“Deixa o processo rolar. Quando chegar nos Tribunais superiores eu dou um jeito”.
Daniel Dantas (criminoso apontado pela Operação Satiagraha) quando da
sentença do Juiz Fausto de Sanctis que o condenou a 10 anos de prisão.
O
Desembargador Tourinho Neto do STJ decidiu libertar Carlinhos
Cachoeira, criminoso com raízes profundas e COMPROVADAS pela Polícia
Federal nas entranhas do PSDB, notadamente em Goiás, e nos Poderes
Legislativo e Judiciários Federais “por carecer de perigo iminente para a
sociedade”.
Como se vê a verdadeira corrupção NÃO está na POLÍTICA, mas nos mais altos escalões do PODER JUDICIÁRIO
Um
tanto atônitos, alguns amigos da Europa têm me escrito para tentar
entender as orientações e normas de conduta do Poder Judiciário no
Brasil. Devido as minhas dificuldades com idiomas estrangeiros, redigi
um resumo que distribuo aqui para todos, exemplificando ao final com
algum detalhamento de informações sobre um dos Ministros do Supremo.
E
ontem também se distribuiu uma carta do Prof. Antônio Cândido
cumprimentando o Genoíno por ter sido empossado como deputado (ver
anexo). A imprensa explora exaustivamente esse fato e a parte mais
reacionária e sem caráter da “crasse mérdia” e dos MILICANALHAS,
corruptores e corruptos, se faz de indignada por Genoíno aceitar o cargo
para o qual foi eleito, depois de condenado pelo STF.
Genoíno
possui apenas uma casa simples na periferia de São Paulo. No entanto
foi acusado e condenado pelo Poder Judiciário de enriquecimento ilícito
pelo esquema do Mensalão.
Carta do Acadêmico Antonio Cândido a Deputado Federal José Genoíno
S. Paulo, 31.12.12
Prezado companheiro José Genoino
Neste
último dia de um ano tão tormentoso, quero dizer-lhe que tenho pensado
muito em ti e na rede de destino que o colheu de maneira tão injusta. No
entanto, todos os que o conhecem nunca tiveram um minuto de dúvida
quanto à sua integridade de caráter e quanto à limpidez de sua
trajetória de vida. Entre eles estou eu, admirador que sempre o
considerou um militante exemplo pela sua dignidade, a coragem e a
lucidez, bem como pela clarividência na evolução ideológica, registrada
em livro que li faz anos e é notável como prova de percepção política.
Com os melhores votos, receba a expressão do constante apreço e o abraço cordial de
Antonio Candido
Para
o tal Mensalão, criado pelo Roberto Jefferson, nem o Ministério Público
nem o STF apresentaram qualquer prova da execução da prática do roubo
de que são acusados, ou do fruto desse roubo. Equivale a dizer se tratar
de um assassinato onde não apenas não se tem a arma do crime como não
se tem sequer o corpo do assassinado. Um pouco mais, pois o apontado
como assassinado, no caso o Banco do Brasil, já provou que está vivinho
da silva. Mas por mais que o alegado como assassinado prove estar vivo,
os juízes não lhe acreditam. Decidiram que foi assassinado e mesmo que
não queira, assassinado está.
Uma
Ministra (acima) chegou a afirmar textualmente que condenava sem
provas, apenas baseada em indícios e presunções. A justiça brasileira é a
única do mundo que condena por indícios. E quais os indícios? A palavra
de um réu confesso, Roberto Jefferson, e a manipulação de fatos por uma
mídia historicamente corrompida e aliada a especuladores
internacionais. A mesma mídia que apoiou e se enriqueceu nas duas
décadas e meia da criminosa ditadura militar.
Para
os ministros do Supremo Tribunal Judiciário esses indícios são mais
substanciais do que a auditoria do Banco do Brasil que comprovou não
haver nada de ilícito nem se utilizou quaisquer valores públicos nos
empréstimos contraídos daquela instituição quando o PT era presidido
pelo Genoíno. Sequer houve qualquer interferência do então Ministro da
Casa Civil, José Dirceu.
Apesar
do Banco Brasil comprovar documentalmente a improcedência destas
acusações que levaram a condenação de Dirceu e Genoíno, para os
Ministros do STF esses documentos não têm o menor valor perante a
palavra de Roberto Jefferson, um corrupto assumido e confesso. A
auditoria do Banco do Brasil não quer dizer nada perante a vontade do
GAFE - Globo, Abril, Folha e O Estado de São Paulo - descaradamente
defensores e promotores de capitais multinacionais que ao longo de todo
dos séculos 19 e 20 espoliaram o Brasil.
A
vítima berra que não é vítima e não houve crime, mas a Justiça
brasileira quer que tenha ocorrido e nem mesmo a própria vítima pode
mudar essa realidade do irreal. Portanto esqueçam Kafka, Dali, Buñuel,
Ionesco. O Poder Judiciário Brasileiro supera todos seus surrealistas.
E
esses mesmos ministros do STF foram os que garantiram e concederam a
impunidade ao do editor do jornal O Estado de São Paulo que assassinou
perante testemunhas sua subordinada quando esta se recusou a continuar
cedendo ao assédio sexual. Ou o juiz que superfaturou a construção da
sede da Justiça do Trabalho. Gozam do conforto de suas luxuosas
residências por decisão dos Ministros que condenaram Genoíno que mora
numa casinha de periferia.
São
os mesmos ministros que garantiram, por habeas corpus, a fuga aí para a
Europa de autores de crime financeiros contra a economia popular e
instituições como o BNDES. Garantiram para ainda se sabe aonde, a fuga
do ginecologista que estuprou mais de duas dezenas de suas pacientes. Os
mesmos ministros que concederam habeas corpus e liberdade para o
assassino da Irmã Dorothy, aquela freira dos Estados Unidos que na
Amazônia defendia os direitos de índios e seringueiros. Os mesmos
ministros que garantiram a impunidade dos rapazes que brincando de
queimar mendigos, queimaram vivo ao índio Galdino.
O
corpo queimado de Galdino existiu e foi testemunhado e fotografado. O
corpo da jornalista assassinada existiu, foi fotografado e autopsiado.
Todos os grandes crimes absolvidos ou tornados impunes por estes
Ministros do Judiciário foram comprovados, testemunhados, documentados e
até confessados. Mas no Brasil, o Poder Judiciário condena crimes sem
provas, assassinatos sem arma, latrocínios sem vítimas e sem fruto do
roubo.
Se
conseguir provar que houve o crime, como fez o jornalista Amaury
Ribeiro com os processos de Privatização do governo tucano, ou os
desvios da família de José Serra, o Poder Judiciário ignora. Como ignora
a veracidade da famosa Lista de Furnas e o Mensalão Tucano que Roberto
Jefferson transferiu para o governo do PT.
Enfim,
funciona assim: se alguém tem vontade de estuprar ou matar uma vizinha,
não tem problema algum nem precisa sair correndo após consumar o ato.
Não precisa nem tentar esconder a arma ou coagir as testemunhas. Quando a
polícia chegar, poderá até confessar-se como autor do crime que depois o
Poder Judiciário arruma um jeito de condenar o vizinho que for
simpatizante do governo do PT. O surrealismo do Judiciário e do caráter
deformado pela mídia brasileira é tão superior ao de escritores,
cineastas e pintores ou desenhistas europeus que aqui se condena até a
própria vítima para garantir a impunidade do criminoso. Desde, é claro
que o criminoso seja contrário ao governo do PT e apoie a mídia e os
partidos de oposição.
Avisem
a todos os tarados e criminosos compulsivos daí da Europa. O único que
precisam fazer é demonstrar esse apoio. De resto o Poder Judiciário
resolve e garante a impunidade.
Para
fazerem ideia de como a coisa funciona, saibam que por terem
assumidamente condenado sem provas e se baseado nas especulação da
mídia, estes ministros se tornaram os heróis da porção sem caráter de
nossa população. O único ministro do STF que não aceitou se basear na
palavra do corrupto assumido e nas ilações da mídia criminosa, foi
condenado e execrado pelos deformadores do caráter da população
brasileira como antiético e conivente ao crime que não se provou ter
acontecido.
Ou seja: o que temos nesse país não é um Poder Judiciário, mas sim o Poder de uma quadrilha de toga.
O
que fazer? Assim como o prof. Antônio Cândido, um dos mais ilustres e
destacados intelectuais brasileiros, somos todos reféns dessa quadrilha.
Até o Poder Executivo e o Legislativo também são reféns. Vampiros de
toga deram um golpe nas instituições brasileiras e se tornaram o poder
absoluto, sob a égide da justiça mais surrealista da história do sistema
judiciário desde o Código de Hamurabi.
Portanto,
podem exportar seus bandidos para cá que os bandidos do Poder
Judiciário garantem asilo, cobertura e pleno gozo de impunidade.
Abraço!
Raul
*As epígrafes foram acrescidas pela redecastorphoto
Texto escrito por Raul Longo
Ilustração enviada por Sílvio de Barros Pinheiro
http://blogoosfero.cc/castorphoto/blog/explicando-o-poder-judiciario-brasileiro-para-europeus
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