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domingo, 6 de dezembro de 2009

SINDROME DE PÂNICO COM TRATAMENTO ALTERNATIVO?

Dezembro de 2009

Você Conhece Alguma Das Situações Abaixo?


• Se vendo no Pronto Socorro do hospital porque achou que estivesse tendo um ataque cardíaco e depois ouvir o médico dizer que era apenas ansiedade?
• Medo de poder parar de respirar porque seu peito parece apertado e sentindo falta de ar?
• Medo de dirigir porque só de pensar em ficar preso no trânsito já te apavora?
• Constantemente nervoso e com medo de perder o controle e surtar?
• Lutando todo dia com pensamentos ansiosos que não acabam nunca?
• Sentindo grande desconforto em lugares fechados como supermercados, cinemas, ônibus ou até mesmo na cadeira do cabeleireiro?

Seu Corpo Manifesta Algumas Destas Sensações?

• Aperto no peito e garganta
• Falta de ar
• Palpitações no coração com formigamento pelo corpo
• Náuseas e Tontura
• Febre seguida de ondas de ansiedade
• Preocupações obsessivas e pensamentos indesejáveis
• Falta de concentração no que acontece ao seu redor
• Medo que a ansiedade possa te levar à loucura?

Para alguém que passa por estes problemas há algum tempo pode parecer difícil de acreditar, mas a informação necessária para acabar com a ansiedade  está disponível.

Existe algo extremamente importante sobre ansiedade e ataques de pânico. Isso é absolutamente crucial se você realmente deseja se curar.
-A antecipação do pânico começa no ciclo da ansiedade em movimento.
A base de um futuro ataque de pânico já começa horas antes de você passar pelo ataque.
-O leve estresse é o que vai desencadear o ataque explosivo de pânico.
-O pânico se manifesta em uma onda de aproximadamente 20 minutos
É Aqui Onde Mora o Problema
Existe um fator que faz a diferença entre aqueles que eliminam completamente o pânico e ansiedade de suas vidas e aqueles que não. Este ingrediente não é remédio, mudanças no seu estilo de vida ou exercícios de relaxamento. É quando o indivíduo não tem mais medo de ter um ataque de pânico.
Pode parecer uma observação óbvia e simples mas pare para pensar e considere o seuinte: Uma coisa que faz você estar neste momento procurando por uma solução é o medo de ter outro ataque.
Na primeira vez que uma pessoa passa por um ataque de pânico a sensação é de que o mundo está acabando ao seu redor. Nenhum lugar parece ser seguro.
Quando isso acontece as pessoas começam a evitar situações que as deixam ansiosas ou tomam remédio até perder o medo. Com certeza você concorda que nada disso é uma solução satisfatória.
Passar pela experiência de um ataque de pânico pela primeira vez causa um impacto tão grande que deixa uma forte marca no psicológico. Esta marca na mente gera um ciclo de ansiedade (veja diagrama acima) onde a pessoa desenvolve um medo prejudicial de ter outro ataque. As pessoas passam anos neste ciclo repetitivo de ansiedade.


Você Já Quis Saber O Que Exatamente Acontece No Seu Cérebro Quando Você tem Um Ataque de Pânico?
A Universidade de Londres publicou recentemente grandes descobertas na revista Science (2007), demonstrando que quando um indivíduo passa por extrema ansiedade e pânico, a atividade do seu cérebro se move da frente do cérebro para o cérebro intermediário. Isto foi demonstrado por mapeamentos mostrando um fluxo de sangue maior no setor do cérebro que estava mais ativo. A frente do cérebro (cortex prefrontal) é onde se localiza a capacidade de raciocínio e tomada de decisão. O cérebro intermediário (periaqueductal) é de onde parte os mecanismos de sobrevivência como a luta ou fuga.
Você provavelmente sabe que um ataque de pânico é uma resposta do tipo 'luta ou fuga' a alguma ameaça. O motivo de o cérebro humano responder desta maneira se baseia no nosso passado pré-histórico, onde humanos precisavam de uma resposta rápida às ameaças físicas. Esta nova pesquisa conclui que a atividade mental das pessoas durante um ataque de pânico está repentinamente se movendo para o cérebro intermediário, resultando em um elevado estado de medo e pânico. Em resumo, uma parte separada do seu cérebro se torna mais ativa durante um ataque de pânico.
O problema, como você bem sabe, é que quando o pânico começa e o elevado estado de medo se inicia, fica muito difícil de se acalmar. Para voltar à tranquilidade você precisa mudar a atividade mental. É por isso que respirar fundo não ajuda a controlar um ataque de pânico. Tudo que uma respiração profunda faz é tentar acalmar o corpo. Tentar acalmar o corpo mentalmente é como fechar a porteira depois que o cavalo já escapou.
Seu cérebro é o centro de controle e é onde a mudança deve acontecer. Durante o ataque seu cérebro mudou para o "modo pânico" e para voltar ao normal você precisa aprender como mudar sua atividade mental de volta a parte racional. Você precisa aprender a técnica que vai permitir você fazer isso em questão de segundos, independente de onde está e o que está fazendo.


Parece complicado? Na verdade não é. Quando alguém sente que está seguro a atividade mental volta para a parte da frente do cérebro.
Imagine se você pudesse...

Planejar uma viagem sem medo da ansiedade.
Sair de casa ou ficar sozinho sem medo.
Confiar e acreditar que seu corpo não está em perigo.
Marcar um encontro ou se socializar sem medo de ter que ir embora antes da hora.
Dar um discurso ou apresentação sem se preocupar com a ansiedade.
Ver uma grande melhora nos seus relacionamentos após ter rompido a barreira do medo.
Se sentir autoconfiante para dirigir, viajar de avião ou qualquer outro meio.
Acabar com a ansiedade durante a noite que não deixa você dormir.
Fazer coisas que você gosta mas que esse mal te impede de fazer.
Se sentir realmente livre - longe daqueles pensamentos fora da realidade.
Se livrar de pensamentos alterados que norteiam sua mente.
Aprender a ferramenta secreta que usa a ansiedade para sua vantagem construindo um elevado nível de autoconfiança.
Ficar com a cabeça fresca, com paz de espírito e pacíficos pensamentos e sentimentos.
Aprender a parar de ficar verificando a cada 5 minutos para ver se a ansiedade está presente.
Acordar de manhã confiante que seu dia será maravilhoso.
Receber estimulo de amigos e familia!
Se tornar uma fonte de motivação para outros com o mesmo problema e mostrar  passos simples que eles podem fazer para acabar com a ansiedade.

Um Ataque de Pânico Não Faz Mal À Sua Saúde

Quando você está no meio de um ataque parece que esta experiência é tão intensa que pode até matar você! Com o coração acelerado e formigamento pelo corpo parece que você vai ter um ataque cardíaco. É importante afirmar que mesmo com estas terríveis sensações, elas não vão prejudicar sua saúde. Muitos estudos médicos e experiências práticas apontam para isso. Na verdade um ataque de pânico não é muito diferente de um bom exercício físico. O medo é potencializado por uma reação às sensações físicas.

Nota minha: Essa fonte  que oferece ajuda, ainda não conheço , vou buscar mais informações sobre o tratamento alternativo deles. A consulta , se interessar , foi em: http://www.sempanico.com/

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Pediu a Deus e não deu certo?






















Confie...
As coisas acontecem na hora certa.
Exatamente quando devem acontecer!
Momentos felizes, louve a Deus.
Momentos difíceis, busque a Deus.
Momentos silenciosos, adore a Deus.
Momentos dolorosos, confie em Deus.
Cada momento, agradeça a Deus.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A morte é tranqüila.E as pessoas ficam leves como o algodão.

A morte é leve e tranqüila.

Não há tormentos.
Não há apegos.Somem os desejos.
Não há vontades.
Nem arrependimentos, nem saudades, nem culpas...
Não existe remorso, nem contagem regressiva com toda a sua vida a passar em seu cérebro em milésimos de segundos. Nada disso. É folclore pseudocientífico e apelo da fantasia popular.
Em alguns momentos de riscos, a mente mancomunada com seu espírito, cúmplices na panacéia por afastar-se do corpo, deve criar cenas eletrizantes, em dimensões diversas, tipo as vertigens de esportes radicais, mas a passagem não é assim.
Há sim, no ato de despedir-se do mundo dos vivos, uma maravilhosa sensação de estar deitado em nuvens de algodão. É sim. Acredite!
E em seguida vem a paz. Uma paz que promete ser perene. Eterna eu diria.
A paz que você só sente quando está totalmente agregado á natureza.
Como se você fizesse parte desse conglomerado harmonioso: fauna e flora.
Terra, água, ar, fogo, terra de novo.
Uma sensação boa toma conta do seu ser e lhe envolve agradavelmente: é assim a morte.
Foi o que senti hoje de madrugada quando tive sensações estranhas de ausência.
Uma coisa diferente, como se estivesse a fazer uma projeção astral, mas, eu sei que não se tratava disso.
Percebi sim, que eu recebi de algum lugar do cósmico, dos meus ancestrais, de Deus, não sei, essa mensagem maravilhosa.
Morrer também é bom. Faz parte do ciclo natural e como natural é perfeito fenecer.
Sem nenhum culto á morte. Viver é bom e eu gosto muito. Mas não tenho medo de ir desse mundo.
Dizem que só as pessoas que tem religião aceitam com mais sensatez o fato de ser finito , de ter perdas de pessoas queridas, e que as outras entram em desespero, outros se viciam em qualquer coisa, outros ficam dependentes do passado e das lembranças.
Mas eu não tenho religião mais. E por isso enxergo agora.
É possível aceitarmos o fato da finitude com a calma e a alegria que aceitamos todos os outros momentos que regem a vida. Para isso tenha Deus dentro do seu coração. Só isso.
Festejar o nascimento é bom, agradecer pela vida é ótimo, voltar para o frescor do que é inicio também é gratificante.
Que ninguém queira experimentar gratuitamente! Nada disso!
Haveremos todos  que esperar pelo momento que Deus nos reserva.
E que seja bom para todos que partem e partirão leves como algodão.
É assim sim.

Maria Luiza

Novembro 2009

sábado, 21 de novembro de 2009

FOTOS DA ILHA DE BERLINK NOSSO CANTINHO

A CASINHA DA ILHA LOGO QUE A COMPRAMOS EM 2001,
CRESCEU E TEM 2 ANDARES E 6 QUARTOS PARA RECEBER
OS AMIGOS DE TODOS OS LUGARES!!
ENY e ZE

O JOÃO BRINCANDO COM AREIA

O MUNDO COMEÇA NA PRAIA

JOAO E SOFI EXPLORANDO A AREIA
O MAR EM SILENCIO
ROUPAS? PARA QUE?
É MUSICAL SUA PRESENÇA CONOSCO MINHA FILHA!

REGISTRO DE PÉS  DE JOÃO E SOPHIA
SOMBRAS DOS PAPAIS SANDRO
DA JANELA DE UM QUARTO O SOM DO MAR E O COQUEIRAL
INDO PARA A ILHA DE BERLINK
A TRAVESSIA DO FERRY E A CURIOSIDADE DO JOÃO
A CONTEMPLAÇÃO DO MAR E DO SIMPLES
MESMO EM SETEMBRO O MAR É UM PARAISO

Minha Luluzinha cresceu.

"Little Lulu",

"Há duas Luluzinhas hoje no mercado editorial brasileiro. Uma mostra a personagem adolescente no traço do mangá, o quadrinho japonês.A obra se baseia no material publicado nos Estados Unidos pela editora Dark Horse. A coleção relança, em ordem cronológica, as primeiras histórias da personagem.

As narrativas curtas deste e dos demais volumes da coleção tomam como ponto de partida as histórias de Luluzinha publicadas na segunda metade da década de 1940.
Foi um momento em que a personagem foi recriada pelo norte-americano John Stanley (1914-1993). Foi ele o idealizador dos colegas que dividem as travessuras com ela.
Apesar de ser o verdadeiro autor da histórias, Stanley era eclipsado pela criadora de Luluzinha, Marjorie Henderson Buell (1904-1993), que assinava apenas Marge.
Ela desenvolveu a personagem em 1935 em uma charge para a revista "The Saturday Evening Post". E manteve o nome no título da revista que era feita por Stanley."

Nota minha: Não gostei não. Deviam ter deixado minha Lulu junto com o Carequinha e a Aninha com a carinha parecida com a deles mesmo. Mudou completamente. E alisaram o cabelo da LuLu!!!!!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Escrito por Regina Brett, 90 anos de idade, em The Plain Dealer, Cleveland , Ohio


Escrito por Regina Brett, 90 anos de idade, em The Plain Dealer, Cleveland , Ohio

"Para celebrar o meu envelhecimento, certo dia eu escrevi as 45 lições que a vida me ensinou. É a coluna mais solicitada que eu já escrevi.
Meu hodômetro passou dos 90 em agosto, portanto aqui vai a coluna mais uma vez:
1. A vida não é justa, mas mesmo assim ainda é boa.
2. Quando estiver em dúvida, dê somente, o próximo passo, pequeno ..
3. A vida muito curta para desperdiçá-la odiando alguém.
4. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente. Seus amigos e familiares cuidarão. Permaneça em contato.
5. Pague mensalmente seus cartões de crédito.
6. Você não tem que ganhar todas as vezes. Concorde em discordar.
7. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho.
8. É bom ficar bravo com Deus. Ele pode suportar isso.
9. Economize para a aposentadoria começando com seu primeiro salário.
10. Quanto a chocolate, é inútil resistir.
11. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente.
12. É bom deixar suas crianças verem que você chora.
13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que é a jornada deles.
14. Se um relacionamento tiver que ser um segredo, você não deveria entrar nele.
15. Tudo pode mudar num piscar de olhos. Mas não se preocupe; Deus nunca pisca. "

Gostei!!
Acrescentaria o décimo sexto: Não esqueça de aprender a esquecer, essa é uma regra básica para as relações humanas, mas lembre-se sempre dos que nunca deixaram de amar você!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Drumond cade você?Tanta falta você faz...


"Lutar com palavras é a luta mais vã. Entanto lutamos mal rompe a manhã.
São muitas, eu pouco. Algumas, tão fortes como o javali. Não me julgo louco.
Se o fosse, teria poder de encantá-las. Mas lúcido e frio, apareço e tento apanhar  algumas para meu sustento num dia de vida. Deixam-se enlaçar, tontas à carícia e súbito fogem e não há ameaça e nem há sevícia que as traga de novo ao centro da praça. "

     Carlos Drummond de Andrade, in 'Poesia Completa'

domingo, 15 de novembro de 2009

Dona Canô pedirá desculpas pelo filho



Rita Conrado / Reginaldo Pereira/Agência A TARDE

Dona Canô pretende ligar para o presidente: “Eu quero muito bem a Lula”Dona Canô vai telefonar nesta segunda-feira, 16, para o presidente Lula para dizer que não concorda com as declarações do filho famoso, Caetano Veloso, que chamou Lula de analfabeto, grosseiro e cafona numa entrevista (clique aqui para acessar) ao jornal O Estado de S. Paulo, provocando reações – positivas e negativas – em todo o País.

Ela falará ao presidente depois que Rodrigo Velloso, irmão de Caetano, fez um pedido de desculpas, sexta-feira, num evento na Praça da Purificação, em Santo Amaro, em nome da família.
“Se ele me atender, eu falo com ele”, disse D. Canô, que ainda não sabe o que dizer. “Vou falar o que estiver sentindo na hora”, declarou a mãe de Caetano, de 102 anos. Mas a matriarca da família Velloso tem dúvidas sobre se Lula poderá atendê-la. “Tentei falar com ele no dia do seu aniversário, mas não consegui. Ele é muito ocupado”, assinalou D. Canô, que, apesar de não concordar com Caetano, disse que não será ela quem lhe puxará as orelhas.

Não merece - “Ele mesmo puxa, pois sabe que o presidente não merece isso”, assinalou. A mãe de Caetano falou do carinho que nutre pelo presidente. “Eu quero muito bem a Lula”, afirmou. “Foi uma ofensa sem necessidade”, disse. “Caetano não tinha que dizer aquilo. Vota em Lula se quiser, não precisa ofender nem procurar confusão”, observou D. Canô, que não se mostrou preocupada com uma possível insatisfação de Caetano às suas declarações, se desculpando, ou às de seu irmão, Rodrigo.

“Ele está doido? Ele tem de aceitar”, disse, ressaltando que também não fará uma reprimenda ao filho. “Ele também não merece. É o jeito dele”, contemporizou. O irmão de Caetano, Rodrigo Velloso, secretário de Cultura de Santo Amaro, também atribuiu ao “jeito” de Caetano as declarações sobre o presidente, que achou absurdas.
Maluquice - “Caetano tem essa mania de falar as coisas sem pensar e aí diz coisas assim. Falou de maneira preconceituosa. Achei uma maluquice. Fiquei revoltado”, afirmou Rodrigo, ao contar a forma inesperada como surgiu o pedido de desculpas. “Eu participava de um evento em Santo Amaro, sexta-feira, e fui convidado a falar, como secretário de Cultura”, disse. “Ao subir no palanque, a primeira coisa que me ocorreu, vendo ali o secretário Rui Costa (de Relações Institucionais do Estado), foi pedir a ele que transmitisse ao governador Jaques Wagner e ao presidente Lula o pedido de desculpas em nome da minha mãe e da nossa família”, afirmou Rodrigo. “Achei decente fazer isso”, assinalou.

Segundo Rodrigo, as declarações de Caetano foram feitas dois dias após o presidente Lula ter atendido a um pedido de D. Canô. “O presidente solicitou ao secretário da Saúde que ajude à Santa Casa de Misericórdia, que está prestes a fechar”, contou Rodrigo, que desconhece as intenções de Caetano com tais declarações. “Quem é que sabe? Pelo que conheço dele, já até esqueceu o que falou”, disse o irmão.


__Tá certo Canôzinha.
__ Vc nao tem culpa não viu?

Tom Zé e sua infância em Irará municipio da Bahia

O músico Tom Zé
A infância do Tom Zé lembra a infância dessa novata blogueira aqui, só nao tive o talento dele de transformar obstáculos em vitórias maravilhosas como esse.




Por Katherine Funke, enviada a Irará_Bahia



“Três semanas atrás, quando comecei a ter chilique lá em casa, Neuza me perguntou: ´você não tá nervoso por causa desse show de Irará, não?´ E era. Tive pesadelos, tive medo, tive tudo. Mas é que como sou profissional há muito tempo, você começa a trabalhar e vai esquecendo. Mas quando eu subir no palco, vou estar seguramente nervosíssimo”, disse o cantor Tom Zé em Irará, em 13/11/2009 .
O show vai aconteceu neste sábado (14/11) à noite, durante a Feira da Mandioca, promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais, com apoio da prefeitura e do Movimento Viva Cultura. Faz 18 anos que o músico não canta em sua terra natal.
Ele chegou  à tarde na cidade. Foi recepcionado por 200 crianças na rua, entre elas Edcarlos Jesus Carvalho, 10 anos. “Eu gosto dele. Fui ver”, diz o menino. Tom Zé está hospeado na casa de Edson Barbosa da Silva Filho, 52, o publicitário Edinho, dono da agência Link. A casa é a sede da fazenda Flor de Brotas, a 12 quilômetros ao norte da sede do município.
Tom Zé conversou com exclusividade com o Jornal  A TARDE. Falou com a repórter Katherine Funke sobre o espetáculo e as duas novas músicas que compôs para a cidade: “Renato, filho de dona Ceci”, que vai ser executada pela Filarmônica 25 de Dezembro agora à noite, e “Irará, Iralá”, que mostrou  à cidade durante o show.
A música para a banda filarmônica foi composta a pedido de Antônio Luís dos Santos, 70, amigo de infância com quem Tom Zé conversa quase diariamente, por telefone. “Quem me pediu foi Diógenes, o presidente”, conta Tonho, “e levou uns três meses para ficar pronta.” Vai ser a primeira execução pública da composição. A banda também vai tocar músicas do maestro Almir Oliveira (1903-1993), que foi grande amigo de Tom Zé e parceiro na música “Terra Morena” (letra de Tom Zé para música de Almir Oliveira).

A entrevista é interessante:

A TARDE – Esse negócio de sentir medo do show de amanhã tem a ver com aquele “medo encantatório” que você sentia ao tocar junto com Dega, Zé Nilton e Pedro Cem?

Tom Zé – Não. Tem pessoas que tem esse medo gostoso do palco, mas eu não. É um medo de não-viver. É um medo de ameaça da morte, talvez lá da falta de leite da mãe, talvez por causa da minha infância em Irará, que foi a infância mais dura que se pode imaginar. Não faltava nada econômico: comida, roupa, nada. Mas, emocionalmente, faltava quase tudo. Guile, minha irmã, é que me salvou.

Você diz, no livro “Tropicalista Lenta Luta”, que foi rejeitado pela família. Como assim?

Tom Zé – Não era propriamente pela família. Nós éramos o braço fraco da família Santana, que era uma família muito forte. E eu, moleque, menino, né, todo mundo que queria tirar um sarro da família Santana, tirava em mim. E eu, que já era muito assustado, que saí de casa muito tímido, fizeram o que quiseram de mim. Foi um sofrimento terrível, minha infância toda. Foi a pior fase da minha vida.

O que acontecia?

Tom Zé – Sabem a segregação que fazem com preto, às vezes? Segregação. Era o principal. E aí tinha várias outras (coisas) que chegavam junto. É claro que tinha pessoas que me amavam, como Renato (filho de dona Ceci), Antonio Luís, Virgínia, Val, Guiomar. É por isso que eles são tão importantes.

Quem são essas pessoas que estão na música “Irará, Iralá”?

Tom Zé – São heróis da minha infância, companheiros. Grande parte está morto.

Há várias outras músicas suas para Irará: “Os doidos de Irará”, “O abacaxi de Irará”, “Correio da Estação Brás”, “Menina Jesus”…

Tom Zé – É, “Menina Jesus” vou cantar aqui. “O abacaxi de Irará” é sucesso em São Paulo; encontrei uma criança de cinco anos, Gabriel, que gosta muito dessa música… O público pede para cantar, é uma paixão inexplicável. Claro que vou cantar aqui, já estou tocando até em São Paulo…

Esses personagens da nova música nunca apareceram nessas composições?

Tom Zé – É. Sâo pessoas mais próximas de mim, que me ajudaram a sobreviver, e até os inimigos, eu perdoo os inimigos. Tinha um menino chamado Miro, três anos mais velho que eu, forte, sabidão, que me roubava dinheiro na escola diariamente e fazia eu roubar na loja de meu pai para dar a ele. Foi um sofrimento durante três anos até meu pai saber. Quando meu pai soube, eu pensei que nunca mais ia levantar os olhos na vista de ninguém na cidade.

Mas o Miro te obrigava, né?

Tom Zé – É, eu para poder viver, achava que tinha que fazer tudo o que ele queria. Não era cascudo, era a força moral. Me tiraram do primeiro e do segundo ano porque um menino muito mais alto do que eu me deu uns cascudos. Aí, me botou no terceiro, quarto e quinto – e aí foi pior. Todo mundo podiia não ser bobo de me dar cascudo, que isso não dava em nada, mas tomava dinheiro, me desmoralizava… Aí tem uma coisa gozada. Na ocasião, meu pai tinha comprado a casa de Tio Oscar, e Armindo (meu primo), que vivia numa casa que era um palácio, foi viver naquela casa humilde que eu vivia. E ele tinha um ódio de mim mortal. Eu não podia compreender por que, pensava que fazia parte do fato de eu não ser humano. Fazia parte daquela coisa que eu não entraria na raça humana. Ele era quinto ano, eu era segundo.

Mas você não tinha ódio deles, tinha?

Tom Zé – Hoje, eu não tenho, mas por algum tempo, terei tido, né? Mas hoje eu compreendo: uma família grande, que vivia numa casa que tinha um sanitário civilizado, foi para uma casa de sentina turca, que foi onde eu me criei até os sete anos. Aquela humilhação, a mãe velha, doente, aquela vergonha, porque o pai deles faliu – tudo veio pra cima de mim. Ele me perturbava… Ave Maria! Os outros meninos eram caridosos, gentis. Aguinaldo Maia, por exemplo, que está nesta música, era gentil. Dizia pra Miro assim: “Miro, você tá roubando Tom Zé, por favor…” Se eu virasse pra Aguinaldo e pedisse para ele dar um jeito nisso, ele dava.

E Dega, Zé Nilton, Pedro Cem, com quem você tocava aqui em Irará?

Tom Zé – Nossa, eram realmente amizades muito carinhosas, principalmente Dega e Zé Nilton. Pedro Cem teve um problema: ele era muito lindo, um príncipe. Era filho de uma família relativamente pobre, normal, como nós todos, mas ele era um princípe, uma pessoa linda. Nós todos também admirávamos a beleza dele. Sempre gentil, simpático, e é claro que as moças se derretiam. Aí ele tinha que pagar o preço de ser tão gracioso.

Eles estão na música nova?

Tom Zé – Por acaso, não achei verso pra eles. Pedro Cem encontrei em Los Angeles. O nome dele é Renato de Hospício, porque ele é filho de seu Auspício. Zé Nilton mora no Rio de Janeiro e Dega é fazendeiro em Feira de Santana. Olha, diga  pra Dega, Zé Nilton e Pedro Cem, que vou fazer outra música. Não para amanhã, mas vou fazer uma música com eles também. Aí eu faço outra depois, porque tem o Zé Aristeu que não botei em música, tem o comunista mais famoso aqui de Irará além do meu tio (Fernando Santana), o Dr. Aristeu. Zé Aristeu era uma pessoa pobre que escreveu coisas lindas sobre Irará, coisas assim bem precisas, sem ser metido à literato.

Dona Maninha, era mãe de leite minha,
(”Ninguém ligava pra isso. Um dia eu disse pra ela: a senhora foi minha mãe de leite, então tudo o que eu penso também está aí no seu seio, nesse sangue ranzinza de Paulo Cumbuca e de Ivan, o Turco. O Ivan foi meu irmão-de-leite. Eu brigava com ele a vida toda na rua detrás e nem sabia que ele era meu irmão de leite.”

A Filarmônica ficou ensaiando meses essa música sua. Qual sua história com a banda?

Tom Zé – Eu fui expulso da Filarmônica. Em 1965, queria estudar música. Aí, Zequinha, maestro, falou para eu ir na filarmônica, estudar saxofone. Mas aí, Alberto Nogueira, que tomava conta da escola de música, foi me tirar da escola. Foi me expulsar. Foi a coisa mais estranha do mundo. Eu me lembro: em cima do correio, que era defronte da nossa casa, a lua estava começando a aparecer. Ele começou uma conversa comprida, que não acabava mais. A lua já tava quase no zênite, e ele para explicar aquele negócio de que eu não podia (meu pai colaborava com a banda, com ele, com o asilo dos velhos, era uma criatura formidável), para acabar me convencendo, com delicadeza, que o povo da cidade tava dizendo que eu ia ocupar a escola sem utilidade, porque meu pai era rico (aqui em Irará, quem tinha uma loja era chamado de rico, e meu pai tinha uma loja, mas só tinha um carro na cidade, e não era dele) e eu não ia estudar na banda. Ora, eu lhe pergunto, se alguém quer estudar música, e se tem uma escola de música, importa que ele vai tocar ou não? Mas antes da lua chegar no zênite, eu entendi que ele queria me tirar da escola, e senti aquilo que agora você sabe o que é: “tô morto, tô anulado”, que era o que eu sentia toda vez que uma coisa ia falhar. Aí eu estava tão envergonhado que queria que ela conversa acabasse imediatamente, para eu poder ir-me embora e nunca mais ir lá. Se fosse agora, eu pensaria em falar com meu pai, pra pedir a ele para eu continuar na escola, deixar eu estudar, que eu tenho vontade, o que é que custa? Eu tinha 18 anos e arranhava um violão. Fiquei na escola por dois meses, e na segunda lição que o mestre Zequinha me passou, chegou essa notícia. O que parecia era que se confirmava aquela coisa: você não tem direito a ser gente. Mas eu não guardei mágoa na filarmônica.

Você está hospedado aqui na casa de Edinho. Como vocês se aproximaram?

Nós fomos criados com uma ética diferente. Em Irará, a ética era o maior assunto das conversas dos nossos avós. Algumas pessoas foram muito sensíveis a isso. Quando a gente encontra alguém que responde do mesmo jeito, aí imediatamente tem uma identificação muito grande. É um mundo muito diferente, o mundo de nossa infância – da minha principalmente, na época de 1940, 1950.

E Tom Zé foi almoçar na casa de Totéia, vizinha de Tonho. A apresentação da Filarmônica 25 de Dezembro começa às 19h, na sede da escola de música, no centro do município.

Ahhhhhhhhhhhhhhhhhh, que bela de entrevista!
Tudo a ver!!

Projeto Tamar na Praia do Forte _ Bahia

Conhecer o Litoral Norte e não dar uma passadinha em Praia do Forte para visitar o Projeto Tamar é um pecado tão grande quanto chegar à Bahia e não ir correndo para um tabuleiro de acarajé.

Completando 30 anos de preservação das tartarugas marinhas, o Tamar conseguiu outro grande feito que foi transformar os pescadores em agentes de proteção da fauna marinha. O Tamar ainda se tornou ponto turístico da vila.
(Materia de domingo do Rede Bahia Revista. Veja que fotos!!)