necessita acima de tudo de oportunidades. E a oportunidade passa em primeiro lugar pela educação e depois pelo mercado. Não só por assistencialismo”.
O Ministro comentou a possível candidatura de Joaquim Barbosa à presidência da República. Para Marco Aurélio, “ele não deveria sair do Supremo”. Contudo, Marco Aurélio admitiu que vê o Presidente do STF “um pouco cansado do dia a dia do Judiciário” e completou: “Posso cometer uma inconfidência porque ele não me pediu para que guardasse reserva. Ao entrar para a sessão final do ano judiciário de 2013, ele me disse que já estava participando de uma sessão daquela pela 11ª vez. E afirmou que para ele já estava de bom tamanho. Eu respondi que estava entrando pela 24ª vez e não estava cansado nem insatisfeito”. O Ministro admitiu que, no STF, “se ventila muito que ele estaria para sair e se candidatar” e finaliza: “Que ele seja muito feliz na nova seara”
Fonte: Jornal do Brasil