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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

As disfunções dos neurotransmissores não são legais...

O desconforto ronda a mente do doente emocional ou daqueles que tem disfunções de neurotransmissores como eu tenho, como se o amanhã não fosse possível de acontecer. Tudo deveria ser hoje.


Porque amanhã pode não dar mais tempo.

Quem escangalhou meus neurotransmissores e me trouxe essa dependência de fobias diversas?

Dizem que foi a genética. Mas eu nem sabia quem era essa dita cuja quando já sofria os preconceitos. Deveria ter sido avisada antes, quem sabe me preparasse para tal desdita, ou quem sabe avisasse antecipadamente a todos que não sabiam do que tratava quando a Fobia Social me empatava de sair de casa...

E por isso o estigma vinha primeiro que a amizade.

Tenho dó de qualquer pessoa que não tenha seus medos reconhecidos e tratados. Tenho raiva dos estigmas. Dos rótulos. Dos preconceitos.

Mas agradeço os pesquisadores que lado a lado com a ciência buscam esclarecer a sociedade e dizer a todos que não temos culpa. Que somos vitimas desse sistema dentro do nosso circuito cerebral.

Se laboramos de maneira igual aos outros, se produzimos, pensamos, criamos como pessoas comuns porque nos penalizam se não desejamos a sociabilidade com grupos físicos?

Somos frágeis como a seda, rasgáveis, leves e possíveis de sermos carregados por um turbilhão que também nos mete medo e nos aprisiona.

Só desejamos compreensão.

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