OS PUSILÂNIMES E A RODA DA HISTÓRIA - Segue alguns nomes de pessoas presentes em momentos importantes de nossa história:
Sebastião Xavier de Vasconcellos Coutinho, Antônio Gomes Ribeiro,
Antônio Diniz da Cruz e Silva, José Antônio da Veiga, João de
Figueiredo, João Manoel Guerreiro de Amorim Pereira, Antônio Rodrigues
Gayoso e Tristão José Monteiro.
Lembram-se deles? Alguém sabe quem são? Logo saberão...
"...Portanto condenam ao Réu Joaquim José da Silva Xavier por alcunha o
Tiradentes Alferes que foi da tropa paga da Capitania de Minas a que
com baraço e pregão seja conduzido pelas ruas publicas ao lugar da forca
e nella morra morte natural para sempre, e que depois de morto lhe seja
cortada a cabeça e levada a Villa Rica aonde em lugar mais publico
della será pregada, em um poste alto até que o tempo a consuma, e o seu
corpo será dividido em quatro quartos, e pregados em postes pelo caminho
de Minas no sitio da Varginha e das Sebolas aonde o Réu teve as suas
infames práticas e os mais nos sitios de maiores povoações até que o
tempo também os consuma;
declaram o Réu infame, e seus filhos e
netos tendo-os, e os seus bens applicam para o Fisco e Câmara Real, e a
casa em que vivia em Villa Rica será arrasada e salgada, para que nunca
mais no chão se edifique e não sendo própria será avaliada e paga a seu
dono pelos bens confiscados e no mesmo chão se levantará um padrão pelo
qual se conserve em memória a infamia deste abominavel Réu..."
Acima, tem-se parte da sentença que condenou Tiradentes, em 1792.
Tiradentes foi declarado infame e abominável, e somente foi
reabilitado, e transformado em herói nacional, quando a república foi
instalada em 1889, quase 100 anos após a sua condenação e morte na
forca.
A vida e a política são mais fortes do que toda e
qualquer sentença. As vilanias de hoje amanhã tornam-se o padrão sobre o
qual se erigem as figuras públicas que constroem a história.
A
vida e a história são talvez injustas demais, geralmente contadas pelos
vencedores de cada época, mas não há vilania que perdure para sempre.
Quanto aos nomes que estão no início do texto, aqueles foram os juízes
do julgamento de Tiradentes. Condenaram-no de forma 'exemplar', não?
Ninguém sabe quem são, para a história do Brasil são absolutamente
irrelevantes, como o são os juízes que condenaram Olga Benário em 1936, e
a entregaram ainda grávida aos nazistas. E como o são os juízes que
chancelaram o golpe de 1964, quando o Presidente Constitucional, João
Goulart, encontrava-se em solo pátrio, na cidade de Porto Alegre.
E mesmo sabendo que ele não houvera renunciado, tampouco se licenciado
ou sofrido um processo de impeachment, os togados à época resolveram dar
guarida aos golpistas!
Quem são os juízes de 1792? Quem são os juízes de 1936? Quem são os juízes de 1964?
Não são nada, apenas atuaram em favor das classes dominantes em seus
respectivos períodos históricos. A história sequer faz registro sobre os
mesmos.
Quem constrói a história não são os togados, nunca
foram e jamais serão. O máximo que fazem é manter-se eretos em momentos
de tensão, ou diminuírem-se, voluntariamente, nos mesmos períodos.
Os que se diminuem hoje encontrar-se-ão, no futuro, com seus pares de
altura microscópica. E a todos restará, inexoravelmente, a lata de lixo
da história e o desprezo absoluto do povo brasileiro.
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Sebastião Xavier de Vasconcellos Coutinho, Antônio Gomes Ribeiro, Antônio Diniz da Cruz e Silva, José Antônio da Veiga, João de Figueiredo, João Manoel Guerreiro de Amorim Pereira, Antônio Rodrigues Gayoso e Tristão José Monteiro.
Lembram-se deles? Alguém sabe quem são? Logo saberão...
"...Portanto condenam ao Réu Joaquim José da Silva Xavier por alcunha o Tiradentes Alferes que foi da tropa paga da Capitania de Minas a que com baraço e pregão seja conduzido pelas ruas publicas ao lugar da forca e nella morra morte natural para sempre, e que depois de morto lhe seja cortada a cabeça e levada a Villa Rica aonde em lugar mais publico della será pregada, em um poste alto até que o tempo a consuma, e o seu corpo será dividido em quatro quartos, e pregados em postes pelo caminho de Minas no sitio da Varginha e das Sebolas aonde o Réu teve as suas infames práticas e os mais nos sitios de maiores povoações até que o tempo também os consuma;
declaram o Réu infame, e seus filhos e netos tendo-os, e os seus bens applicam para o Fisco e Câmara Real, e a casa em que vivia em Villa Rica será arrasada e salgada, para que nunca mais no chão se edifique e não sendo própria será avaliada e paga a seu dono pelos bens confiscados e no mesmo chão se levantará um padrão pelo qual se conserve em memória a infamia deste abominavel Réu..."
Acima, tem-se parte da sentença que condenou Tiradentes, em 1792.
Tiradentes foi declarado infame e abominável, e somente foi reabilitado, e transformado em herói nacional, quando a república foi instalada em 1889, quase 100 anos após a sua condenação e morte na forca.
A vida e a política são mais fortes do que toda e qualquer sentença. As vilanias de hoje amanhã tornam-se o padrão sobre o qual se erigem as figuras públicas que constroem a história.
A vida e a história são talvez injustas demais, geralmente contadas pelos vencedores de cada época, mas não há vilania que perdure para sempre.
Quanto aos nomes que estão no início do texto, aqueles foram os juízes do julgamento de Tiradentes. Condenaram-no de forma 'exemplar', não?
Ninguém sabe quem são, para a história do Brasil são absolutamente irrelevantes, como o são os juízes que condenaram Olga Benário em 1936, e a entregaram ainda grávida aos nazistas. E como o são os juízes que chancelaram o golpe de 1964, quando o Presidente Constitucional, João Goulart, encontrava-se em solo pátrio, na cidade de Porto Alegre.
E mesmo sabendo que ele não houvera renunciado, tampouco se licenciado ou sofrido um processo de impeachment, os togados à época resolveram dar guarida aos golpistas!
Quem são os juízes de 1792? Quem são os juízes de 1936? Quem são os juízes de 1964?
Não são nada, apenas atuaram em favor das classes dominantes em seus respectivos períodos históricos. A história sequer faz registro sobre os mesmos.
Quem constrói a história não são os togados, nunca foram e jamais serão. O máximo que fazem é manter-se eretos em momentos de tensão, ou diminuírem-se, voluntariamente, nos mesmos períodos.
Os que se diminuem hoje encontrar-se-ão, no futuro, com seus pares de altura microscópica. E a todos restará, inexoravelmente, a lata de lixo da história e o desprezo absoluto do povo brasileiro.
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