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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Dilma rompe com o PT em questão estrutural, afirma colunista

Dilma rompe com o PT em questão estrutural, afirma colunista

2/1/2013 17:57
Por Redação - de São Paulo

Dilma
Dilma e Lula divergem quanto a uma lei de mídia
A presidenta Dilma Rousseff – segundo nota do colunista Paulo Henrique Amorim, em primeira mão – rompeu com o PT ao descartar a possibilidade de dar sequência a uma lei de mídia. E, para ele, a explicação está na formação de Dilma, que “foi à luta insurrecional de avião”. Segundo ele, “provavelmente o Lula foi o único proletário com quem conviveu”. Dilma, segundo o colunista, seguirá sob o jugo da mídia conservadora. Leia, abaixo, os principais trechos da nota:
Ela foi à luta insurrecional de avião. Não foi na boleia de um pau de arara. E, provavelmente, o Lula foi o único proletário com quem conviveu”.
What you see is what you get. (O que você vê é o que você vai ter).
A primeira atividade pública da presidenta recém eleita que envolvesse o PiG foi discursar num aniversário (do diário conservador paulistano Folha (de S. Paulo), o mesmo instrumento golpista que publicou a ficha falsa da terrorista que ia sequestrar o Delfim Netto; e, no regime que torturava a militante, emprestava os vagões em que eram transportadas as vítimas do Coronel Ustra nos campos de extermínio. A segunda atividade foi tentar produzir uma omelete num programa de suculentas entrevistas na Rede Globo, a mesma que co-produziu a bolinha de papel e na entrevista com os candidatos tratou o adversário com mel e ela com fel”, afirma o colunista.
What you see is what you got. (O que você vê é o que você teve).
Agora, a Folha, num ato de investigavo jornalismo, compulsa dados públicos para constatar que a Presidenta prefere falar com estrangeiros; e, com os nativos, prefere o pessoal que frita bolinhos. Ela prefere tratar de trilhos e de juros. É a presidenta técnica que, se trair o Lula, será convidada para um garden-party na Casa Branca.
O PT quer a Ley de Medios.
O Nunca Dantes também.
Não fora isso, não teria encomendado o excelente projeto ao Franklin Martins, que, em suma, quer nada além da Constituição de ’88. O mesmo por que luta o professor Comparato e que o Advogado Geral, o Dr Adams, tratou de torpedear no Supremo.
A presidenta mandou o Hibernardo jogar o Franklin na mesma pilha em que o Farol de Alexandria depositou os QUATRO projetos de Ley de Medios que o Serjão Motta – o da compra da reeleição por 200 mil paus por cabeça – lhe deixou de herança, ao pedir, “Fernando, não se apequene”.
Ele se apequenou.
A Globo enterrou o Serjão em cova rasa, assim como venceu a Dilma.
A Dilma se separa do PT na questão da Ley de Medios – e, portanto, no central.
Essa é uma divergência de estrutura.
Porque trata da Democracia.
Como a Dilma percebe a Democracia e como o PT a percebe.
Para a Dilma, a Democracia é uma questão de gestão: aplicar eficientemente recursos públicos.
Inclusive os recursos destinados ao Brasil Carinhoso.
Como sugere o Gerdau, aquele que se tornou, provavelmente, o Mentor Intelectual deste quadriênio.
O PT e o Lula percebem a Globo e as Quatro Familias Pigais como um entrave à Democracia.
Como uma supressão da Democracia.
Não só porque hipertrofia o poder da Casa Grande e desfalca a Liberdade de se informar e de se expressar, mas, como observou o Vladimir Safatle, homogeiniza a produção cultural.
O cinema, a dramaturgia, a lista de best-sellers – fica tudo com o sotaque do Gilberto Freire com “i” (***).
A Fernanda Montenegro – a Primeira Dama ! – que podia estar num Checov, Strindberg, Sofocles, Shakespeare, se houvesse um TBC, uma RSC – submetida a esses papeis de falso cinema da Globo.
Que dor no peito !
Ah, que saudades do Teatro dos Sete!
Quando parecia que o Paulo Francis ia ter importância.
É o Brasil da Avenida, no elenco do Boninho.
Cadê os Pontos de Cultura do Ministro Gil ?
Ao anunciar ao PT que está fora da Ley de Medios – e vire-se com o Michel Temer! – a Presidenta atravessou o Rubicão.
Foi para o outro lado.
Lula continua do lado de cá.
O que demonstra muito mais ainda.
Que a opção da jovem Dilma, a moça de classe média belorizontina, demonstrava coragem – e superficialidade.
Que a jovem radical era só isso: radical.
Não tinha muito mais a sustentá-la, com raízes, substância.
Ela foi à luta insurrecional de avião.
Não foi na boleia de um pau de arara.
E, provavelmente, o Lula foi o único proletário com quem conviveu.
Deu nisso.
It’s what we got!
Paulo Henrique Amorim

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