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segunda-feira, 1 de abril de 2013

Mulheres de Ibiuna -UNE 1968

Mulheres de Ibiuna. Apresentação com fotos e informações das mulheres que participaram do Congresso da UNE, em 1968


mulheresibiuna
Mulheres de Ibiuna
Presas durante o 30º Congresso da UNE em Ibiuna, no dia 12 de outubro de 1968, cerca de 200 mulheres, entre 18 e 37 anos, se tornaram sinônimos de resistência à Ditadura Militar. Nossa homenagem a essas guerreiras que dedicaram suas vidas na construção de uma sociedade mais democrática, justa e igualitária.
Veja abaixo a apresentação com fotos e informações de algumas destas mulheres:
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Ibiúna: o congresso clandestino da UNE
Há 40 anos, quase mil estudantes foram presos de uma só vez na cidade de Ibiúna, em São Paulo, ao tentarem realizar de forma clandestina o 30º Congresso da União Nacional dos Estudantes. Este foi o último ato de luta do movimento estudantil contra a ditadura naquele ano, que viria a decretar o Ato Institucional nº 5, abrindo caminho para o período Médici
Foi em pleno feriado que uma enorme operação policial foi montada para desmantelar o que seria até então a última tentativa do movimento estudantil de organizar a luta contra a ditadura militar naquele explosivo ano de 1968, que acabou resultando na promulgação do Ato Institucional nº 5, o AI-5, decreto que deu lugar ao governo Médici, onde se intensifica a repressão militar.
O decreto ampliava os poderes formais da ditadura, que já havia acabado com os partidos políticos e o Congresso e criado dois partidos fantoches que eram a Arena (Aliança Renovadora Nacional), cassado direitos políticos de opositores, acabado com as eleições direitas para presidente, estados e capitais e realizado a intervenção nos sindicatos operários. No entanto, o principal é que o decreto é parte de um golpe dentro do golpe que visa a encerrar a oposição que se manifesta dentro do Congresso Nacional, fechando-o sob o eufemismo de “recesso parlamentar” por tempo indeterminado e, principalmente, a repressão às manifestações de massa e às organizações estudantis e operárias que haviam conseguido se rearticular sob o regime militar.
. Os militares no poder lançavam uma ofensiva total contra os trabalhadores e estudantes que naquele mesmo ano haviam demonstrado uma grande capacidade de mobilização contra o regime que, no entanto, teve como limitação decisiva o fato de ficar restrita a determinados centros como Osasco, na ocupação da Cobrasma, São Paulo e Rio nas manifestações estudantis, etc.
Neste dia 12 de outubro de 2008 completaram-se 40 anos da dissolução do 30º Congresso da União Nacional dos Estudantes pela brutal repressão exercida pela ditadura militar brasileira, na cidade de Ibiúna, um dos últimos episódios da luta das massas contra a ditadura neste interlúdio de 1968.
A entidade havia sido fechada durante o golpe de 64, e no dia 2 de abril, segundo dia do golpe, a sede nacional, localizada no Rio de Janeiro, foi incendiada pelos militares.
A pacata cidade de Ibiúna, interior de São Paulo, com seus apenas seis mil habitantes na época, foi o cenário que registrou uma das maiores operações de prisão em massa da história do Brasil. Os cerca de mil policiais da Força Pública e do DOPS destacados para invadir o lamacento sítio Murundu chegaram no dia do credenciamento dos estudantes.
Foram 920 presos, todos estudantes, na maioria universitários, vindos de todas as partes do País, que não chegaram nem mesmo a realizar o 30º Congresso da UNE, ainda clandestino. Vale lembrar que cerca de mil estudantes também foram presos durante o cerco policial na PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo, em setembro de 1977, quando o movimento estudantil precedeu a luta do movimento operário contra a ditadura.
(Fonte: Causa Operária)

http://www.documentosrevelados.com.br/geral/mulheres-de-ibiuna-apresentacao-com-fotos-e-informacoes-das-mulheres-que-participaram-do-congresso-da-une-em-1968/

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