Um livro que é a vergonha do Brasil
10 de janeiro de 2014 | Autor: Fernando Brito

O livro Operação Banqueiro, de Rubens Valente, é um deprimente retrato do Brasil das elites.
Um mundo de investidores, governantes, operadores de dinheiro, polícia, juízes – de todos os níveis – e dinheiro, muito dinheiro público.
Algo que, em qualquer país do mundo onde houvesse um Judiciário brioso, abalaria a República e aposentaria, de vez, muitos de seus pró-homens.
É a história de como Daniel Dantas, aquele a quem um dia Fernando Henrique Cardoso chamou de “brilhante” construiu seu império.
E como esta construção esteve intrinsecamente ligada ao processo de privatização do patrimônio público.
Curiosamente, este personagem esteve na periferia do momento inaugural do mando neoliberal sobre o mundo: o Consenso de Washington.
Fazia parte de um formigueiro de economistas que se dispunha a traçar novos túneis – mais amplos e mais diretos – para a acumulação de capitais.
Daniel Dantas, a rigor, jamais foi um empresário, mas um financista. Seu mundo não era o da produção, das fábricas, dos empregados, dos produtos e matérias primas reais.
O de fazer dinheiro do dinheiro alheio: tanto dos que a ele entregavam seus capitais – adquiridos à luz e à sombra – pelo favoritismo, pelas pressões, pelos desvãos obscuros do poder e da grana.
E se Daniel Dantas não foi (e não é) um empresário, mais custa a dizer que seja brasileiro.
Seu negócio nunca foi o Brasil ou seu desenvolvimento.
O Brasil sempre foi, ao contrário, o corpo inerte do qual se devia sugar e levar.
E é assim, ainda.
Neste sentido, Daniel Dantas certamente é brilhante.
Sua luminosidade revela um submundo que quase, quase foi iluminado para que a Nação o visse.
Uma possibilidade que acabou pelas mãos de Gilmar Mendes e o nosso inquestionável STF, que mergulhou nas sombras a Operação Satiagraha.
Assassinada a golpes de habeas-corpus, seus herói viram-se convertidos em bandidos levados às barras do tribunal.
Escaparam, é certo, mas a condenação foi a todos os que se atreverem – no jornalismo ou nos cargos públicos – a penetrar nesse serpentário financeiro: “não façam mais isso, ouviram?”
O livro é imperdível e me consome há dias.
Dele, trago a sinopse do editor, aqui. Mais tarde, alguns trechos, para que todos entendam o quão grave é o que se descreve.
E a entrevista de Sérgio Lírio, de CartaCapital, com o autor:
“Sem Gilmar Mendes, Daniel Dantas não conseguiria reverter o jogo”
Com 24 anos de carreira, Rubens Valente é um dos repórteres mais premiados do Brasil. Rigoroso na apuração dos fatos, fiel na interpretação dos acontecimentos, construiu uma carreira respeitada no jornalismo. Durante mais de dois anos, Valente se dedicou à investigação que resultou no livro “Operação Banqueiro” (462 páginas, R$ 44,90, Geração Editorial), um mergulho nos documentos e bastidores da Satiagraha. O subtítulo da obra resume o conteúdo escrito com habilidade e independência: “Uma trama brasileira sobre poder, chantagem, crime e corrupção. A incrível história de como o banqueiro Daniel Dantas escapou da prisão com apoio do Supremo Tribunal Federal e virou o jogo, passando de acusado a acusador”. A análise do livro pode ser lida na edição impressa de CartaCapital que chega às bancas nesta sexta-feira 10. Na entrevista a seguir, Valente fala do papel do então presidente do STF, Gilmar Mendes, na campanha contra a operação policial e a favor de Dantas e desmonta algumas versões mentirosas alimentadas com o único intuito de anular a condenação do banqueiro a 10 anos de prisão por suborno.“Operação Banqueiro” é uma ode à verdade factual e presta um grande serviço à democracia e ao jornalismo.CartaCapital: Na sua longa carreira de repórter, você se lembra de uma operação tão peculiar quanto a Satiagraha?
Rubens Valente: O aspecto mais grave foi a interdição da investigação, a impossibilidade de as autoridades levarem a apuração inteira até o final. Em termos gerais, a regra do jogo do processo penal no Brasil é simples: o delegado aponta evidências, o procurador acusa ou não, o juiz julga. Ao longo do processo, o réu se defende. Em caso de inocência, após o processo o réu pode buscar a punição dos responsáveis por um eventual erro judicial. Mas no caso da Satiagraha, o delegado foi proibido de investigar e o juiz foi impedido de julgar. O sistema foi brutalmente bloqueado, de modo a não funcionar, a não concluir sequer a apuração inicial. Ao longo de 24 anos como repórter, li e acompanhei algumas dezenas de inquéritos policiais. Mas nunca vi uma inversão de fatores tão dramática e na dimensão deste caso. Eu só posso qualificar o rumo dos acontecimentos como espantoso. Que dizer de um cidadão que não chega a ser julgado, mas em poucos meses passa a acusador em um processo contra o próprio delegado e o próprio juiz que o prenderam? É o sonho de todo investigado. As instituições estão em risco quando um acusado consegue impedir que a atribuição de um fato criminoso seja devidamente apurada até o fim pelos órgãos públicos. O bloqueio da Satiagraha foi um dos principais motivos do meu empenho neste livro, inclusive financeiro, pois todos os gastos, incluindo as viagens a três capitais e cópias de documentos, foram bancados com as minhas próprias economias.
CC: Daniel Dantas não só conseguiu anular na Justiça a operaçao como leis e regras judiciais foram mudadas depois da ação policial, entre elas o uso de algema (a Lei Dantas), que passou a ser disciplinado. De onde provém tanto poder?
RV: Até 2010, o Opportunity sequer constava nas listas de doadores das principais campanhas eleitorais registradas na Justiça eleitoral. Estranho que uma empresa com tantas relações no meio político não tenha colaborado para eleições até aquele ano. Mas certa vez um advogado de Dantas o descreveu como um indivíduo com boas relações com o Congresso, com os poderosos, uma pessoa “que se vira”. De fato, as relações de Dantas com políticos parece ser um traço fundamental na sua trajetória. Mas isso não explica tudo. No livro procurei descrever as relações de amizade e acadêmicas de advogados de Dantas e do banco Opportunity com o ministro do Supremo Gilmar Mendes. Que durante a presidência do STF disse abertamente se opor ao que chamava de abusos do Ministério Público e da Polícia Federal. As coisas se juntaram. Sem Mendes na presidência do Supremo, nem todo o prestígio de Dantas teria sido capaz de reverter o jogo de forma tão espetacular. A alteração de regramentos se deveu ao empenho pessoal de Mendes, que chegou a convocar um “pacto social” e chamar o presidente da República “às falas”. Ele se tornou um ator fundamental no processo de desqualificação da Satiagraha. Partiu do Supremo o vazamento de um relatório, depois desmontado pelos fatos, que sugeria a existência de grampo sobre autoridades do tribunal. E partiu de Mendes a decisão de acolher a tese de que o juiz Fausto De Sanctis havia se “insurgido” contra o Supremo pelo simples fato de ter ordenado uma segunda ordem de prisão contra Dantas. Como se um juiz não pudesse julgar de acordo com sua consciência. A ideia de uma suposta “rebeldia” comoveu outros ministros do STF, que chegaram a falar em “união” em defesa do tribunal. Como se o Supremo fosse um clube no qual os filiados devem “defender” uns aos outros, e não meramente analisar fatos e provas.
CC: A introdução de “Operação Banqueiro” cita excessos e equívocos do delegado Protógenes Queiroz. Essas falhas eram suficientes para anular o processo?
RV: A defesa do banqueiro se aproveitou dessas falhas. Mas o delegado muito mais acertou do que errou. Ele acertou ao elaborar e colocar em prática um plano que levou à documentação da oferta de suborno e à apreensão do dinheiro que seria usado como propina para ele e outro delegado do caso. Foi uma situação arriscada, que ele soube concluir com sucesso. Acertou ao conseguir uma ampla interceptação de telefones e de comunicações por internet com ordem judicial que trouxe evidências importantes para a investigação. Acertou ao não se dobrar às dificuldades do inquérito, que tratava de temas variados e de certa complexidade técnica. Esses méritos, porém, foram ofuscados pela intensa campanha de desmoralização que ele e a Satiagraha sofreram em diversos níveis e por diferentes meios. Seus erros, por mais banais, acabaram amplificados à exaustão. Por quê? Porque ele era a peça mais fraca do inquérito, havia sido abandonado à própria sorte pela sua instituição, a Polícia Federal. Qualquer jornalista com alguma experiência em processos judiciais sabe que todo e qualquer inquérito policial, todo e qualquer, repito, contém certa dose de erros, imprecisões ou conclusões sem rigorosa base nos fatos. Mas o trabalho de um delegado é apenas uma parte do processo. O sistema judicial possui freios e contrapesos que permitem que as opiniões do delegado sejam verificadas por outras instâncias, a saber: o Ministério Público, o juiz e os advogados dos réus. O beabá de um advogado criminalista é descobrir esses erros e, por meio deles, tentar obter alguma vitória judicial, na estratégia de convencer o Judiciário sobre as “ilegalidades” da polícia. O jornalista isento que ler com paciência o inquérito da Satiagraha vai concluir que os erros cometidos pelo delegado ao longo da operação, talvez o principal deles tenha sido pedir a colaboração de agentes da Abin sem um respaldo superior da direção da Polícia Federal, jamais teriam a capacidade de levar à anulação da operação. Em situações normais de temperatura e pressão, seus erros poderiam ser censurados e corrigidos, mas não teriam qualquer repercussão em termos de legalidade.
CC: Ao longo da apuração, você encontrou alguma prova ou indício de que o então presidente do STF, Gilmar Mendes, ou algum integrante do tribunal foi grampeado pela Policia Federal ou pela Abin?
RV: Sob vários pontos de vista (jornalístico, técnico, jurídico e mesmo ético), não é mais possível aceitar que essa suspeita continue a ser veiculada como fato, pois todas as imensas e complicadas investigações desencadeadas por diferentes órgãos públicos jamais localizaram qualquer prova material de grampo telefônico ou ambiental sobre qualquer ministro do STF. Eu cuidei de verificar esse ponto quase à exaustão. Ouvi com atenção e a necessária dose de desconfiança integrantes da Operação Satiagraha, li as conclusões das investigações policiais, vi os laudos do material apreendido. Não há uma linha sequer sobre constatação de grampo contra autoridades do Supremo. Esses são os elementos concretos que integram o processo. Fora disso, só mesmo a paranóia, alimentada por um estranho silêncio das autoridades encarregadas de verificar a existências desses supostos grampos. A Polícia Federal e a Procuradoria Geral da República sabem muito bem que não existe prova alguma dos grampos, mas até hoje, mais de cinco anos depois, jamais vieram a público fazer o desmentido cabal. Nunca prestaram contas das investigações. Esse ato de transparência deveria ter ocorrido há muito tempo, pois instituições e figuras públicas foram colocadas em xeque.
CC: E quanto as supostas ilegalidades cometidas pela Abin?
RV: Li e reli várias vezes os diversos depoimentos e documentos que integram a Satiagraha e o inquérito aberto para apurar a participação da Abin. A única conclusão possível é que a Abin não usurpou o papel de investigação consagrado pela Constituição às polícias. A Abin não interceptou nenhum telefonema, não tomou nenhum depoimento e não requisitou ao juiz do caso nenhuma medida de qualquer natureza. Em suma, os agentes da Abin em momento algum conduziram o inquérito. Por todo o tempo a investigação continuou presidida pela autoridade policial, com a devida fiscalização do Ministério Público e sob os olhares do Judiciário. O papel dos agentes da Abin se restringiu a acompanhar e fotografar alvos nas ruas, ler emails interceptados por ordem judicial, transcrever conversas interceptadas com ordem judicial. Ou seja, era um papel meramente auxiliar. Um trabalho braçal. No pen drive do delegado Protógenes foram apreendidos também documentos em word produzidos por agentes da Abin sobre algumas autoridades. Esses papéis, que incluem dados delirantes e informações de difícil comprovação, jamais foram anexados à Satiagraha. São imprestáveis como prova, tanto que o delegado não os juntou ao inquérito. E foi apenas esse o papel da Abin. Por que a eventual participação de agentes da Abin em certo ponto do inquérito poderia ser capaz de anular a operação inteiraa? Não há uma única participação, nem mesmo lateral, de agentes da Abin no episódio do suborno de dois delegados federais. A alegação de que a mera e pontual ajuda de alguns agentes da Abin em qualquer ponto da investigação seja capaz de anular um processo inteiro é inteiramente risível. É, na verdade, um tapa na cara dos cidadãos brasileiros pagadores de impostos e cumpridores das leis. Os advogados falam na teoria importada dos EUA dos “frutos da árvore contaminada”. Diz a tese que um processo gerado por uma prova ilícita deve ser anulado pelo vício na origem. Ocorre que a participação dos agentes da Abin n Satiagraha nada teve a ver com a origem do processo, foi sempre posterior, e portanto a teoria é totalmente inválida.
CC: Dantas já foi condenado fora do Brasil. Cortes britânicas e norte-americanas se referiram a ele em termos duros e o acusaram de fraude, entre outro crimes. No Brasil, a despeito da anulação posterior (agora em analise no Supremo), ele foi condenado em primeira instancia por suborno. Seu nome também tem sido citado nos principais escândalos da era FHC e Lula. Ele continua, porém, a ser tratado em diversos círculos e por considerável parcela da mídia como um “empresário polêmico”. E apenas isso. Pelo seu livro, conclui-se que ele e mais do que polêmico, certo?
RV: Dantas e o banco Opportunity aparecem referidos em diversos escândalos nos últimos anos: grampos do BNDES e as privatizações, caso do extinto banco Banestado, investigação privada da Kroll e a Operação Chacal, CPI dos Correios e o mensalão e, por fim, a Operação Satiagraha. Essa sequência de acontecimentos coloca o banqueiro como um dos principais personagens da história brasileira contemporânea. Tratá-lo como “polêmico” é um resumo pobre e impreciso. Ele foi acusado e investigado não por suas supostas “polêmicas”, mas por fatos e atos que podem e devem ser averiguados.
CC: As relações de Dantas com o PSDB foram retratadas em varias reportagens e livros ao longo das ultimas décadas. “Operação Banqueiro” acrescenta novas e interessantes provas dessa relação umbilical. O banqueiro, por outro lado, sempre se declarou perseguido pelo PT, mas os interesses do Opportunity e do partido se entrelaçam na Satiagraha. Você chegou a buscar explicações para os motivos de os petistas terem saído em apoio ao banqueiro e participarem da força tarefa para desacreditar a operação?
RV: A Satiagraha veio a público em abril de 2008, no mesmo período de intensas negociações entre os fundos de pensão ligados ao PT, a telefônica Oi e o banqueiro com vistas à criação da gigante da telefonia BrOi. Havia um interesse público e manifesto do governo na criação da nova supertele, uma operação que acabou possível após um ato do próprio presidente Lula. Creio que as investigações da Satiagraha chegaram num péssimo momento para os interesses do governo, que queria logo concluir aquela fusão. Isso pode ter contribuído para a extrema má vontade do governo em relação ao inquérito policial. Por outro lado, Dantas havia conseguido se aproximar de petistas históricos. No livro procurei descrever o papel de dois desses petistas no processo de criação da BrOi. Houve um segundo fato: em 2008, a Polícia Federal havia incomodado muitos interesses de políticos de vários partidos, incluindo petistas e integrantes da base aliada. E a “tolerância” do PT e do governo em relação à PF havia chegado ao ponto máximo um ano antes, quando uma equipe de policiais invadiu a casa do irmão de Lula na Grande São Paulo. Por sua vez, Lula havia superado, do ponto de vista da sua imagem diante o eleitorado, o trauma da acusação do mensalão, e não estava tão dependente das ações espetaculares da polícia, que davam ao governo um discurso anti-corrupção.
CC: Dantas recorre a uma teoria conspiratória para se defender. Diz-se vitima da união de interesses políticos e econômicos de integrantes do PT, seu desafeto Luis Roberto Demarco e a Telecom Italia. Ele tem usado esse argumento para tentar influenciar processos contra ele no Brasil. Nos últimos anos, ele e seus advogados se referem a um inquérito em Milao que investigou e puniu funcionários da Telecom Italia por espionagem. Esse inquérito sempre é evocado em diversos processos pelo Opportunity. Ao longo de sua pesquisa, encontrou alguma evidência dessa conspiração ou alguma relação entre os processos no Brasil e a investigação italiana?
RV: Tive acesso e verifiquei milhares de páginas que integram a investigação realizada na Itália, incluindo os extensos depoimentos dos principais envolvidos. Como digo no livro, o Opportunity enfrenta sérias e talvez incontornáveis dificuldades para demonstrar uma prova objetiva sobre a alegada corrupção de autoridades do Brasil por funcionários da Telecom Italia de modo a “perseguir” o banco brasileiro. Até o momento, essa hipótese não passa disso, uma simples suspeita sem confirmação. Nos autos há apenas referências indiretas e imprecisas. Mas os advogados do Opportunity passaram a manobrar esse fantasma para relacionar a investigação no Brasil à outra da Itália, exigindo que uma acusação só fosse investigada depois da outra. É como se um motorista atropelasse alguém na rua e, quando encontrado pela polícia, alegasse ao juiz: “Lá na Itália uma pessoa disse que esse delegado que me prendeu aqui está me perseguindo. Então eu só posso ser acusado do atropelamento se antes vocês investigarem esse delegado”. É um argumento juridicamente absurdo. Mas que ganhou guarida em variados meios.
CC: No relatório da Satiagraha, Protógenes Queiroz dedica um capitulo às relações de Dantas com a mídia. Como você definiria essa relação?
RV: O foco do meu livro são as provas, acusações e explicações do caso Satiagraha e não o papel da mídia, embora ela seja um personagem presente em toda a narrativa. Eu também entendi que o debate sobre o papel da mídia na cobertura da Satiagraha havia sido extenso e intenso na internet, por meio de blogs e sites e outras publicações, como CartaCapital, que remaram contra a maré, e por isso eu não precisava gastar páginas que poderiam ser usadas para avaliar outros aspectos do caso. Mas ao longo do livro eu procurei demonstrar diversas imprecisões e enganos divulgados pela mídia que acabaram por ajudar as posições do Opportunity. Outro aspecto notável foi ver que boa parte da mídia não viu nenhum problema na paralisação e anulação do caso Satiagraha, considerando-os fatos quase rotineiros, mas que de banais nada tinham.
VIA TIJOLAÇO
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Em 03/10/2013, Eliseu Leão escreveu:
Legal. Ouvimos sempre a estoria contada pelo caçador e raramente a contada pela caça. --- Faz muito tempo que está girando na internet a mail - ''Os cinco Generais Presidentes'' - relatando a ''pobreza'' deles: Castelo, apenas um apartamento em Ipanema e poucas ações de empresas públicas e privadas -- Costa e Silva bateu as botas deixando um apartamento em construção, em Copacabana -- Garrastazu Médice, dispunha, como herança de família, de uma fazenda de gado em Bagé -- Ernesto Geisel, antes de assumir a presidência, comprou o sítio de Teresópolis -- Figueiredo, depois de deixar o poder, não aguentou as despesas do sítio em Petrópolis. Pensou em vende-lo e ficar com os cavalos pra não sentir o cheiro do Povo. Depois mudou de idéia. Vendeu primeiro os cavalos e depois o sítio, ficando com o apartamento de São Conrado. O autor desse relato quer lembrar aos eleitores ''palhaços'' que estes generais não enriqueceram no poder, ao contrário do Lula, que fez filme com dinheiro público exaltando a propria personalidade, comprou avião de luxo no exterior, saiu de Brasilia com 11 caminhões lotados com moveis e objetos roubados, etc, etc.
Em 03/10/2013, Eliseu Leão escreveu:
O Kruel era coronel mas já tinha talento -- A Escola Superior de Guerra (criada em 1949 por inspiração e com a ajuda dos EUA) foi dirida pelo grupo de entreguistas da ''cruzada democrática'', que obedecendo ordens expressas do governo estadunidense, retirou o General Estilac Leal do Ministério da Guerra (um nome que honra o Brasil e os brasileiros). Com a queda do Estilac Leal a curriola do Eduardo Gomes teve ''mão livre'' pra desencadear a repressão dentro das Forças Armadas sob a orientação direta de oficiais estadunidenses. Transformaram quartéis em locais de tortura de dezenas de oficiais, sargentos, soldados e marinheiros ligados à luta anti-imperialista; oficiais estadunidenses participavam das escoltas que prendiam militares brasileiros!! ------ Alguém pode imaginar uma escolta integrada por militares brasileiros prendendo militares estadunidenses no solo dos EUA?? Basta esse fato pra dar a dimensão da falta de honra, patriotismo e vergonha dos entreguistas que executaram o golpe contra Jango ------ O capitão estadunidense Edgard Bundy, obedecendo ordens do presidente Truman, orientou diligências no Brasil ''dando assistencia'' ao cel. Amaury Kruel na Auditoria incumbida de julgar oficiais ''comunistas'' da FAB (comunistas eram aqueles que defendiam os interesses do Brasil e se opunham aos interesses dos EUA). Fonte: Moniz Bandeira.
Em 03/10/2013, Rubens escreveu:
É, o poder do dinheiro e a falta de dignidade de um comandante do exército brasileiro.
Em 04/10/2013, Eliseu Leão escreveu:
Parece até que foi ntem, 3 de outubro de 1953, a assinatura da Lei 2004 pelo Getúlio Vargas. 60 anos redondos! A Standard Oil do Nelson Rockfeller (que se dependesse de mim é espirito danado, padecendo nas quintas do inferno que nem mesmo a visão mais horripilante de um Hieronymus Bosch conseguiria representar), aliciara deus e todo mundo pra convencer os brasileiros que não existia nenhum petróleo por estas bandas. Quatro anos depois da assinatura da 2004, uma Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara dos Deputados, comprovara que “O Estado de São Paulo”, “O Globo” e “Correio da Manhã” foram bem remunerados pela publicidade estrangeira para moverem campanhas - contra - a nacionalização do petróleo. --- Parece ontem porque a luta continua ainda hoje, como recorda Fernando Brito:. E Brito
grifa: “liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas”…
--- Quanta traição, quanta desonra na ação destes individuos civis e
militares que não merecem a cidadania brasileira nem o nosso respeito;
que juraram de servir ao Brasil... --- E já que estamos falamos da
Lei 2004 pensem no dano que um general como o Eurico Gaspar Dutra,
insignificante intelectualmente, moralmente e fisicamente, causou e
ainda causa ao Brasil. Um cara tão desprezivel que nem merece ser
representado nos horrores das telas do Bosch.
Em 05/10/2013, Flávio Alimandro escreveu:
A grana que esquerdistas receberam de Cuba e outras republicas soviéticas conta não né...
Em 05/10/2013, alderijo bonache escreveu:
O companheiro Flávio Alimandro, também conhece a "história do ouro de Moscou"?
Em 05/10/2013, Flávio Alimandro escreveu:
A "ajuda fraterna"dinheiro que Moscou enviava aos vários PCs no mundo, dinheiro que financiou tentativas de revoluções e derrubadas de governos...Tô sabendo companheiro Alderijo Bonache...mas aí pode né...
Em 05/10/2013, Flávio Alimandro escreveu:
Ou do envio pelos socialistas/comunistas espanhóis de todo o tesouro da Espanha para serem "guardados" na Rússia socialista (URSS) por Stalin, evidentemente esses tesouros jamais foram devolvidos para a Espanha que se tornou a partir dai uma nação pobre.
Em 05/10/2013, Lisalvaro escreveu:
O que essa comissão da MENTIRA quer e desqualificar uma revolução vitoriosa. Ate hoje não se tem noticia de militares ricos, ao contrario de hoje, em que um filho de um ex presidente catador de estrume de elefante, se tornou de uma ora para outra milho nario.
Em 05/10/2013, Clovis escreveu:
Isso lembra o que foi comprovado neste ano, após a liberação de documentos até então secretos do governo britânico. A Espanha não entrou na Segunda Guerra (ao lado dos nazistas) porque os principais generais de Franco foram literalmente comprados pelo serviço secreto inglês.
Em 06/10/2013, Carlos escreveu:
Mas isso era lógico. E depois venderam o Brasil para os EUA.
Em 06/10/2013, Maués escreveu:
Não devemos confundir nem generalizar, a cúpula militar desfechou o golpe a soldo dos mandatários capitalistas, a base da oficialidade cumpriu ordens sem saber os reais objetivos da quartelada. Aos que estão enraivecidos com o corajoso depoimento do major Erimar, eu lembro que: contra fatos não há argumentos!
Em 06/10/2013, Fernando escreveu:
Fico realmente impressionado que depois passados tantos anos e com tantos livros publicados pela direita e também pela esquerda, que as pessoas parecem não ter qualquer capacidade de discernimento para entender, apesar das provas contundentes que estão aí que o golpe militar de 64 assim como os demais golpes ocorridos na américa latina forma todos uma iniciativa dos norte-americanos no sentido de "impedir ou evitar" que o comunismo ou o "MAL CUBANO" se espalhassem por aqui, mas que na verdade esta era uma iniciativa para que eles simplesmente ampliassem enormemente o seu poderio econômico e financeiro. Os norte-americanos sempre viveram a ainda vivem explorando a tudo e a todos, mas antes da segunda guerra era um país como outro qualquer, sem eira nem beira. Este é um assunto muito amplo, entretanto meu caríssimo Mario Augusto, mais uma vez parabéns pela matéria. A corrupção campeia em todo o poder. Talvez poderíamos citar num primeiro momento dois presidentes que sobreviveram ilesos a este ataque: Allende e agora nosso Jose "Pepe" Mujica, o resto é o resto!
Em 07/10/2013, Eliseu Leão escreveu:
Confirmando o leitor Fernando --- «Numa reunião de embaixadores da America Latina, em 1950, George Kennan disse que a maior preocupação dos EUA é com ''a proteção das nossas (isto é, da A.Latina) matérias-primas. Devemos combater a heresia que está se espalhando: a idéia de que um governo tem responsabilidade direta pelo bem do povo. Isso é comunismo, seja qual for o lado politico dos que a defendem. Essa gente pode formar grupos de auto-ajuda, baseados na Igreja, ou coisas desse tipo, mas se eles apoiarem tal heresia, são comunistas.» Pau neles. E explicou como agir: «... repressão policial dura do governo local. Isso não é vergonhoso, porque os comunistas são essencialmente traidores... É melhor ter um regime forte no poder do que um governo liberal, indulgente e infiltrado de hereges.» Os resultados dos estudos de uma Comissão de alto nível constatava, em 1955, que a ameaça principal da ideologia comunista era a recusa em exercer papel serviçal, isto é, o de complementar as economias industriais do Ocidente. (Noam Chomsky).
Em 13/10/2013, Nilson Lage escreveu:
Na década de 1950, em meu primeiro ano como repórter do Diário Carioca, o fotógrafo que fazia par comigo, Veneziano, registrou a confraternização desse general, então chefe de polícia no Rio de Janeiro, com famoso bicheiro num bar da Praça Mauá A foto não foi publicada, mas alguém faturou, tanto que o Veneziano ganhou uma gratificação.
Em 13/10/2013, diogo alvares fanck escreveu:
Fernando disse , EUA era uma país sem eira nem beira, quanto desconhecimento, nesta época os EUA já tinham mais automóveis que todo o resto do planeta juntos, idem para avioes, eletrodomésticos, já detinham mais da metade de todas novas descobertas nas mais diversas áreas (vide Nobeis), tanto que quando entraram na 2 guerra colocaram toda esta forca industrial voltada para dar suporte aos seus soldados e aliados no Front Europeu. Capacidade de abastecimento numa tal quantidade e qualidade que assombrou o mundo, a verdade é esta , o resto é desculpa de quem nao conseguiu se desenvolver!!!!.
Em 20/11/2013, jose carlos fernandez escreveu:
sem falar nos dolares das Farc da Colombia, ne.... ou sera que eram so narcodolares??