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sábado, 25 de outubro de 2014

Que empate tecnico que nada, vai DILMA!!

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Quero Dima para continuar os projetos de Lula também!

Datafolha repete vantagem de 52% a 48% para Dilma


 
 
Aécio e Dilma
Na terça-feira 21, Aécio esteve em Campo Grande e Dilma, no Recife: na reta final da eleição, os dois presidenciáveis intensificaram suas campanhas
Botão Eleições 2014Uma nova rodada da pesquisa Datafolha, realizada na terça-feira 21 e publicada pela Folha de S.Paulo nesta quarta-feira 22, repetiu o resultado do levantamento feito na segunda-feira 20 e mostra empate técnico com a presidenta Dilma Rousseff à frente numericamente, com 52% dos votos válidos, contra 48% do senador Aécio Neves, candidato do PSDB ao Planalto. Pesquisa Vox Populi divulgada pela TV Record também na terça-feira 21 mostra o mesmo resultados.
A única variação nos números do Datafolha se deu na intenção de voto da petista quando computados todos os votos. Dilma foi de 46% para 47%, enquanto Aécio ficou com os mesmos 43% da pesquisa anterior. Brancos e nulos, que eram 4%, foram para 5%, enquanto os indecisos oscilaram de 6% para 4%. A pesquisa ouviu 4.335 eleitores na terça-feira 21 e tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O registro na Justiça Eleitoral é BR-01160-2014.
Na terça-feira 21, após aparecer numericamente atrás de Dilma, Aécio Neves criticou os institutos de pesquisa. Segundo ele, essas empresas devem explicações ao País pelos "erros grosseiros" cometidos. No primeiro turno, o candidato tucano teve 35% dos votos, bem acima do que os institutos mostravam antes da votação. Por isso, Aécio ironizou as pesquisas desta semana. "Pelo que vimos do primeiro turno, estou eleito", afirmou ele.
Segundo análise da Folha de S.Paulo, a retomada da dianteira por parte da petista tem a ver com a melhora nas perspectivas da economia por parte da população. Na comparação com levantamento semelhante feito em 25 e 26 de setembro, tiveram altas significativas as expectativas de redução do desemprego (23% para 31%), de melhora da situação econômica do Brasil (32% para 44%) e de queda da inflação (12% para 21%). Ao mesmo tempo, o número de pessoas que prevê aumento do desemprego caiu (36% para 26%), assim como os que esperam piora da situação econômica (25% para 15%) e alta da inflação (50% para 31%).


FONTE : REVISTA CAPITAL
http://www.cartacapital.com.br/blogs/carta-nas-eleicoes/novo-datafolha-repete-vantagem-de-52-a-48-para-dilma-6880.html
P
ublicado 22/10/2014 09:37

Orlando Brito e Ichiro Guerra

Bom reler: A polêmica intervenção do TSE na eleição

Carlos Humberto/ SCO/STF (14/08/2014)
Dias Toffoli
A nova postura do TSE abriu uma polêmica sobre os limites de interferência do tribunal na campanha e das propagandas dos candidatos

Botão Eleições 2014Encarregado de fiscalizar a eleição, o Tribunal Superior Eleitoral estará de plantão no sábado 25, véspera do pleito presidencial, para receber queixas dos comitês de Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) contra o adversário. Se PT e PSDB se excederem, o TSE dará direito de resposta ao concorrente quando a propaganda eleitoral já estará proibida. O expediente extra foi aprovado nesta terça-feira 21. A norma resulta de um julgamento polêmico, que rachou a corte, despertou dúvidas sobre seu presidente, Dias Toffoli, contrariou o Ministério Público e levantou suspeitas de censura eleitoral.
O controverso julgamento aconteceu na quinta-feira 16. O TSE decidia sobre um pedido tucano para tirar do ar uma propaganda petista que acusava Aécio de repetir a ditadura e censurar a imprensa de Minas quando governador (2003-2010). A denúncia contra ele tinha sido feita por Eneida da Costa, apresentada pelo PT como ex-presidente do sindicato mineiro dos jornalistas.
O relator do caso, ministro Admar Gonzaga, era contra o pedido. O depoimento de Eneida, disse, “desperta dúvida razoável”, e Aécio dispunha de tempo de propaganda para se defender, algo que não foi feito pelos advogados tucanos na ação. O ministro contou ter recebido em seu gabinete relatos de episódios concretos de possível censura, como a demissão do jornalista Jorge Kajuru da Band mineira em 2004.
“O horário destinado à propaganda eleitoral revela-se como ambiente propício para a divulgação de críticas e manifestações de ordem política”, afirmou Gonzaga. “Sendo assim, entendo que não é papel da Justiça intrometer-se no debate de ideias e contestações, a ponto de colocar-se em substituição aos protagonistas do certame.”
Presidente do julgamento e do TSE, Toffoli não gostou do voto do relator. Mostrou-se incomodado com os ataques feitos na propaganda eleitoral, que pare ele deveria ser só “propositiva”. Sem que houvesse tal previsão no julgamento, passou a palavra à defesa do PSDB. “É impossível provar que [Aécio] não perseguia jornalistas. É prova negativa”, disse o advogado Marcelo Ribeiro, a apelar por uma “intervenção” do tribunal contra o comercial do PT.
Também fora do script, o advogado petista Gustavo Severo teve chance de argumentar perante o TSE contra a representação do PSDB. Segundo ele, a oposição não negava a acusação, como o relator já havia destacado em seu voto. “O Aécio pode muito bem se defender em sua propaganda.”
Posição parecida foi defendida pelo representante do Ministério Público Eleitoral no julgamento, Humberto Jacques de Medeiros. Segundo ele, “há paridade de acesso aos meios de comunicação” entre Dilma e Aécio neste segundo turno. “Ao ver do MP, a coisa mais prudente e mais cautelosa é o tribunal não conceder a este momento nenhuma medida, confiando na civilidade dos candidatos e não interferindo este tribunal no nível do debate.”
A argumentação do MP não convenceu Toffoli. Segundo ele, se o TSE não impusesse limites aos candidatos, “vamos assistir ao baile do risca faca, não uma campanha presidencial”. O ministro liderou então a derrubada do relatório de Admar Gonzaga. E venceu, em uma apertada votação por quatro a três. Junto com Toffoli, votaram os ministros Gilmar Mendes, Luiz Fux e João Otávio de Noronha. Com o relator, ficaram as ministras Luciana Lossio e Maria Thereza de Moura.
O julgamento atendeu não só o pedido tucano de retirada do ar da propaganda petista sobre censura à imprensa mineira, como levou o TSE a assumir uma nova postura na reta final da campanha. Dali em diante, disse Toffoli, a corte estava estabelecendo outra jurisprudência, mais rigorosa. A publicidade na TV e no rádio não poderia mais ser usada para atacar o rival, só para divulgar propostas. A troca de chumbo ficaria restrita a entrevistas e discursos.
Esta nova atitude foi regulamentada nesta terça-feira 21, em sessão que aprovou o plantão do TSE na véspera da eleição, bem como o direito de resposta nos dias 23 e 24. O Ministério Público fez um último esforço contra a norma, escrita pelo gabinete de Toffoli. O procurador-geral Eleitoral, Rodrigo Janot, foi pessoalmente à corte tentar impedir a aprovação da norma, em vão. “A mudança, na visão do Ministério Público Eleitoral, causa surpresa aos candidatos a poucos dias da disputa, não observa a jurisprudência reiterada, desatende o princípio esculpido na carta constitucional e gera insegurança jurídica, necessária ao Estado de direito e à regularidade do pleito.”
Desde sua decisão do dia 16, o TSE suspendeu sete propagandas de Aécio e quatro de Dilma. Pelo lado tucano, foram vetados, por exemplo, comerciais a dizer que o PT faz “a campanha mais baixa, agressiva e mentirosa” e outro a reproduzir uma entrevista antiga de Dilma na qual ela elogiava o então governador de Minas Aécio Neves. Pelo lado petista, foram sacrificadas propagandas em que o ex-presidente Lula chamava o tucano de “candidato dos banqueiros” e outra com uma música sobre Aécio não ser votado por quem o conhecia.
A nova postura do TSE abriu uma polêmica sobre os limites de interferência do tribunal na campanha e das propagandas dos candidatos. No domingo 19, em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo, o jornalista Jânio de Freitas escreveu que “o Tribunal Superior Eleitoral tomou duas decisões que caracterizam censura à liberdade de informação jornalística e à liberdade pessoal de expressão”.
Em uma eleição acirrada como a deste ano, a discussão sobre os limites da campanha vem desde o primeiro turno, quando Marina Silva ainda estava na disputa, e o comitê de Dilma resolvera fazer o confronto aberto com ela. Na época, o cientista político Wanderley Guilherme dos Santos disse a CartaCapital que o País não estava acostumado com eleições politizadas e que se devia lamentar que outras disputas não tivessem sido assim. O conflito aberto de interesses, dizia, é próprio da democracia.
Mesmo tendo sido menos afetado até agora do que a campanha de Aécio pelas proibições do TSE, o comitê de Dilma reclama nos bastidores de que a decisão do tribunal atinge sobretudo o PT.
De acordo om um dos chefes do comitê, a campanha dilmista precisava tornar públicos certos fatos negativos para Aécio pois, de outro modo, eles não ganhariam notoriedade. O motivo seria o desinteresse dos órgãos de comunicação. Era o caso das nomeações de familiares de Aécio para cargos na gestão do tucano em Minas. E de nomeações de Aécio pelo pai e pelo tio no início da carreira do presidenciável. Na visão dos estrategistas de Dilma, era necessário aumentar a rejeição a Aécio, graças aos altos índices da presidenta. “A Marina e o Aécio foram desconstruídos por si mesmos, não por nós”, disse o dirigente.
A poucos dias da eleição, a rejeição de Aécio já supera à de Dilma, e pesquisas recentes mostram-no mais identificado com a autoria das ofensas do que sua adversária. Mesmo assim, o comitê dilmista preocupa-se com a nova norma do TSE. Sente-se exposto a um eventual noticiário negativo sem ter meios para se defender. A resolução aprovada pelo tribunal nesta terça-feira 21 garante direito de resposta apenas para o candidato que for acusado pela propaganda adversária. Não vale para notícias de jornais, revistas ou TVs.
Em Brasília, há quem veja com estranhamento a postura do presidente do TSE, responsável pela reviravolta na postura do tribunal. Advogado do PT no passado, indicado pelo ex-presidente Lula para o Supremo Tribunal Federal, Toffoli estaria descontente com Dilma. Em janeiro, a revista Veja publicou uma nota intitulada “De aliado a adversário”, na qual dizia que o ministro “sente-se desprestigiado por Dilma, que jamais o recebeu nem atendeu a seus telefonemas”. Não há registro de que Toffoli tenha feito reparo público à nota.
Em meados de setembro, com a campanha a pleno vapor, Toffoli já tinha se colocado no caminho da presidenta. Em entrevista à revista Época, criticara Dilma por conceder entrevistas no Palácio da Alvorada na condição de candidata e por utilizar o local como cenário de sua propaganda eleitoral televisiva. Para ele, “usar símbolos de poder num ato de campanha é algo que a legislação não permite” e uma “vantagem indevida”.

Fonte:  CARTA CAPITAL 
http://www.cartacapital.com.br/politica/a-polemica-intervencao-do-tse-na-eleicao-5257.html

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

“Antigamente jornalista perguntava pra gente responder. Agora jornalista responde pra gente perguntar.”

Lula em ação

Lula em ação
“Antigamente jornalista perguntava pra gente responder. Agora jornalista responde pra gente perguntar.”
Não sei se esta tirada é originalmente de Lula. Mas, seja como for, é muito boa.
Lula provavelmente estava se referindo, especificamente, a Noblat. Na sabatina de Dilma no Globo, Noblat mandou Dilma falar menos para que ele e companheiros pudessem falar mais.
Dilma se saiu bem. “Quem é o sabatinado?”, perguntou, rindo.
Você pode gostar ou não de Lula, mas uma coisa é indiscutível: seu senso de humor.
Isso ajuda a aliviar ambientes tensos como o vivido hoje na política brasileira.
Nos últimos dias, Lula tem oferecido várias oportunidades aos brasileiros de rir, a despeito de preferências partidárias.
Ele observou que numa entrevista Aécio falou numerosas vezes de “previsibilidade”, uma palavra largamente usada nos ambientes corporativos.
Aécio estava dizendo que o PT não oferece ao mercado uma economia “previsível”, sem surpresas.
“Se ele fosse tão bom assim em previsibilidadse, por que não previu que sua candidatura ia afundar?”, respondeu Lula.
Mesmo Aécio deve ter rido com a resposta espirituosa.
Marina – é claro – tem estado no centro das piadas de Lula. Ele tornou motivo de risos a promessa de Marina de que governaria com os “melhores”.
Os “melhores”, na tradução irreverente de Lula, viraram “os meió, os meió”. Ele aproveitou para dizer que de tanto procurar os “meio” Marina pode acabar terceirizando seu governo.
Nem a si mesmo ele poupa. Ao falar em avanços na educação em seus dias presidenciais, ele disse que “um semianarfa” criou mais universidades que todos os doutores que o antecederam.
Só alguém muito seguro de si, e com muito humor, poderia se autodefinir como um “semianarfa” num país em que o diploma é tão endeusado.
Lula tem outra característica que deveria ser imitada por mais gente, à direita ou à esquerda: procura não deixar divergências políticas envenenarem relações pessoais.
Por isso ele toma cuidado com as palavras. Ao contrário de muitos militantes petistas, jamais chamou Eduardo Campos ou Marina de “traíras”, por exemplo.
Essa atitude conciliadora pode, sob uma certa ótica mais rigorosa, ser vista como uma espinha mais dobrável que a desejável.
Num exemplo de como isso pode ser controverso, Lula não apenas compareceu ao enterro de Roberto Marinho, que tanto fez para prejudicá-lo, como proferiu um elogio a ele à beira do caixão e decretou luto oficial de três dias.
Essa campanha tem sido pautada por agressões pessoais. Marina disse que tem sido tratada como “exterminadora do futuro”, mas parece ter esquecido que afirmou que o PT colocou “ladrões para assaltar a Petrobras”.
A culpa pela alta tensão da disputa pela presidência jamais poderá ser atribuída a Lula.
Ao contrário, com sua irreverência loquaz, ele desanuvia o cenário.
Muito se falado legado social de Lula, e esta é uma verdade incontestável.
Os brasileiros ganhariam também se prestassem atenção em outro legado subestimado: o humor na política.
(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).
Paulo Nogueira
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.
 
FONTE DCM

Concentração de renda cresce pela 1.a vez desde 2004, mostra Pnad





A concentração de renda no Brasil aumentou ligeiramente no ano passado pela primeira vez desde 2004, enquanto a taxa de desemprego voltou a subir devido à pequena abertura de vagas, mostrou a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (Pnad), divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE.
O rendimento médio do trabalhador brasileiro ocupado, segundo o estudo, subiu 5,7 por cento em 2013, para 1.681 reais, ante 1.590 reais em 2012, mas o avanço foi desigual. A renda dos mais ricos avançou em um ritmo mais forte que o rendimento dos mais pobres, causando aumento da disparidade de renda.
O movimento foi verificado em todos os recortes feitos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), seja pela renda do trabalho, pela renda domiciliar ou pela renda de todas as fontes, que inclui programas de transferência de renda, pensão, aposentadoria e aluguel.
O índice Gini, que mede a concentração de renda, avançou para 0,500 em 2013, ante 0,499 no ano anterior. Pelos critérios do indicador, quanto mais perto de zero menor é a desigualdade de um país. Em 2011, o Gini calculado com base no rendimento domiciliar mensal foi de 0,501.
“Os três recortes mostram uma estabilidade do Gini desde 2011. Para o índice melhorar, as pessoas das camadas mais pobres precisariam ter aumentos superiores aos demais. Não vimos isso e, por isso, não vemos movimentação (na concentração)”, avaliou a economista do IBGE Maria Lúcia Vieira.
A renda média dos 10 por cento mais pobres subiu 2,17 por cento para 470 reais. Por outro lado, a renda média dos 10 por cento mais ricos avançou 4,4 por cento, a 11.758 reais.
Segundo ela, o que mais chama a atenção é que o Gini “está praticamente parado” há três anos no país (2011, 2012 e 2013).
“Antes, o que se via eram quedas importantes a cada ano no Gini e não se vê mais isso. Não dá para dizer que houve melhora ou piora, mas estamos numa mesma condição desde 2011”, acrescentou.

IBGE -PNAD

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

PSB estimula delação nas redes sociais

247 – O advogado do PSB de São Vicente Jefferson Teixeira postou uma lista no Facebook das pessoas que teriam ofendido o deputado Márcio França, quando na verdade apenas teceram críticas, em comentário contra a presidente Dilma Rousseff. “Se você tiver informações que ajudem a localizar essas pessoas, me ajudem!”, diz. Leia o artigo de Diogo Costa sobre o assunto, publicado no GGN:
PSB estimula sociedade de delatores nas redes sociais
Esta prática abominável de estimular a delação relembra as piores ditaduras totalitárias que a humanidade já conheceu. Pois bem, o advogado do PSB, que cumpre este torpe papel, chega mesmo a oferecer "recompensas" para que as pessoas delatem informações sobre as pessoas que o PSB expõe criminosamente nas redes sociais.
Que o PSB nunca foi socialista chega a ser uma obviedade. Mas que o PSB se utiliza de práticas totalitárias, fascistas e nazistas, como este instituto da 'delação recompensada', para mim é novidade.
Isto tem que ser denunciado, isto é uma prática que cabe em ditaduras totalitárias, não em uma democracia como a que estamos construindo no Brasil. Imaginem se amanhã ou depois volta uma ditadura no Brasil... Estes sádicos perseguidores seriam os primeiros a insuflar e recompensar delatores! Foi assim que muita gente acabou morta, torturada e foi assim também que muita gente teve seus corpos ocultados até os dias de hoje.
Lamento profundamente que o PSB estimule este comportamento canalha, calhorda, safado e sem vergonha por parte dos seus advogados. E lamento não porque tenho amigos incluídos nesta porca listagem, mas porque lamentaria em qualquer situação.
 FONTE:
http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/135037/PSB-estimula-dela%C3%A7%C3%A3o-nas-redes-sociais.htm

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

O brasileiro, o Estado e o (des)respeito às instituições.

O brasileiro, o Estado e o (des)respeito às instituições.

E aquela história de "homem cordial"?

Publicado em . .
O episódio da vaia à Presidente da República na abertura da Copa do Mundo-2014 expôs um lado hostil e revanchista do brasileiro que, cada vez menos crente no valor fundamental das instituições políticas e republicanas, faz-se indiferente e menos cordial.
Pouco menos de dois meses após o fim da Copa do Mundo no Brasil, pego-me pensando nas ideias do Contrato Social, nos ideais republicanos, no princípio da divisão dos poderes numa nação e no quanto tudo isso deveria ser destacado e reconhecido pelo povo brasileiro.
Desde o início se dizia que a Copa do Mundo seria a vitrine do Brasil e do povo brasileiro para o exterior. Faria o Brasil mais e melhor conhecido pelo mundo lá fora e, por isso – e dentre tantas outras promessas – era assaz importante o apoio popular à sua realização.
E agora, passado o tempo, o impacto e a euforia, lembro-me do texto que segue:
“Já se disse, numa expressão feliz, que a contribuição brasileira para a civilização será de cordialidade – daremos ao mundo o ‘homem cordial’. A lhaneza no trato, a hospitalidade, a generosidade, virtudes tão gabadas por estrangeiros que nos visitam, representam, com efeito, um traço definido do caráter brasileiro, na medida, ao menos, em que permanece ativa, fecunda a influência ancestral dos padrões de convívio humano, informados no meio rural e patriarcal.”
Assim, Sérgio Buarque de Holanda começa o trecho em que cunhou a expressão que lhe fez mais famoso, até que passasse de festejado autor de “Raízes do Brasil” a “pai de Chico Buarque de Holanda”, como ele mesmo, Sérgio, assumiu. O brasileiro seria o “homem cordial”.
O início da Copa do Mundo no Brasil mostrou totalmente o contrário. Ao contrário do que possa parecer.
Futebol à parte, em tempos em que se discutem a violência e as injúrias raciais (insistentemente chamadas de “racismo” pela imprensa) nos Estádio de Futebol, lembro que naquele dia do primeiro jogo da Copa do Mundo, vários foram os momentos que me incomodaram. Um desses momentos foi aquele em que a torcida brasileira vaiou o time croata na medida em que o esquadrão ia entrando em campo. E daí a gente vê que, pelo menos nessa geração atual de brasileiros, se há algo que não se pode dizer de nós, é que sejamos cordiais.
No papel de país anfitrião, o mínimo que a torcida – cordial – deveria fazer era aplaudir o time croata de modo a que se sentissem bem-vindos ao nosso país para disputar uma partida de futebol e não uma guerra. Mas cadê a hospitalidade. O curioso é que o próprio autor, a certa altura, afirma nesse mesmo “Raízes do Brasil” que “Seria engano supor que essas virtudes possam significar ‘boas maneiras’, civilidade. São antes de tudo, expressões legítimas de um fundo emotivo extremamente rico e transbordante.”
Dentro desse jeito emotivo de ser, o brasileiro é desrespeitoso. E ainda que possam haver aqueles que se queixem do mau hábito da generalização, bem me lembro que, no momento da vaia, eram mais de 60 mil pessoas as pessoas que vaiavam.
Dessa mesma data, também podemos nos lembrar do episódio em que um brasileiro se “sentiu no direito” de quebrar o dedo de um argentino que se recusou a soltar a bandeira de seu país.
Sérgio Buarque de Holanda ainda disse que:
“No ‘homem cordial’, a vida em sociedade é, de certo modo, uma verdadeira libertação do pavor que ele sente em viver consigo mesmo, em apoiar-se sobre si próprio em todas as circunstâncias da existência. Sua maneira de expansão para com os outros reduz o indivíduo, cada vez mais, à parcela social, periférica, que no brasileiro – como bom americano – ter a ser a que mais importa. “
Não raro, o ajuntamento de certo grupo de torcedores dá ensejo a reuniões cujo fim tende à desordem, violência, balburdia e tantas outras condutas condenáveis pelo “homem médio”, quanto mais pelo “homem cordial”.
Ao longo da experiência da Copa do Mundo, assistimos estupefatos os torcedores japoneses recolherem os lixos dos estádios, europeus respeitando assentos e filas, como se tudo fosse uma conduta estranha a nós brasileiros. Mas bastava que saíssemos às ruas após cada jogo do Brasil, para que víssemos o resultado de toda “comemoração” dos brasileiros. Lixos e mais lixos lançados ao chão em meio a garrafas quebradas no meio das ruas e calçadas.
É necessário lembrar que éramos os anfitriões? Mostramos mesmo o homem cordial?
Não raro, nos deparamos com torcedores que parecem realmente crer em frases do tipo da que diz que ganhar roubado é mais gostoso. É esse mesmo brasileiro que vai às urnas e que cobra o fim da corrupção? A Copa do Mundo poderia ter sido o momento perfeito a ser aproveitado pelo brasileiro pra gritar ao mundo que ele não transaciona com o erro, mas antes, ele execra e acusa todo o erro e todo o mal feito, que ele prefere as coisas limpas. Mas não foi assim... fizeram pior.
Bastou que a imagem de Sua Excelência, a Presidente da República, aparecesse no telão do Estádio para que, os “cordiais brasileiros”, lhe dirigissem impropérios a plenos pulmões para o mundo inteiro ouvir, todos eles tristemente bem relembrados por todos nós.
Que se ressalte que não se pretende exaltar a pessoa civil que ocupa o cargo, ainda que aqueles maldizeres não são próprios a se dizer a quem quer que seja, quanto mais à uma mulher, mãe e avó. Nesse caso, em questão, não importam as divergências que se tenha com a pessoa da presidente ou com o partido e governo que ela representa: ali, naquele jogo, era a instituição Presidência da República que se encontrava e essa instituição deveria ser vista pelo povo com status semelhante à sacralidade religiosa, até como modo de que esse mesmo povo fosse mais zeloso na hora de escolher seu ocupante. A instituição Presidência da República deveria ser reverenciada e respeitada pelo povo. Não a sra.  Dilma Vana Roussef. Não. Mas sim, a representante maior do Estado brasileiro.
De certo que o mesmo respeito “sacro” deveria ter o eleito ao cargo que representa, de maneira a honrá-lo, não só enquanto instituição, mas também, naquilo que diz respeito à confiança que lhe fora depositada pela maioria do povo. Uma vez que houvesse o Estado cuidando do povo que, por sua vez, fiscaliza o Estado, harmonizaríamos as relações recíprocas de maneira tal que o fim das desigualdades sociais e regionais deixasse de ser “apenas” um objetivo do Estado Brasileiro e se tornasse uma realidade que tingisse de boa sorte toda a sorte de brasileiros.
Por ora, o que se vê é o oposto de tudo. O brasileiro cada vez mais descrente do Estado e suas instituições, fazendo-se indiferente à necessidade de mudanças urgentes no quadro político nacional; de outro lado, confortáveis nas cadeiras que julgam mais suas do que do povo, aqueles que deveriam atender os interesses de uma nação, não se furtam a cuidar dos próprios interesses. E nisso de um não ligar pro outro, a desordem cada vez maior parece sempre próxima e inevitável.
Oxalá Sérgio Buarque ainda se faça certo no futuro que vem. Bom seria se aprendêssemos a receber, a vindicar, a escolher e a suportar consequência, mas sempre no afã de melhorarmos. Porém, em um país em que a devolução de uma carteira de dinheiros achada em algum local público é matéria de destaque, a cordialidade parece ser cada dia menos regra e mais exceção.

Autor

  • William Ricardo Grilli Gama

    Advogado, Professor de Direito Processual Civil na Unesc-Faculdades Integradas de Cacoal/RO, Especialista em Direito Constitucional e Docência no Ensino Superior.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Sininho ao CdB: “A mídia corporativa perdeu totalmente a credibilidade”


Por Gilberto de Souza - do Rio de Janeiro





A cineasta Elisa Quadros, a Sininho, falou com exclusividade ao Correio do Brasil
A cineasta Elisa Quadros, a Sininho, falou com exclusividade ao Correio do Brasil
Impactada por uma série de reportagens nos veículos de comunicação controlados pelas Organizações Globo e demais segmentos da mídia conservadora, sem uma apuração mais efetiva do que realmente ocorreu durante uma entrevista coletiva no sindicato dos jornalistas do Rio de Janeiro, sexta-feira passada, uma parcela dos profissionais sindicalizados lançou um manifesto pela destituição da diretoria liderada pela presidente da instituição, a jornalista Paula Mairán. No centro das manifestações que inundam as redes sociais, ao longo dos últimos dias, a cineasta e ativista social Elisa Quadros, a Sininho, encarnou o repúdio de parcela do público que acompanha a saga dos manifestantes presos, após a perseguição policial com apoio do Judiciário, que se segue há mais de um mês.
Avessa a entrevistas, Elisa Quadros tem evitado o contato com a imprensa desde o últimos eventos, no auditório do sindicato dos jornalistas, no Centro do Rio, principalmente por criticar a forma tendenciosa como os veículos da mídia corporativa tratam o assunto, em uma tentativa de criminalizar os movimentos sociais e de transformá-la em uma espécie de ‘terrorista’, em pleno estado democrático, por parte das forças da direita; ou como uma ‘selfie ativista’, como a definem setores da esquerda organizada, por integrar grupos que abrigam os black blocs, entre outros manifestantes mais radicais.
Ao Correio do Brasil, no entanto, por sua reconhecida independência e equidistância jornalística diante dos temas mais polêmicos, Elisa Quadros concedeu uma longa entrevista, na qual pontua os fatos que levaram os setores mais conservadores dos jornalistas sindicalizados a promover o levante contra Mairán. Na conversa com a reportagem do CdB, Sininho lembrou que a edição dos fatos gravados no auditório do sindicato teve o claro objetivo, mais uma vez, de atirar os manifestantes contra os jornalistas. Ela lembrou o que disse, na ocasião:
– A gente sabe que não é o profissional em si, mas a forma nojenta que tudo está sendo manipulado quando chega lá no editor-chefe e quando sai (é publicado) é a mesma coisa que a polícia em si, que sai batendo na gente.
Elisa Quadros, na entrevista exclusiva ao CdB, frisou que a coletiva de imprensa ocorreu apenas algumas horas depois que ela foi liberada do presídio Bangu 8, na Zona Norte do Rio, onde esteve presa por 12 dias. A angústia da prisão e a tensão, na hora da saída do presídio, em meio a um tumulto provocado pela ação dos fotógrafos e cinegrafistas que lutavam por uma imagem dos recém-libertos, acirrou os ânimos.
– Eu, como milhares de pessoas presas, sofremos todos os tipos de violência. Felizmente, não sofri violência física em si, mas presenciei torturas (no presídio) por frio e da fome. O Complexo de Bangu é extremamente frio, e todos que entram lá, para entenderem bem que a partir daquele momento estão sob custódia do Estado, têm sua vida, direitos e liberdades individuais esfacelados. Sua vida não lhe pertence mais – afirma.
– Quando a senhora e demais manifestantes presos ganharam a liberdade, foi gravado um vídeo no qual apareciam assediados por fotógrafos e cinegrafistas. Responsável por sua defesa perante a Justiça, o advogado Marino D’Icarahy afirmou que havia pedido para que, naquele momento, a imprensa se mantivesse a uma distância segura, como forma de não constranger os ativistas. A senhora pediu para não ser fotografada ou entrevistada naquele local?
– Eu imaginei que haveria muitos jornalistas lá fora esperando a nossa saída, mas não imaginava tamanho assedio. Estava presa, nervosa, esperando notícias do que iria acontecer com a minha vida. Nunca imaginei que haveria tanta confusão. A mídia inteira passou que “manifestantes mais uma vez atacaram jornalistas”, mas não mencionaram que aqueles manifestantes tentavam proteger as pessoas que estavam fragilizadas, na saída da prisão. Eu recebi um soco no rosto que só não me acertou em cheio porque o braço de um dos companheiros estava me protegendo. Minha mãe foi empurrada e só não foi ao chão porque tinha tanta gente tentando me fotografar que ela se segurou em alguém. São essas coisas que me chateiam, quando vejo o que a mídia conservadora está tentando fazer. Sempre colocam somente um lado e como já disse antes, é uma relação de confiança e, com certeza a mídia corporativa já perdeu totalmente a credibilidade, por distorcer tantas coisas ao longo da história, ao longo de todos esses meses, desde a remoção da Aldeia Maracanã em março de 2013.
– A senhora sabe que uma parte dos jornalistas sindicalizados se ofendeu com a manifestação promovida por ativistas, na sede do sindicato, durante aquela coletiva. A impressão que ficou foi a de que tentaram agredir ou expulsar jornalistas do recinto. Foi isso o que ocorreu?
– Fui naquela coletiva por respeito à direção (do sindicato dos jornalistas) que vejo lutando muito pela democratização da mídia brasileira. Tiveram pais que deram depoimentos sofridos e nenhum deles, quase, foi publicado. Sabemos que estamos vivendo um momento de tensão da mídia versus manifestantes. Mas isso sempre foi assim. Enquanto o jornalista não tiver a liberdade para escrever a sua própria matéria, sem cortes e edições manipuladas, vamos ter tensões, mas isso não significa que os queiramos mal… Ao contrário, conheço diversos jornalistas e os respeito mas, nesse caso, a mais desrespeitada tenho sido eu, por parte da mídia conservadora, sendo criminalizada e, sinceramente, penso ser uma falta de respeito inverter os valores em relação a essa realidade. Respondi o que pude, ainda estava abalada e não vou me sacrificar mais ainda para satisfazer aos grandes empresas de comunicação.
 FONTE:
http://correiodobrasil.com.br/noticias/brasil/sininho-ao-cdb-a-midia-corporativa-perdeu-totalmente-a-credibilidade/719837/?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=b20140802.