Foi consensual, e negativa, a reação dos principais jornais do mundo ao processo de impeachment no Brasil; para o espanhol, a presidente Dilma Rousseff foi afastada "sem provas"; o alemão Die Zeit disse que o Brasil se tornou um país de "democracia fraca", o que gera preocupação para a Rio 2016; o francês Le Monde destacou o caráter misógino da equipe do presidente interino Michel Temer; o britânico The Guardian pontuou que o sistema político corrupto do Brasil é que deveria ser julgado – e não a presidente honesta; para o New York Times, a pena imposta a Dilma foi desproporcional; o britânico Financial Times elogiou a equipe econômica; com isolamento no mundo, Temer conta com a boa vontade das empresas familiares de mídia no Brasil
247 – A
imagem do Brasil no mundo vive hoje seu ponto mais baixo em muitas
décadas. O Brasil não é mais o país que eliminou drasticamente a pobreza
e se consolidava como uma das democracias mais sólidas do mundo,
elegendo um presidente operário e, em seguida, a primeira mulher para o
comando da República.
Agora, o Brasil é, aos
olhos do mundo, uma república bananeira, onde um Congresso corrupto,
liderado por um presidente afastado, com milhões escondidos na Suíça, se
uniu para afastar uma presidente honesta.
Esse é o tom dos
editoriais dos principais jornais do mundo. A reação ao golpe
parlamentar no Brasil foi praticamente consensual – e negativa.
Na Alemanha, a reação foi
unânime. O Die Zeit agora classifica o Brasil como um país de
"democracia fraca", o que representa uma ameaça para a realização dos
Jogos Olímpicos de 2016.
Para o espanhol, a
presidente Dilma Rousseff foi afastada "sem provas". O francês Le Monde
destacou o caráter misógino da equipe do presidente interino Michel
Temer, com seu ministério sem mulheres, composto apenas por homens
velhos e ricos.
Segundo o britânico The Guardian, o sistema político corrupto do Brasil é que deveria ser julgado – e não a presidente honesta.
Para o New York Times, a
pena imposta a Dilma foi desproporcional. Já o britânico Financial
Times elogiou a equipe econômica, liderada por Henrique Meirelles.
Com isolamento no mundo, Temer conta com a boa vontade das empresas familiares de mídia no Brasil.
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