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terça-feira, 11 de setembro de 2012

“Aos amigos, tudo. Aos inimigos, os rigores da lei”


“Aos amigos, tudo. Aos inimigos, os rigores da lei”


Faz anos vem sendo plantado pela mídia o conceito de que TODO POLÍTICO NÃO PRESTA. O Congresso não presta, o governo não presta, ninguém presta, na área política. Isto começou a acontecer com o fim da ditadura. Quando a imprensa escrita e televisionada percebeu que iria perder sua “boquinha” no poder. Com a abertura democrática outros ventos chegaram ao Brasil e a mídia não gostou. Triste isso. Depois de 25 anos de ditadura militar, quando enfim podemos recuperar nossa dignidade e começar a discutir e votar nos rumos que queremos para a nação, nossa impren$a presta-se ao serviço de desmoralizar sistematicamente as instituições democráticas. Não foi e não é á toa essa lenga-lenga. Ao conseguir enfiar este conceito na cabeça de seus leitores e telespectadores, os jornais e principalmente as televisões esperavam crescer como as ÚNICAS FORÇAS ISENTAS E CAPAZES DE DEFENDER O POVO dos seus inimigos verdadeiros. 

Os políticos. Desta forma, os poderosos meios de comunicação mantém reféns todos os que ocupam ou concorrem a cargos públicos por que, com uma materiazinha num jornal, com uma manchete, com uma chamada num jornal televisivo, se destroem ou constroem candidaturas e principalmente, reputações. Sem serem necessário provas, nem a favor e nem contra. Nossa imprensa televisiva e escrita, salvo raras e honrosas exceções, sempre foi alinhada com os grandes banqueiros, com os grandes industriais e notadamente com os interesses estrangeiros. E é a estes que serve. Não ao povo. Nesta linha, quando começa uma campanha contra pessoas, contra seus desafetos, contra quem fica no caminho de seus interesses e, sem ter que dar satisfações a ninguém que a questione, a mídia, que deveria ter o papel de informar, passa ao seu abjeto papel de lixo histórico.


 Não é nenhuma novidade, pois, a verdadeira ojeriza que os meios de comunicação têm da esquerda, mais precisamente do PT, que interrompeu de certa forma sua tentativa de hegemonizar as mentes dos brasileiros e que contra sua vontade, histericamente manifestada, ganhou as eleições e modificou muito conceitos por ela plantados. O PT ganhou as eleições. Ganhou novamente. E ganhou de novo. Isto foi e é totalmente insuportável para aqueles meios de comunicação que já se achavam os donos da opinião pública, os donos e construtores das vontades populares. Deram com os burros n’água aí, mas não deixaram de continuar construindo seu lixo anti político e antidemocrático, de tal forma que mesmo o que não pode ser de forma alguma comprovado, está agora na mais alta corte do país, como se fosse natural e justo que ali estivesse. E ai de quem ousar desdizer aquilo que publicam e disseminam! O Supremo Tribunal Federal – STF, a exemplo de nossa impren$a, que não deve explicações a ninguém e muito menos desculpas ou retratações, está neste momento agindo de acordo com a opinião publicada.

 Interesses políticos e eleitorais transformaram aquele tribunal em um circo de horrores em que se chuta a legislação, ateia-se fogo em garantias constitucionais e, perdoem a expressão, “caga-se” na justiça. Aonde esses interesses políticos e eleitorais pretendem chegar nós sabemos. Se conseguirão, é uma outra história. Advogados e magistrados de todo país, mesmo os mais conservadores, têm-se chocado com as posições injustificáveis do STF, e por essa eles não esperavam. Até mesmo pessoas antipáticas ao PT tem manifestado surpresa com o linchamento manifestado por aquele tribunal e com a versão manipulada da impren$a sobre os últimos acontecimentos.

 A velha máxima: “Aos amigos, tudo. Aos inimigos, os rigores da lei” tem se mostrado convenientemente eficaz. Mas por quanto tempo? A velha mídia está começando a ser substituída por nós. Pelas redes sociais, que não têm permitido que aquela continue sendo a única voz ouvida, mesmo que ainda não tenhamos conseguido o alcance de uma televisão. A continuar com sua propaganda anti política e antidemocrática, que destrói projetos e reputações, os mentores da velha mídia vão ter que, em algum momento, colocar as opções que defendem em contraposição à democracia, mesmo ainda frágil, que temos. Farão isso? Acho que não.
 Texto : Lúcia Maria Rodrigues

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